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segunda-feira, 10 de março de 2014

Metade dos brasileiros já se informa pela internet

97% das pessoas assistem TV pelo menos uma vez por semana, 61% ouvem rádio e 47% acessam a internet, mas só 6% leem jornais e 1%, revistas.

Najla Passos


Brasília - A internet já é o principal meio de informação para metade dos brasileiros (47%), segundo a Pesquisa Brasileira de Mídia 2014, da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República. A TV continua como o meio de comunicação que mais atinge a população do país (97%), seguida pelo rádio (61%), mas ambos perdem terreno entre o público mais jovem, justamente onde a internet avança. Já os veículos impressos patinam em todas as faixas etárias: só 6% dos brasileiros leem jornal diariamente e apenas 1%, revistas.

A internet ganha mais peso quando os entrevistados indicam o meio de comunicação preferido, ainda que a quase totalidade deles usem mais de um para se informar. A TV continua na dianteira (76,4%), seguida pela internet (13,1%), pelo rádio (7,9%), pelos jornais impressos (1,5%) e pelas revistas (0,3%). Na internet, 32% dos entrevistados apontam as redes sociais como meio preferido, inclusive, para se informar.

“Todos nós tínhamos ideia clara que a importância da internet na informação vinha crescendo. Como não temos pesquisa anterior do mesmo tamanho, não se pode fazer uma comparação, mas se pode hoje dizer que sim, quase metade dos brasileiros se informa e usa a internet como meio cotidiano e rotineiro da informação. Isso é muito importante tanto para as políticas de comunicação quanto como retrato de como o brasileiro se informa”, afirmou o ministro-chefe da Secom, Thomas Traumann.

A pesquisa é a maior do gênero já realizada no país e a primeira que mostra de forma clara em que meio o brasileiro busca informações. O trabalho de campo deu-se entre os dias 12 de outubro e 6 de novembro de 2013, quando 200 pesquisadores aplicaram 75 perguntas a 18.312 brasileiros em 848 municípios, de todas as unidades da federação. A elaboração do questionário, a coleta de dados, a checagem e o processamento dos resultados estiveram a cargo do IBOPE Inteligência, contratado pela Secom, por meio de licitação.

O estudo mostra que a maior parte dos brasileiros assiste TV todos os dias da semana (65%). A pesquisa aponta também que 31% dos lares brasileiros são atendidos por um serviço pago de TV, em contraste com a ampla presença da TV aberta, que está em 91% dos domicílios. Em 24% dos casos, há os dois serviços.

No caso do rádio, um em cada cinco brasileiros (21%) ouve todos os dias, enquanto dois quintos (39%) nunca o fazem. Tal como a TV, o hábito é maior entre os mais velhos: sobe de 15% entre os mais jovens para 26% entre a população com mais de 65 anos.

O estudo mostra ainda que a mídia impressa desaparece aceleradamente da preferência dos brasileiros: 76% nunca leem jornais e 85%, revistas. Enquanto 24% ainda leem jornais pelo menos uma vez por semana, no caso das revistas o índice cai para 7%. Entre os jornais mais citados pelos entrevistados, figuram os meios regionais, que priorizam notícias locais. O Extra, do Rio de Janeiro, foi o mais lembrado, contando com 7,5% dos leitores. O Globo foi citado por apenas 3,5% dos entrevistados, a Folha de S. Paulo, por 1,3%, e o Estado de São Paulo, por 1,1%. Dentre as revistas, a Veja foi lembrada por 25,5% dos leitores, seguida pela Caras, citada por 9,3%.

Texto original : CARTA MAIOR

Texto relacionado: A GUERRA DOS SOFTWARES

sexta-feira, 7 de março de 2014

A GUERRA DOS SOFTWARES


(Hoje em Dia) - Na reunião da Cúpula Brasil-União Europeia, em Bruxelas, a Presidente Dilma discutiu, entre outros assuntos, a construção de um novo cabo ótico ligando diretamente a América do Sul à Europa, sem passar pelos EUA.

Teoricamente, a intenção é aumentar a segurança das comunicações entre os dois continentes, evitando que os dados sejam facilmente interceptados pelos norte-americanos. 

O cabo teria participação da Telebras, pelo lado brasileiro, e da empresa espanhola Islalink. Redes de comunicação de alta velocidade para se conectar com o mundo são, hoje, uma necessidade estratégica. 

O Brasil já se associou a outros países sul-americanos, para a construção do Anel Ótico da UNASUL. 

E, infelizmente, a Telebras, por falta de recursos – argumento inaceitável quando o BNDES empresta bilhões para multinacionais como a Vivo – acaba de retirar-se de uma parceria com a Angola Cables para construir um cabo ótico entre o Brasil e o continente africano.

O cabo Brasil-Europa pode ser uma boa ideia, mas teria sido melhor se a Telebras tivesse se associado a uma companhia estatal do outro lado do oceano, no lugar de escolher uma empresa privada, e ainda por cima espanhola, país que ficou conhecido nos últimos anos por sua abjeta sujeição aos EUA. 

Para dificultar o trabalho dos espiões norte-americanos, no entanto, não basta que cabos como esse deixem de passar pelos EUA.

Dados são interceptados com o uso de vírus e malwares a todo momento, e só se pode vencer um software com o uso de outro software para combatê-lo.

Esse é o caso do Sikur, um sistema desenvolvido por uma empresa gaúcha do mesmo nome, que está sendo usado pelo Ministério da Justiça e que deverá se estender para outros órgãos do governo.

Ele atua como uma plataforma online para escrever e receber recados que avisa por e-mail quando o usuário recebe uma mensagem. Como a mensagem só pode ser lida dentro da plataforma, vírus ou o serviço de e-mail do usuário não conseguem abrir, copiar ou interceptar os dados.

Além dessa plataforma, a empresa criou mais dois programas, o SK Vault, para guarda e intercâmbio de arquivos, e o SK Mobile, disponíveis na PlayStore e na Apple Store.

Se quisermos dar trabalho aos hackers que operam nas agências norte-americanas de inteligência e em instituições similares de outros países, teremos que desenvolver permanentemente nossos próprios programas e aplicativos. 

Para que iniciativas como o Sikur se multipliquem, será preciso que o governo faça pesados investimentos em software nacional, desenvolvido por programadores brasileiros que tenham lealdade para com quem encomendou o trabalho e amor pelo Brasil.

O software é o rifle de assalto, o submarino, o caça, o míssil, a ogiva nuclear da Guerra Eletrônica.

Se não pudermos passar à frente de nossos concorrentes, tentemos ao menos nos manter correndo.

Texto original : Mauro Santayana

domingo, 13 de janeiro de 2013

VIVO CONTRATA RATO E MANDA MAIS DE UM BILHÃO EM DIVIDENDOS PARA A EUROPA

Depois de pegar emprestados bilhões de reais a juros subsidiados com o BNDES nos últimos anos, a Telefónica Brasil (VIVO) aprovou, ontem, o pagamento de um bilhão, seiscentos e cinquenta milhões de reais em dividendos, relativos apenas ao lucro auferido nos três primeiros trimestres de 2012. Setenta e quatro por cento dessa quantia, ou o equivalente a quase 500 milhões de euros, vai direto para a matriz, na Espanha. 

Quanto ao cabide de empregos do Conselho da Telefónica - lembram que essa foi uma das desculpas para a privatização das estatais, inclusive Telebras, na década de 90 ? - continua lindo. 

Mal saiu Iñaki Undargarin, ex-jogador de basquete e genro do Rei Juan Carlos, o Caçador de Elefantes, acusado de corrupção e contratado por um milhão e quinhentos mil euros (quase 4 milhões de reais) por ano, como "conselheiro" para a América Latina, já entrou Rodrigo Rato, ex-presidente do FMI e sob investigação por fraude no banco estatal espanhol Bankia, que vai receber belíssima soma para atuar como "consultor externo" da multinacional espanhola, que, no Brasil, é comandada, há anos, por um ex-diretor da ANATEL.

TEXTO REPLICADO DESTE ENDEREÇO:

Texto Relacionando:

sábado, 20 de outubro de 2012

AS TELECOMUNICAÇÕES E A SEGURANÇA DO BRASIL

O Comitê de Inteligência do Congresso dos Estados Unidos divulgou, nos últimos dias, relatório em que acusa os fabricantes chineses de equipamentos de telecomunicações ZTE e Huawei, de produzirem material passível de ser utilizado em ações de espionagem contra o governo norte-americano.

Os EUA são useiros e vezeiros em espionar a rede e os sistemas de telefonia com programas que captam palavras-chave que imaginam estar ligadas a mensagens supostamente emitidas por organizações “terroristas” ou governos estrangeiros hostis.

As acusações foram prontamente refutadas pelas empresas. De acordo com seus porta vozes, o objetivo do relatório é prejudicar o acesso de seus produtos ao mercado norte-americano. O episódio serve para nos mostrar a crescente ligação entre segurança nacional e telecomunicações. Desde a privatização do sistema, temos nos descuidado dessa preocupação com a nossa estratégia nacional de defesa.

Nos anos 1990, a Telebras foi criminosamente esquartejada, vendida e desnacionalizada pelo Governo Fernando Henrique Cardoso. E a sua recuperação parcial está sendo sabotada.

Até mesmo os satélites Brasilsat, por cujos canais passa a comunicação de nossas Forças Armadas, vital em caso de conflito, foram entregues ao controle estrangeiro, mediante a Embratel.

O Grupo francês Alcatel-Lucent acaba de anunciar um contrato com a empresa norte-americana Seaborn Networks, para a instalação de um cabo ótico submarino, de 100 gigabites, entre Nova Iorque e São Paulo, com conexão em Fortaleza.

Curiosamente, o executivo-chefe da Seaborn Networks, Larry Schwartz, é citado, na página principal do site da própria empresa, como um especialista cujos artigos são rotineiramente publicados em páginas ligadas ao “establishment” estratégico-nacional norte-americano, como o Council of Foreign Relations (Conselho de Relações Externas) e o Center for International Security & Arms Control(Centro de Segurança Internacional e de Controle de Armas) da Universidade de Stanford.

Pouco importando o teor dos artigos de Mr. Schwartz, estamos na iminência de ter, nos próximos anos, nosso tráfego de internet, de transmissão de dados e de voz, com os Estados Unidos e (via EUA) com o resto do mundo, fisicamente controlado, e eventualmente filtrado e monitorado, por uma empresa estrangeira. Essa empresa, sediada em país estrangeiro, é comandada por um especialista norte-americano ligado ao universo da “segurança internacional” e da tecnologia da informação. A ANATEL, que teoricamente deve autorizar a instalação do cabo em território brasileiro, tem conhecimento disso? Essa ligação submarina faz parte, por acaso, das quatro que estão previstas para ser instaladas pela Telebrás nos próximos anos? Com a palavra, o nosso Congresso. Não o dos Estados Unidos.


TEXTO REPLICADO DESTE ENDEREÇO:
http://www.maurosantayana.com/2012/10/as-telecomunicacoes-e-seguranca-do.html