terça-feira, 14 de dezembro de 2021

Pedro Monzón: 'A revolução cubana é o povo'

Do site da CTB:


Cena emblemática do filme de Coppola: um bolo com desenho
da ilha sendo repartido entre chefes mafiosos. Foto: arquivo GMB   
Em uma longa entrevista aos jornalistas Umberto Martins e Osvaldo Bertolino, o Cônsul Geral de Cuba em São Paulo, Pedro Monzón, mostra as razões pelas quais recorrentes ofensivas dos Estados Unidos para sufocar a Revolução e reinstalar no país um regime capitalista subserviente a Washington são rechaçadas e têm fracassado ao longo da história. A Revolução resgatou a dignidade do povo. Consumada em 1959, sob a liderança de Fidel Castro e Che Guevara, completa 63 anos no reveillon de 2022. Antes da vitória dos rebeldes a sedutora ilha caribenha era governada pelo ditador Fulgêncio Batista e mais parecia um grande bordel controlado pela máfia estadunidense, como sugere “O poderoso chefão (2)”, filme do célebre cineasta Francis Ford Coppola.

Conforme assinala o Cônsul, hoje em dia não existem moradores de rua e ninguém passa fome em Cuba, Saúde e Educação são direitos de todo o povo garantidos pelo Estado socialista, não podem ser exploradas como mercadorias. Por maiores que sejam as agressões e infâmias que contra ela são diuturnamente disparados pelos EUA e a mídia burguesa, a Revolução resiste enquanto a contrarrevolução fracassa a cada empreitada porque esta é a vontade soberana do povo cubano, que não se deixa levar pelo canto de sereia neoliberal, não se dobra ao tacão imperialista e não admite retrocesso.

segunda-feira, 8 de novembro de 2021

A temerária ostentação da nova classe

 O 0,1% camufla sua fortuna em paraísos fiscais, mas gosta, perigosamente, de exibir. Mansões, festas, estátuas e Forbes. Há sinais de que a apatia pode virar ira. Mas quais políticas podem transformá-la em redistribuição profunda de riquezas?

Publicado 04/11/2021 às 20:33 - Atualizado 04/11/2021 às 20:45




Por John FefferForeign Policy In Focus | Tradução: Victor Costa

Os ricos sempre alardearam sua riqueza. Raramente gostam apenas do sucesso financeiro, mas também querem ser notados.

segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Quando brasileiras brancas descobrem na Europa que, com a brancura, não podem mobilizar privilégios

 

Moro na França há alguns anos. Também já morei na Itália e, além dos meus estudos sobre branquitude, convivo com brasileiras no exterior e tenho uma vasta experiência com as frustrações, queixas e crises de mulheres brancas, sobretudo das classes médias e altas. Eu observo pessoas brancas há muito tempo. Acho que comecei a refletir sobre elas ouvindo as histórias das mulheres da minha família que trabalhavam nas suas cozinhas, fazendas, em estreita relação com a branquitude brasileira. Então, não me faltaram relatos sobre como se comportavam, pensavam, diziam e se relacionavam, sobretudo com os seus iguais e o seu Outro (negros e negras). 

Vamos ficar iguais aos estadunidenses?

Por Marcos Coimbra, no site Brasil-247:


Temos que prestar atenção ao que está acontecendo nos EUA.


Os Estados Unidos, que já foram o símbolo da democracia moderna, são, hoje, o país onde a deterioração democrática está mais avançada.


Chegaram a um ponto que parece sem retorno.


A possível volta de Trump à Presidência, daqui a três anos, será o fim de tudo (ele lidera as primeiras pesquisas a respeito da eleição de 2024).


Estamos nesse caminho, em um lugar desconhecido. Perto ou ainda distantes?


O certo é que, se Bolsonaro fosse vencer a próxima eleição, estaríamos muito, muito perto dos americanos.


Mas a distância em relação a essa catástrofe pode não ser grande, caso a vitória de Lula venha com margem estreita.

terça-feira, 12 de outubro de 2021

Por que você fala assim?

O "R" caipira do interior de SP, MT, MG, PR e SC deve-se aos indígenas que aqui moravam não conseguiam falar o "R" dos portugueses, não havia o som dessa letra em muitos dos mais de 1200 idiomas da região.

Então na tentativa de se pronunciar o R, acabou-se criando essa jabuticaba brasileira, que não existe em Portugal. A isso também se deve o fato de muitas pessoas até hoje em dia trocarem L por R, como em farta (falta) e frecha (flecha).

quarta-feira, 6 de outubro de 2021

Pane do Facebook revela a exclusão digital




Por Cezar Xavier, no site da CTB:

A jornalista Renata Mielli explica que os mecanismos de monopólio estabelecidos entre operadoras de celulares e plataformas da “família Facebook” evidenciaram a exclusão digital dos brasileiros que só podem pagar por pacotes de dados que incluem Facebook, Instagram e WhatsApp.

O incidente com a “família Facebook” de aplicativos e provedores mostrou de forma explícita os diversos perigos de haver um monopólio privado - proprietário de três dos maiores serviços de trocas comunicacionais e simbólicas na internet -, deixando bilhões de pessoas no mundo sem o principal mecanismo de comunicação que têm. Esta é a constatação da jornalista e pesquisadora de Comunicação, Renata Mielli.

quinta-feira, 9 de setembro de 2021

As informações nos livros didáticos XI

 Saída dos holandeses do Brasil


Um dos fatos estudados em nossas escolas na disciplina de História é a famosa expulsão dos holandeses do Brasil, mais especificamente da Região Nordeste do Brasil.

A Insurreição Pernambucana: um dos mais importantes momentos da expulsão dos holandeses.


É contado os fatos da Batalha no Monte de Guararapes  no que se chamou Insurreição Pernambucana e nessa expulsão é contado a participação de três personagens que lideraram  a revolta contraa os holandeses, mais especificamente a companhia da Índias Ocidentais, que foram : os senhores de engenho João Fernandes Vieira e André Vidal de Negreiros, o índio Filipe Camarão, e o negro Henrique Dias. 

sexta-feira, 6 de agosto de 2021

FORAM-SE AS RIQUEZAS E O ESTADO, É A VEZ DO TERRITÓRIO BRASILEIRO

 

“Tal o Brasil sentado junto às margens
                                               Do verde oceano que seus pés lhe beija,
                                               E recostado sobre o alto Ande
                                               Que além nos ares, pelo céu flameja.
                                               Vestido desse manto lindo e belo
                                               Que nunca o frio inverno desbotou:
                                               Bordado dos diamantes, do ouro fino,
                                               Das lindas flores com que Deus ornou.
                                               Deixa-os entrar nos bosques gigantescos;
                                               Deixa-os gozar dos puros céus de anil;
                                               Deixa-os fruir de todas as riquezas,
                                               Que o mundo antigo inveja do Brasil”.

                                               (Castro Alves, Poema, composto aos 14 anos).

Pedro Augusto Pinho*

Na poesia que encima este artigo, recitada pelo aluno Antônio de Castro Alves, em 3 de julho de 1861, no Ginásio Bahiano do Barão de Macaúbas (Abílio César Borges), em Salvador (Bahia), se vê este tão difundido orgulho das riquezas nacionais: a verde mata, as minas, as águas e um clima e terra, onde se plantando tudo floresceria.

segunda-feira, 26 de julho de 2021

As informações nos livros didáticos X

 A Segunda Grande Guerra 

Uma parte da história que sempre se estuda é referente a chamada Segunda Guerra Mundial e nessa parte da história é onde justamente a ocultação (manipulação) dos fatos são mais evidentes e mais grosseiras. Qualquer pessoa que estudou na mesma época que estudei o segundo grau e leu somente os livros didáticos da época fica com a certeza que foram os americanos que decidiram a guerra contra os alemães. Hoje o acesso aos fatos é  mais fácil por termos mais diversidades de livros e autores e tem o fato da existência da internet que dá acesso a um maior volume de informações e interação com pessoas de outras regiões não somente do país como fora dele.

Quem eram os nazistas

domingo, 4 de julho de 2021

Graças a Deus !


Com o quadro de violência, que se encontra a sociedade brasileira, muitos estão se perguntando como chegamos a esse ponto. Tem o caso ainda de muita gente colocar a culpa da violência no atual presidente e se perguntar como um presidente adepto da tortura e incentivador da violência conseguiu chegar a presidência.

No momento tivemos a morte de um fugitivo da justiça que foi caçado e executado (morto) com 38 tiros e o que mais ouvi foi muita gente falando “graças a Deus !” e teve também a frase “Foi Deus que quis” . Quando essas pessoas eram questionadas sobre se comemorar a morte de uma pessoa e ainda por cima usando o nome de Deus recebia como resposta “tá com peninha ?
 

quarta-feira, 30 de junho de 2021

Sete potências e um destino: conviver com o sucesso da civilização chinesa

 Hoje parece rigorosamente impossível reverter a expansão social, econômica e tecnológica chinesa


José Luís Fiori (*)

A China permanece sendo uma “civilização” que finge ser um Estado-nação […] e que nunca produziu temática religiosa de espécie alguma, no sentido ocidental. Os chineses jamais geraram um mito da criação cósmica e seu universo foi criado pelos próprios chineses.

Kissinger, H. Sobre a China. Rio de Janeiro: Ed. Objetiva, 2011, p. 28. [1]

segunda-feira, 24 de maio de 2021

As informações nos livros didáticos IX

 Os afrodescendentes


Quando estamos estudando a colonização de qualquer país é comum olharmos de onde vem os colonizadores e sua descendência.

No caso do Brasil é comum mostrar que temos descendência em sua grande maioria entre três povos: dos portugueses, dos nativos (comumente chamados de índios) e dos negros africanos ! 

Negros de várias regiões da África

Os portugueses são originários de um único país e única nação, mas quando falamos dos índios e africanos esquecemos que eles não são homogêneos e são constituídos de várias nações. É um erro não levarmos em conta que essas diversas nações são culturas distintas umas das outras.

sexta-feira, 21 de maio de 2021

Conheça o país onde negros são 'naturalmente loiros'

Os pesquisadores identificaram um gene responsável pela variação da cor do cabelo em negros da Ilha Salomão. Chamado de TYRP1, ele é conhecido por influenciar a pigmentação nos humanos


Nas Ilhas Salomão, um país localizado na no Oceano Pacífico, cerca de 10% da população nativa, de pele negra, tem cabelo naturalmente loiro. Esse fato derruba qualquer noção simplória que temos sobre raça, pois existem muitos meandros e particularidades que a ciência vai descobrindo aos poucos.

quinta-feira, 6 de maio de 2021

É por isso que professores estão infartando, surtando, adoecendo!!!

 

"Aula síncrona. Aula assíncrona. Aula por whatsapp. Aula gravada. Aula ao vivo. Aula na plataforma virtual. Aula remota. Prepara o roteiro. Prepara o Power Point. Lê a BNCC. Planeja a aula. Olha o código da habilidade, pra confirmar se tá certo mesmo. Elabora a atividade, nem longa demais, nem resumida demais. Contextualiza o enunciado. Não pode ser difícil, se não eles não conseguem fazer. Não pode ser fácil, se não eles não serão desafiados.

terça-feira, 30 de março de 2021

AULAS ON LINE

Durante os últimos anos vem se tornando muito comum o uso cada vez mais intenso das ferramentas para aulas via internet, que são as chamadas Aulas Online. Lembrando que Aulas Online são classificadas como Educação a Distância, mas Educação a Distância já era um termo usado para quem fazia cursos via correios ou mesmo pela televisão e isso antes da existência da Internet. Aulas Online são educação a distância, mas cursos a distância nem sempre são aulas online.


Antes da pandemia, já existia uma preocupação por parte das secretarias de educação em capacitar os professores com as novas tecnologias que iam surgindo.

As dificuldades são as mais variadas possíveis. Vão desde falta de equipamento por parte dos professores, alunos  e da própria secretaria. Com o surgimento da pandemia se percebeu que esses problemas são mais graves do que se imaginava.

sexta-feira, 26 de março de 2021

Os quatro erros pedagógicos do ensino remoto

 Vendido como a “educação do futuro”, emprega modelo do século XIX, baseado no despejo frenético de conteúdo. Uma tragédia em tempos de concentração reduzida e traumas familiares. Como usar ferramentas virtuais para romper atraso?

OUTRASMÍDIAS                                                ALÉM DA MERCADORIA

Publicado 25/03/2021 às 18:40 - Atualizado 25/03/2021 às 18:45


Por Rudá Ricci, no Jornalistas Livres

Rice sustentava que a educação deveria ter o foco na formação para a indústria. Daí, as disciplinas mais importantes seriam aquelas vinculadas à produção industrial: matemática, física, química, biologia e comportamento. A leitura (para o operário ler instruções) completava esta normativa. O educador taylorista, então, dividiu o número de aulas que considerava necessária para o desenvolvimento, em quatro anos do ensino “primário” pelo tempo de aula naquele momento e chegou aos 40 minutos. O módulo-aula, então, não tem relação alguma com qualquer aspecto pedagógico.

sábado, 20 de março de 2021

A ameaça nada sutil do Colonialismo Digital

Com a cumplicidade de governos, um punhado de corporações age para impor aos países do Sul internet de baixa autonomia e criatividade; vigilância permanente e captura maciça de dados. Duas portas de entrada: universidades e polícia

OUTRASPALAVRAS                        TECNOLOGIA EM DISPUTA

Publicado 15/03/2021 às 19:43 - Atualizado 15/03/2021 às 19:49


Por Michael Kwet, no Longreads TNI | Tradução: Simone Paz | Ilustração: Zoran Svilar

Em 2020, os bilionários se deram bem feito bandidos. Os ativos pessoais de Jeff Bezos aumentaram de 113 para 184 bilhões de dólares. Elon Musk eclipsou Jeff Bezos por um momento, com um aumento do patrimônio líquido de US$27 bilhões para mais de US$185 bilhões.

segunda-feira, 15 de março de 2021

A histeria do mercado com o gasto público

Por Wagner de Alcântara Aragão, no site Brasil Debate:


Um dos não muitos programas de Jornalismo com jota maiúsculo na televisão brasileira, o Profissão Repórter, comandado por Caco Barcellos, iniciou a temporada 2021 e, no segundo episódio, trouxe imagens e depoimentos tristes e desesperadores sobre a miséria e a fome, que se acentuaram no Brasil.

Uma pena, porém, o ingrato horário de exibição: uma hora da madrugada de uma quarta-feira (3 de março), praticamente.

Porque aquelas cenas e histórias precisam de ser mostradas em horário nobre. Quem sabe, com audiência massiva, haja uma sensibilização e mobilização maior para o enfrentamento do problema.

A fascistização dá mais um passo na Educação

Por Altamiro Borges

Apesar de Jair Bolsonaro e de seus filhotes não saberem nem onde enfiam a máscara, o projeto de fascistização segue em curso no país. Na semana passada, o ministro-pastor Milton Ribeiro indicou uma fanática militante de movimentos de extrema-direita para o cargo de coordenadora de materiais didáticos do Ministério da Educação.

Como aponta o editorial da Folha, "Sandra Ramos é adepta do Escola sem Partido, movimento de íntima associação com o bolsonarismo. A escolha se insere numa teia de disputas internas no MEC, em vitória da ala ideológica da pasta, liderada pelo secretário de Alfabetização, Carlos Nadalim".

Carlos Nadalim é discípulo do filósofo de orifícios Olavo de Carvalho, guru da famiglia Bolsonaro. Foi seu aluno e divulga as suas fake news. Ele já havia alterado o edital do Programa Nacional do Livro Didático, incluindo a retirada de menção à agenda da não violência contra a mulher. Agora, garante um carguinho para sua aliada no MEC.

A Folha ainda tem dúvida?

segunda-feira, 8 de março de 2021

A FARSA DA INCLUSÃO

 Palavras transformam-se em modismos e aparecem na boca de todos.


A palavra do momento na educação brasileira é o verbo incluir.

Fala-se que a escola pública no Brasil sempre foi praticante da exclusão e que o atual governo e sua ação educacional está corrigindo esta injustiça (isto para aqueles que acreditam na boa vontade do governo...). E estratégia para esta tal inclusão são bem conhecidas: criação de ciclos, a não reprovação, o abandono das notas, as correções de fluxo, entre outras.

Para sustentar a necessidade destas medidas seus defensores apresentam estatísticas onde o país aparece com péssimos indicadores nesta área: muita reprovação, muito analfabetismo. E afirmam que tal situação está mudando, afirmação na qual muitos professores acreditam, pois gostariam no íntimo de suas almas que fosse verdade.

Mas, o que significa inclusão?

Incluir os alunos onde?

terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

A gentileza no nosso dia a dia...

Será que a vida moderna dificulta relações com gentileza, ou é possível ser uma pessoa ocupada, sem abrir mão da delicadeza no trato com o outro? 

Buscamos cada vez mais a interatividade, por meio do avanço tecnológico e do desenvolvimento da civilização. Passamos o dia inteiro conectados a pessoas das mais variadas localidades. Somos capazes de estabelecer contato com praticamente todos os cantos do planeta, a hora que quisermos. 

Porém, as relações interpessoais próximas parecem cada vez mais superficiais. Seguindo por este caminho, da distância e indiferença, palavras como cortesia, empatia e amabilidade parecem mais além da nossa realidade, dia após dia. 

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Estados Unidos: educação miserável

É natural se pensar que os Estados Unidos, maior potência capitalista do mundo, possuam boas condições materiais para a sua população, inclusive a mais carente. Uma lenda. O capitalismo não se importa com nada que não seja os seus próprios lucros. Prova disso é o sistema público educacional dos Estados Unidos, que é altamente defasado.

Em primeiro lugar, é complexo falar de educação pública igualitária nos Estados Unidos. Na educação básica, o financiamento educacional é distrital. Ou seja, as escolas que estão em regiões de maior renda são muito mais beneficiadas do que as que estão nas regiões periféricas. Dessa forma, se mantêm os privilégios dos mais ricos. 

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

10 anos de caos: cientista revela ineficiência do combate à Covid

O “combate” os covid-19 ensaiado pela burguesia nada mais é que disputa por mercado para seus produtos ineficientes

Sharon Peacock, chefe do programa
de vigilância genética do Reino Unido
Foto: Executive Director and Chair, COG-UK
A crise do coronavírus se aprofunda com o surgimento de novas mutações do vírus, uma solução definitiva torna-se cada vez mais distante. O quadro mundial explicita ainda mais o caráter decadente e nocivo do sistema capitalista que não consegue encontrar solução para a doença que não seja deixar a população à mercê para salvar os capitalistas; é o que vemos também no Brasil.

A cientista Sharon Peacock, chefe do programa de vigilância genética do Reino Unido, afirmou, em entrevista à BBC, que a variante do novo coronavírus encontrada naquele país dominará a nação europeia e provavelmente “vai varrer o mundo”. A variante em questão, B.1.1.7, além de ter um alto poder de transmissão, superior ao vírus conhecido anteriormente, pode afetar as vacinas até aqui produzidas.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

A pátria educadora está formando analfabetos

 Por Maria Fernanda Arruda – do Rio de Janeiro:

No seu nível inferior, a alfabetização rudimentar permite a leitura e compreensão de títulos de textos e frases curtas, bem como a compreensão de números menores e capacidade para operações aritméticas básicas. Em seguida, a alfabetização básica, que permite a leitura de textos curtos, extrair deles informações esparsas, mas não uma conclusão sobre o que se leu. A soma dos dois estágios ganha o nome de analfabetismo funcional. No Brasil, em 2005, os dados disponíveis, indicam que ele chega a 68% da população. Como 7% dela é composta por analfabetos, tem-se que 75% dos brasileiros não sabe ler e escrever adequadamente.
Em 2012, o Instituto Paulo Montenegro e a ONG Ação Educativa informaram o Indicador de Alfabetismo Funcional (INAF), mostrando 38% dos estudantes universitários são analfabetos funcionais. Esses são números que não surpreendem. Como assim? É sabido, por exemplo, que menos de 10% dos advogados formados são aprovados em provas de habilitação promovidas pela OAB; e a leitura de uma mostra das provas escritas pelos candidatos deixa claro que em torno de 40% deles é formada por analfabetos funcionais.
Maria Fernanda Arruda
De acordo com a Constituição, a União é responsável por elaborar o Plano Nacional de Educação, com a colaboração dos Estados e Municípios. A União deverá organizar e manter órgãos de ensino,compondo um sistema federal (basicamente, as Universidades Federais). Os Estados, da mesma forma,irão organizar e manter órgãos de ensino, concentrando sua ação direta no Ensino Médio. Os municípios atuarão nos níveis de ensino fundamental (especialmente), médio e educação infantil. E assim coloca-se o primeiro problema: a descentralização constitucional é totalmente irreal. As prefeituras mal mantém uma rede insuficiente de creches e os prefeitos, em regra negociantes-políticos, associam-se às empresas privadas que mercadejam ensino. Não são muitos os Estados que contam com competências para organizar e manter escolas. Com olhos para enxergar a realidade, não se pode negar que a grande autoridade e responsabilidade pelo ensino devem ser de competência da União, cabendo aos Estados e Municípios a execução de tarefas definidas detalhadamente pelo Ministério da Educação (MEC).

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

Bolsonaro para os pobres, Paulo Freire para os ricos

 Acervo Online | Brasil

por José Ruy Lozano

7 de dezembro de 2017


A elite brasileira, que adora odiar Freire, compra a peso de ouro para seus filhos o ingresso em colégios influenciados por ele. Aos filhos dos pobres, resta a disciplina escolar do século XIX

Pipas de várias cores enfeitam o céu. Alunos observam algumas subirem e outras caírem, enquanto tentam compreender como a direção do vento influencia o movimento, além de verificarem na prática conceitos científicos como aerodinâmica, resistência do ar e força da gravidade. Tudo na base da experiência concreta, envolvendo tentativas e erros.

Voltando à sala de aula, professor e alunos discutem, organizados em círculo, o que se aprendeu com aquela vivência. A diferença hierárquica entre mestre e estudantes se dilui, e o professor mostra-se mais como um mediador ou um facilitador do processo de aprendizagem.

Pano rápido. Vamos nos deslocar para outra realidade.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

A miserável terra dos doutores

 O Brasil é o país dos doutores.


Em cada esquina há uma placa indicando algum.

O médico é doutor.

O dentista é doutor.

O veterinário é doutor.

O advogado é doutor.

O engenheiro é doutor.

O dono da fábrica de parafusos é doutor.

O fazendeiro é doutor.

O delegado de polícia é doutor.

O juiz é doutor.

O promotor público é doutor.

O sujeito bem vestido, de 

quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

As informações nos livros didáticos VIII

 O Centro do mundo


O Equador divide a Terra em dois Hemisférios: o do Norte e do Sul, mas temos a linha imaginária  Meridiano de Greenwich que divide a Terra em dois Hemisférios, só que em Hemisfério Oriental que fica a leste do meridiano e o Hemisfério Ocidental que fica a oeste.

terça-feira, 19 de janeiro de 2021

É preciso saber ler e escrever?

 

Desde os primórdios, da existência da humanidade, a necessidade de comunicação entre as pessoas foi uma exigência. Essa exigência se tornou ainda maior com a criação da escrita. No início não existia exigência e necessidade de se aprender ler e escrever. Com o decorrer da história essa exigência surgiu, foi aumentando e se tornou obrigatória em praticamente todas as sociedades. Ironicamente, nos dias atuais, com a modernidade o cidadão não precisa aprender ler e escrever, as máquinas (diversos tipos de computadores) já fazem isso. Hoje uma pessoa pode viver na sociedade, ter acesso às informações, usar máquinas para ler e escrever e sem a necessidade de ser alfabetizado. Para entender melhor vamos ver uma pequena passagem por vários períodos de nossa história sobre a necessidade de se ler e escrever:

No período das cavernas

quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

Discordando a gente se entende

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:


O melhor desejo para o ano que começa é que, a cada dia, discordemos mais uns dos outros. O que o ódio separa, o debate aproxima. Quando os dois lados não conversam, o ambiente é toxicamente infértil. Cada parcela da sociedade se relaciona apenas com seu umbigo ideológico, distribui acusações aos adversários e fecha os ouvidos a quem pensa diferente. A democracia agoniza, a política se empobrece, a raiva toma conta da mente.

É o terreno em que nos metemos.

No entanto, mesmo em meio a uma crise sem precedentes, alguns sinais parecem apontar que o debate começa a voltar à cena. Se em termos ideológicos e de valores o diálogo tem se dado, compreensivelmente, entre surdos – com mais julgamentos que argumentos – alguns territórios da vida política começam a esboçar outra dinâmica. As pessoas percebem que podem discordar e disputar suas razões. Voltar a fazer política.

domingo, 10 de janeiro de 2021

CAÇADORES DE ÍNDIOS!

 Imagem abaixo: grupo de Bugreiros com suas vítimas capturadas, crianças indígenas que eram entregues a famílias de colonos ou postas em orfanatos da Igreja.

Como se deu a colonização, genocídio e roubo de terras indígenas no RS, SC e PR. A história é revoltante e chocante, bárbara e selvagem.... Tem que ter estômago!

“Mas no governo Vargas, ainda haviam expedições de Extermínio indígena nas Serras do RS, SC e PR. Um destes últimos líderes de Bugreiros, foi Ireno Pinheiro, que, em entrevista, em 1972, detalhou assim um ataque que liderou nos anos de 1940:

terça-feira, 5 de janeiro de 2021

O programa secreto do capitalismo totalitário

 Como bilionários financiaram, nas sombras, um projeto que implica devastar o serviço público e o bem comum, para estabelecer a “liberdade total” do 1% mais rico

Publicado 25/07/2017 às 11:08 - Atualizado 15/01/2019 às 18:02

por 

Como Charles Koch e outros bilionários financiaram, nas sombras, um projeto político que implica devastar o serviço público e o bem comum, para estabelecer a “liberdade total” do 1% mais rico

Por George Monbiot | Tradução: Antonio Martins

É o capítulo que faltava, uma chave para entender a política dos últimos cinquenta anos. Ler o novo livro de Nancy MacLean, Democracy in Chains: the deep history of the radical right’s stealth plan for America [“Democracia Aprisionada: a história profunda do plano oculto da direita para a América] é enxergar o que antes permanecia invisível.