sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

20/02/1933: quando os capitalistas se reuniram para financiar Hitler


Nazistas realizam uma reunião com a burguesia alemã para conseguir fundos de campanha eleitoral, o que ajudou a levar o partido à vitória


No dia 20 de fevereiro de 1933, o partido nazista realizou uma reunião secreta com burgueses da época para conseguir fundos para as eleições que ocorreriam naquele ano. O partido conseguiu angariar 2 milhões e 71 mil Reichsmark, o que foi o suficiente para levar a campanha eleitoral, dando ao partido a maioria absoluta do regime burguês.

Os nazistas já estavam no governo da Alemanha desde 1932, no entanto, tinham a necessidade de conseguir 67% do parlamento para que conseguissem aprovar a Lei de Concessão de Plenos Poderes, lei que fechou o regime e levou o partido a ter total poder dentro da Alemanha (a lei seria aprovada antes das eleições, com acordo entre os nazistas e outros partidos de direita, acordo esse que contou com a ajuda do papa).
A reunião que destinou dois milhões aos nazistas contou com cerca de 25 burgueses, dentre banqueiros e industriais, como os donos da Opel e da petroleira Wintershall, bem como de industriais declaradamente nazistas, como Gustav Krupp.
Durante a reunião, Hitler chegou a fazer um discurso de nove minutos, com apelos para que a burguesia o ajudasse a extinguir a democracia, já que ela poderia levar o país ao comunismo e extinguir a propriedade privada.
Isso não só prova como a burguesia alemã impulsionou o nazismo no país, como também que os burgueses já estavam em busca de um regime fascista para oprimir a classe operária antes mesmo de que a reunião ocorresse, com medo de que houvesse uma revolução que acabasse com a propriedade privada dos meios de produção.

Cabe destacar também que o ponto central de toda a política nazista era impedir uma revolução da classe trabalhadora, o que, aliado ao dinheiro arrecadado com a burguesia, demonstra como o fascismo é uma ferramenta da burguesia dentro da luta de classe e não uma histeria coletiva sem sentido, como tenta demonstrar a esquerda pequeno burguesa.

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