quarta-feira, 9 de outubro de 2024

O encantador de cobras

 

Sempre achei impressionante as pessoas que ganham a vida mostrando um controle sobre as cobras (serpentes). Inicialmente, pensava que encantador de serpentes fosse coisa somente do mundo árabe, depois passei notar, vendo alguns filmes, que os indianos também praticam essa atividade. É bom lembrar, que essas ideias sobre pessoas encantando serpentes nos são ensinadas através de filmes no cinema e na tv.

Mas como o decorrer do tempo passei a notar que no Brasil, mais especificamente na minha terra natal, tínhamos nossos encantadores de serpentes No passado, quando ainda frequentava as feiras do interior, era comum vermos os chamados marreteiros se utilizando de serpentes para venderem seus produtos. Tudo bem que os encantadores de serpentes que víamos no cinema e na TV ganhavam a vida encantando as serpentes fazendo com que elas ficassem dançando e com isso as pessoas sempre pagavam com alguma quantia pelo espetáculo. Já no nosso querido Brasil, as serpentes era apenas um meio de atrair a atenção das pessoas para vender algum produto e o produto mais vendido usando serpentes era a famosa Diogenina em Pó.

segunda-feira, 7 de outubro de 2024

Antigas profissões dos cebolas XII - Os aprumadores de ruas

 Toda criança observar com nitidez o lugar onde mora e sempre costuma comparar com os lugares que visita. Uma das coisas que sempre observava, quando criança, era as ruas por onde passava e comparando com as ruas das cidades vizinhas, eu sempre me perguntava: por que as ruas da minha cidade começam estreitas e terminam larga? Ou começam largas e terminam estreitas?


Rua Monsenhor Constantino (antigo Beco do Ouvidor) - Foto Google Maps


A rua onde morava, quando criança, só tinhas residências em um dos lados, mas a medida que se aproximava do centro da cidade (praça da matriz e feira) era com casa em ambos lados e a partir do local que ela tinha casa em ambos os lados, era estreita e quando chegava perto da feira a rua era larga!

quinta-feira, 3 de outubro de 2024

Uma onda em Itabaiana!

 


Foto conseguida no Grupo Itabaiana Grande (facebbook e adm. Robério Santos)
Uma das coisas que eram raras na minha cidade (ainda é) eram os parques de diversão. Aliás, não chamávamos os brinquedos de parque de diversão e sim de brinquedos de natal e isso porque esses brinquedos geralmente só apareciam justamente no período das festas natalinas (também eram conhecidas como feiras de natal).

Durante alguns anos as festas natalinas eram realizadas na Praça Santa Cruz (Praça do Cinema) e o brinquedo mais semelhante em pegar uma onda era brincar nas chamadas barcas, que simulavam um barco subindo e descendo as ondas do mar.

quarta-feira, 2 de outubro de 2024

OS DOIDOS E OS LOBISOMENS

 Uma das coisas mais fantásticas que sempre presenciei eram as rodas de conversas que existiam para falar de causos. Os assuntos mais falados eram lobisomens, carneiro de ouro, doidos, saci pererê, mula sem cabeça, fogo corredor, da vida dos outros e principalmente das filhas dos outros (fofoca).


Os doidos

Nestas rodas de conversas, os doidos eram todas pessoas que normalmente agiam diferentes dos ditos adultos, mas nem todos que eles diziam serem doidos, eram realmente doidos. .Bastava o sujeito beber mais que o normal ou a pessoa se vestir fora dos padrões conhecidos que já era taxado de doido.

terça-feira, 1 de outubro de 2024

Antigas profissões dos cebolas XI - Os desentupidores de fossa

 

Era conhecido como Tunel. 
Se pronuncia como se fosse
acentuado com acento
 agudo no e (tunél)
Ainda hoje existem os profissionais que trabalham desentupindo as fossas, mas vou falar como era realizando esse serviço antigamente. Atualmente são usados equipamentos modernos fabricados especialmente para esta finalidade, montados em um caminhão para esse tipo de trabalho que é feito de maneira rápida e limpa. Inclusive o serviço pode ser feito de dia sem o incômodo do mau cheiro e da sujeira peculiar da matéria prima em questão.

Equipamento utilizado

Era usado um equipamento simples e por isso só trabalhava no ofício quem tinha coragem. Todo o serviço era realizado usando luvas, pás, enxadas e o transporte utilizado era uma carroça de burro que em cima tinha um tambor de metal onde era colocado as fezes da dita fossa.