sábado, 30 de junho de 2012

O PIG esconde o PCC para proteger tucano

O PCC está agindo em SP trazendo o terror aos moradores. Eles assaltam pessoas, residências, condomínios, incendeiam os ônibus, matam PMs, explodem caixas eletrônicas, sequestram pessoas, matam.

O PCC é uma facção criminosa que tem agido até em outros estados. Mas o PIG, os jornalões a Globo, não fala que essa violência é praticada pelo PCC, (Primeiro Comando da Capital). Isso para proteger o governador Geraldo Alckmin, que em maio de 2006 era candidato a presidência, largando a bomba na mão do vice Claudio Lembo.

O presidente Lula na época colocou à disposição do governo de SP, todas as forças federais, inclusive as Forças Armadas. Não aceitaram preferiram fazer um acordo com o chefe do PCC.

Em 16 de maio de 2006, o jornal Folha de S. Paulo publicou matéria afirmando que o governo de São Paulo teria feito um "acordo" com o PCC visando pôr fim ao conflito. A suspeita baseia-se no fato de que a cúpula do governo paulista articulou um encontro entre a advogada e ex-delegada da Polícia Civil, Iracema Vasciaveo, e Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder da organização criminosa.

O governo providenciou um jato da Polícia Militar para transportar Vasciaveo, que foi ao encontro acompanhada pelo comandante da PM da região de Presidente Prudente, Ailton Araújo Brandão, pelo corregedor da Secretaria de Administração Penitenciária, Antônio Ruiz Lopes, e pelo delegado da Polícia Civil, José Luiz Cavalcante. Todas as rebeliões em presídios paulistas encerraram-se na noite seguinte à do encontro.

O governo paulista negou veementemente a existência de um acordo. O comandante da PM, Elizeu Eclair, afirmou tratar-se de uma "mera conversa". Já Wilson Morais, presidente da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar do Estado de São Paulo, utilizou o termo "trégua".O então secretário da Administração Penitenciária de São Paulo, Nagashi Furukawa, negou o acordo em 2006.

Posteriormente, em 2008, afirmou acreditar na existência de um acordo, citando como evidência a "redução radical na ocupação de celas RDD" após a sua gestão. Noticiou-se ainda, conforme artigo publicado pela International Human Rights Clinic da Harvard Law School, que o fim dos ataques da organização criminosa teria sido condicionado à proibição da entrada da Tropa de Choque nos presídios rebelados e à concessão de benefícios aos líderes transferidos, como a ampliação do período de banho de sol, o fim do regime de observação, a autorização de visitas conjugais e a instalação de televisores em celas individuais, e ainda à execução de um desafeto de Marcola.

O mesmo artigo julga como suspeitos os fatos de que, posteriormente, Vasciaveo tenha representado um enteado de Marcola em uma investigação promovida pelo Ministério Público contra o investigador Augusto Peña, e de que o coronel Brandão, integrante da comitiva que se encontrou com Marcola nas vésperas do fim dos ataques, tenha subscrito um ofício ao poder judiciário, em julho de 2007, afirmando a existência de problemas técnicos nos aparelhos de gravação de conversas e de restauração de fitas do Centro de Operações da Polícia Militar, que inviabilizaria o resgate de um áudio sobre ordens operacionais transmitidas à PM na ocasião.

O governador Alckmin chegou a dizer com a maior cara de pau, que o PCC estava liquidado, não existia mais. Por isso o PIG, a Globo não fala que essa violência é praticada pelo PCC que está bem vivo, e bastante ativo espalhando o terror na população.

Jussara Seixas [Editora do Terra Brasilis]

TEXTO REPLICADO DESTE ENDEREÇO:

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Estado transparente

A presidente Dilma Rousseff tem um salário bruto de R$ 26.723,13. Com os descontos de R$ 6.473,86 do Imposto de Renda e R$ 430,78 da Previdência Social, ela recebe, líquido, R$ 19.818,49. A carga horária de trabalho é 40 horas semanais. A informação está disponível a todos os cidadãos no Portal da Transparência desde a noite de quarta-feira, quando entraram no ar as informações sobre a remuneração dos servidores do Poder Executivo federal. A divulgação atende a Portaria Interministerial nº 233, que regulamenta a Lei de Acesso à Informação.

domingo, 24 de junho de 2012

Valores numa sociedade organizada

Para compreendermos como funciona a sociedade atual, fizemos uma leitura de como ela iniciou e foi se transformando através dos tempos.

No início a sociedade era dominada pelo clero e pelos nobres (regime monárquico).

Mais tarde a burguesia (artesãos, pequenos comerciantes, etc) se revoltaram contra os obres e com isso surgiu o regime capitalista, enquanto a classe operária, que era a maioria do povo trabalhava, os burgueses, minoria, concentravam cada vez mais a riqueza e o poder.

As Revoluções Industrial e Francesa contribuíram muito na formação da atual sociedade. Foi com elas que aconteceram as maiores mudanças. Modificou o modo de vida das pessoas, substituição da mão-de-obra  pela máquina, aumentaram as desigualdades sociais, desemprego, degradação ambiental fez surgirem doenças, rico cada vez mais rico e o trabalhador cada vez mais explorado, trabalhador passou da servidão ao trabalho assalariado.

Com o trabalho assalariado surgiram as lutas pelos direitos dos trabalhadores que acontecem até hoje.

Uma das classes mais organizadas em busca de seus direitos é a nossa classe a dos trabalhadores da educação. De repente nosso país começou a vivenciar uma perigosa reformulação do seu conceito de família. Várias leis tramitam no Congresso Nacional discutindo questões importantíssimas e revolucionárias.

As mais conhecidas são a “Lei da palmada” e o famoso PL 122, que discute sobre chamada questão da homofobia. Mas na verdade, o que está por detrás desses projetos de lei?

Há algum tempo tive a oportunidade de fazer um curso sobre cosmovisão e nele conhecemos algo sobre o mecanismo que move o pensamento de uma sociedade.

A dinâmica dos conceitos, dos valores e dos princípios de um povo sempre se move numa perspectiva Teoreferente.

Essa Teo-referência pode ser positiva ou negativa, ou seja, na elaboração dos seus princípios e valores ou a sociedade procurará adequar a sua vida a Deus ou se distanciará cada vez mais dEle.

Deste modo, os projetos de lei, que em última análise são uma forma de ingerência do governo nessa célula mais básica da sociedade – a família, nada mais são do que o reflexo de uma ação maior que tenta redesenhar nossa cosmovisão sobre a família.
Pode ser, portanto, que estejamos vivendo um período de transição, diabolicamente arquitetado, para destruir conceitos elaborados sob uma base Teo-referente positiva.

Diante disso nossos olhos precisam urgentemente se voltar para os projetos de lei que estão tramitando, sem, contudo perder de vista o foco da verdadeira batalha – a mudança da visão de mundo da nossa sociedade. Se nos concentrarmos apenas nos projetos eles continuarão sofrendo “adequações” e, mais cedo ou mais tarde, voltarão ao legislativo, até que enfim, sejam aprovados.

Não obstante as dificuldades em nos articularmos para combater um inimigo tão complexo, creio que algumas coisas podem ser feitas.

a) É hora de resgatarmos aquelas práticas saudáveis, há muito abandonadas, de edificação espiritual do lar. Essas práticas passam pelo culto doméstico. Deste modo preservaremos os nossos filhos de serem educados por essa nova sociedade brasileira;

b) É hora de ocuparmos a mídia, em todos os seus níveis, não apenas para denunciar esse plano, mas para discutir com a sociedade o nosso modelo familiar, sob uma perspectiva Teo-referente positiva;

c) É hora também de reestruturar nossa consciência política para que homens crentes, comissionados por Deus, sejam a voz cristã na mente política brasileira contrapondo-se ao pecado dessa rebelião de maneira
inteligente;

d) É hora de fortalecermos nossas instituições de ensino, desde o conhecimento mais fundamental até o universitário, dando-lhes a oportunidade de refletirem sobre os fundamentos de uma sociedade organizada em torno de valores cristãos.

Edição: Filipe de Sousa

Texto publicado na GAZETA VALE PARAIBANA

sexta-feira, 22 de junho de 2012

ÚTIL E MORTAL



Dr. Sérgio Teixeira

Se seu cabelo está caindo, desconfie do alumínio...Este metal, quando em excesso no organismo, provoca uma grande oleosidade no couro cabeludo, o que "sufoca" a raiz dos cabelos.
Usar xampus contra a oleosidade ajuda, mas se você não eliminar a causa, vai perder muito cabelo. Muitas vezes, a queda de cabelos vem acompanhada de dormências ou formigamentos quando se fica na mesma posição (com as pernas cruzadas, por exemplo).
Além dos seus cabelos, todo o seu organismo está sendo prejudicado: o alumínio deposita-se no cérebro, causando o mal de Alzheimer (esclerose mental precoce) e expulsa o cálcio dos ossos, produzindo a osteoporose.
Esse cálcio vai se depositar em outros lugares, produzindo bursite, tártaro nos dentes, bico de papagaio, cálculos renais...
E também vai para dentro das suas artérias, estimulando a pressão alta e a possibilidade de isquemias cardíacas (infarto), cerebrais (trombose) e genitais (frigidez e impotência).
Para o Dr. Mauro Tarandach, da Sociedade Brasileira de Pediatria, está bem claro o papel do alumínio nas doenças da infância, graças ao avanço da biologia molecular no que tange ao papel dos oligoelementos na fisiologia e na patologia.
Os sintomas clínicos da intoxicação por alumínio nas crianças, além da hiperatividade e da indisciplina, são muitos: anemia microcítica hipocrômica refratária ao tratamento com ferro, alterações ósseas e renais, anorexia e até psicoses, o que se agrava com a continuidade da intoxicação.
Atualmente se utiliza a biorressonância para avaliar o nível do alumínio e outros metais. O método é muito menos dispendioso, podendo ser utilizado no consultório ou na casa do paciente.
E como o alumínio entra no organismo?
Através das panelas de alumínio, por exemplo, que vêm sendo proibidas em muitos países do mundo.
Na Itália, famosa por seus restaurantes, nenhum deles pode usar essas panelas, devido à proibição do governo italiano.
É que as panelas de alumínio contaminam a comida intensamente.
Para você ter uma ideia: pesquisa da Universidade do Paraná demonstrou que as panelas vendidas no Brasil deixam resíduos de alumínio nos alimentos que vão de 700 a 1.400 vezes acima do permitido.
Isso só ao preparar a comida. Se esta ficar guardada na panela por algumas horas, ou de um dia para o outro, este valor pode triplicar ou quintuplicar.
Viu por que vale a pena trocar de panelas?
Mas não é só. Sabe as latinhas de refrigerantes e cervejas, hoje tão difundidas no Brasil?
Pesquisa do Departamento de Química da PUC demonstrou que elas não são fabricadas de acordo com os padrões internacionais.
Em consequência, seu refrigerante predileto pode conter quase 600 vezes mais de alumínio do que se estivesse na garrafa.
E além do alumínio, foram demonstrados pelo mesmo estudo mais 12 outros metais altamente perigosos para a saúde nessas latinhas, como o manganês, que causa o mal de Parkinson, o cádmio, que causa psicoses, o chumbo, encontrado no organismo de muitos assassinos, e outros.
Prefira SEMPRE as garrafas, OK?
Descoberto em 1809, o alumínio é um metal muito leve (só é mais pesado do que o magnésio) e já foi muito caro. Naquela época, Napoleão III, imperador da França, pagou 150 mil libras esterlinas (mais ou menos 300 Mil reais) por um jogo de talheres de alumínio.
Esse metal tem espantosa versatilidade, sendo utilizado em muitas ligas metálicas.
Depois do aço, é o metal mais usado no mundo, seja em panelas, embalagens aluminizadas, latas de refrigerantes e cervejas, antiácidos e desodorantes antitranspirantes, assim como vasilhames para cães e gatos comerem e beberem.
Nestes, pode causar paralisia dos membros posteriores que leva ao sacrifício precoce dos animais...

Texto retirado do JORNAL GAZETA VALE PARAIBANA

Textos relacionados:

segunda-feira, 18 de junho de 2012

NOSSO VOTO

Quociente eleitoral ou a matemática para reeleger raposas velhas


A cada nova eleição, a grande maioria dos eleitores, cansada de assistir impotente os mandos e desmandos de seus políticos que, via de regra, agem em causa própria em vez de representar os anseios do cidadão por melhorias na sociedade, anseios que são a razão da existência de seu cargo e de sua eleição, procura, em vão, votar em novos candidatos e projetos mas, ao abrirem-se as urnas, são cruelmente surpreendidos com a reeleição das mesmas raposas velhas, reafirmando suas descrenças no sistema político.

Mas por que isso acontece quando mais de 75% dos votos válidos são confiados aos candidatos novos que, não raro, ficam apenas com 25% das vagas, quando as velhas raposas que tiveram menos de 25% dos votos, ficam em geral, com mais de 70% das vagas?

Isso acontece por uma conta perversa do sistema eleitoral brasileiro para eleições legislativas (ou proporcionais) chamado quociente eleitoral.

E o que vem a ser o quociente eleitoral?

O quociente eleitoral é um cálculo aplicado às eleições legislativas (vereadores e deputados) que visa garantir a proporcionalidade representativa de partidos nas composições das câmaras e assembléias, onde o número de votos válidos (total de votos, excluídos as abstenções, brancos e nulos) é dividido pelo número de vagas em disputa e o resultado obtido dessa divisão, dá direito ao partido que, na soma dos votos de todos os seus candidatos mais os da legenda, indicar o mais votado dos seus candidatos a ocupar uma das vagas em disputa, somando-se mais vagas, na medida que os votos do partido vai duplicando, triplicando, quadruplicando e assim, sucessivamente, esse resultado obtido.

Exemplo: Imaginemos uma eleição municipal onde o total de votos válidos para vereador foi de 300.000 votos e estavam em disputa 20 cadeiras de vereador. Dividindo os votos válidos pelas cadeiras, chega-se ao número de 15.000 votos, o quociente eleitoral.

Nesta eleição, o partido A, somando os votos de todos os seus candidatos mais os votos de legenda conquistou 43.000 votos, o que lhe garante duas vagas diretas e lhe deixa uma sobra de 13.000 votos. Após preenchidas todas as vagas por eleição direta (aquelas que atingiram 15.000 votos ou múltiplos deste) faz-se um novo cálculo para dividir as cadeiras restantes, onde é dividido o total de votos do partido (no caso do exemplo, 43.000) pelo número de cadeiras conquistadas, mas aquela pleiteada, no caso 3, e esse número, 14.333 vai ser comparado com a realidade de outros partidos, ficando a vaga com aquele que obtiver um número maior de votos na divisão.

Na teoria, a intenção desse cálculo é boa, pois garantiria ao partido político e não ao candidato a representação formal na sociedade de sua ideologia, mas como diz o ditado, de boas intenções o inferno está cheio, esta intenção inicial não foge à regra, e acaba na prática, por iludir o eleitor comum, transferindo seu voto dado num candidato novo para um candidato velho.

Como isso ocorre?

Como foi explicado acima, os partidos atingem o quociente eleitoral pela soma dos votos de todos os seus candidatos em disputa, do mais votado ao menos votado, bastando para se eleger, que o candidato seja o mais votado do grupo de candidatos lançados pelo partido que atingiu o quociente para, na prática levar a reboque os votos de todos os outros candidatos para garantir os votos necessários para sua eleição.

Deste modo, sabedores dessa fórmula maquiavélica, as velhas raposas, montam as chapas de vereador e deputado de modo a evitar que candidatos com maior potencial de votos que eles componham e dividam com eles a chapa, garantindo que sejam eles os eleitos mas primeiras posições da chapa, restando aos demais, viver da esperança de hipotéticas sobras. Com isso, o seu voto naquele jovem idealista de seu bairro com discurso motivador que lhe empolgou e o fez acreditar mais uma vez na política, acaba, no frigir dos ovos, no cesto daquele velho vereador/deputado assistencialista e corrupto que você queria ver bem longe da câmara.

Como evitar que o seu voto no novo reeleja o velho?

A única maneira de evitar que seu voto venha a somar para reeleger um velho político é, antes de decidir seu
voto em um candidato novo, buscar conhecer seu partido e os demais candidatos desse partido, afim de não
ter surpresas e descobrir que no mesmo partido do seu candidato há uma raposa velha escondida na penumbra esperando seu voto cair no cesto. Se for o caso, procure outro candidato até encontrar um que, em caso de não eleito, seu voto não ajude na eleição ou reeleição de alguém que você despreza.

Assim, fique de olho, antes de votar para vereador lembre que antes de votar no candidato, você está votando no partido dele, veja se está de acordo com as idéias desse partido e se na lista de candidatos que este partido está lhe apresentando não há ninguém com chances reais de eleição, como um vereador pelego ou um empresário corrupto, que você não quer ver eleito de jeito nenhum. Só assim você vai ter a certeza de que seu voto bom não ajudou a eleger candidato ruim.

Franklin Fouad Abbas Maciel


Texto publicado no Jornal GAZETA VALEPARAIBANA

quarta-feira, 6 de junho de 2012

E a CPI da Privataria Tucana?



Resumo do livro Privataria Tucana do Jornalista  Amaury Júnior. Neste livro constam documentos que provam as denúncias contra José Serra e companhia. Os documentos são todos registrados em cartório para comprovarem a autenticidades dos mesmos. Claro que a grande imprensa não fala sobre este livro por que a mesma está alinhada as partidos de oposição (muitos dizem que ela é a oposição de fato!!!).



O vídeo abaixo faz um resumo do livro PRIVATARIA TUCANA:
Texto relacionado:
O SILÊNCIO DA CUMPLICIDADE

sábado, 2 de junho de 2012

Dia Internacional da Biodiversidade: a atração da humanidade pela destruição


Há uma década, o mundo tinha um total de 11 mil espécies ameaçadas de extinção. A ONU estabeleceu então a meta de reduzir significativamente esse número. Não deu certo. Desde a Rio 92, o mundo teve uma perda de biodiversidade de 12%, emitiu 40% mais gases poluentes. Só entre 2000 e 2010, perdemos 13 milhões de hectares de florestas.


Marco Aurélio Weissheimer


Os filmes-catástrofe trazem uma situação recorrente: em algum momento, um cientista considerado meio maluco ou alguma outra pessoa (um policial, jornalista, bombeiro, etc) alerta para um perigo iminente. O alerta inicial é ignorado e, muitas vezes, rechaçado por argumentos que, na maioria dos casos, tem uma base econômica. Os fatos se sucedem, as ameaças tornam-se realidade e aqueles que desprezaram o alerta inicial muitas vezes acabam vitimados na tela. Na vida real, não são só os vilões irresponsáveis que morrem. As tragédias abatem-se democraticamente sobre todos. O cinema não inventou essa lógica do nada, mas a retirou da vida real, onde ela segue hegemônica. Os crescentes e repetidos alertas sobre a destruição ambiental no planeta seguem sendo subjugados por argumentos de natureza econômica.

Todo mundo hoje, em tese, se preocupa com o meio ambiente, desde é claro, que ele não se torne um “entrave” para o desenvolvimento, como se viu, mais uma vez, no recente debate sobre as mudanças no Código Florestal brasileiro. O policial está na beira da praia alertando o prefeito para que mantenha a interdição da mesma porque tem tubarão na área. O prefeito não quer nem saber da ideia, pois a interdição atingiria em cheio o turismo, principal fonte de renda da comunidade. O geólogo pede a evacuação imediata de uma cidade em função da ameaça de um vulcão. Mais uma vez, o turismo ergue-se reivindicando seu espaço. Uma jornalista denuncia o risco de acidente em uma usina nuclear. A bancada ruralista é universal e está sempre pronta a bloquear “alertas catastrofistas” e outras formas de entraves ao desenvolvimento. E assim vamos.

Este 22 de maio, Dia Internacional da Biodiversidade, foi marcado por novos alertas sobre a destruição da diversidade biológica no planeta Terra, em especial nos oceanos, que ganharam atenção especial da ONU este ano. Algumas das informações mais recentes de órgãos ligados às Nações Unidas e a centros de pesquisa apontam o seguinte quadro no planeta:

Apenas no século XX, graças à ação humana, sumiram do planeta metade das áreas pantanosas, 40% das florestas e 30% dos manguezais.

Desde a Rio 92, o mundo teve uma perda de biodiversidade de 12% e emitiu 40% mais gases poluentes. Somente entre os anos de 2000 e 2010, perdemos 13 milhões de hectares de florestas.

Cerca da metade das reservas de pescas mundiais estão esgotadas;

Um terço dos ecossistemas marítimos mais importantes foi destruído;

O lixo plástico segue matando a vida marinha e criando áreas de águas litorâneas quase sem oxigênio.

Há uma década, o mundo tinha um total de 11 mil espécies ameaçadas de extinção. A ONU estabeleceu então a meta de reduzir significativamente esse número. Não deu certo. Ele aumentou.

Em 2002, os países signatários do Convênio sobre a Diversidade Biológica acordaram que deveriam obter essa redução no ritmo da perda de biodiversidade em 2010, Ano Internacional da Diversidade Biológica. A avaliação dessa meta foi coordenada pelo Centro de Monitoramento para a Conservação Mundial do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). Ela baseou-se em uma série de indicadores, tais como a apropriação de recursos naturais, o número de espécies ameaçadas, a cobertura de áreas protegidas, a extensão de bosques tropicais e manguezais e o estado dos arrecifes de coral.

Os resultados foram conclusivos: a biodiversidade vem caindo nas últimas quatro décadas. Caindo significa: extinção de espécies, redução da extensão de bosques e manguezais e, deterioração de zonas com arrecifes de coral. Além disso, a avaliação mostrou que ambientes naturais estão se fragmentando, com destruição de flora e fauna. A Mata Atlântica brasileira seria um exemplo disso. No passado, o segundo bosque mais extenso da América do Sul, hoje se conservam aproximadamente 10%, numa área fragmentada em parcelas diminutas.

A situação dos oceanos também é motivo de crescente preocupação. A Convenção sobre a Diversidade Biológica da Organização das Nações Unidas lançou hoje (22) o livro “Um oceano: muitos mundos de vida”. A obra destaca a importância dos oceanos, que cobrem cerca de 70% do planeta, e alguns dos principais problemas que os afetam hoje, como o aumento da acidez causado pela poluição, a destruição de reservas marinhas e a crescente pressão econômica pela exploração de seus recursos naturais. Ao todo, estão ameaçadas pelo menos 250 mil espécies, conforme o censo marinho realizado entre 2000 e 2010 por 2.700 cientistas de mais de 80 países.

Há um aparente paradoxo cercando essa profusão de alertas e advertências sobre o estado ambiental do mundo. Nunca houve tanta informação disponível e tanta manifestação de preocupação com a degradação física do planeta, inclusive por parte das autoridades governamentais. No entanto, os números da destruição vêm aumentando e a crise econômica em escala internacional pressiona os países a empurrar esse debate com a barriga para um futuro incerto. Há vários níveis de ignorância e incompreensão neste debate. A extinção de uma espécie de bromélia no interior do Rio Grande do Sul ou de uma espécie de besouro no leste da Tanzânia são tratadas quase que como excentricidades. Isoladamente até poderiam ser. O “detalhe” é que, em se tratando de vida e ecossistemas, nunca são acontecimentos isolados, resultando de uma mesma lógica destrutiva hegemônica em escala planetária.

O cientista maluco, a jornalista sensacionalista e o policial paranoico seguem fazendo seus alertas e divulgando seus números. O imaginário da humanidade, porém, como vem antecipando o cinema há algumas décadas, parece ter uma atração irresistível pela destruição e pela morte.

Marco Aurélio Weissheimer é editor-chefe da Carta Maior (correio eletrônico: gamarra@hotmail.com)

Matéria copilada do site: http://www.cartamaior.com.br