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quinta-feira, 28 de maio de 2015

Que tal TVs voltarem a pagar ICMS?

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

Em tempos de ajuste fiscal, quando se procura o equilíbrio entre a arrecadação e as despesas, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), encontrou-se com governadores e propôs incluir na agenda parlamentar o chamado pacto federativo. Na prática, os estados e municípios reclamam uma maior fatia do bolo dos impostos para si, reduzindo a fatia do governo federal.

Mas não há como redistribuir o bolo sem dividir também as responsabilidades pelas despesas definidas na Constituição Federal de 1988. Para citarmos um exemplo, de nada adianta para o cidadão ver verbas aumentadas para o município ao custo da redução de sua aposentadoria paga pelo INSS, um órgão federal.

Assim como o Ministério da Fazenda busca aumentar a arrecadação, seja através do aumento da alíquota da Contribuição Social Sobre o Lucro dos bancos, taxação de importados e retirada de alguns estímulos de desoneração usados para enfrentar a crise mundial, os estados e municípios podem procurar soluções semelhantes.

Um caso claro de perda de receita indevida é a imunidade concedida a grandes empresas de TV e rádio para não pagarem o Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Este é um imposto dividido exclusivamente entre estados e municípios e nenhuma parte vai para União.

Nós, que não somos bilionários na revista Forbes, pagamos ICMS na conta de telefone, na conta da banda larga e na assinatura da TV a cabo. Mas as redes de televisão abertas, cujos donos são quase todos bilionários, não pagam nem um centavo de ICMS sobre o que ganham para transmitir a mensagem comercial do anunciante ao telespectador.

Nisto o lobby dos "barões da mídia" sempre foi forte dentro do Congresso Nacional. Quando parlamentares não são os próprios donos de tvs e rádios, quase sempre preferem bajular os donos da mídia concedendo estas benesses legislativas.

Na Constituição imposta pela ditadura, de 1967, competia à União instituir imposto sobre serviços de transporte e comunicações. Assim a radiofusão comercial deveria pagar o Imposto sobre Serviços de Transportes e de Comunicações - ISTC. Os anos se passaram e nada de regulamentar a lei para cobrar o imposto das emissoras. Só no apagar da luzes da ditadura, em 20 de dezembro de 1984, o Decreto Lei nº 2.186 regulamentou, mas não para cobrar, e sim isentando a televisão e o rádio.

Com a redemocratização, a Constituição Federal de 1988 passou este imposto para competência estadual. Os serviços de comunicação comercial passariam a pagar o ICMS, inclusive as emissoras abertas sobre os anúncios que veiculassem, apesar de muitas tentativas de interpretar juridicamente que o imposto não alcançaria a radiofusão.

O lobby da mídia voltou-se para as Assembleias Legislativas e para os governadores. Vamos pegar o exemplo do que ocorreu no Rio de Janeiro, sede da maior rede nacional de televisão. A lei estadual nº 1423, de 27 de janeiro de 1989, estendeu para a radiofusão a imunidade que a Constituição Federal só dava aos jornais, livros e revistas.

Quando Leonel Brizola assumiu o governo fluminense pela segunda vez, ingressou com uma Ação de Inconstitucionalidade, Adin 773, no Supremo Tribunal Federal, em 1992, contestando, pois imunidade tributária só poderia ser concedida a partir da Constituição Federal. O pleno do STF julgou em caráter liminar favorável ao governo do Rio, mas a tramitação do julgamento definitivo levou mais de duas décadas.

A ação ficou parada na gaveta do Procurador Geral da República para vistas de outubro de 1994 até fevereiro de 2002, quando finalmente Geraldo Brindeiro devolveu com o parecer pela inconstitucionalidade.

Em junho de 2002, houve troca de relator. Saiu da mãos do ministro Neri da Silveira e caiu nas mãos do ministro Gilmar Mendes. Pouco mais de ano depois, Mendes liberava a ação para entrar em pauta para julgamento, conforme publicado no Diário Oficial do dia 01 de agosto de 2003.

Mas a ação inexplicavelmente ficou engavetada por mais 11 anos sem nenhuma tramitação até ser julgada. Os ex-presidentes do STF Maurício Corrêa, Nelson Jobim, Ellen Gracie, o próprio Gilmar Mendes, Cezar Peluso, Ayres Britto e Joaquim Barbosa não colocaram em julgamento. Só foi julgada em 20/08/2014 em sessão presidida pelo ministro Ricardo Lewandovsky.

Pausa para uma curiosidade. Como o mundo é pequeno, o filho do ex-ministro Joaquim Barbosa veio a trabalhar recentemente na produção do programa de Luciano Huck da TV Globo. Alexandre Kruel Jobim, filho do ex-ministro Nelson Jobim, foi diretor corporativo do grupo RBS, que possui canais de TV afiliados da Rede Globo no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.

O julgamento do STF deu ganho de causa por unanimidade para o governo do Rio poder cobrar ICMS de emissoras como a TV Globo, Record, SBT, Bandeirantes, etc. Mas a decisão chegou tarde demais, já não produzindo nenhum efeito.

Em 27 de junho de 2003, antes do ministro-relator Gilmar Mendes colocar a ADIn de Brizola em pauta para julgamento, o ex-deputado paranaense André Zacharow apresentou uma emenda à PEC da Reforma Tributária (41/2003) que colocava na Constituição Federal a imunidade ao ICMS das TVs abertas e rádios.

Pausa para outra curiosidade. Zacharow foi eleito em 2002 pelo PDT de Brizola e ainda era filiado a este partido quando apresentou a PEC. Depois migrou para o PMDB tornando-se aliado de Roberto Requião até hoje. O ex-governador do Paraná, em 2004, queria acabar com a imunidade do papel jornal à cobrança do ICMS.

Em 19 de dezembro de 2003, a PEC 41/2003 estava aprovada e, desde então, os estados não podem mais cobrar ICMS sobre a veiculação de anúncios comerciais nas rádios e TVs abertas.

Se em 2003 algumas empresas de mídia estavam em grave crise financeira, hoje grandes emissoras de TV têm lucros exorbitantes. A família Marinho, dona da TV Globo, ostenta a maior fortuna do Brasil segundo a revista Forbes. Não há mais motivo para desfrutar de um privilégio tributário que outras empresas não tem. É hora de revogar na Constituição a imunidade que a emenda do ex-deputado Zacharow criou.

http://altamiroborges.blogspot.com/

Texto replicado deste endereço: BLOG DO ILIKE CHOPIM

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Quando Tancredo governava Minas, Aécio tinha carteira de policial como “secretário particular” do avô


por Rodrigo Lopes, especial para o Viomundo

Sem nunca ter tido formação policial, o senador e candidato à Presidência da República, Aécio Neves (PSDB), já teve e utilizou carteira da polícia mineira para dar a famosa “carteirada”.

Aécio aproveitou da influencia do clã familiar para obter a carteira de polícia de número 8.248, emitida em 19 de abril de 1983 pela Secretaria de Segurança Pública de Minas Gerais (SSP-MG), que assegurava ao seu portador poderes de polícia.

A carteira foi obtida por Aécio quando ele tinha 23 anos, na mesma época em que seu avô, Tancredo Neves, governava o Estado de Minas Gerais.

Cópia do documento publicada neste blog encontra-se arquivada na sede do Conselho Regional de Economia de Minas Gerais (Corecon).

Para requerer o seu registro profissional de economista junto ao Corecon, Aécio optou por utilizar a carteira policial em vez da carteira de identidade oficial.

Aécio exerceu o cargo de secretário de gabinete parlamentar da Câmara dos Deputados dos 17 aos 21 anos, entre 1977 e 1981.

No mesmo ano em que “deixou” a Câmara, começou a trabalhar na campanha para o governo de Minas Gerais com o avô. Em 1983, foi nomeado secretário particular de Tancredo Neves.

PS do Viomundo: Aécio admitiu que morava no Rio quando exerceu o cargo de assessor parlamentar em Brasília. Além de neto de Tancredo, ele é filho do falecido deputado federal Aécio Ferreira da Cunha, que serviu à Arena, o partido de sustentação da ditadura militar. Aos 25 anos de idade, depois da morte de Tancredo, Aécio foi indicado diretor da Caixa Econômica Federal pelo então ministro da Fazenda, Francisco Dornelles, primo dele. Era o governo Sarney, do qual Aécio também obteve concessão pública de uma emissora de rádio em Minas Gerais.

Leia também:

domingo, 13 de março de 2011

DISCURSO DO OPORTUNISMO II

Esqueceram que existem vídeos na internet que mostram os que eles escondem.

 Durante o pleito eleitoral do ano passado (2010) ficou claro o discurso feito de acordo com a ocasião feito pelo então candidato a Presidente José Serra (clique aqui). Quando da crise econômica (2008-2009), o mesmo saiu em vários canais de TVs criticando as medidas adotadas no Governo Lula e depois que a crise passou e ficou comprovada que foi apenas uma “marolinha” o mesmo saiu dando discurso que as coisas foram feita do jeito que ele falou (clique aqui).

Agora, quem vem dizendo que o Governo Lula foi uma continuidade do Governo Fernando Henrique (FHC) são os eleitores frustados de José Serra. O problema é que hoje existe a internet e mesmo que a grande imprensa esconda as contradições dos políticos que defende, a própria internet se encarrega de mostrar o discurso de ocasião.
Para quem acredita que o Governo Lula foi uma continuidade do Governo FHC, o vídeo abaixo mostra os jornalistas da Redes de TVs e políticos do PSDB dizendo justamente o contrário, que a responsabilidade dos resultados da economia foi do foi do então Presidente Lula. Assistam e tirem a conclusão:

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

DISCURSO DO OPORTUNISMO

Quando estamos caminhando pelas ruas ou mesmo lendo as opiniões em blogs, jornais e TV e vejo os discursos e comentários do que criticam o governo do atual presidente Lula e depois olho para as notícias e vídeos do passado notamos uma compostura na mudança radical dos discursos. Vamos ver somente alguns deles:

OS ARGUMENTOS ATUAIS:

a) a Política Econômica do governo atual está bem por que o Lula deu continuidade ao que o Fernando  Henrique fez.
b) O Bolsa família irá ser ampliado por (Serra diz que irá dobrar o valor) por que é uma coisa importante no combate a pobreza e diminui a fome e socialmente diminui a violência.
c) Praticamente todos os candidatos estão utilizando da imagem do Lula tentando ganhar o o voto do eleitorado. Até o José Serra se utilizou da imagem do presidente Lula para tais fins.

E COMO ERAM OS ARGUMENTOS NO PASSADO PARA CRITICAR O LULA:

a) A política econÃ?mica era incompetente com um PIB igual ao do Haiti, o país mais pobre do planeta. Isso era dito pela oposição do PSDB, DEM e PPS e toda a imprensa fazendo dando ênfase ao discurso da oposição, tendo como expoentes Arthur Virgílio(PSDB) e AntÃ?nio Carlos Magalhães Neto (DEM)
b) O Lula se reelegeu devido ao Bolsa família. Também chamado de Bolsa Esmola e portanto uma atitude eleitoreira e foi feito para sustentar vagabundo.
c) Quando o Lula inicio o governo era chamado de analfabeto, sapo barbudo, cachaceiro, molusco e outros adjetivos que desqualificaram o Lula como incompetente em qualquer ramo da sociedade. Isso se escuta nas ruas e, via nos programa de debates da televisão, em vídeos na internet (e ainda estão lá como prova), na Câmara de Deputados e Senadores (um chegou a dizer que ia dar uma surra no LULA). Até mesmo o José Serra (candidato a presidente) costuma dizer que o govnerno Lula apenas deu continuidade ao govermo FHC (Fernando Henrique). Só que no vídeo abaixo o próprio José Serra reclama de como o Lula estava conduzindo a economia durante a crise do ano passado (2009). Vejam o vídeo:

OBSERVAÇÃO: como podem observar, os oportunistas de plantão, mudam o discurso de acordo com as conveniências. No início a economia com o PIB baixo e durante a crise de 2009 era por que o Lula era um incompetente analfabeto e agora que a economia vai bem o pai da criança é o governo anterior .

Hoje (15/10/2010)  tomei conhecimento deste vídeo :

Textos relacionados:
Discurso do oportunismo I
Discurso do oportunismo II