segunda-feira, 24 de junho de 2024

Antigas profissões dos cebolas VI - O Vendedor ambulante de Manuês

 Quando alguém se referia a manuês estava falando de bolos de milho, arroz ou puba. Hoje ninguém usa mais o termo manuês e não existem vendedores ambulantes de manuês, mas podem ser encontrados vendedores de manuês, com produtos colocados à venda em bancas em praticamente todas as cidades do nordeste. Os locais mais comuns onde podem ser encontrados são nas feiras livres, mas também vendem seus produtos em bancas localizadas estrategicamente em praças e pontos de ônibus.

Formas onde eram assados os manuês e também eram usadas para transporte e venda.

Os vendedores eram garotos que ganhavam dinheiro vendendo os bolos pelas ruas e praças da cidade, mas não se encontrava eles vendendo nas feiras, pois nas feiras os bolos eram vendidos nas bancas juntamente com outros tipos de iguarias.

domingo, 2 de junho de 2024

Antigas profissões dos cebolas V - O vendedor ambulante de arroz-doce

 

O arroz-doce é uma iguaria que até hoje é vendida e consumida nas comunidades do Nordeste, mas é vendida juntamente com outras iguarias. Mesmo no meu tempo de criança já existiam vendas de arroz-doce, mingau de puba e mungunzá em pequenas bancas localizadas nas feiras e em locais de grande movimento. Mas o vendedor de arroz-doce ambulante faz tempo que sumiu das feiras onde era frequentemente encontrado.

quinta-feira, 23 de maio de 2024

Antigas profissões dos cebolas IV - Os vendedores de Rolete de Cana

 

A venda de roletes (muita gente pronunciava roleto) de cana era uma coisa muito corriqueira nos meus tempos de criança e o consumo era surpreendente. Podiam-se comprar roletes nas feiras, nas praças, na frente das igrejas (no horário das missas) e até mesmo nos campos de futebol.

sexta-feira, 10 de maio de 2024

Antigas profissões dos cebolas III - O Vendedor de Cavaco Chinês

Todos os finais de feira era certo a passagem de um rapaz vendendo Cavaco Chinês pelo Largo santo Antônio e nas segundas-feiras, quando vinha da Feira de Carira (SE), era certo ver a passagem do mesmo a vender pela Praça dos Táxis (Praça General João Pereira).

O Cavaco Chinês era carregado condicionado dentro de latões reutilizáveis de manteiga mineira, pendurados no ombro por uma correia de couro e o vendedor ia batendo com uma haste de metal em um triângulo para chamar a atenção dos possíveis clientes. O triângulo é idêntico aos que é usado nos trios de músicas nordestinas e diferente de outros vendedores, o único som utilizado para atrair os possíveis clientes era o da batida do triângulo.

quarta-feira, 24 de abril de 2024

Antigas profissões dos cebolas II - O Vendedor de água em latões

 

vendendor-agua.jpg
Foto tirada ao lado do Brasília Bar, tendo ao fundo a Praça Fausto Cardoso e o lado
da Prefeitura Municipal de Itabaiana (SE).
Foto conseguida no Grupo Itabaiana Grande (Facebook)

O ofício de vender água em latões era uma profissão que durou até que foi implantada a Rede de Fornecimento de Água Encanada em Itabaiana. Depois de implantada a Rede de Fornecimento de água, os vendedores de água mudaram de profissão e alguns ainda resistiram durante algum tempo vendendo água em alguns povoados.

terça-feira, 16 de abril de 2024

Antigas profissões dos cebolas I - Vendedor de água na moringa

 Poucas pessoas, dos dias atuais, conhece uma moringa. Um recipiente feito de barro, usado para guardar água para beber e que durante algum tempo foi usada para venda de água em locais públicos, tais como: campos de peladas, nos locais de canteiros de obras (principalmente de casas) em geral e mais especificamente nas feiras.


Pode parecer estranho, para os dias atuais, uma situação de pessoas, na maioria das vezes crianças, vendendo água de beber em um recipiente de barro. Mas, é bom lembrar que no passado, principalmente em Itabaiana, não existia a figura da “água encanada” (serviço de distribuição de água) e mesmo depois da implantação deste serviço, demorou um bom tempo para que a grande maioria dos habitantes se tornassem usuários do sistema.

Três motivos foram os responsáveis pela demora em abandonar as cisternas, moringas, potes, porrões (as pessoas pronunciavam “purrões”), etc. Primeiro, para ligar milhares de casas a rede se demora muito e a demora era ainda maior usando os equipamentos daquela época (os regos para se colocar os canos eram cavados com picaretas), segundo era o hábito de se usar água de cisternas e o terceiro foi de ordem política. Houve até assassinatos (prefeito e filho) do lado político contra implantação da rede e os do mesmo lado político demoraram muito a ligarem as casas à rede de oferta de água.

terça-feira, 9 de abril de 2024

A Feira de Itabaiana XV - Fazendo a Feira !

 Uma das coisas mais tradicionais na Cidade de Itabaiana é as pessoas irem fazer a feira, mas quem realmente faz a feira? Quem compra ou quem vende?


Desde criança sempre imaginei a feira sendo uma porção de bancas expondo mercadorias para serem vendidas, as pessoas que colocam que transportam as mercadorias (na época era feita quase em sua totalidade por carroceiros), as que colocavam as banca eram os responsáveis de fazerem a feira! Mas tem o problema de quem vai comprar e diz na realidade que vai fazer feira! Mas quem faz a feira?

terça-feira, 26 de março de 2024

A Feira de Itabaiana XIV - A Feira das miudezas

 Hoje não existe essa feira e a grande maioria das pessoas sequer sabe o que significa. O próprio nome já diz do que se trata, que é a venda de produtos miúdos e não existia especificamente um produto e sim uma variedade de produtos. Nesta feira se vendia produtos de perfumaria, de beleza, de costura, pequenas roupas e até alguns produtos utilizados nas cozinhas.


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Banca de camelô muito semelhante as de miudeza que existiam na Feira de Itabaiana
Com o passar do tempo essa feira foi sumindo devido o surgimento de lojas especializadas em vendas destes produtos e como exemplo podemos citar o surgimentos de Lojas de Cosméticos (vendem produtos de beleza e perfumaria) que passaram a oferecer uma maior e melhor variedade.