terça-feira, 30 de junho de 2020

'Geração do diploma' lota faculdades, mas decepciona empresários

Ruth Costas 

Da BBC Brasil em São Paulo 
Atualizado em 9 de outubro, 2013 - 17:33 (Brasília) 20:33 GMT 


Número de instituições de ensino
 superior mais que dobrou desde 2001
Nunca tantos brasileiros chegaram às salas de aula das universidades, fizeram pós-graduação ou MBAs. Mas, ao mesmo tempo, não só as empresas reclamam da oferta e qualidade da mão-de-obra no país como os índices de produtividade do trabalhador custam a aumentar.

Na última década, o número de matrículas no ensino superior no Brasil dobrou, embora ainda fique bem aquém dos níveis dos países desenvolvidos e alguns emergentes. Só entre 2011 e 2012, por exemplo, 867 mil brasileiros receberam um diploma, segundo a mais recente Pesquisa Nacional de Domicílio (Pnad) do IBGE.

domingo, 21 de junho de 2020

Ideia de bônus para professores estimula corrupção nas escolas, diz educadora dos EUA

A bonificação, além de não ter melhorado a qualidade da educação nas escolas periféricas dos EUA, estimulou a corrupção entre gestores, professores e estudantes, especialmente no tocante ao desempenho forjado nos testes estudantis

Da Redação

Era só o que faltava! Segundo experiência da gestora e educadora norte-americana Diana Ravicht, a proposta do golpista Michel Temer (PMDB) de criar um 'bônus salarial' para os professores da educação básica estimula a corrupção nas escolas. Para ter direito ao tal 'bônus', caso aprovado, dentre outras exigências do MEC os educadores terão que melhorar a nota dos alunos.

A Dra. Diane é mentora de projeto de igual teor em seu país. E o que ficou comprovado é que 'a bonificação, além de não ter melhorado a qualidade da educação nas escolas periféricas dos EUA, estimulou a corrupção entre gestores, professores e estudantes, especialmente no tocante ao desempenho forjado nos testes estudantis'. "É um projeto falido", destacou a educadora, que produziu a obra: "Vida e morte do grande sistema escolar americano".

Temer e seu ministério, ao que parece, são mesmo vocacionados para a corrupção. O que fazer com eles?

Texto replicado do site: ERA SÓ O QUE FALTAVA

quarta-feira, 17 de junho de 2020

Infantolatria: as consequências de deixar a criança ser o centro da família

Além das complicações na vida dos filhos, como dificuldade de socialização e insegurança, deixar a criança comandar a dinâmica familiar pode prejudicar – e muito – o casal
As atividades da família são definidas em função dos filhos, assim como o cardápio de qualquer refeição. As músicas ouvidas no carro e os programas assistidos na televisão precisam acompanhar o gosto dos pequenos, nunca dos adultos. Em resumo, são as crianças que comandam o que acontece e o que deixa de acontecer em casa. Quando isso acontece e elas já têm mais de dois anos de idade, é hora de acender uma luz de alerta. Eis aí um caso de infantolatria.
“O processo de mudança nos conceitos de família iniciado no século 18 por Jean-Jacques Rousseau [filósofo suíço, um dos principais nomes do Iluminismo] chegou ao século 20 com a ‘religião da maternidade’, em que o bebê é um deus e a mãe, uma santa. Instituiu-se o que é uma boa mãe sob a crença de que ela é responsável e culpada por tudo que acontece na vida do filho, tudo que ele faz e fará. Muitos afirmam que a mulher venceu, pois emancipou-se e foi para o mercado de trabalho, mas não: é a criança que entra no século 21 como a vitoriosa. Esta é a semente da infantolatria”, explica a psicanalista Marcia Neder, pesquisadora do Núcleo de Pesquisa de Psicanálise e Educação da Universidade de São Paulo (Nuppe-USP) e autora do livro “Déspotas Mirins – O Poder nas Novas Famílias”, da editora Zagodoni.

sexta-feira, 12 de junho de 2020

CRIMINALIZANDO OS PROFESSORES, COMO?


Todas vez que acontece greves dos professores, escuto algumas manifestações, de alguns cidadãos, que não vejo ninguém respondendo ou mesmo questionando as declarações dessas pessoas. As vezes , essas declarações são feitas nas redes sociais (internet). com frases que podemos citar: "se estão achando ruim por que não pedem demissão" e "vão trabalhar vagabundo".

Essas manifestações, em desaprovação as greves dos professores (acontecem com outras categorias), é em decorrência da criminalização das manifestações populares pelos meios de comunicação. É claro que você pode questionar: mas, eu nunca vi nenhum meio de comunicação dar alguma nota contra as greves do professores? No caso dos professores, essa criminalização não é tão explicita e ocorre por omissão de algumas informações por parte da imprensa e até do governo.

Primeira frase:

 "se estão achando ruim, por que não pedem demissão??" (no setor público a demissão se chama exoneração).

sexta-feira, 5 de junho de 2020

Sempre a mesma coisa, a mesma merda, sempre.

  

Em meio à polêmica levantada pelo ex-presidente Lula sobre os manifestos contra Bolsonaro, o ex-governador do Paraná, Roberto Requião, pergunta: a que democracia se referem? “A democracia do mercado? A democracia da prevalência do capital financeiro sobre os interesses nacionais e populares, sobre a produção, o emprego, o salário, os direitos trabalhistas e a previdência social?”
Não me desculpo pela palavra pouco elegante no título. Não é a quarentena que me irrita. É a peculiaríssima propensão dos brasileiros – especialmente os que habitam o espaço politico à esquerda – de recaírem sempre, e sempre na mesma esparrela que me tira do sério.

quinta-feira, 4 de junho de 2020

Os mitos da Brasil Paralelo

PRODUTORA DE EXTREMA-DIREITA


por Diego Martins Dória Paulo
18 de Maio de 2020

A reflexão sobre a irracionalidade como motor da ação política ganha especial relevância com o surgimento da produtora de extrema-direita Brasil Paralelo
Nos anos 1950, tornou-se famosa a análise semiológica de uma capa de Paris-Match por Roland Barthes. A edição em questão mostra um soldado negro, vestindo uniforme francês, saudando a bandeira tricolor. A conclusão do semiólogo aponta ali a existência de um discurso mítico: o colonialismo francês está presente na cor da pele do militar, mas seu sentido social está deformado, na medida em que a mensagem faz passar por harmônico o que era conflituoso1. É essa a função do mito para Barthes. Sem esconder nada, usaria das propriedades da linguagem para enganar.