sábado, 26 de setembro de 2020

'O empregado tem carro e anda de avião. E eu estudei pra quê?'

 Se você, a exemplo dos professores que debocharam de passageiro "mal-vestido" no aeroporto, já se fez esta pergunta, parabéns: você não aprendeu nada


O condômino é, antes de tudo, um especialista no tempo. Quando se encontra com seus pares, desanda a falar do calor, da seca, da chuva, do ano que passou voando e da semana que parece não ter fim. À primeira vista, é um sujeito civilizado e cordato em sua batalha contra os segundos insuportáveis de uma viagem sem assunto no elevador. Mas tente levantar qualquer questão que não seja a temperatura e você entende o que moveu todas as guerras de todas as sociedades em todos os períodos históricos. Experimente. Reúna dois ou mais condôminos diante de uma mesma questão e faça o teste. Pode ser sobre um vazamento. Uma goteira. Uma reforma inesperada. Uma festa. E sua reunião de condomínio será a prova de que a humanidade não deu certo.

quarta-feira, 16 de setembro de 2020

A história dos japoneses escravizados por portugueses e vendidos pelo mundo mais de 400 anos atrás

  Ana Paula Ramos

  • De Tóquio para BBC News Brasil
Ilustração de portugueses que atuavam no Japão, capitães de barcos de escravos


Em 1585, um menino japonês de oito anos de idade foi raptado e vendido como escravo a Rui Pérez, um comerciante português que atuava em Nagasaki. O menino, que ficou conhecido como Gaspar Fernandes, nasceu em Bungo (atual província de Oita, no sul do Japão) e foi o primeiro de cinco escravos asiáticos que Pérez adquiriria nos anos seguintes.

sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Conversando comigo mesmo

Desde criança tenho o hábito de falar gesticulando, mas isso era e é considerado uma coisa normal. O que naquela época não era considerado normal era pensar alto (falar sozinho) e já na infância costumava pensar de como resolver as coisas gesticulando.

Algumas pessoas costumam tentar ridicularizar quem pensa em algum assunto gesticulando e fico imaginando o que elas acham das pessoas que conversam com elas mesmo. Isso mesmo a pessoas pensar e conversar consigo mesmo !

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

As dores que nos restam são as liberdades que nos faltam

 A educação deve ser vista como um meio de igualdade e de ascensão social e não um lugar de reprodução de privilégios


Redação, 25 de junho de 2018


A Declaração da III Conferência Regional da Educação Superior, aprovada dia 14 de junho na Universidade Nacional de Córdoba, nos convoca “a lutar por uma mudança radical por uma sociedade mais justa, democrática, igualitária e sustentável”. O encontro celebrou um século do movimento por reforma do ensino na Argentina, em que os estudantes proclamaram que “as dores que nos restam são as liberdades que nos faltam”. Pobreza, desigualdade, exclusão, injustiça e violência social são dores que existiam à época e que continuam existindo, constataram os participantes da conferência.