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quinta-feira, 19 de novembro de 2020

“A universidade não inclui o preto, periférico e trabalhador”

 por Victória Damasceno — publicado 26/03/2018 00h11, última modificação 23/03/2018 18h09


Wellington Lopes, estudante de Ciências Sociais em universidade pública, teme não concluir o curso após corte em bolsa de permanência

O estudante perdeu sua bolsa de auxílio à permanência e agora teme não conseguir concluir o curso
“É aquela fita né, pra gente sempre é mais difícil”. É desta forma que Wellington Lopes define a realidade da população negra, pobre e periférica nas universidades públicas do Brasil. Estudante da Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul (UEMS), o jovem de 21 anos saiu de Poá, no extremo leste de São Paulo, rumo a Paranaíba (MS) no início de 2015 para estudar Ciências Sociais.

O curso lhe deu a oportunidade de pensar a respeito de sua realidade, mas no momento de aplicar a inscrição no Sisu para disputar a vaga a escolha foi pragmática. “Eu não tinha ideia do que eu queria, só queria fazer qualquer coisa. Não importa o que eu fizesse, já seria algo gigantesco para a minha vida.”

domingo, 9 de fevereiro de 2020

Governo destrói o Enem na cara dos brasileiros, por Gustavo Conde


O Enem era o mais espetacular catalisador de sonhos dos brasileiros. Havia nele uma concepção educacional que era uma verdadeira obra de arte


Governo destrói o Enem na cara dos brasileiros

por Gustavo Conde

Erro no Enem, por menor que seja, é bola de neve. Todos os candidatos que se sentiram prejudicados por essa lambança inacreditável do MEC vão querer revisão da prova – e com razão.
É por isso o MEC já encerrou o recebimento das reclamações, que já atingiram 60 mil.
A ideia do governo nazista de Bolsonaro, todo mundo sabe, é acabar com o Enem.
E convenhamos: como é fácil destruir.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

AS CRIANÇAS FORA DAS ESCOLAS

Entra governo e sai governo e o discurso é sempre o de toda criança na escola ! Claro que esse discurso está na preocupação da existência do grande número de crianças e adolescentes que não frequentam escola de alguma maneira. Mas a coisa é bem mais grave que se imagina. Mesmo para as crianças que estão na escola é necessário se fazer uma outra pergunta para as que já estão matriculadas: o que essas crianças fazem quando não estão na escola? Essa pergunta se faz necessário devido a influência que o ambiente externo tem sobre a educação total de um cidadão.

A educação de uma criança não é feita somente e durante o tempo que ela se encontra na escola e sim, ele também é educada pela família e de uma maneira ou outra pelo ambiente social em que está inserida. Qual tipo de educação que as crianças e adolescentes estão recebendo em paralelo a educação que está sendo feita na escola? Essa pergunta é muito importante para sabermos o motivo de não se conseguir matricular e manter essas crianças nas escolas.

segunda-feira, 4 de junho de 2018

A resistência dos professores

por Karla Monteiro — publicado 04/06/2018 00h20, última modificação 30/05/2018 18h36

A Conferência Nacional Popular da Educação, realizada em Belo Horizonte, busca ser uma resposta ao desmonte do ensino

Caminhada pelas ruas de BH abriu o evento
Corria o ano de 1988. Depois de duas décadas de silêncio, o Brasil ouvia o barulho das mobilizações populares, com os diversos setores organizados em torno do debate constitucional. Naqueles dias de efervescência política, trabalhadores da educação iniciaram a luta pela inclusão na nova Constituição, promulgada em outubro, do Fórum Nacional da Educação, espaço permanente de diálogo entre a sociedade e o governo.

O FNE só sairia do papel 22 anos depois, em 2010, durante o segundo governo Lula, com a realização da primeira Conferência Nacional de Educação. Durou pouco. Depois do impeachment de Dilma Rousseff em 2016, o debate público foi ignorado e prevaleceu unicamente o interesse dos empresários do setor.

terça-feira, 27 de março de 2018

Fraudes e descaso estatal ameaçam inclusão dos negros na universidade

por Victória Damasceno — publicado 26/03/2018 00h10, última modificação 26/03/2018 10h08

Corte e falta de reajuste das bolsas comprometem a permanência de estudantes cotistas no ensino superior

O Brasil adotou as primeiras ações afirmativas nos anos 2000, quatro décadas depois que os Estados Unidos
Último país das Américas a abolir a escravidão, o Brasil tardou a se preocupar com o acesso dos negros ao Ensino Superior, de forma a reduzir as abissais desigualdades perpetuadas no mercado de trabalho. As universidades brasileiras começaram a reservar vagas para pretos, pardos e indígenas somente no início dos anos 2000, mais de quatro décadas depois das primeiras ações afirmativas nos EUA.