segunda-feira, 4 de novembro de 2024

ASSASSINANDO A LINGUA PORTUGUESA II

Cada dia mais aparecem pessoas que vivem a corrigir o que eles dizem serem erros de português. Para tal usam argumentos de todas as espécies. Os argumentos vão desde as ditas mudanças para facilitar o aprendizado da linguagem, incorporação de palavras estrangeiras para melhorar o português (sempre adicionam palavras inglesas) e apareceu até uma tal de justificativa dizendo que o idioma tem de ser neutro em relação ao gênero !!!

Durante o período iniciado na chamada Descoberta do Brasil até o ano de 1758, o Tupi (ou língua brasílica) era o idioma mais falado do Brasil. Até essa data, de cada três pessoas vivendo no Brasil apenas uma falava português. A Língua Tupi foi proibida por decreto do Marquês de Pombal com o objetivo de enfraquecer a Igreja Católica e os jesuítas que usavam o tupi para catequizar os nativos, ou seja, facilitar o controle da população na colônia por parte da Metrópole Portugal.

domingo, 3 de novembro de 2024

Tomando banho de sol

Durante o inverno era comum muitas pessoas se aquecerem sob o sol, da manhã, e amenizar o frio da madrugada. Durante as caminhadas que fazia nas idas aos sítios dos colegas e parentes, eu sempre percebia as pessoas de cócoras, nos pátios das casas, se aquecendo ao sol. Na realidade muitos estavam se aquecendo enquanto aguardavam o jantar da manhã (eles sempre falavam aguardando o café) para depois irem para o exaustivo trabalho na roça.

Os seres humanos não eram os únicos animais que aproveitavam o raiar do sol para se aquecer. Vários outros animais ficam postados ao sol e os urubus eram os mais comuns. Sempre pousavam em árvores muitas altas e ficavam de asas abertas para se aquecerem. Para os outros animais nem sempre era possível tal feito. Um coelho ou mesmo um preá não poderiam se dar ao luxo de ficarem expostos em locais altos tomando sol, pois poderiam ser vítimas de algum predador pelas redondezas.

terça-feira, 15 de outubro de 2024

Antigas profissões do cebolas XVI - Os Pequenos Engraxates

 Uma das profissões que tinha muitos menores trabalhando, nas décadas de 70 e 80 do século XX, era a de engraxate. Na década de 60 existia a figura do engraxate, mas a profissão era exercida por adultos, não eram ambulantes e era um serviço que a população geralmente procurava sempre aos sábados e domingos.


As mulheres geralmente mandavam levarem os sapatos até o engraxate, mas a grande maioria dos homens tinha o hábito de engraxar os sapatos indo até o engraxate (profissional que engraxava artefatos de couro) e na maioria das vezes faziam isso antes das missas. Claro que sempre se formava uma roda de conversa (popularmente conhecida como roda de fofocas) entre os clientes e o engraxate!

segunda-feira, 14 de outubro de 2024

Antigas profissões dos cebolas XV - O Artesão de Gaiolas

 O fabrico de gaiolas é atualmente uma profissão em extinção devido a forte pressão social em relação a preservação dos animais silvestres e nesse caso mais específico é em relação a preservação dos pássaros. Mas era muito comum a venda de gaiolas, décadas de 70 e 80 do século XX, na feira de Itabaiana e existia uma parte da feira que se chamava feira dos pássaros e lógico, também de gaiolas.



domingo, 13 de outubro de 2024

Antigas profissões dos cebolas XIV - Os vendedores de produtos milagrosos

 Nas décadas de 60 e 70, do século XX, os meios de comunicação não conseguia atingir todo o território nacional e mesmo para aquelas regiões onde o sinal poderia ser captado tinha o problema que nem todo mundo tinha rádio e televisores eram muitos mais raros.


Em decorrência das dificuldades das pessoas se informarem, era comum aparecerem, nas feiras, todo tipo de gente (comprando e vendendo), todo tipo de produto e quem nem sempre tinham alguma utilidade. Era comum aparecerem pessoas vendendo produtos para cura de tudo que era tipo e os mais comuns eram os vendedores de produtos para cura de mordida de cobra e os vendedores de Diosgenine em Pó. 


Equipamento muito usado por vendedores ambulantes na década de 60-70 do século XX


Todos os dois tipos de vendedores tinham serviço de alto-falantes, usavam, na maioria das vezes um microfone amarrado no peito, sempre carregavam uma cobra e alguns deles se vestiam usando ternos.

quarta-feira, 9 de outubro de 2024

O encantador de cobras

 

Sempre achei impressionante as pessoas que ganham a vida mostrando um controle sobre as cobras (serpentes). Inicialmente, pensava que encantador de serpentes fosse coisa somente do mundo árabe, depois passei notar, vendo alguns filmes, que os indianos também praticam essa atividade. É bom lembrar, que essas ideias sobre pessoas encantando serpentes nos são ensinadas através de filmes no cinema e na tv.

Mas como o decorrer do tempo passei a notar que no Brasil, mais especificamente na minha terra natal, tínhamos nossos encantadores de serpentes No passado, quando ainda frequentava as feiras do interior, era comum vermos os chamados marreteiros se utilizando de serpentes para venderem seus produtos. Tudo bem que os encantadores de serpentes que víamos no cinema e na TV ganhavam a vida encantando as serpentes fazendo com que elas ficassem dançando e com isso as pessoas sempre pagavam com alguma quantia pelo espetáculo. Já no nosso querido Brasil, as serpentes era apenas um meio de atrair a atenção das pessoas para vender algum produto e o produto mais vendido usando serpentes era a famosa Diogenina em Pó.

segunda-feira, 7 de outubro de 2024

Antigas profissões dos cebolas XII - Os aprumadores de ruas

 Toda criança observar com nitidez o lugar onde mora e sempre costuma comparar com os lugares que visita. Uma das coisas que sempre observava, quando criança, era as ruas por onde passava e comparando com as ruas das cidades vizinhas, eu sempre me perguntava: por que as ruas da minha cidade começam estreitas e terminam larga? Ou começam largas e terminam estreitas?


Rua Monsenhor Constantino (antigo Beco do Ouvidor) - Foto Google Maps


A rua onde morava, quando criança, só tinhas residências em um dos lados, mas a medida que se aproximava do centro da cidade (praça da matriz e feira) era com casa em ambos lados e a partir do local que ela tinha casa em ambos os lados, era estreita e quando chegava perto da feira a rua era larga!

quinta-feira, 3 de outubro de 2024

Uma onda em Itabaiana!

 


Foto conseguida no Grupo Itabaiana Grande (facebbook e adm. Robério Santos)
Uma das coisas que eram raras na minha cidade (ainda é) eram os parques de diversão. Aliás, não chamávamos os brinquedos de parque de diversão e sim de brinquedos de natal e isso porque esses brinquedos geralmente só apareciam justamente no período das festas natalinas (também eram conhecidas como feiras de natal).

Durante alguns anos as festas natalinas eram realizadas na Praça Santa Cruz (Praça do Cinema) e o brinquedo mais semelhante em pegar uma onda era brincar nas chamadas barcas, que simulavam um barco subindo e descendo as ondas do mar.

quarta-feira, 2 de outubro de 2024

OS DOIDOS E OS LOBISOMENS

 Uma das coisas mais fantásticas que sempre presenciei eram as rodas de conversas que existiam para falar de causos. Os assuntos mais falados eram lobisomens, carneiro de ouro, doidos, saci pererê, mula sem cabeça, fogo corredor, da vida dos outros e principalmente das filhas dos outros (fofoca).


Os doidos

Nestas rodas de conversas, os doidos eram todas pessoas que normalmente agiam diferentes dos ditos adultos, mas nem todos que eles diziam serem doidos, eram realmente doidos. .Bastava o sujeito beber mais que o normal ou a pessoa se vestir fora dos padrões conhecidos que já era taxado de doido.

terça-feira, 1 de outubro de 2024

Antigas profissões dos cebolas XI - Os desentupidores de fossa

 

Era conhecido como Tunel. 
Se pronuncia como se fosse
acentuado com acento
 agudo no e (tunél)
Ainda hoje existem os profissionais que trabalham desentupindo as fossas, mas vou falar como era realizando esse serviço antigamente. Atualmente são usados equipamentos modernos fabricados especialmente para esta finalidade, montados em um caminhão para esse tipo de trabalho que é feito de maneira rápida e limpa. Inclusive o serviço pode ser feito de dia sem o incômodo do mau cheiro e da sujeira peculiar da matéria prima em questão.

Equipamento utilizado

Era usado um equipamento simples e por isso só trabalhava no ofício quem tinha coragem. Todo o serviço era realizado usando luvas, pás, enxadas e o transporte utilizado era uma carroça de burro que em cima tinha um tambor de metal onde era colocado as fezes da dita fossa.

terça-feira, 24 de setembro de 2024

Antigas profissões dos cebolas X Os catadores de lavagem

Criar porcos ainda é um ofício em pleno exercício da atividade. Existem aos montes, mas nada tem em comparação aos antigos criadores de porcos existentes nas pequenas cidades do interior e neste caso mais específicos irei falar sobre os antigos criadores de porcos que existiam nas décadas sessenta e setenta do século XX, na cidade de Itabaiana (SE).

Os porcos eram criados em chiqueiros (pocilgas) onde o que prevalecia era a existência de muita lama e o mau cheiro que se espalhava pela redondeza. Muito desses chiqueiros pertenciam a moradores da área urbana, que gerava conflito com os vizinhos, justamente por causa do mau cheiro. Em algumas ocasiões, os vizinhos, dos chiqueiros, colocavam os chamados “bolos” (comida envenenada), na ausência dos donos, para matarem os porcos e se livrarem do chiqueiros e consequentemente do forte mal cheiro. 

quarta-feira, 28 de agosto de 2024

Antigas profissões dos cebolas IX - O acendedor

Uma profissional que eu sempre via todas as tardes e manhãs era o acendedor. Todo dia pela manhã e pela tarde vinha uma pessoa com uma vara enorme com um gancho na ponta. Esse gancho era usado para ligar a rede elétrica que iluminava as ruas durante a noite. Ante de se colocar a rede elétrica, com os postes de energia, já existia a figura do acendedor, mas ele acendia lampiões a querosene.

A tecnologia extinguiu a profissão


A passagem do uso de lampiões, a querosene, para rede elétrica proporcionou uma queda no número de acendedores. Para iluminar as ruas era obrigatório ir em cada lampião para acender a chama e com a substituição pela rede elétrica foram colocadas lâmpadas em cada poste. Uma única chave ligava todas a lâmpadas da rua, ou seja, o profissional não precisava mais se deslocar de poste em poste e apenas ir até a chave em cada rua.

quinta-feira, 8 de agosto de 2024

Antigas profissões dos cebolas VIII - Vendendo o estranho flau

 

Durante muito tempo o único produto gelado, vendido por ambulantes, era o Picolé da Maravilha. Muita gente imagina que o picolé foi o primeiro produto a ser substituído por equivalentes industrializados, mas na realidade, pelo menos em Itabaiana, o Flau apareceu primeiro. Isso ocorre devido já serem vendidos o famoso Ki-suco. Eram encontrados no supermercado (só existia um na cidade) e nas bodegas da cidade (na época não se usava o termo mercearia). Era um produto que tinha sabor de frutas artificializado (nunca senti o gosto da fruta), já era consumido normalmente e aceito pela população.

domingo, 28 de julho de 2024

Antigas profissões dos cebolas VII - Vendendo o picolé da maravilha

 Eram dezenas de criança vendendo picolés, não existia adultos vendendo picolés, e o coro tradicional de atrair o provável consumidor era: olha aí o picolé da maravilha, quem tem dinheiro compra e quem não espia. Quando tinha garota bonita nas proximidades, tinha a brincadeira: mulher bonita não paga, mas também não leva.


Eram transportados em caixas de isopor pendurados no ombro por uma correia. Vendidos nas feiras, campo de futebol (melhor horário era antes do jogo) e em campinhos de peladas. Estranhamente, raramente eram vistos nas praças Fausto Cardoso (em frente a igreja) e na praça Santa Cruz (em frente ao cinema).

segunda-feira, 24 de junho de 2024

Antigas profissões dos cebolas VI - O Vendedor ambulante de Manuês

 Quando alguém se referia a manuês estava falando de bolos de milho, arroz ou puba. Hoje ninguém usa mais o termo manuês e não existem vendedores ambulantes de manuês, mas podem ser encontrados vendedores de manuês, com produtos colocados à venda em bancas em praticamente todas as cidades do nordeste. Os locais mais comuns onde podem ser encontrados são nas feiras livres, mas também vendem seus produtos em bancas localizadas estrategicamente em praças e pontos de ônibus.

Formas onde eram assados os manuês e também eram usadas para transporte e venda.

Os vendedores eram garotos que ganhavam dinheiro vendendo os bolos pelas ruas e praças da cidade, mas não se encontrava eles vendendo nas feiras, pois nas feiras os bolos eram vendidos nas bancas juntamente com outros tipos de iguarias.

domingo, 2 de junho de 2024

Antigas profissões dos cebolas V - O vendedor ambulante de arroz-doce

 

O arroz-doce é uma iguaria que até hoje é vendida e consumida nas comunidades do Nordeste, mas é vendida juntamente com outras iguarias. Mesmo no meu tempo de criança já existiam vendas de arroz-doce, mingau de puba e mungunzá em pequenas bancas localizadas nas feiras e em locais de grande movimento. Mas o vendedor de arroz-doce ambulante faz tempo que sumiu das feiras onde era frequentemente encontrado.

quinta-feira, 23 de maio de 2024

Antigas profissões dos cebolas IV - Os vendedores de Rolete de Cana

 

A venda de roletes (muita gente pronunciava roleto) de cana era uma coisa muito corriqueira nos meus tempos de criança e o consumo era surpreendente. Podiam-se comprar roletes nas feiras, nas praças, na frente das igrejas (no horário das missas) e até mesmo nos campos de futebol.

sexta-feira, 10 de maio de 2024

Antigas profissões dos cebolas III - O Vendedor de Cavaco Chinês

Todos os finais de feira era certo a passagem de um rapaz vendendo Cavaco Chinês pelo Largo santo Antônio e nas segundas-feiras, quando vinha da Feira de Carira (SE), era certo ver a passagem do mesmo a vender pela Praça dos Táxis (Praça General João Pereira).

O Cavaco Chinês era carregado condicionado dentro de latões reutilizáveis de manteiga mineira, pendurados no ombro por uma correia de couro e o vendedor ia batendo com uma haste de metal em um triângulo para chamar a atenção dos possíveis clientes. O triângulo é idêntico aos que é usado nos trios de músicas nordestinas e diferente de outros vendedores, o único som utilizado para atrair os possíveis clientes era o da batida do triângulo.

quarta-feira, 24 de abril de 2024

Antigas profissões dos cebolas II - O Vendedor de água em latões

 

vendendor-agua.jpg
Foto tirada ao lado do Brasília Bar, tendo ao fundo a Praça Fausto Cardoso e o lado
da Prefeitura Municipal de Itabaiana (SE).
Foto conseguida no Grupo Itabaiana Grande (Facebook)

O ofício de vender água em latões era uma profissão que durou até que foi implantada a Rede de Fornecimento de Água Encanada em Itabaiana. Depois de implantada a Rede de Fornecimento de água, os vendedores de água mudaram de profissão e alguns ainda resistiram durante algum tempo vendendo água em alguns povoados.

terça-feira, 16 de abril de 2024

Antigas profissões dos cebolas I - Vendedor de água na moringa

 Poucas pessoas, dos dias atuais, conhece uma moringa. Um recipiente feito de barro, usado para guardar água para beber e que durante algum tempo foi usada para venda de água em locais públicos, tais como: campos de peladas, nos locais de canteiros de obras (principalmente de casas) em geral e mais especificamente nas feiras.


Pode parecer estranho, para os dias atuais, uma situação de pessoas, na maioria das vezes crianças, vendendo água de beber em um recipiente de barro. Mas, é bom lembrar que no passado, principalmente em Itabaiana, não existia a figura da “água encanada” (serviço de distribuição de água) e mesmo depois da implantação deste serviço, demorou um bom tempo para que a grande maioria dos habitantes se tornassem usuários do sistema.

Três motivos foram os responsáveis pela demora em abandonar as cisternas, moringas, potes, porrões (as pessoas pronunciavam “purrões”), etc. Primeiro, para ligar milhares de casas a rede se demora muito e a demora era ainda maior usando os equipamentos daquela época (os regos para se colocar os canos eram cavados com picaretas), segundo era o hábito de se usar água de cisternas e o terceiro foi de ordem política. Houve até assassinatos (prefeito e filho) do lado político contra implantação da rede e os do mesmo lado político demoraram muito a ligarem as casas à rede de oferta de água.

terça-feira, 9 de abril de 2024

A Feira de Itabaiana XV - Fazendo a Feira !

 Uma das coisas mais tradicionais na Cidade de Itabaiana é as pessoas irem fazer a feira, mas quem realmente faz a feira? Quem compra ou quem vende?


Desde criança sempre imaginei a feira sendo uma porção de bancas expondo mercadorias para serem vendidas, as pessoas que colocam que transportam as mercadorias (na época era feita quase em sua totalidade por carroceiros), as que colocavam as banca eram os responsáveis de fazerem a feira! Mas tem o problema de quem vai comprar e diz na realidade que vai fazer feira! Mas quem faz a feira?

terça-feira, 26 de março de 2024

A Feira de Itabaiana XIV - A Feira das miudezas

 Hoje não existe essa feira e a grande maioria das pessoas sequer sabe o que significa. O próprio nome já diz do que se trata, que é a venda de produtos miúdos e não existia especificamente um produto e sim uma variedade de produtos. Nesta feira se vendia produtos de perfumaria, de beleza, de costura, pequenas roupas e até alguns produtos utilizados nas cozinhas.


banca-miudeza.jpg
Banca de camelô muito semelhante as de miudeza que existiam na Feira de Itabaiana
Com o passar do tempo essa feira foi sumindo devido o surgimento de lojas especializadas em vendas destes produtos e como exemplo podemos citar o surgimentos de Lojas de Cosméticos (vendem produtos de beleza e perfumaria) que passaram a oferecer uma maior e melhor variedade.

quarta-feira, 13 de março de 2024

A Feira de Itabaiana XIII - A Feira das roupas e dos tecidos

 Eram duas filas de bancas dentro da feira, mas verdadeiras lojas equipadas com balcões, algumas tinham prateleiras na parte dos fundos (algumas tinhas ao lado) iguais as que existiam nas lojas (ainda existem em algumas lojas). As roupas e os tecidos eram de boa qualidade e na grande maioria vindas de fábricas do sudeste do país.


A grande maioria da bancas vendia roupas masculinas que eram dobradas, separadas por números e acondicionadas nas estantes e igualmente arrumadas nas estantes eram as peças de panos (rolos de panos). Muitas vezes ouvi as pessoas perguntarem pelo preço do tergal. As peças de roupas eram vendidas no metro e eram utilizadas trenas métricas (na maioria das vezes madeira) e, como não poderia deixar de ser, sempre exista a figura da tesoura.

estante-roupas.jpg
estante-tecidos.jpg
As bancas de venda de roupas (calças e camisas) e tecidos tinhas a arrumação e instantes iguas a da fotografia.

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024

A Feira de Itabaiana XII - A Feira dos cereais

 

concha-de-cereais.jpg
Concha era o equipamento usado par
encher os sacos as embalagens com
cereais
Embora existisse a Feira das Farinhas, existia o que chamávamos de Feira dos Cereais. Na realidade um grupo de bancas que variava entre cinco ou seis bancas. Deixar claro que o número de bancas em qualquer feira varia de acordo com a época do ano.

O que me deixava impressionado era a qualidade dessas bancas que pareciam verdadeiras mercearias montadas e desmontadas para venda somente no dia da feira. As bancas eram compostas de três bancas com mais ou menos 30 centímetros de altura, onde eram colocados sacos, em sua maioria, com noventa quilos e cobertura forrada com lona de caminhão. Uma banca maior era colocada a frente, uma menor do lado direito, outra do lado esquerdo e pelos fundos o local de entrada e saída dos vendedores (geralmente só trabalhavam os proprietários juntamente com a família). Mediam aproximadamente quatro metros de largura por quatro metros de comprimento e de altura variável.

quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

OS GATUNOS!

O gato também é uma máscara!
Aos dez anos de idade, eu morava em uma casa de esquina, mas precisamente na rua Dr. Hunaldo Cardoso (na placa de identificação lia-se Praça) com Rua Padre Felismino.A confusão era provavelmente devido a Rua ter casa somente em um lado da rua e o mais interessante é que na extensão onde tinha casa dos dois lados, da rua, o nome era Rua das Flores.

Da Rua das Flores até a esquina onde eu morava, existiam residências nas partes dos fundos e no restante da rua, as casa tinhas sítios nas partes dos fundos. Ruas que possuem sítios ou terrenos baldios nas parte dos fundos e terrenos baldios no outro lado da rua (se dizia que eram praças) são um convite aos gatunos fazerem visitas em horários noturnos.

terça-feira, 2 de janeiro de 2024

O voto de cabresto dos cebolas

 Quando passei no vestibular e fui estudar na Universidade (UFS), década de 80 do século XX) entrei em contato com diversos colegas que viviam em várias cidades. Era comuns essas pessoas tocarem no assunto política e a cidade preferencial, para este assunto, era justamente a política de Itabaiana.


Uma das coisas que mais se comentava era como se mantinha os chamados currais eleitorais e a que sempre me chamou a atenção é que grande parte desses novos colegas sempre me perguntavam qual o líder político foi o meu padrinho de batismo. Eu achava a pergunta estranha, já que os meus padrinhos de batismo não eram políticos, mas depois de perguntar a vários desses colegas que estudavam na universidade descobri que muitos realmente eram batizados pelo líder politico por ocasião do nascimento dos mesmos!.