domingo, 2 de julho de 2017

Curiosidades bélicas no horizonte


Quem não observa a evolução dos fatos acaba vítima deles.

Por Maria Fernanda Arruda – do Rio de Janeiro

Maria Fernanda Arruda
é colunista do Correio do Brasil,
 sempre às sextas-feiras
Os campônios da China relutaram em aceitar os alertas do governo sobre a invasão do Japão na guerra e pagaram por isso. Hoje precisamos deduzir e observar a evolução das guerras e conquistas. Como se fosse uma ‘curva de Gauss’ (é o meio estatístico de registrar a evolução de um processo), estamos voltando às origens da espécie.

Sem aprofundamento na matéria, sabemos que desde o reino animal as lideranças se impõem como se fosse “no grito’, isto é, o mais forte exibe seu rugido ou seu porte de força e domina o rebanho ou as fêmeas. Na evolução social, a China deu sua contribuição com a invenção da pólvora e redimensionou o confronto de forças.

Catapultas e depois canhões substituíram falanges oblíquas, armas outras vieram e a aviação e bombas completaram esse quadro até o século passado. Mas a roda viva, em seu giro, mudou o viés em parte. Ainda haverá, por pressão econômica e política a duração da industria bélica, mas aos poucos vemos a dita curva de Gauss se chegado ao ponto de origem – estamos voltando ao zero!
Quadrúmanos

Hoje já registramos a incongruência ou inconsequência de alguns procedimentos tradicionais. Ainda que no Oriente os EUA (sempre eles), estejam despejando suas bombas tradicionais, vemos que como laboratório, estão usando técnica mais barata, rápida e eficaz para dominar povos e países.

Basta a nós a verificação de que pouco se dá em termos de eficácia de defesa, o patrulhamento de fronteiras se a dominação se faz dentro do Palácio da Alvorada ou do Congresso ou do STF.

Nenhum tiro ou bomba! Apenas ordens em voz moderada ou mesmo por telefone ou por recado de embaixador.

Já testaram esse meio de dominação em 1964, colocando em prática sua observação do êxito que teve a tropa de Hitler na França de Petain. Basta localizar os servis a que lá davam nome de colaboracionistas, ou aos que aqui se denominam ‘capachos’. E parecem crianças disputando balas em distribuição de festa…e há aos montes, fardados, togados e enfeitados desejosos de atender a “master voice” – tal como servos da gleba a oferecer até a “jus primae noctis” aos senhores, em vassalagem total.
Entrega tudo

Se. em 1964. tiveram o êxito que se viu e exerceram por mais de 20 anos suas prerrogativas senhoriais, agora, diante da novidade do pre-sal que lhes foi grata surpresa, mais uma vez estão presentes e dominando tudo! E, no grito, como se quadrúmanos fôssemos e submissos como nossos ancestrais (segundo Darwin).

Para que incomodariam seus ‘marines’ e movimentariam naves se, via oral, obtém o mesmo efeito? Podemos nos orgulhar do pioneirismo em ser dominados ‘no grito’. Então daremos lição de como entregar tudo, não só o objetivo inicial, mas tudo!

Minérios, florestas e, de sobra, o governo (com substituição de titulares, se exigido), o poder legislativo e o fundamental, o Judicial. Até poderemos esclarecer que mandamos antecipadamente um aprendiz togado para cursar na CIA/FBI, e partir daí para destruição de empresas e mais planos que incomodavam aos senhores.

Maria Fernanda Arruda é escritora e colunista do Correio do Brasil.

Texto original: CORREIO DO BRASIL

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