quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Os Apologistas da Globalização


Para compreendermos o ciclo de mudanças de fundo operadas na vida socioeconômica contemporânea com a globalização, é necessário enfatizar a importância da nova ideologia do grande capital como instrumento especial de consolidação de sua hegemonia mundial. Nenhum sistema se sustenta se não estrutura um corpo de idéias que o justifique e o viabilize social e politicamente. Neste sentido, o grande capital, diante da falta de uma ideologia para o mundo globalizado preferiu retornar ao estatuto ideológico do século 18, buscando adaptá-lo às novas condições de economia globalizada. Por isso o prefixo neo(novo) acrescentado da velha ideologia liberal.

domingo, 23 de outubro de 2011

A ONG SUSPEITA!!!


O programa Fantástico, da Rede Globo, fez uma matéria e levantou suspeitas contra a ONG "Pra Frente Brasil" (pertencente a ex-jogadora de basquete Karina Rodrigues). Esta ONG atua 18 cidades e apenas uma é do PC do B, algumas do PSDB, PPS e até DEM) e atende 18.000 alunos como meta. 

Mas, a Rede globo também é proprietária da Fundação Roberto Marinho que recebeu R$17 milhões, do Ministério do Turismo, para treinar 80 mil pessoas no dioma Inglês e Espanhol e parece que treinou alguns gatos pingados. 

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Aeroportuários dizem NÃO a privatização


Uma luta na agenda de todos os trabalhadores...Informe-se, este é um movimento político de enorme significado frente aos mais legítimos interesses do trabalhador brasileiro. Coloca no foco da luta política o tipo de Estado que queremos.


TEXTO REPLICADO DESTE ENDEREÇO:
http://alexprado33.blogspot.com/2011/10/aeroportuarios-dizem-nao-privatizacao.html

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

PALAVRAS VAZIAS


Na semana passada, pretendi colocar em discussão o uso indevido da palavra “democracia”, vocábulo que nos é muito caro, mas que vem sendo abastardado pela sua pretensa identificação semântica com“capitalismo” ou “liberalismo” .

Será que realmente estamos em uma democracia só porque vivemos debaixo de um sistema que garanta a livre expressão?

Se o que nos cerca são desigualdades históricas, crônicas, onde a fome e a miséria estão presentes, essa é , realmente, uma “democracia”?

Algumas outras expressões consagradas, no campo da política ou da economia, sempre me incomodaram.

Lembro que, quando jovem, o pessoal da direita se referia aos exploradores – aí entendidos os latifundiários, os coronéis do açúcar, os grandes capitalistas, etc – como a “classe produtora”, desprezando totalmente, no processo de produção da riqueza nacional, os trabalhadores do campo e da cidade, numa demonstração clara, pela seleção vocabular, de segregação social.
Hoje esse termo é menos usado, mas encontra um certo substituto na palavra “empreendedor”, que parece querer referir-se tão somente aos que, detendo o capital, podem criar empresas.

Outra palavra que não me cai bem aos ouvidos, pela generalização com que hoje é empregada, é o termo “consumidor”.
Parece que se está extinguindo o “cidadão”, palavra que remete a todos os direitos e deveres do ser humano em uma sociedade democrática, trocada por esse vocábulo que revela claramente a essência de uma economia “de mercado”, na qual as pessoas valem pelo que possuem ou podem possuir e só nessa condição devem agir.

Aliás, a palavra “mercado” também é incomodativa, porque ocupa, hoje, destaque equivalente ao dos magos e demiurgos de antigamente, quase um deus a comandar o espetáculo da desigualdade social.
Quando ouço declarações de que “o mercado está nervoso”, confesso que eu é que fico, diante desse disparate metonímico.
Nem vou dizer aqui, ainda no plano da economia, o que penso da “lei da oferta e da procura”, pois certamente seria trucidado verbalmente pelo pessoal do economês.

Mas sempre me pareceu estranho que, havendo maior procura por um bem, este tenha que ter seu valor aumentado: é o mesmo bem, sua produção demandou o mesmo custo, mas ele passa a “valer mais” porque há mais gente que o tem como objetivo.
Confortável para quem produz, não? Mas e o outro lado, como é que fica? Fica pagando mais...

Na relação de palavras ou conjunto de palavras que me parecem exotéricas, está a expressão “segredo de Estado”.

Afinal, que é o Estado, quem é o Estado?

Em boa hora, em episódio recente, o Governo parece que acabou entendendo que não poderia declinar da divulgação dos fatos da história brasileira , para o conhecimento geral do povo.

Sei que certas recalcitrâncias se fazem ainda em nome de uma malfadada “governabilidade”, mais uma palavra perversa que coloca certos políticos ou grupos em condição de, velada ou escancaradamente, chantagear o Governo, condicionando seu apoio a medidas sérias em troca de decisões não tão sérias, como, por exemplo, a de condenar ao silêncio fatos significativos de nossa história.

É coisa petrificada na política nacional: nenhum partido governa sem o PMDB, essa aberração política que pode estar á esquerda ou à direita, desde que atendidas suas conveniências de desfrute do poder.

E a esse processo de submissão se dá o nome de“governabilidade”...

No campo da política, e em outros, a mídia usa e abusa de uma palavra que me causa espécie: “o especialista”.

Você pode apostar que, quando a mídia tem interesse em disseminar tal ou qual opinião, sempre há de mencionar um “especialista” que, ouvido, diz exatamente o que se pretende que ele diga. Trata-se de especialistas por conveniência...

O que me lembra Darcy Ribeiro, que, ao falar sobre especialistas, dizia que há pessoas que, quanto mais se aprofundam no saber do que sabem, mais ignorante ficam no resto.

Estava no meio desta coluna quando ouvi alguém falar na tal de“falta de vontade política”, para justificar a ausência de uma atitude por parte de um determinado governo.

Ora, quando qualquer governo não faz alguma coisa é porque não quer fazer , ou porque não acredita naquilo, ou porque pretende outra coisa.

Sendo assim, “vontade política de não fazer” seria uma expressão melhor... Fazendo aqui uma autocrítica, porque eu mesmo já usei muitas vezes essa expressão, cá para nós, “vontade política” é eufemismo vazio, tão vazio quanto a palavra “atitude”, impiedosamente usada hoje por cronistas esportivos para mostrar que o atleta X ou Y deve agir no sentido W ou Z...

O que você acha da expressão “clamor da opinião pública”, quando utilizada pela mídia a serviço de seus objetivos nem sempre confessados?

A “opinião pública” é , quase sempre, a opinião que se publica, ou seja, a opinião que segue a linha político-ideológica do órgão midiático que a apregoa.

Seguimos , assim, nesse cotidiano repleto de palavras vazias, ou enganosas, ou falsas. E este texto não tem o propósito ou a pretensão de vê-las banidas, que essa é uma luta inglória, mas quer propor, pelo menos, um convite ao enfrentamento.

Afinal, em outro contexto, Drummond já havia afirmado: “Lutar com as palavras é a luta mais vã. No entanto, lutamos”.



Sobre o autor deste artigo



Rodolpho Motta Lima



Advogado formado pela UFRJ-RJ (antiga Universidade de Brasil) e professor de Língua Portuguesa do Rio de Janeiro, formado pela UERJ , com atividade em diversas instituições do Rio de Janeiro.
Com militância política nos anos da ditadura, particularmente no movimento estudantil. Funcionário aposentado .

FONTE:  DIRETO DA REDAÇÃO  

e replicado em

domingo, 9 de outubro de 2011

Quem mudou, foi o Jô Soares ou foi a Rede Globo?

Esse vídeo ganhou repercussão recentemente, mas foi gravado em 1988 no programa Troféu Imprensa (SBT - Programa Silvio Santos), publicado recentemente na página do SBT, sessão Troféu Imprensa, onde Jô Soares  fala sobre a Ética da Rede Globo. Ouvindo o vídeo, fica a seguinte perginta: quem mudou, foi a Rede Globo ou foi o Jô Soares? Assistam o vídeo abaixo:
Texto relacionado:
A MÍDIA IMPARCIAL III

terça-feira, 4 de outubro de 2011

A “gastança pública” com os juros

Por Altamiro Borges



Num discurso unificado e enfadonho, diariamente os líderes da oposição demotucana, os “agentes do mercado” e a mídia rentista repetem que o Brasil precisa cortar gastos públicos. A “gastança”, segundo eles, estaria concentrada na Previdência Social e no “inchaço” da máquina pública. Em síntese, eles propõem a redução dos direitos previdenciários e a demissão de servidores.

A malandragem é evidente. É certo que o país desperdiça dinheiro com gastos desnecessários. Mas a culpa não é dos aposentados ou do funcionalismo. O sangramento se dá, principalmente, pelo pagamento dos juros aos rentistas. Neste ponto, porém, o deus-mercado silencia. Ele quer cortar gastos dos mais necessitados para sobrar mais dinheiro – o tal superávit primário – para os ricaços.

R$ 160 bilhões torrados com juros

Segundo relatório do Banco Central, o superávit primário do setor público consolidado – governo federal, estados, municípios e empresas estatais – chegou a R$ 4,561 bilhões em agosto. Mas a economia não foi suficiente para cobrir os gastos com juros, que atingiram R$ 21,663 bilhões. Com isso, o déficit nominal ficou em R$ 17,101 bilhões, contra R$ 10,699 bilhões de agosto de 2010.

Nos oito meses do governo Dilma, o superávit primário atingiu R$ 96,540 bilhões. No mesmo período, o gasto com juros chegou a R$ 160,207 bilhões, ante R$ 125,045 bilhões de janeiro a agosto de 2010. Segundo o próprio relatório do BC divulgado na sexta-feira (30), o aumento do sangramento se deu “principalmente, pelo patamar mais elevado da taxa Selic acumulada no ano”. 

Contra a “gastança” dos juros

Isto sim é que é “gastança pública”. O esforço produtivo nacional é assaltado para beneficiar 0,01% de rentistas do Brasil. O certo seria desencadear uma campanha pela imediata redução da “gastança” com juros, exigindo a sua drástica queda e outras medidas mais duras de combate à especulação financeira. Evidente que a oposição demotucana e a mídia rentista não vão topar!

Texto original neste endereço: Blog do Miro

Textos relacionados:

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Falácia da Carga Tributária no Brasil

domingo, 2 de outubro de 2011

Quem são os caloteiros no Brasil?

Por Paulo Daniel, na CartaCapital:

Nos últimos oito anos, o montante de crédito concedido às pessoas físicas, com recursos livres, cresceu de forma expressiva, passando do equivalente a 5% do Produto Interno Bruto (PIB) em janeiro de 2003 para 15,5% do PIB em julho de 2011.

Neste sentido, o Banco Central do Brasil (BC) realizou uma análise das características dos tomadores de empréstimos de quatro grandes bancos que, juntos, detinham 74% do mercado em julho de 2011. Entre as informações analisadas nos dados cadastrais, estão gênero, idade, estado de residência, tipo de ocupação e inadimplência.

Segundo o levantamento, em todas as regiões do Brasil clientes com a ocupação “profissional liberal” ocupam o desconfortável primeiro lugar na lista de inadimplentes. Na região Centro-Oeste, é onde há o pior indicador: 5,2% dos profissionais liberais estão com pagamentos de dívidas com atraso superior a 90 dias. Em seguida, estão as regiões Sudeste (5,1%), Sul (4,6%), Nordeste (4,5%) e, por último, os Estados do Norte (4,4%).