Em uma sentença que chama a atenção pela severidade e a ausência de proporcionalidade, o ex-presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva, foi condenado, ontem, por um juiz do Rio de Janeiro - com uma decisão que atingiu também a sua filha - a 43 anos de prisão por crimes supostamente cometidos durante as obras da usina nuclear de Angra 3.
O vice-almirante Othon é um dos maiores cientistas brasileiros, um dos principais responsáveis pelo programa de enriquecimento de urânio da Marinha, que levou o Brasil, há 15 dias, a fazer a sua primeira venda desse elemento químico - usado como combustível para reatores nucleares - para o exterior, para uma empresa pertencente ao governo argentino.
Em qualquer nação do mundo, principalmente nos EUA - país que, justamente por ser brasileiro, e não norte-americano, o teria espionado,