tag:blogger.com,1999:blog-40381975177001304302024-03-29T00:27:31.341-03:00CARLOS - Professor de Geografia"O que mais preocupa não é nem o grito dos violentos, dos corruptos, dos desonestos, dos sem-caráter, dos sem-ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons." Luther King_______Antônio Carloshttp://www.blogger.com/profile/18062868840970819727noreply@blogger.comBlogger1013125tag:blogger.com,1999:blog-4038197517700130430.post-28302723686657350792024-03-26T15:47:00.000-03:002024-03-26T15:47:01.582-03:00A Feira de Itabaiana XIV - A Feira das miudezas<p> <span style="text-align: justify;">Hoje não existe essa feira e a grande maioria das pessoas sequer sabe o que significa. O próprio nome já diz do que se trata, que é a venda de produtos miúdos e não existia especificamente um produto e sim uma variedade de produtos. Nesta feira se vendia produtos de perfumaria, de beleza, de costura, pequenas roupas e até alguns produtos utilizados nas cozinhas.</span></p><div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td><img alt="banca-miudeza.jpg" height="300" src="https://lh5.googleusercontent.com/4tpbzAaDso_Z6hy-L8-fmKeuTNpvPhcUQV-DNzRVlJhcKcIjYztPMZranXBMDBP_HY-yn29DejR8YJqx696Kbs-1agHMC9vygi0n4XgjcruY5XWDejzcO-zzUuAkktOFxFWA76Mi" style="border: none; margin-left: auto; margin-right: auto; transform: rotate(0rad);" width="500" /></td></tr><tr><td class="tr-caption">Banca de camelô muito semelhante as de miudeza que existiam na Feira de Itabaiana</td></tr></tbody></table><div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: center;"><span style="color: black; font-family: "arial"; font-size: 14.6667px; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;"></span></div><div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">Com o passar do tempo essa feira foi sumindo devido o surgimento de lojas especializadas em vendas destes produtos e como exemplo podemos citar o surgimentos de Lojas de Cosméticos (vendem produtos de beleza e perfumaria) que passaram a oferecer uma maior e melhor variedade<span style="font-family: "arial"; font-size: 14.6667px; white-space-collapse: preserve;">. </span></div><div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><br /><a name='more'></a><br /></div><div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: center;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td><img alt="cashimiro2-bolquete.jpg" height="311" src="https://lh3.googleusercontent.com/m5bEFUiJIpOkrJntdPxTW_oAYIMXIw8wlBNIildUeG0hI_fMqYHmsUBEnbgK7ac_23_xyjqLpl1tTLOhfvVc8fT9sDGGzJafXrdonlrHMUv-NSLU-s1dKYbz4DChEvnTKB4YVEMV" style="border: none; margin-left: auto; margin-right: auto; transform: rotate(0rad);" width="420" /></td></tr><tr><td class="tr-caption">Esses produtos eram dos mais procurados e considerados de luxo</td></tr></tbody></table><span style="color: black; font-family: "arial"; font-size: 14.6667px; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;"></span></div><div style="text-align: justify;">Alguns produtos que se vendia na feira, de beleza: brilhantina, pó compacto (o mais vendido era Tabu e as pessoas pronunciavam TABUA), água de cheiro, esmalte (produto de beleza mais procurado), lima para unha (procuravam como serra), diadema (atualmente conhecido com thiara) e de Higiene: sabonetes, pasta de dente, pó para criança (Alfazema era o mais vendido).</div><div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><br /></div><div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: center;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td><img alt="miudezas.png" height="611" src="https://lh5.googleusercontent.com/CISqHJcCv6ImCqWnXvizvZMCF3cKD5x0dyDk7NrxSAY0ytCjvcqwzxnaNjDFq0pGLuLNEvrA6WOJdxDUJ_2JNleUBiSUQ019t1cqNiFRQwf-tGX4lIKacelCeOSUJiIR8QUR2v6l" style="border: none; margin-left: auto; margin-right: auto; transform: rotate(0rad);" width="450" /></td></tr><tr><td class="tr-caption">Alguns produtos que eram muito comuns na Feira de Itabaiana</td></tr></tbody></table><span style="color: black; font-family: "arial"; font-size: 14.6667px; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;"></span></div><div style="text-align: justify;">Devido à grande queda nas vendas, muitos dos vendedores de miudeza foram obrigados a abandonarem a venda de miudezas e passaram a vender roupas, principalmente roupas oriundas do Estado de Pernambuco.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">As bancas utilizadas para venda de miudezas eram em sua maioria de uma única peça (banca), coberta com lona de caminhão e de fabricação simples. Em algumas ocasiões os vendedores iam para feira das cidades vizinhas e vendiam os produtos espalhados sobre uma lona no chão.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Hoje os camelôs fazem um tipo de serviço muito semelhante aos vendedores de miudeza, mas com algumas diferenças: os vendedores de miudeza sempre vendiam nas feiras (os camelôs vendem em qualquer lugar) e é muito difícil você encontrar um camelo vendendo cosméticos (produtos de beleza e perfumaria).<br /><br /><div><b>Textos relacionados:</b></div><div><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/06/a-feira-de-itabaiana-i-feria-das-feiras.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana I - A Feira das Feiras</a></b></div><div style="font-size: 12.8px;"><b style="font-size: medium;"><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/06/a-feira-de-itabaiana-ii-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana II - A Feira das farinhas</a></b><span></span></div><div><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/07/a-feira-de-itabaiana-iii-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana III - A Feira das Verduras</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/07/a-feira-de-itabaiana-iv-feira-dos-manues.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana IV - A Feira dos Manuês</a></b><br /><b><span style="color: blue;"><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/07/a-feira-de-itabaiana-v-feira-dos-jogos.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana V - A Feira dos Jogos</a></span></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/08/a-feira-de-itabaiana-vi-feira-dos.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana VI - A Feira dos Sapatos</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/08/a-feira-de-itabaiana-vii-feira-dos-fato.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana VII - A Feira dos "Fato"</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/08/a-feira-de-itabaiana-viii-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana VIII - A Feira das Carnes</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/08/a-feira-de-itabaiana-ix-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana IX - A Feira das Panelas</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/09/a-feira-de-itabaiana-x-feira-das-trocas.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana X - A Feira das Trocas</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/09/a-feira-de-itabaiana-xi-as-pequenas.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana XI - As pequenas feiras</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/10/a-feira-de-itabaiana-xii-feira-dos.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana XII - A feira dos cereais</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/11/a-feira-de-itabaiana-xiii-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana XIII - A feira das roupas e dos tecidos</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/11/a-feira-de-itabaiana-xiv-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana XIV - A feira das miudezas</a></b><br /><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2017/01/a-feira-de-itabaiana-xv-fazendo-feira.html" target="_blank"><b>A Feira de Itabaiana XV - Fazendo a feira !</b></a></div></div>Antônio Carloshttp://www.blogger.com/profile/18062868840970819727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4038197517700130430.post-61071056287927464862024-03-13T16:42:00.001-03:002024-03-13T16:42:08.829-03:00A Feira de Itabaiana XIII - A Feira das roupas e dos tecidos<p> <span style="text-align: justify;">Eram duas filas de bancas dentro da feira, mas verdadeiras lojas equipadas com balcões, algumas tinham prateleiras na parte dos fundos (algumas tinhas ao lado) iguais as que existiam nas lojas (ainda existem em algumas lojas). As roupas e os tecidos eram de boa qualidade e na grande maioria vindas de fábricas do sudeste do país.</span></p><div style="text-align: justify;"><br />A grande maioria da bancas vendia roupas masculinas que eram dobradas, separadas por números e acondicionadas nas estantes e igualmente arrumadas nas estantes eram as peças de panos (rolos de panos). Muitas vezes ouvi as pessoas perguntarem pelo preço do tergal. As peças de roupas eram vendidas no metro e eram utilizadas trenas métricas (na maioria das vezes madeira) e, como não poderia deixar de ser, sempre exista a figura da tesoura.<br /><br /><div dir="ltr" style="margin-left: 0pt;"><table align="center" style="border-collapse: collapse; border: none;"><colgroup><col width="195"></col><col width="208"></col></colgroup><tbody><tr style="height: 145px;"><td style="border-bottom: solid #000000 0px; border-color: rgb(0, 0, 0); border-left: solid #000000 0px; border-right: solid #000000 0px; border-style: solid; border-top: solid #000000 0px; border-width: 0px; padding: 7px; vertical-align: top;"><div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: center;"><span style="color: black; font-family: "arial"; font-size: 14.6667px; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;"><img alt="estante-roupas.jpg" height="133" src="https://lh3.googleusercontent.com/vkLpmPKA_1tfKhRJrbLOHEvtN--V0obZgZ6upP0kVsOqTDXd3v5l0gGJv9SKA6LcPUpOgRESu3stDlGuv3goJtBd65pAZOutOYe64FHBhqOSUoreVXCgZXnY0vpOkwTMqR0DaqvK" style="-webkit-transform: rotate(0.00rad); border: none; transform: rotate(0rad);" width="169" /></span></div></td><td style="border-bottom: solid #000000 0px; border-color: rgb(0, 0, 0); border-left: solid #000000 0px; border-right: solid #000000 0px; border-style: solid; border-top: solid #000000 0px; border-width: 0px; padding: 7px; vertical-align: top;"><div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: center;"><span style="color: black; font-family: "arial"; font-size: 14.6667px; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;"><img alt="estante-tecidos.jpg" height="131" src="https://lh6.googleusercontent.com/TRQMdBSbunLAa4r3i7U_cLOhEmdQhtbEPHa3VxMx47fadsRYInzW4WJNOsbFKc6k7q5oriyfmlrRqC1Y4skjN3rUIhWQss5MLU7enOxgSHzNLHo0AXwRAn3yu2PEcmykU82JwYzs" style="-webkit-transform: rotate(0.00rad); border: none; transform: rotate(0rad);" width="173" /></span></div></td></tr><tr style="height: 31px;"><td colspan="2" style="border-bottom: solid #000000 0px; border-color: rgb(0, 0, 0); border-left: solid #000000 0px; border-right: solid #000000 0px; border-style: solid; border-top: solid #000000 0px; border-width: 0px; padding: 7px; vertical-align: top;"><span style="font-size: x-small;">As bancas de venda de roupas (calças e camisas) e tecidos tinhas a arrumação e instantes iguas a da fotografia.</span></td></tr></tbody></table></div><span></span><br /><a name='more'></a><br />Nesta época a venda de roupas e tecidos na feira era de uma aceitação tão grande que muitos lojistas também tinham suas bancas nas feiras e não vendiam somente na Feira de Itabaiana.<br /><br />Os produtos eram na maioria das vezes com preços mais convidativos que os vendidos nas lojas e se comprava produtos com qualidades e tipos de tecidos diferentes. Nesta época surgiram as famosas calças Jeans e se vendia mais dessas calças na feira que nas lojas. Claro que o aperfeiçoamento do credito, instalações de lojas de departamento, uma maior cobrança por parte do fisco e a venda de roupas industrializadas, vindas de outras partes do país, fizeram cair às vendas, o desaparecimento da grande maioria dessa bancas de roupas e tecidos nas feiras. A venda de tecidos sofreu uma grande diminuição nas vendas até mesmo nas lojas especializadas.<br /><br />Ficou somente a venda de roupas com preços populares, em bancas de pequeno porte. A venda de roupas nas feiras não chegou a extinção devido ao surgimento das roupas sem etiquetas vindas de Pernambuco. Pouco tempo depois surgiu o que pejorativamente se chama Feira das Sulancas, que na realidade são em grande maioria roupas vendidas sem etiquetas e que de vez em quando estão criando problemas com o fisco.<br /><div><span style="color: black; font-family: "arial"; font-size: 14.6667px; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;"><br /></span></div><b>Textos relacionados:</b></div><div style="text-align: justify;"><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/06/a-feira-de-itabaiana-i-feria-das-feiras.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana I - A Feira das Feiras</a></b></div><div style="font-size: 12.8px; text-align: justify;"><b style="font-size: medium;"><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/06/a-feira-de-itabaiana-ii-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana II - A Feira das farinhas</a></b><span></span></div><div style="text-align: justify;"><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/07/a-feira-de-itabaiana-iii-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana III - A Feira das Verduras</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/07/a-feira-de-itabaiana-iv-feira-dos-manues.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana IV - A Feira dos Manuês</a></b><br /><b><span style="color: blue;"><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/07/a-feira-de-itabaiana-v-feira-dos-jogos.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana V - A Feira dos Jogos</a></span></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/08/a-feira-de-itabaiana-vi-feira-dos.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana VI - A Feira dos Sapatos</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/08/a-feira-de-itabaiana-vii-feira-dos-fato.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana VII - A Feira dos "Fato"</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/08/a-feira-de-itabaiana-viii-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana VIII - A Feira das Carnes</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/08/a-feira-de-itabaiana-ix-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana IX - A Feira das Panelas</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/09/a-feira-de-itabaiana-x-feira-das-trocas.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana X - A Feira das Trocas</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/09/a-feira-de-itabaiana-xi-as-pequenas.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana XI - As pequenas feiras</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/10/a-feira-de-itabaiana-xii-feira-dos.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana XII - A feira dos cereais</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/11/a-feira-de-itabaiana-xiii-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana XIII - A feira das roupas e dos tecidos</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/11/a-feira-de-itabaiana-xiv-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana XIV - A feira das miudezas</a></b><br /><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2017/01/a-feira-de-itabaiana-xv-fazendo-feira.html" target="_blank"><b>A Feira de Itabaiana XV - Fazendo a feira !</b></a></div>Antônio Carloshttp://www.blogger.com/profile/18062868840970819727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4038197517700130430.post-39952231701006930822024-02-14T15:12:00.002-03:002024-02-14T15:12:29.903-03:00A Feira de Itabaiana XII - A Feira dos cereais<p> </p><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://lh3.googleusercontent.com/2sEyqMuTxdh6oaG9bOJKTVgt2k19-wW0aIIX35trp0MIpDCpvp3h3Sf61HUIYXFKRuBIKT1qk9RZ15gjCgfMIYjy1vq6mL9Ug1YkU5q0prIwe6SHA7Ox0u48WgkLfN_hjBY1ufY1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img alt="concha-de-cereais.jpg" border="0" height="204" src="https://lh3.googleusercontent.com/2sEyqMuTxdh6oaG9bOJKTVgt2k19-wW0aIIX35trp0MIpDCpvp3h3Sf61HUIYXFKRuBIKT1qk9RZ15gjCgfMIYjy1vq6mL9Ug1YkU5q0prIwe6SHA7Ox0u48WgkLfN_hjBY1ufY1" style="border: none; transform: rotate(0rad);" width="204" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Concha era o equipamento usado par<br />encher os sacos as embalagens com<br />cereais</td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;">Embora existisse a Feira das Farinhas, existia o que chamávamos de Feira dos Cereais. Na realidade um grupo de bancas que variava entre cinco ou seis bancas. Deixar claro que o número de bancas em qualquer feira varia de acordo com a época do ano.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O que me deixava impressionado era a qualidade dessas bancas que pareciam verdadeiras mercearias montadas e desmontadas para venda somente no dia da feira. As bancas eram compostas de três bancas com mais ou menos 30 centímetros de altura, onde eram colocados sacos, em sua maioria, com noventa quilos e cobertura forrada com lona de caminhão. Uma banca maior era colocada a frente, uma menor do lado direito, outra do lado esquerdo e pelos fundos o local de entrada e saída dos vendedores (geralmente só trabalhavam os proprietários juntamente com a família). Mediam aproximadamente quatro metros de largura por quatro metros de comprimento e de altura variável.</div><div style="text-align: justify;"><br /><a name='more'></a><br /></div><div style="text-align: justify;">Os cereais mais vendidos eram farinha (embora existisse a Feira das farinhas), feijão, arroz e café em grãos. Nesta época ainda era muito comum às pessoas comprarem o café em grãos para moerem em casa, principalmente os moradores das áreas rurais. Com o passar do tempo esse tipo de bancas de venda de cereais foram desaparecendo devido o aparecimento de venda de cereais vendidos em pacotes previamente pesados e embalados (geralmente contendo um quilo por pacote). Os primeiros a começarem a sumir foi o café em grãos e até surgiu uma beneficiadora (poderia se dizer moedora) que pertencia a Seu Cajuzinha (Café Novo Horizonte) e ficava vizinha ao atual Supermercado GBarbosa. Mas, além do Café Novo Horizonte, vieram concorrentes de outras praças, tais como: Café Sul-americano e Arajipe (o melhor café de Sergipe) eram os mais comuns e hoje essas duas beneficiadoras não existem.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No início, media-se a quantidade de cereais usando medidas e posteriormente passaram a usar balanças e consequentemente pesos. O uso de peso facilitou a venda de cereais em pacotes nas casas comerciais (mercadinhos e mercearias). Os feirantes ainda tentaram resistir vendendo cereais em pacotes previamente pesados e embalados em pacotes, geralmente, de um quilo, mas foram sumindo da feira conforme foram surgindo um maior número de mercadinhos e mercearias.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Um fato interessante era que as embalagens eram sacolas feitas de panos levadas pelos próprios compradores. Com o passar do tempo foram sendo substituídas por embalagens, fornecidas pelos vendedores, feitas de papel e hoje por sacolas plásticas.<br /><br /></div><div style="text-align: justify;"><div><div><div><div><b>Textos relacionados:</b></div><div><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/06/a-feira-de-itabaiana-i-feria-das-feiras.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana I - A Feira das Feiras</a></b></div><div style="font-size: 12.8px;"><b style="font-size: medium;"><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/06/a-feira-de-itabaiana-ii-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana II - A Feira das farinhas</a></b><span></span></div><div><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/07/a-feira-de-itabaiana-iii-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana III - A Feira das Verduras</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/07/a-feira-de-itabaiana-iv-feira-dos-manues.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana IV - A Feira dos Manuês</a></b><br /><b><span style="color: blue;"><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/07/a-feira-de-itabaiana-v-feira-dos-jogos.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana V - A Feira dos Jogos</a></span></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/08/a-feira-de-itabaiana-vi-feira-dos.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana VI - A Feira dos Sapatos</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/08/a-feira-de-itabaiana-vii-feira-dos-fato.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana VII - A Feira dos "Fato"</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/08/a-feira-de-itabaiana-viii-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana VIII - A Feira das Carnes</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/08/a-feira-de-itabaiana-ix-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana IX - A Feira das Panelas</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/09/a-feira-de-itabaiana-x-feira-das-trocas.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana X - A Feira das Trocas</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/09/a-feira-de-itabaiana-xi-as-pequenas.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana XI - As pequenas feiras</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/10/a-feira-de-itabaiana-xii-feira-dos.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana XII - A feira dos cereais</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/11/a-feira-de-itabaiana-xiii-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana XIII - A feira das roupas e dos tecidos</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/11/a-feira-de-itabaiana-xiv-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana XIV - A feira das miudezas</a></b><br /><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2017/01/a-feira-de-itabaiana-xv-fazendo-feira.html" target="_blank"><b>A Feira de Itabaiana XV - Fazendo a feira !</b></a></div><div><br /></div></div></div></div></div>Antônio Carloshttp://www.blogger.com/profile/18062868840970819727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4038197517700130430.post-63759468902777054012024-01-11T10:54:00.003-03:002024-01-11T10:54:42.563-03:00OS GATUNOS!<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKuZnb9laCtntbhxVyN78Wn-xZsSX7jLKwjdI1-PyLqqSFOUJFuvBiagIlJS3Hto8QTNYF-m15AZO4hY8XDsDJ9lTekAFxOgdGD1eIYInEoHO4jPAE3gWWIpqYlL_-M4eLCWDZX1ZOjE-g/s1600/aaaaaa.png" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKuZnb9laCtntbhxVyN78Wn-xZsSX7jLKwjdI1-PyLqqSFOUJFuvBiagIlJS3Hto8QTNYF-m15AZO4hY8XDsDJ9lTekAFxOgdGD1eIYInEoHO4jPAE3gWWIpqYlL_-M4eLCWDZX1ZOjE-g/s200/aaaaaa.png" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O gato também é uma máscara!</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Aos dez anos de idade, eu morava em uma casa de esquina, mas precisamente na rua Dr. Hunaldo Cardoso (na placa de identificação lia-se Praça) com Rua Padre Felismino.A confusão era provavelmente devido a Rua ter casa somente em um lado da rua e o mais interessante é que na extensão onde tinha casa dos dois lados, da rua, o nome era Rua das Flores.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Da Rua das Flores até a esquina onde eu morava, existiam residências nas partes dos fundos e no restante da rua, as casa tinhas sítios nas partes dos fundos. Ruas que possuem sítios ou terrenos baldios nas parte dos fundos e terrenos baldios no outro lado da rua (se dizia que eram praças) são um convite aos gatunos fazerem visitas em horários noturnos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<a name='more'></a><br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Durante uma noite, lembro que era no ano de 1971 (não lembro o dia da semana), estávamos, como era de costume, todos sentados na calçada. A minha casa, por está em uma esquina, era o ponto central de encontro da meninada da vizinhança. Nesta época era comum as pessoas se sentarem as portas das casas até as dez horas da noite e era comum contar causos (na maioria das vezes os causos eram mentiras). Lá pelas vinte horas se ouve um estampido (tiro de espingarda) na casa vizinha que ficava nos fundos da casa de Seu (Srº) Duca (frente par Rua Dr. Hunaldo Cardoso) a de Seu Duca (frente para Rua Padre Felismino). Todos correm e um garoto de apenas dez anos, estava em casa sozinho, que ao ouvir a cachorra latindo ferozmente no quintal, abriu a porta, percebeu que era um gatuno, não pensou duas vezes, pegou a espingarda que estava atrás da porta e atirou no sujeito. Ele garantiu que acertou no trazeiro do mesmo e afirmou categoricamente que era um dos pedreiros que trabalhava na construção próxima. Ao chegarmos onde o pedreiro morava, a esposa não sabia onde ele andava. Não sei o resultado final da história, mas sei que ele não apareceu mais para trabalhar na obra.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Pouco tempo depois me mudei para uma casa próximo a Rua Miguel Teixeira (maldição de quem mora de aluguel), e lá um gatuno tentou invadir a casa vizinha da direita. A casa era de um casal de baiano, o marido motorista de caminhão e sempre viajava. Ele deixava um revolver a disposição da esposa para eventualidades. O problema é que o gatuno tentando invadir e a dona não teve coragem de efetuar os disparos. Mas a vizinhança percebeu e tentaram pegar o gatuno que fugiu muito rápido. Não era morador da região!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Enquanto morava nesta casa, o terreno em frente estava sendo ocupado por construções de várias casas e foi justamente para uma dessas casas que me mudei. Esse quarteirão passou a ter casa dos dois lados da Rua, mas nos fundo ainda era sítio (pertencia ao Tenente Baltazar). Como a casa era somente de dois quartos, um deles meu pai ocupava com a guarda dos fogos de artifício que ele mesmo fabrica e eu dormia em uma área de frente da cozinha e ao lado do banheiro. Foi a primeira casa que morei com banheiro dentro de casa. Durante a noite acordei com a porta dos fundos balançando (medo daqueles). Falei para minha mãe e ficamos preocupados. Durante a semana falei com um dos vizinhos que me emprestou uma espingarda de socar. Coloquei a espingarda ao lado da cama, deixei a porta somente encostada e depois de algum tempo a porta começou a balançar, apontei a espingarda, o gatuno balançando a porta que foi abrindo lentamente e pude ver que ele estava equilibrado em duas pernas, tinha a cor amarela e estava amolando as unhas na madeira da porta. Não era um gatuno, era um gato!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Pouco tempo depois fui morar no conjunto General João Pereira. O conjunto foi construído pelo BNH (Banco Nacional da Habitação) e naquela época as casas eram entregues sem a devida Infra-estrutura, ou seja, as ruas não eram pavimentadas, esgotos a céu aberto, poucos postes de iluminação pública, ainda não existia o meio fio e até mesmo a igreja (católica) ainda não existia. Devido a pouco existência de iluminação pública facilitava a ação dos gatunos. Nesta época costumava assistir aos filmes da televisão que sempre passavam depois da 22 horas e terminava sempre depois das 24 horas. Nesta época eu não costumava acender a luz para ir ao banheiro e já tinha decorado por onde deveria ir ou não andando no escuro. Uma certa noite um barulho da porta da frente balançando me acordou. Levantei, peguei a faca que estava pendurada na cabeceira da cama e me dirigir até a porta. Só que depois de assistir ao filme, fui dormir e deixei a cadeira que estava sentado no meio da sala. Quando estava me dirigindo a porta dei um chute na cadeira e o gatuno correu. Minha mãe gritou me xingando, que já estava de pé atrás da porta, portando a faca peixeira da cozinha e olhando pelo buraco da fechadura. Ela viu o gatuno e nunca me disse que era!!!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Logo que cheguei para morar no Conjunto General João Pereira, os moradores locais eram em sua maioria feirantes e eu juntamente com minha mãe era mais dois feirantes a fazer parte da comunidade. O trecho onde morava era conhecido como Rua dos Marchantes devido certa concentração dos mesmos. Na rua que fica atrás da igreja, do conjunto, morava um que trabalha na venda de carne de ovelhas. Ele comprava as ovelhas no sertão, trazia em um caminhão Chevrolet, as ovelhas eram colocadas em um terreno ao lado da casa e o caminhão estacionado a frente da casa embaixo de um pé de algaroba. Só que ele sofisticou o caminhão colocando um bom som. Um certo sábado ele foi pegar o caminhão para ir trabalhar (ir para feira) e percebeu que um gatuno tinha feito uma visita pela madruga. Ele comprou outro rádio depois de quinze dias e não é que o gatuno fez mais uma visita! Ele comprou outro som, esse bem mais moderno e chegando da viagem colocou o caminhão, como sempre, em baixo da mesma árvore. La pelas duas da madruga, se ouviu o grito do gatuno! Nesta viagem o marchante comprou ovelhas, um cachorro e esqueceu-se de retirar o cachorro da cabine do caminhão que acabou dormindo ali mesmo!! No outro dia os moradores ficaram de vigia para saber qual dos moradores tinha viajado, mas tinha o problema que era sábado e no sábado metade dos moradores, que eram feirantes, saíram para a feira pela madruga, a outra metade foi um pouco mais tarde fazer a feira semanal, no domingo os que eram feirantes foram para feira de Areia Branca e não deu para se perceber qual morador se ausentou. Somente depois de quinze dias, foi que um desses moradores apareceu com um corte no rosto após de ter caído de uma árvore!</div>
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><b>Texto original : <a href="https://carlos-itabaiana.blogspot.com/2016/10/os-gatunos.html" target="_blank">OS CEBOLEIROS</a></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Antônio Carloshttp://www.blogger.com/profile/18062868840970819727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4038197517700130430.post-38239797520814751532024-01-02T15:39:00.001-03:002024-01-02T15:39:08.796-03:00O voto de cabresto dos cebolas<p> <span style="text-align: justify;">Quando passei no vestibular e fui estudar na Universidade (UFS), década de 80 do século XX) entrei em contato com diversos colegas que viviam em várias cidades. Era comuns essas pessoas tocarem no assunto política e a cidade preferencial, para este assunto, era justamente a política de Itabaiana.</span></p><br /><div style="text-align: justify;"><a href="https://lh5.googleusercontent.com/19UFFd-Qzngu_RRDWpuDqMk8WRFTerfgiFDm-QNaQSu1M19qf2QH5R2Q_C54zFvXTBCgiB6nT5vCrnS-4vHa-4V9HsxV_fVhlLsNjp5I66QfTlyfTI76uvzmv1-C8eCzeOT4IinQ" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="137" src="https://lh5.googleusercontent.com/19UFFd-Qzngu_RRDWpuDqMk8WRFTerfgiFDm-QNaQSu1M19qf2QH5R2Q_C54zFvXTBCgiB6nT5vCrnS-4vHa-4V9HsxV_fVhlLsNjp5I66QfTlyfTI76uvzmv1-C8eCzeOT4IinQ" width="200" /></a>Uma das coisas que mais se comentava era como se mantinha os chamados currais eleitorais e a que sempre me chamou a atenção é que grande parte desses novos colegas sempre me perguntavam qual o líder político foi o meu padrinho de batismo. Eu achava a pergunta estranha, já que os meus padrinhos de batismo não eram políticos, mas depois de perguntar a vários desses colegas que estudavam na universidade descobri que muitos realmente eram batizados pelo líder politico por ocasião do nascimento dos mesmos!.</div><br /><a name='more'></a><br /><br /><div style="text-align: justify;">O fato dos chefes políticos, principalmente em cidades do interior, serem os preferidos pelas famílias para serem padrinhos era uma das maneiras de se garantir o voto da família e muitos chefes de família se orgulhavam de terem os filhos como afilhados destes líderes políticos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Achando estranho o fato dos meus padrinhos não serem líderes políticos foi que liguei os fatos. Eu não sou filho do casamento civil (primeiro casamento do meu pai) e sim filho da terceira mulher e que nunca se casou por que simplesmente depois de casado não existia a possiblidade da separação (o chamado divórcio) e para os filhos fora do casamento civil (chamado de bastardo) eram proibidos pela igreja de serem batizados. Não me perguntem como tive padrinhos de batismo por que meu pai e minha mãe nunca me disseram como fui aceito e batizado e o como padre da época não se recusou em me batizar. Alias, é bom que se diga, sempre que ia a igreja, em horas de batismo, o padre me mandava se aproximar (não foi somente um padre), perguntava pelo meu nome e sempre me rebatizava (se é que existe isso). Ligando os fatos se descobre por que não tive padrinhos líderes políticos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><b>Um fato interessante é como os líderes políticos sabiam em quem o eleitor depositou o voto?</b><br /><br /><div style="text-align: justify;">Naquela época era comum as pessoas se sentarem, durante a noite, as portas das casas para jogarem conversa fora e em uma dessas ocasiões o causo contado por meu pai foi como o líder político da ocasião o interpelou.</div><br /><div dir="ltr" style="margin-left: 0pt;"><table align="center" style="border-collapse: collapse; border: none;"><colgroup><col width="202"></col><col width="207"></col></colgroup><tbody><tr style="height: 0px;"><td style="border-bottom: solid #000000 0px; border-color: rgb(0, 0, 0); border-left: solid #000000 0px; border-right: solid #000000 0px; border-style: solid; border-top: solid #000000 0px; border-width: 0px; padding: 7px; vertical-align: top;"><div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="color: black; font-family: "times new roman"; font-size: 16px; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;"><img alt="titulo eleitoral.jpg" height="116" src="https://lh3.googleusercontent.com/QsqfYWggGwIKRedj2G92X5uJ_WY-dohPN5uOa-jqnx5HuPunZHYgK5kXpwV6UiI-iTquDk11CG4nst6uLrNI2M_vTvWuGUFfYXnpGGgNpHA77GuhI__ueP-7RlkN811sJ17v4KpL" style="border: none; transform: rotate(0rad);" width="183" /></span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Verso do título eleitoral da </span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">década de 60 do seculo XX</span></div></td><td style="border-bottom: solid #000000 0px; border-color: rgb(0, 0, 0); border-left: solid #000000 0px; border-right: solid #000000 0px; border-style: solid; border-top: solid #000000 0px; border-width: 0px; padding: 7px; vertical-align: top;"><div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="color: black; font-family: "times new roman"; font-size: 16px; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;"><img alt="cedulaeleitorall.jpg" height="117" src="https://lh4.googleusercontent.com/XtFv_EvmogXsCW3yYKbHcGoNMznSwzEA9ZNpIaXxelpEUe3lSpo8m6YiIRSvtFYoEzORGAtGvarW7YSuMWBo6rdQrm_kT-WwK6Dr8qty356JrPxKVVt3fCeALSJof4KXEytvd58J" style="border: none; transform: rotate(0rad);" width="183" /></span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Cédula eleitoral da década</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;"> de 80 do século XX</span></div></td></tr></tbody></table></div><div style="text-align: justify;">Meu pai estava chegando da feira quando o carro do líder e seus seguranças (eu diria capangas) pararam em frente à casa. Boa tarde Seu (o mesmo que Senhor) Carlos? Meu pai prontamente respondeu. O líder político foi logo questionando se meu pai era realmente eleitor dele e que meu prontamente confirmou. O líder insatisfeito falou que queria uma prova que ele realmente era eleitor do mesmo. Mandou que meu pai dobrasse o título de eleitor e a Cédula Eleitoral (eram feitos de papel jornal) colocando os dois juntos na urna de votação. Como muitos dos fiscais que contavam os votos eram ligados ao líder politico, chega-se a conclusão de como eles sabiam como os eleitores votavam!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Texto original : <a href="https://carlos-itabaiana.blogspot.com/2016/09/garantindo-o-voto-dos-cebolas.html" target="_blank">OS CEBOLEIROS</a></b></div>Antônio Carloshttp://www.blogger.com/profile/18062868840970819727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4038197517700130430.post-18663469190376287142023-12-26T14:54:00.002-03:002023-12-26T14:54:26.020-03:00A Feira de Itabaiana XI - As pequenas feiras<p> <span style="text-align: justify;">As pequenas feiras eram na realidade venda de produtos que surgiam e sumiam com o período das safras. Entre os produtos que mais se destacavam eram: o milho, banana e jaca.</span></p><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O milho aparecia (sempre aparece) no período das festas juninas e a maioria dos vendedores se concentrava no final da pedra do Largo José do Prado franco e início da Avenida Otoniel Dória. Eram vendidos jogados no chão por cima de lonas e no final do dia ficava a pedra da feira e as ruas próximas sujas de palhas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td><img alt="milho1.JPG" height="164" src="https://lh4.googleusercontent.com/Sbn6mhwbzy-pSaTPInYqiuiJ3awF80BOKpiRoigTy4Fq0iD9C0B61ljcrkpNQuvcxCOAs8MEpg4XQtDC8j-vixAPkZ3pDdASxrqW481E4KKPVcaNHzGHz49YRaL5zxAvAy0ePt98" style="border: none; margin-left: auto; margin-right: auto; transform: rotate(0rad);" width="359" /></td></tr><tr><td class="tr-caption">O milho sempre aparece no período das festas juninas e são geralmente<br /> vendidos no chão. No final ds vendas deixam as palhas espalhadas pelas<br /> redondezas.</td></tr></tbody></table><div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: center;"><span style="color: black; font-family: "arial"; font-size: 14.6667px; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;"></span></div><span style="text-align: justify;">As bananas eram vendidas em quase toda a feira, mas a grande concentração em número e espécies era na pedra do Largo José do Prado Franco, se colocando logo depois da </span><i style="text-align: justify;">Feira dos Fato</i><span style="text-align: justify;">, ficando bem em frente a Câmara Municipal dos Vereadores.</span><br /><div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "arial"; font-size: 14.6667px; font-style: italic; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;"> </span><br /><a name='more'></a></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td><img alt="casuá-bananas.jpg" height="264" src="https://lh6.googleusercontent.com/aQyRxZU6tb3PTTQjjEz7Vnzpp2gYO527dZpkkUJ6eK9O-fxWtblgnOZG-IzNfqxC3TwmS4HBNL35ViaMPA1oQLjCBmMIFrTtDWm2yooR1wvoWvjI9DdHKYpYpzuwriemMNBMmzFm" style="border: none; margin-left: auto; margin-right: auto; transform: rotate(0rad);" width="360" /></td></tr><tr><td class="tr-caption">O transporte tradicional da época era feito com animais e os produtos acomodados<br /> em cestos de cipós (caçuá) pendurados em uma armação no lombo do animal (cangalha).</td></tr></tbody></table><div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: center;"><span style="color: black; font-family: "arial"; font-size: 14.6667px; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;"></span></div><div style="text-align: justify;">As vendas das jacas eram feitas inicialmente na calçada em frente à Casa de Força e posteriormente passou a ser feita na Pedra do Largo José do Prado Franco, juntamente com a venda de bananas . Nesta época o tipo de jaca mais consumido era a Jaca Mole e estranhamente com os tempos as pessoas passaram a dar preferência ao consumo de Jaca Dura.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td><img alt="ja-feira.jpg" height="153" src="https://lh6.googleusercontent.com/ogarpsi9tnaiYFWUrso4s6sRoTo4s2jCecOhr2lqI33Zpc0XBsjB861ljR6WxNHH8bXSDyU-6GAqF_Y5IO5kMbG502_ZNskvWS2UKfGRlUXUk3mQ43D1pFCaB3tjgdIkYwDlGL63" style="border: none; margin-left: auto; margin-right: auto; transform: rotate(0rad);" width="292" /></td></tr><tr><td class="tr-caption">As jacas eram vendidas normalmente nas calçadas das ruas<br />em volta da feira ou então na própria pedra da feira.</td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;">As Bananas e jacas eram provenientes, em sua maioria, dos municípios de Areia Branca e Lagarto e vinham acomodadas para transporte dentro de caçuás (cestos feitos de cipós).</div><br /><b>A Estranha Feria dos Passarinhos</b><br /><br /><div style="text-align: justify;">As feiras de passarinhos eram mais uma feira de trocas entre criadores do que propriamente venda. Nelas se vendia ou trocava os pássaros, as gaiolas e armações (armadilhas apropriadas para capturar pássaros). As gaiolas vendidas eram em sua maioria feitas de fumo brabo ou cana brava. Era muito raro encontrar, nesta feira, gaiolas feitas de madeira com arame.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Nesta época os criadores não colocavam vários pássaros em uma única gaiola nem na hora da venda e nem para criação. Hoje, vez em quando a polícia ambiental prender esses criadores (atualmente é uma atividade proibida) e é comum vermos vários pássaros em uma única gaiola e como consequências acabam matando vários destes.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td><img alt="feirpassaros.jpg" height="240" src="https://lh3.googleusercontent.com/AIGVOOWelEHSgKglxI96asUYPxN3kZKuAzoyItz3m2PtGmv9j0MhSGbWR0d4Mu_iPtJFbT_ahrUV91YKT-jdmhGnOQtHoffrLhHfZdGEdVBb2b6VddeFFBXGnDbej_oT3FCljiPA" style="border: none; margin-left: auto; margin-right: auto; transform: rotate(0rad);" width="362" /></td></tr><tr><td class="tr-caption">Na Feira de Itabaiana, em 27-07-2016, foram apreendidos 125 pássaros<br />pela Polícia Militar do Estado de Sergipe, por meio do Pelotão de<br /> Polícia Ambiental (PPamb).</td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;">Na década de oitenta, do século XX, essa feira era realizada na calçada em frente ao do Tanque do Povo (atual Mercadão), depois foi proibida <a href="http://www.gilsondeoliveira.com.br/noticia/10126/passaros-silvestres-sao-apreendidos-na-feira-das-trocas-de-itabaiana">(passou a ser uma atividade ilegal</a>) e atualmente é realizada na feira das trocas e de vez em quando muitos dos vendedores tem os pássaros apreendidos e são multados.<br /><br /><div><div><div><div><div><b>Textos relacionados:</b></div><div><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/06/a-feira-de-itabaiana-i-feria-das-feiras.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana I - A Feira das Feiras</a></b></div><div style="font-size: 12.8px;"><b style="font-size: medium;"><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/06/a-feira-de-itabaiana-ii-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana II - A Feira das farinhas</a></b><span></span></div><div><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/07/a-feira-de-itabaiana-iii-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana III - A Feira das Verduras</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/07/a-feira-de-itabaiana-iv-feira-dos-manues.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana IV - A Feira dos Manuês</a></b><br /><b><span style="color: blue;"><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/07/a-feira-de-itabaiana-v-feira-dos-jogos.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana V - A Feira dos Jogos</a></span></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/08/a-feira-de-itabaiana-vi-feira-dos.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana VI - A Feira dos Sapatos</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/08/a-feira-de-itabaiana-vii-feira-dos-fato.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana VII - A Feira dos "Fato"</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/08/a-feira-de-itabaiana-viii-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana VIII - A Feira das Carnes</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/08/a-feira-de-itabaiana-ix-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana IX - A Feira das Panelas</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/09/a-feira-de-itabaiana-x-feira-das-trocas.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana X - A Feira das Trocas</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/09/a-feira-de-itabaiana-xi-as-pequenas.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana XI - As pequenas feiras</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/10/a-feira-de-itabaiana-xii-feira-dos.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana XII - A feira dos cereais</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/11/a-feira-de-itabaiana-xiii-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana XIII - A feira das roupas e dos tecidos</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/11/a-feira-de-itabaiana-xiv-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana XIV - A feira das miudezas</a></b><br /><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2017/01/a-feira-de-itabaiana-xv-fazendo-feira.html" target="_blank"><b>A Feira de Itabaiana XV - Fazendo a feira !</b></a></div></div></div></div></div></div>Antônio Carloshttp://www.blogger.com/profile/18062868840970819727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4038197517700130430.post-67032355427252924512023-12-05T15:14:00.001-03:002023-12-05T15:14:23.645-03:00A Feira de Itabaiana X - A Feira das trocas<p> <span style="text-align: justify;">A mais antiga de todas as feiras e que deu origem as feiras atuais. Quando ainda não existia a moeda, como padrão de troca de produtos ou serviços, as pessoas iam para as feiras para trocarem os produtos. É claro que a quantidade de produtos diferentes e com valores diferentes dificultavam a trocas entre eles. Mas, a simplicidade do consumo nas primeiras sociedades também facilitava a troca e com a exigência de uma sociedade mais organizada foi que aparecem as moedas como padrão de trocas.</span></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td><img src="https://lh4.googleusercontent.com/2JWFobFxJXAh5oKG1WWEsWhWcpUkga2N87EZfT2hQGbcFW2qyvs5xbgnVGPvnfLwndS4v5428TiffDzB1yy0XmMpSNqLeSC867kXXor_MZJmjYyqIoqKtkFaoT9PuKlW35DQ9P3d" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" /></td></tr><tr><td class="tr-caption">Feira das trocas que atualmente é realizada em frente ao Estádio Eltevino Mendonça.<br />Foto conseguida na Itnet.</td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;">Essa feira é a ovelha negra das feiras apesar de ser a mãe de todas as feiras. Em Itabaiana essa feira é a mais itinerante de todas. A primeira feira das trocas, em Itabaiana, que tenho notícias ficava bem no finalzinho do largo José do Prado Franco, depois foi expulsa para uma parte já aterrada do Tanque do Povo, bem ao fundo da Quadra do Glai (onde fica a parte dos fundos do atual mercadão), logo depois essa feira foi se instalar em frente ao Estádio Presidente Médici (hoje Estádio Eltevino Mendonça) e a última vez que estive nessa Feria foi na praça ao lado do Colégio Airton Teles. Hoje a feira se localiza, mais uma vez, em frente ao Estádio Presidente Médici (atual Estádio Eltevino Mendonça)</div><div style="text-align: justify;"><br /><a name='more'></a><br /></div><div style="text-align: justify;">Esta feira sempre foi vista com maus olhos por que alguns produtos eram de origem duvidosa e para prevenir aborrecimentos os vendedores costumavam registrar as vendas de alguns produtos (bicicleta era um deles) na delegacia local.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Nesta feira presenciei um fato interessante: por ocasião de um defeito em minha primeira moto (década de 80 do século passado), fui até uma dessas oficinas instaladas em garagem. Ficava bem próxima da feira das trocas, quando ela ainda funcionava ao lado da Escola Estadual Dr. Airton Teles. Esperando o mecânico terminar o serviço, me sentei em frente a oficina e de vistas para essa feira. Um dos vendedores olhou para mim, atravessou a rua e me ofereceu uma mercadoria pra lá de indigesta: revólveres! O sujeito abriu um amostral feito de flanela com várias casas (seis ao todo) e em cada casa tinha um revolver com modelo diferente. O mais interessante é que eu recusei dizendo não ter interesse em comprar uma arma e mesmo assim ele continuou insistindo. Outro vendedor aproximou-se, se colocou ao lado do primeiro vendedor e abriu outro amostral (também feito de flanela) com outros modelos !</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Mandei o mecânico apressar o término do serviço, ao pagar fui embora e nunca mais coloquei os pés nesta feira. Pra falar a verdade, só tenho notícias desta feira pelos noticiários da imprensa. Nestes noticiários, nem sempre as informações passadas são das melhores e de vez em quando saem notícias que alguns destes vendedores vão presos por venderem produtos furtados e até mesmo por venda de armas. Atualmente a venda de pássaros silvestres é feito nessa feira e é uma atividade criminosa e é firmemente combatida pela polícia ambiental.</div><br /><div style="text-align: center;"><br /><div style="text-align: justify;"><div><div><div><div><div><b>Textos relacionados:</b></div><div><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/06/a-feira-de-itabaiana-i-feria-das-feiras.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana I - A Feira das Feiras</a></b></div><div style="font-size: 12.8px;"><b style="font-size: medium;"><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/06/a-feira-de-itabaiana-ii-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana II - A Feira das farinhas</a></b><span></span></div><div><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/07/a-feira-de-itabaiana-iii-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana III - A Feira das Verduras</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/07/a-feira-de-itabaiana-iv-feira-dos-manues.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana IV - A Feira dos Manuês</a></b><br /><b><span style="color: blue;"><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/07/a-feira-de-itabaiana-v-feira-dos-jogos.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana V - A Feira dos Jogos</a></span></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/08/a-feira-de-itabaiana-vi-feira-dos.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana VI - A Feira dos Sapatos</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/08/a-feira-de-itabaiana-vii-feira-dos-fato.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana VII - A Feira dos "Fato"</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/08/a-feira-de-itabaiana-viii-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana VIII - A Feira das Carnes</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/08/a-feira-de-itabaiana-ix-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana IX - A Feira das Panelas</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/09/a-feira-de-itabaiana-x-feira-das-trocas.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana X - A Feira das Trocas</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/09/a-feira-de-itabaiana-xi-as-pequenas.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana XI - As pequenas feiras</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/10/a-feira-de-itabaiana-xii-feira-dos.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana XII - A feira dos cereais</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/11/a-feira-de-itabaiana-xiii-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana XIII - A feira das roupas e dos tecidos</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/11/a-feira-de-itabaiana-xiv-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana XIV - A feira das miudezas</a></b><br /><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2017/01/a-feira-de-itabaiana-xv-fazendo-feira.html" target="_blank"><b>A Feira de Itabaiana XV - Fazendo a feira !</b></a></div></div></div></div></div></div></div>Antônio Carloshttp://www.blogger.com/profile/18062868840970819727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4038197517700130430.post-32809987155903246932023-11-25T19:29:00.002-03:002023-11-25T19:29:12.983-03:00A Feira de Itabaiana IX - A Feira das panelas<p> </p><p><br /></p><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://lh6.googleusercontent.com/mvwwdKZ_fGVZhAGwm93JYY0Bje6BeAzWjbGvVJ2Z6w6VP_sIMp6w5ntXE9nB80cbelUyR3p4v92o8kDLR791ibBFLtyON-zufquGB8jy7XCNr5bzdZ0pWVXKDUoaVaJrj0cRsjlH" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://lh6.googleusercontent.com/mvwwdKZ_fGVZhAGwm93JYY0Bje6BeAzWjbGvVJ2Z6w6VP_sIMp6w5ntXE9nB80cbelUyR3p4v92o8kDLR791ibBFLtyON-zufquGB8jy7XCNr5bzdZ0pWVXKDUoaVaJrj0cRsjlH" width="259" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Diversos produtos artesanais feitos de barros</td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;">Os produtos vendidos nesta feira certamente são uns dos primeiros a criar motivo para o surgimento das feiras. É uma espécie de irmão rejeitado pelas demais feiras e por isso fica a ideia de uma feira itinerante dentro da feira. Primeiramente esta feira ficava na pedra do Largo Santo Antônio, depois foi transferida para a pedra principal do Largo José do Prado Franco, para depois ser transferida para a pedra (no mesmo largo José do Prado Franco) em frente ao vapor de Seu João e finalmente está até hoje ocupando espaço em via pública na Av. Otoniel Dória.</div><div style="text-align: justify;"><a name='more'></a><br /></div><div style="text-align: justify;">Embora fosse chamada de Feria das Panelas, não eram somente panelas que eram vendidas nesta feira. Nela se podia (ainda pode) comprar moringas, filtros de água, cuscuzeiros, jarras para plantas (mais usados para flores), potes e até brinquedos. Todos os produtos citados eram feitos de barros, mas se vendia produtos feitos de madeira, tais como: porta Ferro de Engomar (passar), gamelas, raladores de côco, porta toalhas, etc. Tinha alguns produtos que podiam ser encontrados feito de madeira ou barro, tais como: brinquedos, jarros para plantas (geralmente flores) e alguns tipos de panelas que eram usadas apenas para acondicionar saladas ou frutas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://lh4.googleusercontent.com/sMMs_S_CHG-m_Ux4Xf6IEBr6dzCpVlOG5x_NMhKkClPP3ALwoaIyQf8sVVQGOhv4QlN1frquGbG3mElpBsgKLZtCllvXYj5zGyNf7Vryqv7NakSxEhMangIOOvIMCKe7ibMJ7zPO" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="133" src="https://lh4.googleusercontent.com/sMMs_S_CHG-m_Ux4Xf6IEBr6dzCpVlOG5x_NMhKkClPP3ALwoaIyQf8sVVQGOhv4QlN1frquGbG3mElpBsgKLZtCllvXYj5zGyNf7Vryqv7NakSxEhMangIOOvIMCKe7ibMJ7zPO" width="200" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div><span style="font-size: 12.8px;">A Gamela era utilizada para</span></div><div><span style="font-size: 12.8px;">limpeza e acondicionar alimentos</span></div></td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;">Hoje ninguém mais conhece essa feira como Feira das Panelas e sim como Feira do Artesanato. O nome fica mais apropriado já que nela se vendia produtos feitos de barro, madeira, metal e não era somente panela o único produto vendido, mas era certamente o mais procurado e vendido. É bom lembrar que existam vários modelos de panelas, exemplos: panela para cozinhas feijão e cuscuzeiro (panela para cozinhar cuscuz). Em minha opinião a feira que guarda relíquias do passado e do presente e com produtos práticos para nossas necessidades.</div><div style="text-align: justify;"><br /><div><div><div><div><div><div><b>T</b><b>Textos relacionados:</b><br /><div><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/06/a-feira-de-itabaiana-i-feria-das-feiras.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana I - A Feira das Feiras</a></b></div><div style="font-size: 12.8px;"><b style="font-size: medium;"><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/06/a-feira-de-itabaiana-ii-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana II - A Feira das farinhas</a></b><span></span></div><div><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/07/a-feira-de-itabaiana-iii-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana III - A Feira das Verduras</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/07/a-feira-de-itabaiana-iv-feira-dos-manues.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana IV - A Feira dos Manuês</a></b><br /><b><span style="color: blue;"><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/07/a-feira-de-itabaiana-v-feira-dos-jogos.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana V - A Feira dos Jogos</a></span></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/08/a-feira-de-itabaiana-vi-feira-dos.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana VI - A Feira dos Sapatos</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/08/a-feira-de-itabaiana-vii-feira-dos-fato.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana VII - A Feira dos "Fato"</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/08/a-feira-de-itabaiana-viii-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana VIII - A Feira das Carnes</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/08/a-feira-de-itabaiana-ix-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana IX - A Feira das Panelas</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/09/a-feira-de-itabaiana-x-feira-das-trocas.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana X - A Feira das Trocas</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/09/a-feira-de-itabaiana-xi-as-pequenas.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana XI - As pequenas feiras</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/10/a-feira-de-itabaiana-xii-feira-dos.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana XII - A feira dos cereais</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/11/a-feira-de-itabaiana-xiii-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana XIII - A feira das roupas e dos tecidos</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/11/a-feira-de-itabaiana-xiv-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana XIV - A feira das miudezas</a></b><br /><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2017/01/a-feira-de-itabaiana-xv-fazendo-feira.html" target="_blank"><b>A Feira de Itabaiana XV - Fazendo a feira !</b></a></div></div></div></div></div></div></div></div>Antônio Carloshttp://www.blogger.com/profile/18062868840970819727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4038197517700130430.post-15120674046770678402023-11-15T10:53:00.003-03:002023-11-15T10:53:44.191-03:00A Feira de Itabaiana VIII - A Feira das carnes<p> <a href="https://4.bp.blogspot.com/-38EZnroZKlU/V73UK62vVcI/AAAAAAAAGtY/4s8x14NCSNMBTYoipiJOfZqXXdQd5Sh0QCLcB/s1600/mercado-ita-2.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="121" src="https://4.bp.blogspot.com/-38EZnroZKlU/V73UK62vVcI/AAAAAAAAGtY/4s8x14NCSNMBTYoipiJOfZqXXdQd5Sh0QCLcB/s400/mercado-ita-2.png" width="400" /></a></p><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">O Mercado como era antigamente</span><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgs6bXxSQuCiTAEyB25Gp4b-c8FVHdYxNA_gF35pTlB-a-gmgsViR3RdCVJJ1frew_tE7vAOasAvJNY-dpLjekuVVitxbQLJpAXqIMtxvqXx_CO8Y3dnXZ7RHUtXD58XwaJ3Q7MwnmAdmS3/s1600/mercado-ita-1.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="85" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgs6bXxSQuCiTAEyB25Gp4b-c8FVHdYxNA_gF35pTlB-a-gmgsViR3RdCVJJ1frew_tE7vAOasAvJNY-dpLjekuVVitxbQLJpAXqIMtxvqXx_CO8Y3dnXZ7RHUtXD58XwaJ3Q7MwnmAdmS3/s400/mercado-ita-1.png" width="400" /></a><br /><span style="font-size: x-small;">O mercado como é hoje</span></div><span style="text-align: justify;">Um fato interessante é que para a população de Itabaiana não existia a Feira das Carnes. Todo mundo saia de casa para fazer feira e passar no mercado para comprar carne! Nunca ouvi alguém falar que ia para Feira da Carne! Os miúdos dos boi e dos porcos eram vendidos no Largo José do Prado Franco (</span><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/08/a-feira-de-itabaiana-vii-feira-dos-fato.html" style="text-align: justify;" target="_blank">Feira dos</a><i style="text-align: justify;"><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/08/a-feira-de-itabaiana-vii-feira-dos-fato.html" target="_blank"> Fato</a>)</i><span style="text-align: justify;">, mas as carnes de boi e porco eram vendidas totalmente nos dois mercados. Outro fato interessante é que os mercados eram registrados como Mercados de Talho e nunca ouvi alguém mencionar o mercado com esse nome.</span><br /><div style="text-align: justify;"><a name='more'></a></div><div style="text-align: justify;"><br /><br /></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://lh4.googleusercontent.com/liSW4VAeKXAjjC70VTkelKNO_Pb2pWPwdezkIC4y2eJUJSgyC8Tg2mWSBVTtLyk4f95nQGFWoLnv44Jk-mUxUFZBkmvKcOgn-pkf4880aPGwiUHTHolr-vzDBDmqnpRx7N_MV0RQ" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="180" src="https://lh4.googleusercontent.com/liSW4VAeKXAjjC70VTkelKNO_Pb2pWPwdezkIC4y2eJUJSgyC8Tg2mWSBVTtLyk4f95nQGFWoLnv44Jk-mUxUFZBkmvKcOgn-pkf4880aPGwiUHTHolr-vzDBDmqnpRx7N_MV0RQ" width="200" /></a>A venda de carne ocupava metade do mercado maior (hoje batizado de Zezé de Bevenuto) e todo o mercado menor (batizado de João da Volta). Nos dias de hoje, com a exigência de higiene atual, os dois seriam fechados. As vendas eram feitas em bancas de madeira (só posteriormente trocadas por bancas de alvenaria), as carnes eram penduradas em ganchos de ferros e cortadas com machados em cima de um tronco de madeira, chamado de CEPO. Mesmo depois da troca das bancas de madeira por alvenarias, a falta de higiene ficou por conta dos ganchos onde se pendurava as carnes e o cepo que guardava parte do sangue de uma feria para outra. Com o decorrer do tempo foram obrigados a cortar a parte superior do cepo, para a feira seguinte, para eliminar os resíduos e posteriormente deixaram de ser usados.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Mesmo depois de se eliminar os problemas higiênicos sobrou a parte de onde vinhas essas carnes. O gado era abatido no Matadouro e quem algum dia entrou no antigo matadouro de Itabaiana provavelmente deixou de comer carne! A falta de higiene era enorme e 24 horas por dia soltava um mau cheiro que incomodava até quem vivia a certa distância. Quem viajava a Frei Paulo ou Carira era obrigado a passar em frente ao matadouro e obrigado a suportar o mal cheiro forte.</div><div style="text-align: justify;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzupFqwXfdlCpthChRUPUfGvAhkBXx6xlGGMqLqK_jszvAaWN1MkTgRDs79qcsnGRbmKTEuXjs2EL-X_WHNIawczFq22PKdUfagd9UY5AKlQDhoUJ9NBcJBcCBvW3xUl8CAkSFF2vYeMMN/s1600/matadouro.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzupFqwXfdlCpthChRUPUfGvAhkBXx6xlGGMqLqK_jszvAaWN1MkTgRDs79qcsnGRbmKTEuXjs2EL-X_WHNIawczFq22PKdUfagd9UY5AKlQDhoUJ9NBcJBcCBvW3xUl8CAkSFF2vYeMMN/s1600/matadouro.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption">Inauguração do antigo matadouro de Itabaiana</td></tr></tbody></table><div>Por conta do hábito de se cortar a carne com um machado, os trabalhadores vendedores de carnes eram chamados de machantes. Hoje o termo foi substituído por Açougueiros e praticamente não se usa mais o machado para o corte de carne e sim uma serra elétrica fabricada especificamente para este fim.</div><div><br /></div><div><i>Fotos retirados no Google Imagens</i><br /><i><br /></i><br /><div><div><div><div><div><div><div><b>Textos relacionados:</b></div><div><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/06/a-feira-de-itabaiana-i-feria-das-feiras.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana I - A Feira das Feiras</a></b></div><div style="font-size: 12.8px;"><b style="font-size: medium;"><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/06/a-feira-de-itabaiana-ii-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana II - A Feira das farinhas</a></b><span></span></div><div><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/07/a-feira-de-itabaiana-iii-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana III - A Feira das Verduras</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/07/a-feira-de-itabaiana-iv-feira-dos-manues.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana IV - A Feira dos Manuês</a></b><br /><b><span style="color: blue;"><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/07/a-feira-de-itabaiana-v-feira-dos-jogos.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana V - A Feira dos Jogos</a></span></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/08/a-feira-de-itabaiana-vi-feira-dos.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana VI - A Feira dos Sapatos</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/08/a-feira-de-itabaiana-vii-feira-dos-fato.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana VII - A Feira dos "Fato"</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/08/a-feira-de-itabaiana-viii-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana VIII - A Feira das Carnes</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/08/a-feira-de-itabaiana-ix-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana IX - A Feira das Panelas</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/09/a-feira-de-itabaiana-x-feira-das-trocas.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana X - A Feira das Trocas</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/09/a-feira-de-itabaiana-xi-as-pequenas.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana XI - As pequenas feiras</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/10/a-feira-de-itabaiana-xii-feira-dos.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana XII - A feira dos cereais</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/11/a-feira-de-itabaiana-xiii-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana XIII - A feira das roupas e dos tecidos</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/11/a-feira-de-itabaiana-xiv-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana XIV - A feira das miudezas</a></b><br /><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2017/01/a-feira-de-itabaiana-xv-fazendo-feira.html" target="_blank"><b>A Feira de Itabaiana XV - Fazendo a feira !</b></a></div></div></div></div></div></div></div></div></div>Antônio Carloshttp://www.blogger.com/profile/18062868840970819727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4038197517700130430.post-10193179553835677012023-10-30T13:40:00.001-03:002023-10-30T13:40:11.055-03:00A Feira de Itabaiana VII - A Feira dos “Fato”<p> <span style="text-align: justify;">Nesta feira eram vendidos, em grande maioria, os miúdos do boi e do porco (também conhecidos como bofe), tais como: tripa, fígado, rins, bucho, língua, rabada, mocotó, etc. </span></p><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">As pessoas costumavam tirar gozação com quem consumia os produtos vendidos nesta feira, alegando que eram produtos de segunda qualidade e eram somente para pessoas de baixa renda. É bom lembrar que embora fosse a <i>Feira dos Fato</i>, nela se vendia charque (jabá), linguiça, caranguejo (quando aparecia), tinha duas bancas de peixes onde se podia comprar pilombeta, sardinha e cumatá (eram os mais vendidos). Todos esses produtos eram considerados produtos de consumo para pessoas pobres e atualmente, por ironia, são considerados produtos de primeira qualidade, consumidos por pessoas de classe média e nem sempre tão acessíveis as pessoas mais humildes.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div dir="ltr" style="margin-left: 0pt;"><table align="center" style="border-collapse: collapse; border: none;"><colgroup><col width="139"></col><col width="142"></col><col width="141"></col></colgroup><tbody><tr style="height: 0px;"><td style="border-bottom: solid #000000 0px; border-color: rgb(0, 0, 0); border-left: solid #000000 0px; border-right: solid #000000 0px; border-style: solid; border-top: solid #000000 0px; border-width: 0px; padding: 7px; vertical-align: top;"><div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: center;"><span style="color: black; font-family: "times new roman"; font-size: 12px; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;"><img alt="jaba-feira.JPG" height="94" src="https://lh5.googleusercontent.com/_qMH0BqbPPL1vNVzhsvuxr5UJV829qPYSQjKdHrGsPx3kXBlfXd364-MwexK6tEVhMPrhvql84VFuWErpSr6LCtK4lZ5yVhdzJ74feQXVOkNxfdUzBl7TVzLjsEqG4XlFwMJ4NiY" style="-webkit-transform: rotate(0.00rad); border: none; transform: rotate(0rad);" width="127" /></span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Jabá</span></div></td><td style="border-bottom: solid #000000 0px; border-color: rgb(0, 0, 0); border-left: solid #000000 0px; border-right: solid #000000 0px; border-style: solid; border-top: solid #000000 0px; border-width: 0px; padding: 7px; vertical-align: top;"><div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: center;"><span style="color: black; font-family: "times new roman"; font-size: 12px; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;"><img alt="mocoto_bovino.jpg" height="85" src="https://lh3.googleusercontent.com/Mu3pezqCnRaGXYk5ONw0kM1A1eBZcPYYf4WYOCazuZfP2HuYxwAChvhaW0bW0X9cyMnKNK6L_ELLS9ybLYuSuZbbZcezTzoMGE-SXB0YPYbJ_-EBqEzGUVFFHoVLu7oBTAjPcKG9" style="-webkit-transform: rotate(0.00rad); border: none; transform: rotate(0rad);" width="130" /></span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Mocotó</span></div></td><td style="border-bottom: solid #000000 0px; border-color: rgb(0, 0, 0); border-left: solid #000000 0px; border-right: solid #000000 0px; border-style: solid; border-top: solid #000000 0px; border-width: 0px; padding: 7px; vertical-align: top;"><div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: center;"><span style="color: black; font-family: "times new roman"; font-size: 16px; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;"><img alt="sarapatel.jpg" height="91" src="https://lh3.googleusercontent.com/P5zizJxnKGlaPLD-cxXCDTK0gl2ar6YBj4Jqva6UFNSWuc-wSjqzYQ25FVAtdiqHvhEJagUr5CA9qZkugJ_hVSEP_xL6oS3XfNfXQshwOb3c6S47gbKfqxPgxZJxF5S4iH6Y9_XJ" style="-webkit-transform: rotate(0.00rad); border: none; transform: rotate(0rad);" width="129" /></span></div><span style="font-size: x-small;">Miúdos para sarapatel</span></td></tr></tbody></table></div><div style="text-align: justify;">A feira carecia de higiene e eram vendidos em bancas feitas de madeira no largo José do Prado Franco, em frente ao Mercado da Carne, por um lado<br /><a name='more'></a>ficava a antiga casa de força e no outro o vapor de seu Joãozinho. Para lavar as bancas era utilizada água proveniente do Tanque do povo e só algum tempo depois é que as pessoas passaram a usar água encanada. Mas é bom chamar a atenção, que mesmo com todo o cuidado na limpeza dessas bancas a higiene era comprometida devido a madeira das bancas absorverem o sangue dos produtos. Durante e depois da feira o local era sempre cheio de moscas, inclusive pousavam nos produtos à serem consumidos !</div><br /><center><div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="color: black; font-family: "times new roman"; font-size: 12px; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;"><img alt="feira-ita1.png" height="186" src="https://lh5.googleusercontent.com/qlPZuB8Bf__7NYm1R7omZ9qWSWeL4xtxWxVezqJ3qjhl_npcqNzISOihRbfOVxh8PcWByX_-QqDGSoG1L_TuMlIxECFvM7yuntcTqgHuOy6dNQNjlve_GyDELZpmnVCiYS9Licsk" style="border: none; transform: rotate(0rad);" width="378" /></span></div><span style="font-size: x-small;">Largo josé do Prado Franco - Itabaiana - Sergipe - Brasil</span></center><div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span id="docs-internal-guid-8f33af27-9d90-01b6-965c-082289525b54"><br /></span></div><div style="text-align: justify;">Uns dos pratos típicos feitos com os ingredientes adquiridos nesta feira é o Sarapatel, que nos tempos atuais é uma iguaria apreciada por todas as camadas sociais, mas que antigamente era consumido somente pelas pessoas de menor renda. Outro prato típico, com ingredientes adquiridos nesta feira, reconhecido mundialmente é a famosa feijoada (que existem de vários tipos e sabores).</div><br /><div dir="ltr" style="margin-left: 0pt;"><table align="center" style="border-collapse: collapse; border: none;"><colgroup><col width="143"></col><col width="125"></col><col width="124"></col></colgroup><tbody><tr style="height: 0px;"><td style="border-bottom: solid #000000 0px; border-color: rgb(0, 0, 0); border-left: solid #000000 0px; border-right: solid #000000 0px; border-style: solid; border-top: solid #000000 0px; border-width: 0px; padding: 7px; vertical-align: top;"><div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="color: black; font-family: "arial"; font-size: 14.6667px; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;"><img alt="feijoada.jpg" height="92" src="https://lh5.googleusercontent.com/miNlmAVt7m5CRu1PEcCrvD5_6xcJv1LYIZnC_YSFeOYhm-gisOjDvrTSWROEmY2QcagN4tbObFLyPsnP4y-yf-r2jJtGTi1jOtgnsHJV5NCWMGsefoYXA516_oy2MRAQO9QiKuc1" style="-webkit-transform: rotate(0.00rad); border: none; transform: rotate(0rad);" width="133" /></span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Feijoada de boi</span></div></td><td style="border-bottom: solid #000000 0px; border-color: rgb(0, 0, 0); border-left: solid #000000 0px; border-right: solid #000000 0px; border-style: solid; border-top: solid #000000 0px; border-width: 0px; padding: 7px; vertical-align: top;"><div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="color: black; font-family: "arial"; font-size: 14.6667px; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;"><img alt="sarapatel (1).jpg" height="92" src="https://lh4.googleusercontent.com/_Q2b4N9rMeQ1OeOzAlGmYtdCVXmPIVaEskDmLpc4bnCl0Hng0LN-OUOlZjI9OTE54Z1hReCJIyKIIyrB_DlLbNQyAnKKHTaET76dzUtK-WuNaUbEQoB4mHH6hPn_czZcMoXn7n5A" style="-webkit-transform: rotate(0.00rad); border: none; transform: rotate(0rad);" width="111" /></span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Sarapatel</span></div></td><td style="border-bottom: solid #000000 0px; border-color: rgb(0, 0, 0); border-left: solid #000000 0px; border-right: solid #000000 0px; border-style: solid; border-top: solid #000000 0px; border-width: 0px; padding: 7px; vertical-align: top;"><div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="color: black; font-family: "arial"; font-size: 14.6667px; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;"><img alt="feijoada-porco.jpg" height="89" src="https://lh5.googleusercontent.com/lhOziFN6TgtK_BODQ3kD2hv9sRTbMeGjGKW4-NDz59LjbCzv24TLhG7ik67elWboysuqyS8BOarIScOdxiMLYB_O_bhA1VNxZGVdQ4iSNcuIee732oDhgkru7ylt5aUzSmvDyKii" style="border: none; transform: rotate(0rad);" width="109" /></span></div><span style="font-size: x-small;"></span><br /><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Feijoada de porco</span></div><span style="font-size: x-small;"></span></td></tr></tbody></table></div><div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">Um fato interessante é que muitas das vendedoras (as mulheres eram a grande maioria como vendedoras e eram chamadas fateiras) moravam em uma única rua e por isso era chamada de <i>Rua do Fato</i> (atualmente batizada de Rua Itaporanga).</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><i style="text-align: justify;">Fotos conseguidas no Google Imagens</i><i></i><br /><i style="text-align: justify;"><br /></i><br /><div style="text-align: justify;"><div><div><div><div><div><div><div><div><b>Textos relacionados:</b></div><div><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/06/a-feira-de-itabaiana-i-feria-das-feiras.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana I - A Feira das Feiras</a></b></div><div style="font-size: 12.8px;"><b style="font-size: medium;"><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/06/a-feira-de-itabaiana-ii-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana II - A Feira das farinhas</a></b><span></span></div><div><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/07/a-feira-de-itabaiana-iii-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana III - A Feira das Verduras</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/07/a-feira-de-itabaiana-iv-feira-dos-manues.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana IV - A Feira dos Manuês</a></b><br /><b><span style="color: blue;"><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/07/a-feira-de-itabaiana-v-feira-dos-jogos.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana V - A Feira dos Jogos</a></span></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/08/a-feira-de-itabaiana-vi-feira-dos.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana VI - A Feira dos Sapatos</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/08/a-feira-de-itabaiana-vii-feira-dos-fato.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana VII - A Feira dos "Fato"</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/08/a-feira-de-itabaiana-viii-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana VIII - A Feira das Carnes</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/08/a-feira-de-itabaiana-ix-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana IX - A Feira das Panelas</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/09/a-feira-de-itabaiana-x-feira-das-trocas.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana X - A Feira das Trocas</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/09/a-feira-de-itabaiana-xi-as-pequenas.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana XI - As pequenas feiras</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/10/a-feira-de-itabaiana-xii-feira-dos.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana XII - A feira dos cereais</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/11/a-feira-de-itabaiana-xiii-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana XIII - A feira das roupas e dos tecidos</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/11/a-feira-de-itabaiana-xiv-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana XIV - A feira das miudezas</a></b><br /><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2017/01/a-feira-de-itabaiana-xv-fazendo-feira.html" target="_blank"><b>A Feira de Itabaiana XV - Fazendo a feira !</b></a></div></div></div></div></div></div></div></div></div>Antônio Carloshttp://www.blogger.com/profile/18062868840970819727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4038197517700130430.post-8530164734872054652023-10-20T10:41:00.001-03:002023-10-20T10:41:13.601-03:00A Feira de Itabaiana VI - A Feira dos Sapatos<p> <span style="text-align: justify;">Ocupava parte do Beco dos Cocos e uma parte ficava dentro do Mercado das Carnes, entre a feira das farinhas e a de venda de carnes. O interessante é que nessa época existia uma banca dentro do mercado que vendia jóias e ficava bem no meio das bancas de vendas de calçados!</span></p><div dir="ltr" style="margin-left: 0pt;"><table align="center" style="border-collapse: collapse; border: none;"><colgroup><col width="204"></col><col width="202"></col></colgroup><tbody><tr style="height: 0px;"><td style="border-bottom: solid #000000 0px; border-color: rgb(0, 0, 0); border-left: solid #000000 0px; border-right: solid #000000 0px; border-style: solid; border-top: solid #000000 0px; border-width: 0px; padding: 7px; vertical-align: top;"><div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="color: black; font-family: "arial"; font-size: 14.6667px; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;"><img alt="Mod.33 Sap.88.JPG" height="190" src="https://lh4.googleusercontent.com/iuz9FnufPqdwyuHRvOmabkeokou5mVRHVjyjKnVNLzlKWKIN_RV8qyy9NBa-xLub3U01s8sJfXZvezk5z2EZVLwG_7KJVP442rvllnoQ_doYsKjilK1l0OlEiDXk3lesCSF4VEqR" style="-webkit-transform: rotate(0.00rad); border: none; transform: rotate(0rad);" width="190" /></span></div></td><td style="border-bottom: solid #000000 0px; border-color: rgb(0, 0, 0); border-left: solid #000000 0px; border-right: solid #000000 0px; border-style: solid; border-top: solid #000000 0px; border-width: 0px; padding: 7px; vertical-align: top;"><div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="color: black; font-family: "arial"; font-size: 14.6667px; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;"><img alt="sapato-botina-bota-couro-solado-pneu-215301-MLB20306001478_052015-F.jpg" height="190" src="https://lh3.googleusercontent.com/AvHWhdJWA4LcTUGES8cFYn5v4ILgtn1Ve1Gkk3XNYEMatd4cDZMEAyqnZXvuqHB8CyzdeHrzv8QwWYChKUavw3hX8QNYt5QFKmP8H1DkCJmEng1xSkD9_hmOxRVoV0z6QSGhNTPc" style="-webkit-transform: rotate(0.00rad); border: none; transform: rotate(0rad);" width="180" /></span></div></td></tr></tbody></table></div><div style="text-align: justify;">Os sapatos e sandálias que eram vendidos nestas bancas eram de fabricação local das fabriquetas de fundo de quintal existentes na cidade. Entre os principais<br /><a name='more'></a>fabricantes destes sapatos e calçados eram Tororoco e Geraldo (na época era massagista da Associação Olímpica de Itabaiana).</div><div dir="ltr" style="margin-left: 0pt;"><table align="center" style="border-collapse: collapse; border: none;"><colgroup><col width="197"></col><col width="235"></col></colgroup><tbody><tr style="height: 0px;"><td style="border-bottom: solid #000000 0px; border-color: rgb(0, 0, 0); border-left: solid #000000 0px; border-right: solid #000000 0px; border-style: solid; border-top: solid #000000 0px; border-width: 0px; padding: 7px; vertical-align: top;"><div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="color: black; font-family: "arial"; font-size: 14.6667px; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;"><img alt="Mod.16 Sap.60.JPG" height="131" src="https://lh4.googleusercontent.com/ULynotO4DaiFoDLNZtmjRTr4tz-ynI1TWf9D8LlCLebvpq9IzfGMY1q2pigsJ5vRdZ8rMYFIvLXUD6rjD0nqpmfJnCw8Qjk_tkNC0YiLwQgXtfXbASojRRqeJRmi9Bw-V5V5D028" style="-webkit-transform: rotate(0.00rad); border: none; transform: rotate(0rad);" width="175" /></span></div></td><td style="border-bottom: solid #000000 0px; border-color: rgb(0, 0, 0); border-left: solid #000000 0px; border-right: solid #000000 0px; border-style: solid; border-top: solid #000000 0px; border-width: 0px; padding: 7px; vertical-align: top;"><div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="color: black; font-family: "arial"; font-size: 14.6667px; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;"><img alt="Shoe-Sandals-Handmade.jpg" height="129" src="https://lh5.googleusercontent.com/faE3ME4_KKUNckzsILNNVvscJx6Sd6TV9wTq45vy8eabqFqDFgPxy_n5EOwO2hQq0J68JOxSmsHwdQub7_i_vtrkVgwlI5L9xPGbXY-gdAl2DOPxL_A77lYQ9jMUD-AMnReTvd9o" style="-webkit-transform: rotate(0.00rad); border: none; transform: rotate(0rad);" width="217" /></span></div></td></tr></tbody></table></div><div style="text-align: justify;">Nesta época (final da década de 60 e início da década de 70 (século XX) a grande maioria dos sapatos vendidos nesta feira era feitos de couro animal (curtido no próprio município) e o solado era em grande maioria de borracha tirada de pneus de caminhão, ou seja, os pneus usados dos caminhões eram reaproveitados para produção de calçados.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Mas a grande maioria da população comprava os calçados nas lojas de Zé de Duca, Seu Pimentel e Sr. Reinaldo. Nesta época já estava começando a aparecer concorrência das fábricas de fora que começam a introduzir calçados feitos com material sintético. O Conga foi uns dos primeiros modelos de tênis (feito de plástico e lona) a surgir na cidade e era largamente usados nas fardas das escolas.<br /><br /><div><div><div><div><div><div><div><div><div><div><b>Textos relacionados:</b></div><div><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/06/a-feira-de-itabaiana-i-feria-das-feiras.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana I - A Feira das Feiras</a></b></div><div style="font-size: 12.8px;"><b style="font-size: medium;"><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/06/a-feira-de-itabaiana-ii-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana II - A Feira das farinhas</a></b><span></span></div><div><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/07/a-feira-de-itabaiana-iii-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana III - A Feira das Verduras</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/07/a-feira-de-itabaiana-iv-feira-dos-manues.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana IV - A Feira dos Manuês</a></b><br /><b><span style="color: blue;"><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/07/a-feira-de-itabaiana-v-feira-dos-jogos.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana V - A Feira dos Jogos</a></span></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/08/a-feira-de-itabaiana-vi-feira-dos.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana VI - A Feira dos Sapatos</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/08/a-feira-de-itabaiana-vii-feira-dos-fato.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana VII - A Feira dos "Fato"</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/08/a-feira-de-itabaiana-viii-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana VIII - A Feira das Carnes</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/08/a-feira-de-itabaiana-ix-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana IX - A Feira das Panelas</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/09/a-feira-de-itabaiana-x-feira-das-trocas.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana X - A Feira das Trocas</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/09/a-feira-de-itabaiana-xi-as-pequenas.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana XI - As pequenas feiras</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/10/a-feira-de-itabaiana-xii-feira-dos.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana XII - A feira dos cereais</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/11/a-feira-de-itabaiana-xiii-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana XIII - A feira das roupas e dos tecidos</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/11/a-feira-de-itabaiana-xiv-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana XIV - A feira das miudezas</a></b><br /><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2017/01/a-feira-de-itabaiana-xv-fazendo-feira.html" target="_blank"><b>A Feira de Itabaiana XV - Fazendo a feira !</b></a></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div>Antônio Carloshttp://www.blogger.com/profile/18062868840970819727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4038197517700130430.post-7292128960199684072023-10-17T15:02:00.002-03:002023-10-17T15:02:38.663-03:00A Feira de Itabaiana V - A Feira dos Jogos<p> <span style="text-align: justify;">O número de bancas de jogos nesta feira era muito variável de uma feira para outra, mas era composta de uma única fila. Essa feira tinha uma característica muito peculiar: essa sumia, do Largo Santo Antônio, durante o mês de dezembro e aparecia na chamada Feiras de Natal (com um maior número de bancas e tipos de jogos), acompanhadas com os brinquedos peculiares a esta feira que na realidade é uma festa religiosa, apesar da grande quantidade de jogos de azar.</span></p><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Os tipos de jogos mais praticados eram Pio, Roleta e Bingo. Existam outros tipos de jogos, mas os três citados eram os que sempre apareciam nas feiras e eram sempre as mais procurados.</div><br /><b>Jogos de Pio (de Dados)</b><br /><br /><br /><div style="text-align: justify;"><a href="https://lh4.googleusercontent.com/WRAZyd7WjQBd6scvndcKC7Us0er5W_u0zAchO1XFhq4hiib1J224Z8aGwVdjYy28jCEpyu14JDxlzSeTJHPYhsWXIm3uCMl5v8N5-oiJc9dwpUKeh50_N3osVeWx_xdBOgjcykHK" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://lh4.googleusercontent.com/WRAZyd7WjQBd6scvndcKC7Us0er5W_u0zAchO1XFhq4hiib1J224Z8aGwVdjYy28jCEpyu14JDxlzSeTJHPYhsWXIm3uCMl5v8N5-oiJc9dwpUKeh50_N3osVeWx_xdBOgjcykHK" width="200" /></a>Eram basicamente de dois tipos. Um que se jogava dois pios rolando (se dizia bater o pio) em uma mesa feita, especialmente para esse jogo, e quem conseguia o maior número somando os dois pios era o vencedor (existiam variações mas esse tipo era o mais comum). O outro era uma mesa com seis números desenhados (de um a seis) e o banqueiro tinha uma caneca de couro, com cinco pios que era balançada e postada na mesa com a boca virada para baixo, era retirada a caneca, os pios as amostra com mais de um naipe eram pagos aos jogadores que apostavam nos número (eram colocadas fichas nos número), as fichas eram pagas com outras fichas pela quantidade de naipes daquele<br /><a name='more'></a>número e os que não tinham mais de um naipe eram ganhos para a banca (esse sempre saía ganhando).</div><br /><br /><b>Jogo de Roleta</b><br /><br /><div style="text-align: justify;"><a href="https://lh5.googleusercontent.com/U-Bzp4Xst3BTiImmnFw-foXieyXDurZeWXrXtlInF_PFwCAnREV27uTNDzIOyMNaLGVRj_jMGaiIdJDSr-fqBwR-kPWaojSr-uB41hbjrbFZSszcalJ1y8k7R9fA0mZjJkfjr0IK" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="133" src="https://lh5.googleusercontent.com/U-Bzp4Xst3BTiImmnFw-foXieyXDurZeWXrXtlInF_PFwCAnREV27uTNDzIOyMNaLGVRj_jMGaiIdJDSr-fqBwR-kPWaojSr-uB41hbjrbFZSszcalJ1y8k7R9fA0mZjJkfjr0IK" width="200" /></a>Era uma mesa com uma roda onde tinha um circulo com números e girava um eixo ao centro com uma seta que apontava um número ao parar. Quem apostasse fichas (às vezes se colocava dinheiro) neste número, onde a seta apontava, eram os ganhadores. Esse tipo de jogo foi proibido pela grande quantidade de fraudes. Cheguei a ver um dos donos, de uma dessas roletas, ir preso e em uma ou outra ocasião o dono da banca teve de devolver o dinheiro sob ameaça de ser esfaqueado. As vezes esse tipo de jogo era encontrado ao lado da antiga casa de força e foi justamente neste local onde presenciei os dois casos litiginosos;</div><br /><b>Bingo</b><br /><br /><div style="text-align: justify;"><a href="https://lh4.googleusercontent.com/ctBC3QEOtB7_j9WxE-AXdYqMHgRanvwBA4C2uSalojn1saTHI_G3HBg9Uy-mvbxQbwIT4Q_3Eshatd9fQwJws4mtuLsEpFoFdZTxk_0UMKCf2wZg47WRmwlukZrDOdOH-qVtuUSg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://lh4.googleusercontent.com/ctBC3QEOtB7_j9WxE-AXdYqMHgRanvwBA4C2uSalojn1saTHI_G3HBg9Uy-mvbxQbwIT4Q_3Eshatd9fQwJws4mtuLsEpFoFdZTxk_0UMKCf2wZg47WRmwlukZrDOdOH-qVtuUSg" width="195" /></a>Esse jogo era o mais procurado, o que perdura até os tempos atuais invadindo até o ambiente das igrejas. .A parte mais interessante é que na feira o prêmio geralmente eram latas de goiabadas ou bananadas. Na maioria das vezes os vencedores abriam as latas ali mesmo no local do jogo, eram consumidas entre os próprios jogadores e essas latas eram doadas as vendedoras de manuês para servirem de bandejas para cozimento das iguarias. Nesta época era comum as pessoas andarem com facas peixeiras na cintura (serviam como ferramenta do trabalho na feira) e, por ocasião do jogo, elas eram utilizadas como abridores destas latas.<br /><br /><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgC-tvIdLVCpJiZXj22Crbh4ERYsySP0n6R4zppGLFCZJnjUJ0MDxzxhHE2IE3Y9vRcuP9w_BteVBL0yQKYfZQzD1LbVIyrYf7FnEoMnadtEQKMemwk0w1Q9c7K75xqs9d87eNiIVK4RnDr/s1600/gyj_bor_rou_sha_w380+%25281%2529.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="148" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgC-tvIdLVCpJiZXj22Crbh4ERYsySP0n6R4zppGLFCZJnjUJ0MDxzxhHE2IE3Y9vRcuP9w_BteVBL0yQKYfZQzD1LbVIyrYf7FnEoMnadtEQKMemwk0w1Q9c7K75xqs9d87eNiIVK4RnDr/s320/gyj_bor_rou_sha_w380+%25281%2529.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption">Cautela do Jogo do Bingo na década de 70 (século XX) que<br />era muito utilizada nas banca de jogos da Feira da Itabaiana.</td></tr></tbody></table><div><div><div><div><div><div><div><div><div><div><b>Textos relacionados:</b></div><div><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/06/a-feira-de-itabaiana-i-feria-das-feiras.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana I - A Feira das Feiras</a></b></div><div style="font-size: 12.8px;"><b style="font-size: medium;"><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/06/a-feira-de-itabaiana-ii-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana II - A Feira das farinhas</a></b><span></span></div><div><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/07/a-feira-de-itabaiana-iii-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana III - A Feira das Verduras</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/07/a-feira-de-itabaiana-iv-feira-dos-manues.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana IV - A Feira dos Manuês</a></b><br /><b><span style="color: blue;"><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/07/a-feira-de-itabaiana-v-feira-dos-jogos.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana V - A Feira dos Jogos</a></span></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/08/a-feira-de-itabaiana-vi-feira-dos.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana VI - A Feira dos Sapatos</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/08/a-feira-de-itabaiana-vii-feira-dos-fato.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana VII - A Feira dos "Fato"</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/08/a-feira-de-itabaiana-viii-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana VIII - A Feira das Carnes</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/08/a-feira-de-itabaiana-ix-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana IX - A Feira das Panelas</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/09/a-feira-de-itabaiana-x-feira-das-trocas.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana X - A Feira das Trocas</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/09/a-feira-de-itabaiana-xi-as-pequenas.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana XI - As pequenas feiras</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/10/a-feira-de-itabaiana-xii-feira-dos.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana XII - A feira dos cereais</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/11/a-feira-de-itabaiana-xiii-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana XIII - A feira das roupas e dos tecidos</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/11/a-feira-de-itabaiana-xiv-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana XIV - A feira das miudezas</a></b><br /><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2017/01/a-feira-de-itabaiana-xv-fazendo-feira.html" target="_blank"><b>A Feira de Itabaiana XV - Fazendo a feira !</b></a></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div>Antônio Carloshttp://www.blogger.com/profile/18062868840970819727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4038197517700130430.post-59018919170962771052023-10-05T11:36:00.002-03:002023-10-05T11:36:16.944-03:00A Feira de Itabaiana IV : A Feira dos Manuês<p> <span style="text-align: justify;">Essa feira tinha esse nome por ser o único local onde se vendia Manuês , mas se vendia de tudo relacionando ao bom café da manhã com iguarias nordestinas, tais como: cuscuz, macaxeira, inhame com carne de sol, pé-de-moleque, beijus, etc.</span></p><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Era nessa feita onde a grande maioria dos vendedores, de outras mercadorias, costumava comprar o café da manhã. Tinha a vantagem de ser um serviço personalizado, de pronta entrega para os clientes costumas e era comum o café da manhã ser levado até a banca do vendedor cliente.</div><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td><img height="157" src="https://lh4.googleusercontent.com/o5lj0n2MO5Px5kIL448vd7Js7Z7HjCbpOn9dLCt-5psYLNfu7TO4UEjh5ypSqzgqdlKGUEKyJkgnztzWdOZF78pc3ysvXe0dEy9tdNr2HEorMYtLQ2WzIzNa051_yYUb4kC0mVrM" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="400" /></td></tr><tr><td class="tr-caption"><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12.8px;">Não existia as atuais formas de bolo redonda de alumínio com o bico no meio. </span><span style="font-size: 12.8px;">As formas eram latas de goiabadas ou bananadas reaproveitadas.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12.8px;"><br /></span></div></td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;">Embora manuês tenha um sentido dicionarizado de significar Bolo de Milho ou Bolo de Mandioca, as pessoas sempre diziam que iam comprar manuês de<br /><a name='more'></a>milho, arroz, macaxeira e puba. Os manuês de milho eram feito de milho e coco ralado que davam um sabor especial bem diferente dos atuais bolos feitos de massa de milho moído.</div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td><img height="125" src="https://lh4.googleusercontent.com/68tcEaMb28_DWRQ5mZBQwd09396jxkiL9WbfBXhKh2KSMN9_s6xBE93M2FDZLlLV5DwGMAgafGN08BYwupDSfwglSc3vTUgM1MjsF8-r8r6G0CZ2gHcUE0cOvBtCyZT9BBM4H-Qy" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="400" /></td></tr><tr><td class="tr-caption"><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12.8px;">Essas bandejas de alumínio eram utilizadas para acondicionar os manuês de milho </span><span style="font-size: 12.8px;">e de arroz. Eram vendidos os pedaços e era comum encontrar garotos vendendo os </span><span style="font-size: 12.8px;">manuês andando pelas feiras e nos dias que não existiam as feiras eles iam vender em </span><span style="font-size: 12.8px;">locais de aglomerações de pessoas (muito comum em campos de peladas da época). </span><span style="font-size: 12.8px;">A bandeja maior era (ainda é) muito utilizada para venda de quebra-queixo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12.8px;"><br /></span></div></td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;">Durante um período essa feira foi invadida por uma espécie de abelha (era chamada abelha do doce) que os vendedores diziam serem mansa e não davam ferroadas. Era o que eles diziam, mas levei uma ferroada por ocasião da compra de um manuê de milho e passei a evitar essa feira enquanto durou a praga destas abelhas.</div><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td><img src="https://lh6.googleusercontent.com/7ehB-rqZEHKn0Z7_qKZ1ZoeJldluwyAFligOCehPwR8uHWDR-max3_MRNohGA5odVTiIJhsyUEWkwM0oElEpGZODLaUYhXDaDy4gE_G9jtVg_4h_FJChQdZb6UDUXOfcW_YiOMIH" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" /></td></tr><tr><td class="tr-caption"><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12.8px;">Era comum encontrar abelhas, semelhantes as da fotografia, pousando nos doces </span><span style="font-size: 12.8px;">e </span><span style="font-size: 12.8px;">bolos </span><span style="font-size: 12.8px;"> da feira. </span><span style="font-size: 12.8px;">Além do perigo de tomar um ferroada, tinha o caso da falta de </span><span style="font-size: 12.8px;"> higiene.</span><br /><span style="font-size: 12.8px;"><br /></span></div></td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;"><div><b>Textos relacionados:</b></div><div><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/06/a-feira-de-itabaiana-i-feria-das-feiras.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana I - A Feira das Feiras</a></b></div><div style="font-size: 12.8px;"><b style="font-size: medium;"><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/06/a-feira-de-itabaiana-ii-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana II - A Feira das farinhas</a></b><span style="font-size: 12.8px;"></span></div><div><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/07/a-feira-de-itabaiana-iii-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana III - A Feira das Verduras</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/07/a-feira-de-itabaiana-iv-feira-dos-manues.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana IV - A Feira dos Manuês</a></b><br /><b><span style="color: blue;"><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/07/a-feira-de-itabaiana-v-feira-dos-jogos.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana V - A Feira dos Jogos</a></span></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/08/a-feira-de-itabaiana-vi-feira-dos.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana VI - A Feira dos Sapatos</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/08/a-feira-de-itabaiana-vii-feira-dos-fato.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana VII - A Feira dos "Fato"</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/08/a-feira-de-itabaiana-viii-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana VIII - A Feira das Carnes</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/08/a-feira-de-itabaiana-ix-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana IX - A Feira das Panelas</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/09/a-feira-de-itabaiana-x-feira-das-trocas.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana X - A Feira das Trocas</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/09/a-feira-de-itabaiana-xi-as-pequenas.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana XI - As pequenas feiras</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/10/a-feira-de-itabaiana-xii-feira-dos.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana XII - A feira dos cereais</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/11/a-feira-de-itabaiana-xiii-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana XIII - A feira das roupas e dos tecidos</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/11/a-feira-de-itabaiana-xiv-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana XIV - A feira das miudezas</a></b><br /><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2017/01/a-feira-de-itabaiana-xv-fazendo-feira.html" target="_blank"><b>A Feira de Itabaiana XV - Fazendo a feira !</b></a></div></div>Antônio Carloshttp://www.blogger.com/profile/18062868840970819727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4038197517700130430.post-88757035892290181052023-09-29T09:23:00.000-03:002023-09-29T09:23:02.546-03:00A Feira de Itabaiana III - A Feira das Verduras<p> </p><div style="text-align: justify;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZ5UQw0Zn9qAeI4VPiuAF_8IFeJ-jLS0_ln0TVRe72yiE9TmX6C7NhUX6aRTfgic7bW-C2m19Nv4fy5eikwzSfQpqrzn5Nn5TRwL3M_K__VR3p0v7qb68fvCpmEY3tTV8M4Yhk3Q_qzOwr/s1600/aaaaaaa.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZ5UQw0Zn9qAeI4VPiuAF_8IFeJ-jLS0_ln0TVRe72yiE9TmX6C7NhUX6aRTfgic7bW-C2m19Nv4fy5eikwzSfQpqrzn5Nn5TRwL3M_K__VR3p0v7qb68fvCpmEY3tTV8M4Yhk3Q_qzOwr/s400/aaaaaaa.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption">Final de feira no meio da semana (uma quarta-feira). Década de 70 do século XX.<br /> Foto conseguida no grupo Facebook Itabaiana Grande</td></tr></tbody></table>Ficava em frente ao Supermercado GBarbosa, era a feira mais movimentada de todas, consequentemente a mais banguçada, mais suja e muito mais suja nos dias de chuva! Vez em quando os fiscais eram chamados para realinhar as filas das bancas devido o excesso de puxadinhos. Era comum usar caixotes de<br /><a name='more'></a>madeira e cestos de cipó cheios de verduras ou legumes que invadiam os corredores por onde deveriam passar os compradores.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A feira era chamada das verduras, mas se vendia de tudo que era produto de origem agrícola, como por exemplo: frutas, legumes, betuminosas, etc. Nesta feira se vendia alguns produtos de origem animal, como por exemplo: galinha e ovos. Naquela época não se vendia ovos e galinhas de granjas. Ainda não se usava os termo “galinha e ovos de capoeira e galinha e ovos de granja”.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Os caixotes usados eram geralmente os das embalagens das verduras (normalmente embalagens de tomates e pimentões). O acondicionamento em caixotes era de grande desperdício devido se machucar muito a mercadoria na hora do transporte. Tinha o problema que a maneira de se embalar e transportar em caixotes não era uma maneira muito higiênica, já que os caixotes era na realidade feito com tiras de madeiras onde se deixava um espaço, entre as tiras, de mais ou menos dois centímetros e eram transportados em carroças, carrocerias de caminhões e deixados depositados no chão da feira sem a devida proteção.</div><div style="text-align: justify;"><span id="docs-internal-guid-3c13342d-d27b-b413-a214-e6bdfa6fe224"><br /></span><br /><div dir="ltr" style="margin-left: 0pt;"><table align="center" style="border-collapse: collapse; border: none; text-align: center;"><colgroup><col width="225"></col><col width="231"></col></colgroup><tbody><tr style="height: 0px;"><td style="border-bottom: solid #000000 0px; border-color: rgb(0, 0, 0); border-left: solid #000000 0px; border-right: solid #000000 0px; border-style: solid; border-top: solid #000000 0px; border-width: 0px; padding: 7px; vertical-align: top;"><div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: "arial"; font-size: 14.6667px; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;"><img alt="caixa-de-tomate2.jpg" height="156" src="https://lh5.googleusercontent.com/Pld5iFEB1Y2l6mzbgquap88RgkoybOpENuHmnRcgJJsKjyLJKJ6z8M-9rewalJ0-ALdESX41b69HYSWZ-mggNslnmrG42PoPRSZCqLjoS6UAKEG65hgg-_Bvd9VASfaUAlCb04fu" style="-webkit-transform: rotate(0.00rad); border: none; transform: rotate(0rad);" width="209" /></span></div></td><td style="border-bottom: solid #000000 0px; border-color: rgb(0, 0, 0); border-left: solid #000000 0px; border-right: solid #000000 0px; border-style: solid; border-top: solid #000000 0px; border-width: 0px; padding: 7px; vertical-align: top;"><div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: "arial"; font-size: 14.6667px; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;"><img alt="caixa-de-tomate.jpg" height="158" src="https://lh5.googleusercontent.com/PTagy8Dl6anpGArnvCCYpSTVZbSZShAc42f_pdKRCyDK1ryNBFoeuG60o54KdxQQrfhe2kyXNoyjz_5CadU1WTTmZR0EFcdK30GTqsZCKNEr2JhoYVzfowkWF36eYRpmGhNYmlzM" style="-webkit-transform: rotate(0.00rad); border: none; transform: rotate(0rad);" width="211" /></span></div></td></tr></tbody></table><div><div><div><div><div><div><div><div><div><div><div><div><div><b>Textos relacionados:</b></div><div><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/06/a-feira-de-itabaiana-i-feria-das-feiras.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana I - A Feira das Feiras</a></b></div><div style="font-size: 12.8px;"><b style="font-size: medium;"><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/06/a-feira-de-itabaiana-ii-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana II - A Feira das farinhas</a></b><span style="font-size: 12.8px;"></span></div><div><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/07/a-feira-de-itabaiana-iii-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana III - A Feira das Verduras</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/07/a-feira-de-itabaiana-iv-feira-dos-manues.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana IV - A Feira dos Manuês</a></b><br /><b><span style="color: blue;"><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/07/a-feira-de-itabaiana-v-feira-dos-jogos.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana V - A Feira dos Jogos</a></span></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/08/a-feira-de-itabaiana-vi-feira-dos.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana VI - A Feira dos Sapatos</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/08/a-feira-de-itabaiana-vii-feira-dos-fato.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana VII - A Feira dos "Fato"</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/08/a-feira-de-itabaiana-viii-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana VIII - A Feira das Carnes</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/08/a-feira-de-itabaiana-ix-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana IX - A Feira das Panelas</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/09/a-feira-de-itabaiana-x-feira-das-trocas.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana X - A Feira das Trocas</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/09/a-feira-de-itabaiana-xi-as-pequenas.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana XI - As pequenas feiras</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/10/a-feira-de-itabaiana-xii-feira-dos.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana XII - A feira dos cereais</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/11/a-feira-de-itabaiana-xiii-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana XIII - A feira das roupas e dos tecidos</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/11/a-feira-de-itabaiana-xiv-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana XIV - A feira das miudezas</a></b><br /><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2017/01/a-feira-de-itabaiana-xv-fazendo-feira.html" target="_blank"><b>A Feira de Itabaiana XV - Fazendo a feira !</b></a></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div>Antônio Carloshttp://www.blogger.com/profile/18062868840970819727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4038197517700130430.post-76283132708625930762023-09-21T13:40:00.002-03:002023-09-21T13:40:20.289-03:00A Feira de Itabaiana II - A feira das farinhas<p> </p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_SrIIKr8Bx4x6kOP7xmUTg_4KkV-7pc-4NnRlaREuETwGtla6gA0LJvN6BOMRTyRaO4TyKDgSSRMC5-jBzk5434Y9FQ9jzDEkdu6LlOV-tfigyugyIkehsL9mJR9Cs41ct7jzpvOpSgPu/s1600/grande-farinha_080413.JPG" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="178" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_SrIIKr8Bx4x6kOP7xmUTg_4KkV-7pc-4NnRlaREuETwGtla6gA0LJvN6BOMRTyRaO4TyKDgSSRMC5-jBzk5434Y9FQ9jzDEkdu6LlOV-tfigyugyIkehsL9mJR9Cs41ct7jzpvOpSgPu/s400/grande-farinha_080413.JPG" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption">A farinha era vendida em sacos semelhantes aos da foto acima.</td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;">A Feira das Farinhas eram duas! Um ficava dentro do mercado e a outra ficava na Pedra da Feira (Largo Santo Antônio), bem em frente onde ficava o Banco do Estado de Sergipe e essa não era tão somente Feira das Farinhas. Vendia-se inhame,<br /><a name='more'></a>aipim (macaxeira), feijão e favas (somente no período de safras).</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhob-OBwbYpsYCd-kArM7tsysrNcX1TjwS4NcxmfwWUXeqb53X32UV_CJc9gGCxX-tfgY5MctXwCkQOcl3wEqjvVNWbXcvo12bGACzVKgpMJJpHVkg2H0HC09OxIGAPBECfMiU6tVztmMD1/s1600/medidas-de-madiera.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhob-OBwbYpsYCd-kArM7tsysrNcX1TjwS4NcxmfwWUXeqb53X32UV_CJc9gGCxX-tfgY5MctXwCkQOcl3wEqjvVNWbXcvo12bGACzVKgpMJJpHVkg2H0HC09OxIGAPBECfMiU6tVztmMD1/s200/medidas-de-madiera.jpg" width="200" /></a>A farinha e o feijão eram vendidos usando medidas de madeira em vez de serem pesadas! Essa maneira de vender usando medidas era tão problemática e causava tanta desconfiança quanto os atuais pesos. Hoje se desconfia que alguns comerciantes viciam as balanças e com as medidas era bom o comprador não se distrair, principalmente quando se comprava várias medidas. Cansei de ver alguns vendedores encher o saco de farinha do comprador (eram feitos de panos e levados pelo cliente) e por ocasião da contagem das mediadas, uma medida foi virada ao contrario, ou seja, a parte que deveria ser preenchida ficava ao contrario e o fundo coberto pela farinha e ficava com a impressão de uma medida cheia (o comprador era roubado em uma medida). </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Foi nesta feira que conheci o primeiro paulista itabaianense (nesta época tinha somente nove anos de idade). Minha mãe tinha me mandado comprar aipim. Cheguei para o vendedor, solicitei dois quilos de aipim e tinha um desses paulistas itabaianenses que me interpelou: "o nome correto é macaxeira". No qual eu questionei se os paulistas tinham inventado o português? Para somente os nomes que eles dão as coisas serem corretos e os que foram dados pelos nordestinos estarem errados! O paulistano itabaianense exclamou: que pivete mais encrenqueiro!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVxEIbkToxCKHfnAI11I-Xl48_yAxMKPgJjtRIfBTzhkYFlXoXXV_MsB3ZOz-g8mmJV3I_7Picar2cLXi6s4yyl5HC62xOvOUX3_3f3fU3W4FHAL4STRLhA8xq7IIDnZk1egqK9XtuVNK2/s1600/os+famosos+beijus.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="185" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVxEIbkToxCKHfnAI11I-Xl48_yAxMKPgJjtRIfBTzhkYFlXoXXV_MsB3ZOz-g8mmJV3I_7Picar2cLXi6s4yyl5HC62xOvOUX3_3f3fU3W4FHAL4STRLhA8xq7IIDnZk1egqK9XtuVNK2/s400/os+famosos+beijus.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption">Os <i>beijús</i> eram feitos em fornos a lenha.</td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;">A feira era das farinhas, mas os produtos oriundo da <i>mandhioca</i>, como <i>beijús</i>, não era vendidos nesta feira e sim na Feira dos Manuês!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><i>Todas as fotos foram retiras no google fotos</i><br /><i><br /></i><br /><div><div><div><div><div><div><div><div><div><div><div><div><div><div><b>Textos relacionados:</b></div><div><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/06/a-feira-de-itabaiana-i-feria-das-feiras.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana I - A Feira das Feiras</a></b></div><div style="font-size: 12.8px;"><b style="font-size: medium;"><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/06/a-feira-de-itabaiana-ii-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana II - A Feira das farinhas</a></b><span style="font-size: 12.8px;"></span></div><div><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/07/a-feira-de-itabaiana-iii-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana III - A Feira das Verduras</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/07/a-feira-de-itabaiana-iv-feira-dos-manues.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana IV - A Feira dos Manuês</a></b><br /><b><span style="color: blue;"><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/07/a-feira-de-itabaiana-v-feira-dos-jogos.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana V - A Feira dos Jogos</a></span></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/08/a-feira-de-itabaiana-vi-feira-dos.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana VI - A Feira dos Sapatos</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/08/a-feira-de-itabaiana-vii-feira-dos-fato.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana VII - A Feira dos "Fato"</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/08/a-feira-de-itabaiana-viii-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana VIII - A Feira das Carnes</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/08/a-feira-de-itabaiana-ix-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana IX - A Feira das Panelas</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/09/a-feira-de-itabaiana-x-feira-das-trocas.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana X - A Feira das Trocas</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/09/a-feira-de-itabaiana-xi-as-pequenas.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana XI - As pequenas feiras</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/10/a-feira-de-itabaiana-xii-feira-dos.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana XII - A feira dos cereais</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/11/a-feira-de-itabaiana-xiii-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana XIII - A feira das roupas e dos tecidos</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/11/a-feira-de-itabaiana-xiv-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana XIV - A feira das miudezas</a></b><br /><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2017/01/a-feira-de-itabaiana-xv-fazendo-feira.html" target="_blank"><b>A Feira de Itabaiana XV - Fazendo a feira !</b></a></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div>Antônio Carloshttp://www.blogger.com/profile/18062868840970819727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4038197517700130430.post-47982153233942739042023-09-10T11:38:00.000-03:002023-09-10T11:38:05.459-03:00A Feira de Itabaiana I : A feira das feiras<div style="text-align: justify;">Vendíamos na feira de Itabaiana todas as quartas-feiras e sábados, na Feira de Areia Branca aos domingos e na Feira de Carira todas as segundas-feiras. No meu caso essa rotina perdurou até os 29 anos de idades e no caso da minha mãe até a aposentadoria. Mas vou falar especificamente sobre a feiras de Itabaiana que era a maior e mais movimentada de todas. As outras feiras, além de serem menores, tinham uma grande parte dos vendedores provenientes da Feira de Itabaiana (que era o meu caso).</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>A feira de Itabaiana era dividida de duas maneiras: uma divisão era feita pela extensão e a outra era feita pelos produtos vendidos. </b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A divisão por extensão (tamanho) era pelo lugares ocupados, que eram: O Largo Santo Antônio (era chamado Pedra da Feira), Largo José do Prado Franco (não sei por que ninguém chama de Pedra da Feira) e dois mercados de carne. O mercado maior ficava<br /><a name='more'></a>ao lado do largo Santos Antônio (que na ralidade não vendia somente carne) e o menor (que só vendia carne) fica entre o mercado maior e o Largo José do Prado Franco. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A divisão por produtos não respeitava os limites por extensão e era dividida em várias feiras com os devidos nomes de acordo com os produtos vendidos. Na única feira tínhamos as seguintes feiras: feira da farinha, dos sapatos, das miudezas (corresponde as atuais camelôs) , das verduras, dos fatos, da moringas (hoje se chama Feira de Artesanato), feira da carnes , feira dos peixes, feira dos passarinhos, feira dos jogos, feira dos manuês (bolos) e já existia a feira das trocas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Não existia uma linha divisória separando cada feira e era normal encontrar algum comerciante vendendo em feiras trocadas ou mesmo um único comerciante vendendo produtos das chamadas várias feiras. Neste caso, a localização para se efetuar a compra era feita usando o nome do comerciante, a exemplo: tonho da farina, Zé do feijão, João da Rede, etc </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Essas pequenas feiras aumentavam e diminuíam, durante o decorrer do ano, de acordo com a época de alguma tradição, período de safra de inverno ou de algum produto em moda. No período da coresma a Feira dos peixes, (que geralmente era um ou dois vendedores) aumentava em algumas bancas, no período junino era a vez da invasão dos produtos da safra e nesta época surgia uma feira temporária que era a Feira do Fogos de São João (fogos de artifício), no Natal a Feira da Roupas (no início se vendia tecidos nesta feira) e das miudezas eram as que aumentavam de tamanho. Um fato interessante é que durante todo o ano tinha a chamada feira dos jogos e que sumia justamente no período das festas natalinas. No período natalino era criada a Feira das Festas de Natal (feita na Praça Santa Crus e depois transferida para o lado do campo de futebol) e estranhamente, em se tratando de uma festa religiosa, era composta por uma grande quantidade de bancas de jogos!!<br /><br />Um fato interessante é que, na época, ainda se vendia os produtos (feijão, farinha, etc.) usando medidas feitas de madeira, embora já estavam começando aparecer as balanças usando pesos. As medidas feitas de madeiras e os pesos utilizados sempre causaram desconfiança por ocasião das compras!!!!<br /><br /></div><center><table border="0"><tbody><tr align="top"><td><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://lh3.googleusercontent.com/imetnFx3Y1pt0KE_gQE5phsnUg5-hZ3hyRM7qIBSKsrMY5OkCo9juwKviY5YgeaSF6wPzLIwQAr07srAIhoPr5OfGl_If8Yu9Utrp_7A2Jo4HxJ7A1Yo28dxAKTWq8Jt1aHDP73P" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="medidas-de-madiera.jpg" border="0" height="150" src="https://lh3.googleusercontent.com/imetnFx3Y1pt0KE_gQE5phsnUg5-hZ3hyRM7qIBSKsrMY5OkCo9juwKviY5YgeaSF6wPzLIwQAr07srAIhoPr5OfGl_If8Yu9Utrp_7A2Jo4HxJ7A1Yo28dxAKTWq8Jt1aHDP73P" style="border: none; transform: rotate(0rad);" width="200" /></a></div></td><td><a href="https://lh4.googleusercontent.com/zU41Jua_rfN4JC4LOpkG_E9BuqCgpk98S74iuCGRVULlB4cQNX2-kcxuG1vFPgBiJqzV1WblIk1QRsPgqpjAdsp1waU_sC3YECQw3Z7P_fK9BF_wyQ_A-3pMtPEWCCw_ZjUStua4" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; text-align: justify;"><img alt="pesos dos antigos.jpg" border="0" height="150" src="https://lh4.googleusercontent.com/zU41Jua_rfN4JC4LOpkG_E9BuqCgpk98S74iuCGRVULlB4cQNX2-kcxuG1vFPgBiJqzV1WblIk1QRsPgqpjAdsp1waU_sC3YECQw3Z7P_fK9BF_wyQ_A-3pMtPEWCCw_ZjUStua4" style="border: none; transform: rotate(0rad);" width="200" /></a></td></tr><tr align="top"><td><div style="text-align: center;"><span face=""arial" , "helvetica" , sans-serif" style="font-size: x-small;">Medidas em madeira para a </span></div><div style="text-align: center;"><span face=""arial" , "helvetica" , sans-serif" style="font-size: x-small;">venda de feijão, grão,milho e </span></div><div style="text-align: center;"><span face=""arial" , "helvetica" , sans-serif" style="font-size: x-small;">outros grãos.</span></div></td><td style="text-align: justify;"><div style="text-align: center;"><span face=""arial" , "helvetica" , sans-serif" style="font-size: x-small; line-height: 20.24px; white-space-collapse: preserve;">Primeiros modelos de pesos</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;"><span face=""arial" , "helvetica" , sans-serif" style="line-height: 20.24px; white-space-collapse: preserve;"> que apareceram </span></span></div><span style="font-size: x-small;"></span></td></tr></tbody></table></center><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://lh4.googleusercontent.com/zU41Jua_rfN4JC4LOpkG_E9BuqCgpk98S74iuCGRVULlB4cQNX2-kcxuG1vFPgBiJqzV1WblIk1QRsPgqpjAdsp1waU_sC3YECQw3Z7P_fK9BF_wyQ_A-3pMtPEWCCw_ZjUStua4" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><br /></a></div><i>Endereço das fotografias:</i><br /><a href="http://mariosilvatecnicoindustrial.blogspot.com.br/2014/06/maquinas-de-empacotar-e-envolver.html">http://mariosilvatecnicoindustrial.blogspot.com.br/2014/06/maquinas-de-empacotar-e-envolver.html</a><br /><br /><div style="text-align: justify;"><div><div><div><div><div><div><div><div><div><div><div><div><b>Textos relacionados:</b></div><div><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/06/a-feira-de-itabaiana-i-feria-das-feiras.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana I - A Feira das Feiras</a></b></div><div style="font-size: 12.8px;"><b style="font-size: medium;"><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/06/a-feira-de-itabaiana-ii-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana II - A Feira das farinhas</a></b><span style="font-size: 12.8px;"></span></div><div><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/07/a-feira-de-itabaiana-iii-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana III - A Feira das Verduras</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/07/a-feira-de-itabaiana-iv-feira-dos-manues.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana IV - A Feira dos Manuês</a></b><br /><b><span style="color: blue;"><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/07/a-feira-de-itabaiana-v-feira-dos-jogos.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana V - A Feira dos Jogos</a></span></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/08/a-feira-de-itabaiana-vi-feira-dos.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana VI - A Feira dos Sapatos</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/08/a-feira-de-itabaiana-vii-feira-dos-fato.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana VII - A Feira dos "Fato"</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/08/a-feira-de-itabaiana-viii-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana VIII - A Feira das Carnes</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/08/a-feira-de-itabaiana-ix-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana IX - A Feira das Panelas</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/09/a-feira-de-itabaiana-x-feira-das-trocas.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana X - A Feira das Trocas</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/09/a-feira-de-itabaiana-xi-as-pequenas.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana XI - As pequenas feiras</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/10/a-feira-de-itabaiana-xii-feira-dos.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana XII - A feira dos cereais</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/11/a-feira-de-itabaiana-xiii-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana XIII - A feira das roupas e dos tecidos</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/11/a-feira-de-itabaiana-xiv-feira-das.html" target="_blank">A Feira de Itabaiana XIV - A feira das miudezas</a></b><br /><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2017/01/a-feira-de-itabaiana-xv-fazendo-feira.html" target="_blank"><b>A Feira de Itabaiana XV - Fazendo a feira !</b></a></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div>Antônio Carloshttp://www.blogger.com/profile/18062868840970819727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4038197517700130430.post-1329361331236815322023-09-05T11:06:00.001-03:002023-09-05T11:06:23.847-03:00O Sanitário Público e os vereadores<p> <span style="text-align: justify;">Embora tenha nascido na Cidade de Itabaiana e residido até os vinte cinco anos, não conhecia alguns aspectos e existência de algumas coisas na cidade. Era comum não ensinarem e informarem a história (até mesmo nas escolas) da própria cidades aos moradores!!!</span></p><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Desde criança acompanhava os meus pais para as feiras e nas feiras normais vendíamos miudeza (Largo Santo Antônio) e, nos dias do mês das festas juninas, vendíamos fogos de artifícios nesta feira, só que em local diferente. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A primeira vez que acompanhei meus pais na venda de fogos de artifício, o local de venda era em frente a antiga casa de força (no Largo José do Prado Franco). O impressionante é que eu não sabia que o prédio tinha sido uma casa de força e<br /><a name='more'></a>quando perguntava o que funcionava naquele prédio as pessoas simplesmente não sabia informar (inclusive minha mãe). Eu sempre fazia a pergunta por notar a existência, nas paredes internas do prédio, de peças usadas nas redes elétricas (mesmo nos dias atuais). </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Com o crescimento no número de feirantes, no decorrer do tempo, nas feiras normais, a Feira dos Fogos de Artifícios ia sendo mudada de lugar. Nesta época vendíamos os fogos juntamente com outros feirantes e demonstrava que as pessoas não tinha conhecimento do perigo que era vender fogos de artifícios em locais de muito movimento e concentração de pessoas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Vizinho a Casa de Força era o Sanitário Público Municipal e descobrir por acaso quando em aventurei em conhecer o famoso Tanque do Povo. Esse não tinha jeito de não perceber a existência, pois o mesmo inalava um mal cheiro que podia ser sentido de longe. Embora a limpeza fosse feita com frequência, o mal cheiro sempre persistia. O problema não era falta de higiene e sim que o sanitário só era aberto no início da feira e durante toda a madrugada os feirantes costumavam urinar na frente do prédio!!! As vezes o mal cheiro era tão forte que os feirantes lavavam a frente do prédio antes da chegada dos funcionários da limpeza e para a limpeza era utilizado água retirada do tanque do povo. Alias, durante muito tempo a água do tanque do povo era utilizada para limpeza das bancas da “Feira do Fato” (era assim que era chamada) no largo José do Prado Franco e as vezes os marchantes (é o mesmo que açougueiros) utilizavam para limpeza das bancas onde eram vendida seus produtos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKrZ5QIjV-iSGVR5EgA9sC22j1E9ycIHhPW1A6w9NMMyH1JzazZvoViJ4yY35GPAyzY0LUvrXOJECGawpjIu1i45KiOHqZmRcCTVIt1xc1MswTSktY11zP0eZUHzuhyphenhyphentOcXDMK_MHA73MM/s1600/camara_vereadores-Itabaiana.jpg" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKrZ5QIjV-iSGVR5EgA9sC22j1E9ycIHhPW1A6w9NMMyH1JzazZvoViJ4yY35GPAyzY0LUvrXOJECGawpjIu1i45KiOHqZmRcCTVIt1xc1MswTSktY11zP0eZUHzuhyphenhyphentOcXDMK_MHA73MM/s320/camara_vereadores-Itabaiana.jpg" width="242" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto conseguida na internet (facebook), no<br />grupo Itabaiana Grande</td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;">Durante toda a infância até chegar a idade adulta nunca tinha conhecimento que o prédio onde ficava o Sanitário Público era o mesmo da Câmara Municipal De Itabaiana. Era comum passar no local, mas nunca tive a curiosidade de olhar para cima, normal, até por que não existiam tantas casa com mais de um pavimento.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A descoberta da localização, da Câmara de Vereadores, ocorreu por acaso. Nunca era ligado a política de Itabaiana, mas por ocasião da primeira eleição do Prefeito de Luciano Bispo, as pessoas ficaram curiosas de como seria a votação para presidência da Câmara Municipal de Vereadores. Por ocasião do dia da votação (nesta época morava em Aracaju durante a semana) fui convidado por um colega (tinha o apelido de Nen). Quando estava acompanhando o mesmo, ao adentramos no Largo José do Prado Franco foi que estranhei e fiz a pergunta curiosa: “ e onde fica a Câmara que sempre passo por aqui e nunca vi?” Quando da resposta não me contive: que lugar pra se colocar os vereadores!!!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Acredito que o fato da Câmara Municipal de Vereadores de Itabaiana ficar localizada em cima de uma sanitário público, durante vários anos, seja um caso único no Brasil e talvez no mundo!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Texto original : <a href="https://carlos-itabaiana.blogspot.com/2016/06/o-sanitario-publico-e-os-vereadores.html" target="_blank">OS CEBOLEIROS</a></b></div>Antônio Carloshttp://www.blogger.com/profile/18062868840970819727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4038197517700130430.post-50365504470100695382023-08-31T15:14:00.001-03:002023-08-31T15:14:23.461-03:00Deixa o Memera trabalhar!<p> <span style="text-align: justify;">Quando morava próximo ao Beco Novo (Rua Coronel Sebrão) em Itabaiana costumava sempre ir aos treinos da Associação Olímpica de Itabaiana. </span></p><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Nesta época morava em uma casa que tinha como vizinho o Goleiro Mirobaldo (eu o chamava de baiano) e ironicamente ele jogava no Time do Confiança, que é da Capital (Aracaju-SE). Nesta mesma época o Itabaiana tinha um goleiro, de nome Carlos Memera, que era da Aracaju!.</div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsLU36ANCitInOSf_Zw88F4eqtc4NMpO1cPAJES8p9fYYO7VozKPaYL1G81tE_HryARQPitR7DoCE9CUYbeHQ_0tnDTIggwTax_kSahTbEGPluwE6Etg_FOmTyfiPeEoy9G80UcO9vq39q/s1600/carlos-memera2.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="265" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsLU36ANCitInOSf_Zw88F4eqtc4NMpO1cPAJES8p9fYYO7VozKPaYL1G81tE_HryARQPitR7DoCE9CUYbeHQ_0tnDTIggwTax_kSahTbEGPluwE6Etg_FOmTyfiPeEoy9G80UcO9vq39q/s400/carlos-memera2.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption">Em destaque, os goleiros Memera (lado esquerdo) e Marcelo.<br />Campeões sergipanos, em 1978.<br />Foto conseguida no Grupo Itabaiana Grande (Facebook)</td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;">Hoje o Carlos Memera é aposentado como professor de Educação Física, mas antes de se aposentar nós ficamos amigos e justamente relembrando os velhos tempos que ele era jogador do Tremendão da Serra. Embora o Memera tivesse<br /><a name='more'></a>jogado no Itabaiana e estudando o Curso de Educação Física, na mesma década que eu estudei UFS (Universidade Federal de Sergipe), nós não tínhamos amizade. Nossa amizade surgiu quando eu trabalhando, na Secretaria de Educação do Estado, e Memera apareceu para realização dos exercícios laborais pela manhã. Foi quando indaguei: o grande Memera, goleiro do Itabaiana. Ele ficou surpreso, mas percebi o orgulho do mesmo ter sido jogador do Tremendão.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Embora não tivéssemos amizade nos cruzamos em uma certa ocasião quando do treino do Tremendão da Serra. Durante algum tempo, a equipe Tremendão teve de realizar os treinos no campo do Cantagalo, que ficava no Bairro São Cristóvão e ironicamente era vizinho ao antigo campo do Itabaiana ( Estádio Etelvino Mendonça) que hoje empresta o nome ao atual estádio.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Nesta época, na parte de traz do travessão, limitando o campo com o Beco Novo, tinha uma valeta por onde passava as águas da chuva, tinha mais ou menos um metro de profundidade, por um metro de largura, era coberto por vegetação (a pessoa passava ao lado e não via a valeta), coberto por areia lavada ao fundo e totalmente seca durante o verão. Um perfeito esconderijo, que logicamente não era de conhecimento do goleiro Memera. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Um certo dia, eu e uma turma de garotos (tinha mais de dez) e lembro somente dos filhos do porteiro do colégio (tinha o apelido de “Bunito”), Sílvio Aleijado (morava na Rua Padre Felismino), Zé de Caduca, etc. Estávamos assistindo o treino e percebemos que o mesmo ficava chateado quando se dizia que ele era frangueiro. Para provocar, gritávamos: FRANGUEIRO. Nós se escondíamos na valeta. Quando ele olhava para trás não via ninguém e chegou até a tomar um gol quando tentava descobrir de onde vinha a pertubação. Depois de algumas tentativas, se virou para o técnico com as mãos na cintura e desabafou (abrindo os braços): desse jeito não dá pra trabalhar! Foi quando o técnico respondeu: deixa os meninos pra lar que eles ficam quietos e é bom ir se acostumando. Com a orientação do técnico, ele não mais respondeu as provocações e a diversão do dia foi de água abaixo!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div dir="ltr" style="margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><img border="0" height="257" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiY8LxyzgUvUMcFExYrsSlbZI8C7kTRloSWWJRhWJxTHMA3nx0VYiCmb-BbEd9pNKEW9n5WV7gQ6ukSa8sY550q4BVUA6TFMB4DlQwLf6MRrKVYJwpSJbBexQEFyEYt64_0kE2tPKceOd2G/s400/iaoi-1978.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="400" /></td></tr><tr><td class="tr-caption"><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Em pé: Marcelo, Dequinha, Alcidesio, Tica, Marcie, Memera, Valdir, Edgilson, Juan Celly, Dr. Millet.</span></div><span face=""arial" , "helvetica" , sans-serif" style="font-size: xx-small;"><div style="text-align: center;"><span face=""arial" , "helvetica" , sans-serif" style="font-size: xx-small;"><span>Agachado:Nilson Hora, Baiano, Misso, Damião, Israel, Messias, </span></span><span face=""arial" , "helvetica" , sans-serif" style="font-size: xx-small;">Gilmar.</span><span face=""arial" , "helvetica" , sans-serif" style="font-size: xx-small;"> </span></div><div style="text-align: center;">Sentados: , Dedé, Gud Gud, Jorge, Ney, Gustinho, Ailton e Zé Carlos.</div></span><br /><b>Texto original : <a href="https://carlos-itabaiana.blogspot.com/2016/04/deixa-o-memera-trabalhar.html" target="_blank">OS CEBOLEIROS</a></b></td></tr></tbody></table></div>Antônio Carloshttp://www.blogger.com/profile/18062868840970819727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4038197517700130430.post-77480759197272275942023-08-23T20:48:00.004-03:002023-08-23T20:48:28.688-03:00Os cebolas, as lendas e os mitos VIII <p> </p><h3 style="text-align: justify;">A lenda dos raios e das pedras arredondadas</h3><div><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;">Um das coisas que mais chama atenção das pessoas são os raios e trovões, por ocorrências das chamadas trovoadas. Todo verão era comum a ocorrência dessas trovoadas e também dos famosos raios e relâmpagos.<br /><br />As pessoas eram instruídas que deveriam tomar certos cuidados quando da ocorrência dessas trovoadas e uma delas era evitar portar objetos metálicos, que os objetos metálicos atraem esses raios e a descarga elétrica produzida são destruidoras e mortais. Só que a grande maioria das pessoas não levava muito a sério essas orientações, pois não é comum, aqui na região, a ocorrências de raios destruindo alguma coisa e a morte por um deles é mais raro ainda.<br /><b></b><br /><b>Um acidente fatal</b><br /><br />Quando o Tremendão da Serra (Associação Olímpica de Itabaiana) ainda jogava no antigo Estádio Etelvino Mendonça, no Beco Novo, por ocasião de um jogo em um dia de domingo, ocorreu um desses acidentes trágicos. Um rapaz sentando no muro do terreno (ficava ao lado da residência), muito próximo ao campo, estava chupando cana e para descascar usava uma faca peixeira. Tarde nublada, um calor forte, muitas pessoas (torcedores) passando para<br /><a name='more'></a>assistir o jogo e começa a trovoada. As pessoas passando e advertindo, o rapaz, sobre o uso da faca peixeira e o perigo de em atrair os relâmpagos. Não deu outra, um relâmpago acertou o infeliz em cheio e o levando a morte.<br /><br /><b>As pedras arredondadas</b><br /><br />Quando criança não era comum encontrar dessas pedras bastante resistentes (Rochas Metamórficas) de forma arredondada. Segundo os mais velhos elas eram encontradas somente em lugares onde caiam raios. Inclusive em uma dessas trovoadas, um raio acertou no tronco de um cajueiro abrindo o mesmo em dois. Ficou todo chamuscado (queimado) e os idosos afirmaram que era só cavar no local do cajueiro que iríamos encontrar uma pedra bastante resistente e de forma arredondada!<br /><br />Não me lembro de nenhuma ocasião onde alguém tenha duvidado (pelo menos verbalmente) da afirmação dos mais idosos e também nunca encontrei alguém que tenha cavado o lugar do raio para encontra a tal pedra! Essa lenda era repetida e absorvida como verdadeira por todos!<br /><br /><b>Os passeios a Serra de Itabaiana</b><br /><br />Quando já estava adolescente a BR-235 já tinha sido concluída a construção e praticamente toda a piçarra usada para construção foi retirada na Serra Comprida (irmã e vizinha da Serra de Itabaiana). Mas mesmo depois de concluída a construção da BR-235 os caçambeiros continuaram retirando piçarra desta serra para venda a empresas e populares.<br /><br />Com a construção BR-235 ( Aracaju - Itabaiana) se tornou comum as pessoas fazerem passeios na Serra de Itabaiana e o local mais visitado era o Poço das Moças. A grande maioria fazia passeios em forma de excursão e um pequena minoria costumava acampar.<br /><br />Todos os acampamentos que fui, na Serra de Itabaiana, sempre chegava na sexta-feira e voltava aos domingos. Em um desses, resolvemos comprar pão para tomarmos café a noite e no amanhecer do sábado e a padaria mais próxima era a de Seu Paulo, em Areia Branca. Na ida até Areia Branca, logo no primeiro riacho (direção saindo da BR em direção ao Poço das Moças) tinha uma caçamba carregada desta piçarra, tirada na Serra Comprida, a parte carregada estava levantada com inclinação de 45 graus, uma bomba jogava água sobre a piçarra que ia lavando e retirando a areia vermelha. Achei meio esquisito se lavar a piçarra e como todo curioso me dirigi ao motorista, com a seguinte pergunta: por que está lavando a piçarra? O motorista explicou: a piçarra lavada era quatro vez o valor da (piçarra) bruta e que as pedras lavadas eram utilizadas para enfeites nos condomínios de Aracaju! Ouvindo da resposta do motorista, sem imaginar como ficariam as pedras depois de lavadas, retornei a viagem de ida a Areia Branca.<br /><br />No retorno da padaria, a piçarra já esta toda lavada e o motorista estava aguardando somente escorrer a água. As pedras restantes eram todas arredondadas, eram na grande maioria brancas e brilhavam bastante. Foi então que me veio a mente a lenda dos raios e das pedras arredondadas e imaginei: a Serra Comprida deve ter sido o lugar onde ocorreu a concentração do Dilúvio e recebeu todos os raios possíveis para ter tanta pedras de forma arredondada!.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiF0AJqgOAN4BLiac7WUOkUHlHhNKdld6a1X_XtvwP8q4FmDUf5OqMIK4uWXU31NT4ukKbaUGlpG_AW5pF7QMCc_LZSTIUHFlxmTMOx1YSR3stF1Y05IkX_B_RIkhU6VYqQg_8dyuA-IaRW/s1600/__aaaaaa21.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" /></td></tr><tr><td class="tr-caption">Serra Comprida faz parte da Reserva Federal de Itabaiana - SE<br />Foto cedida pelo Historiador José de Almeida Bispo</td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;">Pouco tempo depois escutei nas rádios, em Aracaju, reclamações sobre essa prática de se lavar a piçarra para a obtenção das pedras. É uma atividade altamente poluente e o rio utilizado servia (ainda hoje serve) para abastecimento humano. Os promotores de justiça proibiram a lavagem destas piçarras no referido local e pouco tempo depois também foi proibido retirar piçarra na Serra Comprida devido a mesma fazer parte da Reserva Ecológica de Itabaiana.<br /><br /><div><span style="font-size: x-small;"><i>Antônio Carlos Vieira</i></span></div><div style="text-align: start;"><span style="font-size: x-small;"><i>Licenciatura Plena - Geografia -UFS</i></span><br /><span style="font-size: x-small;"><i><br /></i></span><span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;"><b>TEXTOS RELACIONADOS</b><i>:</i></span><br /><span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;">Os Cebolas, as lendas e os mitos I -<a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2013/06/o-santo-fujao.html"> Santo Antônio - O Santo Fujão</a></span><br /><span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;">Os Cebolas as Lendas e os mitos II - <a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2013/06/os-cebolas-as-lendas-e-os-mitos.html">O Carneiro de Ouro</a></span><br /><span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;">Os Cebolas as Lendas e os mitos III - <a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2013/07/os-cebolas-as-lendas-e-os-mitos-iii.html">As Minas de Ouro e Prata</a></span><br /><span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;">Os Cebolas as Lendas e os mitos IV- <a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2013/07/os-cebolas-as-lendas-e-os-mitos-iv.html">A cidade poderia se acabar debaixo dágua</a>!</span><br /><span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;">Os Cebolas as Lendas e os mitos V - <a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2013/07/os-cebolas-as-lendas-e-os-mitos-v.html">O Mito do Pesadelo</a></span><br /><span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;">Os Cebolas as Lendas e os mitos VI - <a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2013/07/os-cebolas-as-lendas-e-os-mitos.html">Ganhando uma Botija</a></span><br /><span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;">Os Cebolas as Lendas e os mitos VII -<a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2013/08/os-cebolas-as-lendas-e-os-mitos-vii.html">Lampião nunca esteve aqui!</a></span><br />Os Cebolas, as Lendas e os mitos VIII - <a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2016/02/os-cebolas-as-lendas-e-os-mitos-viii.html" target="_blank">A lenda dos raios e das pedras arredondadas</a></div><div style="text-align: start;"><br /></div><div style="text-align: start;"><div><b>EBook (Livro eletrônico) com todos os contos neste endereço:</b></div><div><a href="https://drive.google.com/file/d/1HglnttZYEdmkx8WNjG7shGbL1WnFL1f6/preview">https://drive.google.com/file/d/1HglnttZYEdmkx8WNjG7shGbL1WnFL1f6/preview</a></div></div></div>Antônio Carloshttp://www.blogger.com/profile/18062868840970819727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4038197517700130430.post-19527233478270097852023-08-18T10:51:00.001-03:002023-08-18T10:51:06.313-03:00Os cebolas e os passeios de caminhão<p> </p><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMEwM35zU9jKVG7UavGBNxUD6ct_AN3DOjk8Zzp900Srxe2b0uJThchn2EMBP7pyzpC-ZZQ4xqhbTVeQGrp2z36EdfzvYUTSLi2JH5PpfQ19c3HPUztgTfhKH0x4UBKKhkFgxhfjpOCsTE/s1600/__aaaaaa.jpg" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMEwM35zU9jKVG7UavGBNxUD6ct_AN3DOjk8Zzp900Srxe2b0uJThchn2EMBP7pyzpC-ZZQ4xqhbTVeQGrp2z36EdfzvYUTSLi2JH5PpfQ19c3HPUztgTfhKH0x4UBKKhkFgxhfjpOCsTE/s1600/__aaaaaa.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Modelo de caminhão que<br />era frequentemente usado</td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;">No final da década de 70 e início da década de 80 (século XX) surgiu a moda de se ir a praia de caminhão (não confundir com transporte pau-de-arara). Nesta mesma época era comum a torcida do Tricolor da Serra (Associação Olímpica de Itabaiana) ir aos jogos na capital (Aracaju - SE) utilizando as carretas (Scanias) da Transportadora Sergipana. Durante muito tempo presenciei e participei dessas viagens as praias e também os jogos do tricolor.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Neta época, as Polícias Rodoviárias Federal e Estadual toleravam o transporte de pessoas nas carrocerias dos caminhões, contanto que as pessoas permanecessem sentadas durante a viagem. Durante o percurso as pessoas realmente permaneciam sentadas, mas quando adrentavam em áreas urbanas as pessoas, que vinham sentadas próximos as carrocerias, costumavam ficar em pé e segurando na parte alta que fica logo atrás da cabine (boleia).</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><b></b><br /><div style="text-align: justify;"><b>A primeira viagem</b></div><b></b><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A primeira dessas viagens que fiz foi para a praia do Abais (Estância- SE). Combinei com os colegas do CEMB (Colégio Estadual Murilo Braga) e no domingo há sete horas estava em frente ao Colégio Guilhermino Bezerra. Nesta época, a estrada que ligava a BR-101 a praia de Abais era de “barro batido”. Ainda hoje existe uma ponte no chamado Rio Fundo, só que naquela época a ponte era de madeira! Na viagem de ida os carros passaram<br /><a name='more'></a>pela ponte normalmente e não houve pânico entre os viajantes. O problema é que o volume de carros trafegando neste dia foi uma coisa fora do normal e na volta à ponte balançava quando passava mais de um carro ou mesmo um carro de grande porte (ônibus ou caminhão).</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Para evitar acidentes, os motoristas pararam e resolveram que deveriam passar um carro de cada vez e os de grande porte deveriam passar sem os passageiros. Quando chegou nossa vez, o carro se locomovendo na ponte e os passageiros seguindo a pé!. Quando chegou a terra firme, os passageiros correram e subiram para continuar viagem. Só que alguns se atrasaram (eu fui um deles) e um engraçado, que já estava em cima do transporte, gritou: vamos embora? O motorista obedeceu!!! Eu fui o primeiro a sair correndo, de braços abertos e gritando, mas o motorista percebeu, deu de ré até onde estávamos, parou o carro, subiu na carroceria e gritou bastante irritado: quem foi o “muleque” que gritou que já podia ir? Silêncio total… Não precisa dizer que nunca mais fui a um passeio com a mesma turma.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td><a href="http://2.bp.blogspot.com/-FcyfWqnd7_k/Vp03UR1GXcI/AAAAAAAAF6o/RtlGUbWP4Vk/s1600/guilhermino_bezerra.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="300" src="https://2.bp.blogspot.com/-FcyfWqnd7_k/Vp03UR1GXcI/AAAAAAAAF6o/RtlGUbWP4Vk/s400/guilhermino_bezerra.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption">Inauguração da Escola Estadual Guilhermino Bezerra </td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td><a href="http://2.bp.blogspot.com/-Sqwd-Abv5Oo/Vp03UcqGsUI/AAAAAAAAF6c/5boiFjB_dBE/s1600/guilhermino-bezerra.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="300" src="https://2.bp.blogspot.com/-Sqwd-Abv5Oo/Vp03UcqGsUI/AAAAAAAAF6c/5boiFjB_dBE/s400/guilhermino-bezerra.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption">Aparência atual da Escola Estadual Guilhermino Bezerra</td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;"><br /></div><b></b><br /><div style="text-align: justify;"><b>Torcendo pelo Tremendão da serra</b></div><b></b><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Também íamos de caminhão torcer, pelo Tremendão da Serra, nos diversos jogos que ocorriam em várias cidades, mas a grande maioria eram realizados em Aracaju. Mesmo nesta época já ocorriam brigas entre as torcidas e sempre apareciam aqueles exaltados que faziam besteiras. Em um desses jogos quadrangulares (dois jogos) a torcida do Sergipe cercou os ceboleiros, na saída lateral do Batistão (Estádio Lourival Batista), jogando pedras. Coincidentemente, junto a carreta, pertencente Transportadora Sergipana (tem o nome de sergipana, mas transportava a torcida do Itabaiana), estava espalhado, pelas nas proximidades, restos de construção e tinha vários pedaços de mármores. Foi o suficiente para se travar um guerra de pedras. Eu estava tocando na charanga e fiquei agachado dentro da carroceria com o tarol sobre a cabeça.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Saímos do meio desta guerra indo em direção a Avenida Barão de Maruim e paramos no cruzamento, com Rua Itabaiana, para subida dos que em vez de irem assistir ao jogo aproveitaram para conhecer e passear por Aracaju. Neste mesmo momento ia passando um sujeito, em uma bicicleta de corrida, com camisa do confiança, apontou para a torcida e saiu gritando: olha a turma de tabaréu, deve ser tudo “viado” do interior! O problema é que logo depois a carreta também começou a andar e acompanhou o infeliz torcedor do confiança! O pessoal resolveu revidar a agressão verbal jogando pedaços de mármores e soltaram vários rojões. O sujeito caiu no chão sangrando, no cruzamento da Barão de Maruim com Avenida Canal (bem próximo a Praça da Bandeira), logo depois se levantou (felizmente) e xingando a todos de corno e “viado” !</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><b></b><br /><div style="text-align: justify;"><b>Passeio na Praia de Atalaia</b></div><b></b><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Entre as várias viagens para a praia de Atalaia (Aracaju - SE), em uma ocorreu um fato interessante. Durante a viagem de ida e no decorrer do dia a diversão ocorreu tudo bem, mas o fato interessante ocorreu na volta. O caminhão não estava muito cheio, com metade da carroceria vazia e tinha algumas passageiros que moravam no Povoado Rio das Pedras. Nesta época, tinha um sujeito (ex-caminhoneiro) que era conhecido por George Doido que costumava andar para tudo que é povoado a pé e sempre que podia conseguia uma carona. A dificuldade dele conseguir carona era que o mesmo não costumava tomar banho! Quando da chegada ao povoado para a descida dos passageiros moradores do local, o George ia passando e os passageiros que iam continuar viagem passaram a gritar para o motorista “arrastar o carro”, mas a gritaria foi em vão, o George Doido conseguiu subir a tempo para a carona. A gritaria era que o George estava todo cagado e tivemos que agüentar a fedentina, embora todos rindo da situação, até o final da viagem!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><b></b><br /><div style="text-align: justify;"><b>As viagens de pau-de-arara</b></div><b></b><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-42GoBvDnDWU/Vp4TAuEIUBI/AAAAAAAAF7A/avPnyL53tBU/s1600/12606938_972675729493101_2018525972_n.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://1.bp.blogspot.com/-42GoBvDnDWU/Vp4TAuEIUBI/AAAAAAAAF7A/avPnyL53tBU/s200/12606938_972675729493101_2018525972_n.jpg" width="123" /></a>Não eram comuns passeios com a utilização de pau-de-arara, pois o mesmo fazia o transporte coletivo entre os povoados e municípios. Era o transporte mais utilizado por feirantes (vendedores e compradores) e como as principais feiras ocorriam (e ainda ocorrem) nos finais de semanas, era muito raro a realização de passeios com o mesmo e somente em algum eventual feriado que não fossem no final de semana é que se realizava algum passeio. Na foto, ao lado esquerdo, tirada na década de 40 (século XX) podemos ver o tradicional pau-de-arara (foto cedida pela escritora Maria do Carmo Costa).<br /><br /><i><span style="font-size: x-small;"><b>Credito das fotos</b>: retiradas no Grupo Itabaiana Grande no Facebook.</span></i></div><div style="text-align: justify;"><i><span style="font-size: x-small;"><br /></span></i></div><b>Texto original : <a href="https://carlos-itabaiana.blogspot.com/2016/01/os-cebolas-e-os-passeios-de-caminhao.html" target="_blank">OS CEBOLEIROS</a></b>Antônio Carloshttp://www.blogger.com/profile/18062868840970819727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4038197517700130430.post-70697397021543430192023-08-17T12:56:00.004-03:002023-08-17T12:57:34.855-03:00Os cebolas e a mania de grandeza<p style="text-align: justify;"> <span style="text-align: justify;">Quando morava nas proximidades do Beco Novo (Rua Coronel Sebrão), na Cidade de Itabaiana, eu e os colegas de infância costumávamos ir para a conhecidíssima “Fazenda Grande” (também era conhecida como Campo do Governo) e, sempre ia pela estrada que passava pela barragem do Açude Velho. Saíamos de onde morávamos, Rua Dr. Hunaldo Cardoso (atual Rua José Mesquita), seguindo em direção da Serra de Itabaiana (direção Leste), atravessando pelo lado do Açude Velho (passávamos por cima da barragem de concreto) e, do outro lado seguíamos caminho passando ao lado dos sítios do Sr. Vasconcelos (à direita), à esquerda, ficava o sítio do pai de Arnaldo (eles tinham sítio, mas moravam na cidade, e, justamente na Rua Dr. Hunaldo Cardoso), filho de Dona Hora.</span></p><br /><b>O maior Eucalipto do Mundo</b><br /><br /><div style="text-align: justify;"><a href="https://lh6.googleusercontent.com/3tsyV0UtO-xxvEpJotUY9YU9zcz89aPGpB5LRkVP-1k2BNfUZJf1xPI_y2EYp25a3afeBprS3rIIgSHigJWkiMOdXQ7dnFTl-A-Ostjtn2I1ZrjeW_7QvfWcDKMt_JBaZSRd-zJ8" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://lh6.googleusercontent.com/3tsyV0UtO-xxvEpJotUY9YU9zcz89aPGpB5LRkVP-1k2BNfUZJf1xPI_y2EYp25a3afeBprS3rIIgSHigJWkiMOdXQ7dnFTl-A-Ostjtn2I1ZrjeW_7QvfWcDKMt_JBaZSRd-zJ8" width="150" /></a>Saindo da onde morávamos até chegar no Açude Velho, passávamos ao lado de um sítio que tinha um pé de Eucalipto enorme. Segundo os moradores daquela época, era o maior Eucalipto do mundo! Esse pé de Eucalipto era solitário, mantido sempre limpo e podado durante todo o tempo. Tinha um tronco linheiro (em linha reta), sem galhos, e, uma copa na parte superior. Certamente, tinha mais de vinte metros de altura, mas, ninguém contestava em ser o maior do mundo, por não conhecer a existência de outro maior. Mas, mesmo assim, todos afirmavam que era o maior do mundo!<br /><br /><b>O Mercado Celeiro do Estado.</b><br /><br />Durante um período, a produção hortigranjeira de Itabaiana abasteceu grande parte das cidade vizinhas, e, a capital do Estado (Aracaju). E, em decorrência da grande produção e abastecimentos destas cidades, foi considerada a cidade Mercado Celeiro do Estado. Acredito que em decorrência desse título é que se desencadeou a mania<br /><a name='more'></a>de grandeza por grande parte dos ceboleiros (pessoas nascidas em Itabaiana). Nesta época, era comum chamarem os nascidos em Itabaiana de verdureiros.<br /><br /><b>O ponto mais alto do Estado de Sergipe</b><br /><br />Desde criança era ensinado (instruído) que a Serra de Itabaiana era o ponto mais alto do Estado de Sergipe. Os livros de Geografia de Sergipe informavam que a serra de Itabaiana tinha 860 metros de altitude, mas na verdade, tem apenas 680 metros. Hoje, sabe-se que o ponto mais alto do Estado de Sergipe fica em Serra Negra, divisa com o Estado da Bahia, no Município de Poço Redondo.<br /><br /><b>A maior cidade do interior sergipano</b><br /><br />Na década de oitenta (século XX) eu já morava próximo a chamada Rodoviária nova (hoje não é mais rodoviária), e, não tive mais conhecimento e informação de que fim levou o maior pé de Eucalipto do mundo, mas nesta época, a população serrana aumentou muito em termo de quantidade, e, já se afirmava que éramos a maior cidade do interior Sergipano! Feito o Censo, descobriu-se que a maior cidade do interior sergipano (em número de habitantes) era Nossa Senhora do Socorro!<br /><br /><b>A maior cidade do agreste de Sergipe</b><br /><br />Decepcionados e frustrados, em quererem em ser o maior em alguma coisa, passaram a afirmar que éramos a maior cidade do Agreste de Sergipe. O mesmo Censo Demográfico, concluiu que Lagarto era a terceira maior cidade do Estado depois de Aracaju e Nossa Senhora do Socorro. Mais uma decepção!<br /><br />Embora a área urbana da cidade de Itabaiana tenha crescido muito, a população não cresceu no mesmo rítmo no município. Quando se faz um censo é contado moradores da área urbana e da área rural, e, grande parte do aumento da população na área urbana foi em decorrência dos moradores das áreas rurais irem morar na cidade. É um fenômeno que ocorreu, e, está ocorrendo em todo o Brasil.<br /><br /><b>A cidade mais conhecida do Brasil!</b><br /><br />Com o decorrer do tempo, os moradores passaram a procurar outros ítens, em como se sentir grande em alguma coisa, e, muitos moradores passaram a afirmar que Itabaiana era a cidade mais conhecida do Brasil, e, isso por que vindo de longa datas, os caminhoneiros já levavam o bom nome aos grandes centros do país. Mas, os próprios caminhoneiros e moradores que costumavam visitar outras localidades, foram logo negando a afirmativa. Claro que muitos ficavam inconformados, em vez de aceitarem a negação, partiam para gritaria, e, usavam da baixaria para desqualificar quem negasse (fui vítima neste caso). Eu mesmo viajei para Pernambuco, década de oitenta,e, quando me perguntavam de onde eu era, informava que era de Itabaiana. As pessoas questionavam: então você é paraibano? Eu tinha que explicar que era de Itabaiana em Sergipe, e, eles respondiam: Ah! Você é de Itabaiana Grande!<br /><br /><b>Cidade dos marchantes (açougueiros que trabalham nos mercados e feiras)</b><br /><br />Durante a década de 70 e começo da década de 80 (século XX), éramos chamados de Cidade dos Marchantes em decorrência do grande comércio de Carne Verde. Nos dias de sábado, a partir das cinco da manhã, formava-se uma fila de marinetes (ônibus) na Rua Sete de Setembro e adjacências. Normalmente, o número de marinetes chegava a ser mais de vinte. Até que o preço da Carne Verde passou a ser mais vantajoso se comprado na Cidade de Areia Branca, e, por coincidência, o comércio era realizado pelos marchantes de Itabaiana! Na realidade, devido o custo dos impostos e taxas municipais serem bem menores, em Areia Branca, os comerciantes podiam vender o produto mais barato, e, compensava pagar transporte no deslocamento entre Itabaiana e Areia Branca. .<br /><br /><b>Cidade do Ouro.</b><br /><br />O comércio do ouro é forte até os tempos atuais, mas já foi muito mais comercializado no passado, e, o mais interessante é que em Itabaiana não existem minas de ouro! No período áureo, Itabaiana chegou a ter 21 (vinte uma) joalherias, e, algumas se destacando como as maiores do norte e nordeste do Brasil. Mesmo nos tempos atuais, as joalherias de Itabaiana têm um movimento comparável as joalherias das grandes cidades do país, e, até o momento continua sem a existência de uma única mina de ouro no município e redondezas!<br /><br /><b>A cidade que tem o maior número de caminhões em todo o Brasil</b><br /><br />O gosto em trabalhar de caminhoneiro é uma coisa bem antiga em Itabaiana. Quando ainda era estudante, no CEMB (Colégio Estadual Murilo Braga),umas das coisas que dava mais trabalho aos professores era o desejo de serem caminhoneiros. Muitos alunos quando questionado por que não tinham interesse em estudar, respondiam: e pra ser caminhoneiro é preciso estudar tanto? Escutei muito essa pergunta!<br /><br />Com o passar do tempo, o número de caminhões aumentou muito na cidade. Ficou tão perceptível que começaram a achar que a cidade era a que mais tinha caminhão no Brasil. Mas, as estatísticas comprovam que não, e, hoje temos de nos contentar em sermos a cidade com maior quantidade de caminhões no Estado de Sergipe.<br /><br /><b>A cidade com o comércio mais dinâmico do interior sergipano</b><br /><br />Quando ouço essa frase, nas rádios locais, fico com a impressão que estamos recebendo um prêmio de consolação! Depois de não conseguirmos ser grandes nacionalmente, partimos para o bairrismo local, e, essa de se sentir grande com comércio dinâmico é apenas para amainar o complexo de inferioridade.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Texto original :<a href="https://carlos-itabaiana.blogspot.com/2015/10/os-cebolas-e-mania-de-grandeza.html" target="_blank"> OS CEBOLEIROS</a></b></div>Antônio Carloshttp://www.blogger.com/profile/18062868840970819727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4038197517700130430.post-72571293897528586472023-08-14T17:14:00.002-03:002023-08-14T17:14:35.359-03:00O que o cebola soube de Aracaju !<div style="text-align: justify;">Ao descobrir o Brasil,Pedro Álvares Cabral confundiu os nativos com os habitantes da Índia e como consequência ele chamou os nativos de índios. Até hoje, de maneira errônea, nós chamamos os nativos de índios!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Mas esses tipos de erros se perduram no tempo e por incrível que pareça, são registrados nos livros de História, é uma tradição e herança que temos dos portugueses. Para isso vamos ver algumas coisas estranhas na cidade de Aracaju-SE.<br /><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Ponte do Imperador</b></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5xrBKmj_0TbhSm578tq_3Bj6jbyHt7rV_EwLxfp6FfglQOwwA6UxtjWWaWBbwCKjfdml150q2QnQjGR6bWLa2vq-GRHiycRmAhECurh3BhUqtItl8Hdk0onbswpd4_ErRSbakCoAq0oo/s1600/ponte_do_imperador.jpg" style="clear: left; display: inline; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="149" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5xrBKmj_0TbhSm578tq_3Bj6jbyHt7rV_EwLxfp6FfglQOwwA6UxtjWWaWBbwCKjfdml150q2QnQjGR6bWLa2vq-GRHiycRmAhECurh3BhUqtItl8Hdk0onbswpd4_ErRSbakCoAq0oo/s200/ponte_do_imperador.jpg" width="200" /></a>Desde criança fomos informados que Dom Pedro I desembarcou em uma ponte na Cidade de Aracaju-SE. Quando a pessoa visita, o que seria uma ponte, é na realidade um ancoradouro de barcos! Isso é registrado nos livros de História de Sergipe até os dias atuais!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b><br />Avenida Euclides Figueiredo.</b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Essa Avenida, que não é avenida, liga a Cidade de Aracaju ao Conjunto João Alves Filho (Conjunto Siri), em Nossa Senhora do Socorro. Foi projetada para ter duas vias e foi construída com apenas uma, embora a prefeitura tenha recebido repasses (dinheiro) do governo Federal para construir uma Avenida. O então Presidente General João Figueiredo reclamou que tinha mandado recursos para construir uma avenida e construíram uma rua! A avenida (rua) foi batizada de Euclides Figueiredo em homenagem ao pai do do então presidente da época e foi quem mandou os recursos para construção da mesma!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Os terrenos as margens desta rua foram doadas e ela acabou ficando estreita para o grande volume do tráfego de veículos e como consequência existe<br /><a name='more'></a>um planejamento para indenizar os moradores que tem residência as margens da mesma, por ironia da vida, para que ela fique mais larga!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Avenida 7 de setembro</b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Essa foi mais uma avenida que foi projetada, teve os espaço urbano livre para construção e nunca se tornou uma avenida. A ideia de construir uma avenida foi abandonada, os moradores avançaram a frente das casa deixando somente um lado do que iria ser uma avenida, como via pública, e acabou se tornando uma rua.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Avenida Beira Mar</b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Essa é a Avenida a mais larga e bem mais arborizada da cidade. É a que tem o maior volume de tráfego de veículos na cidade. Estranhamente ela não fica a beira mar e sim a beirando o Rio Sergipe.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Rua 24 horas - atual Rua do Turista -</b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Nunca foi e não é uma rua! Na realidade é um dos prédios mais antigos da cidade que corta um quarteirão de uma rua a outra. Nele foi instalado um centro comercial que inicialmente deveria funcionar 24 horas e que por falta de movimento, nestas 24 horas, foi rebatizada de Rua do Turista. Mas não é uma Rua!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Aeroporto Internacional de Aracaju</b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O aeroporto não é e nunca foi internacional. Embora na fachada do aeroporto conste o nome Internacional, ele não é considerado internacional pela Infraero e nem pela Polícia Federal. Na realidade ele ainda não recebe voos de aviões com viagens internacionais</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Texto original : <a href="https://carlos-itabaiana.blogspot.com/2015/10/o-que-o-cebola-ve-em-aracaju.html" target="_blank">OS CEBOLEIROS</a></b></div>Antônio Carloshttp://www.blogger.com/profile/18062868840970819727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4038197517700130430.post-4566872264042875502023-08-01T14:37:00.001-03:002023-08-01T14:37:10.836-03:00O sino mágico!<p> <span style="text-align: justify;">Quando passei no vestibular e fui estudar na UFS (Universidade Federal de Sergipe) existia e ainda existe um sino logo na entrada da cidade. Embora passasse pelos menos uma vez por semana no local, nunca tinha prestado atenção nos detalhes e sequer sabia quem tinha colocado naquele local.</span></p><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td><a href="http://2.bp.blogspot.com/-ZG3YOLVQpU8/VU0aqT1UXKI/AAAAAAAABNs/ZX5piS4WsjE/w720-h263-no/___aaa.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="145" src="https://2.bp.blogspot.com/-ZG3YOLVQpU8/VU0aqT1UXKI/AAAAAAAABNs/ZX5piS4WsjE/w720-h263-no/___aaa.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption">Foto conseguida no Grupo Itabaiana Grande (FAcebook)</td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;">O sino não é mágico pelo fato de não ser notado por parte dos transeuntes do local. Era invisível pelo fato das pessoas se acostumarem passar no local, cotidianamente, que nem prestavam atenção no mesmo. Embora soubesse da existência, só recentemente percebi que é uma obra do Rotary Club de Itabaiana.</div><div style="text-align: justify;"><br />Na década de oitenta, era comum o grande número de ceboleiros estudando na UFS. O ponto de encontro comum na universidade era o restaurante. Na hora do almoço, os que iam ficar para as aulas a tarde, os que iam para o trabalho<br /><a name='more'></a>em Aracaju e os que iam viajar de volta para Itabaiana (o ônibus dos estudantes fazia parada ao lado do restaurante) tinham ponto certo na hora do almoço. Nesta hora era comum as brincadeiras e gozações entre os que já tinham convivência.<br /><br />Certa vez, quando estava almoçando, um grupo de estudantes, não eram meus conhecidos, chegaram falando que tinham visitado Itabaiana e faziam críticas a existência do citado sino!! Não tinham percebido a grande presença e força dos estudantes de Itabaiana e mais especificamente naquele momento no restaurante. Sentados em algumas mesas atrás, estavam nada mais, mada menos que: Gud gud (estudante de Educação Física), Grilo (Estudante de História), Henrique (estudante de Educação Física), entre dezenas. Eles chegaram dizendo as seguintes frase: na entrada de Itabaiana tem um sino de cimento e dando risadas! Pra que serve um sino de cimento? Não poderiam colocar uma coisa mais bonita? Foi que um deles apontou para mim: esse é de Itabaiana, olhe a cabeça de cebola! Diga pra que serve um sino de cimento? Respondi calmamente que tinha um sino, mas poderia ser um santo ou qualquer coisa, mas por que a mangação? Eles continuaram repetindo as frase e dando gargalhadas! Em um certo momento, alguém gritou: o sino toca quando um corno entra na cidade! . Silêncio total !!!!! </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Texto original : <a href="https://carlos-itabaiana.blogspot.com/2015/05/o-sino-magico.html" target="_blank">OS CEBOLEIROS</a></b></div>Antônio Carloshttp://www.blogger.com/profile/18062868840970819727noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4038197517700130430.post-35062670197351286412023-07-30T21:09:00.001-03:002023-07-30T21:09:22.119-03:00O CARTÃO POSTAL<p style="text-align: justify;"> <span style="text-align: justify;">Sempre que visitamos alguma cidade, uma das coisas que olharmos é a entrada principal da cidade. Mas estranhamente a grande maioria das cidades descuidam de sua(s) entradas e muitas tem pelo menos a preocupação de montar alguma coisa dando as boas vindas as que estão chegando de visita e desejando boa viagem aos que estão saindo. Em muitos casos, a entrada da cidade, é o cartão postal principal da cidade..</span></p><div style="text-align: justify;"><br /></div><div><div style="text-align: justify;">Quando visito minha terra natal, fico feliz que finalmente as autoridades e munícipes resolveram colocar uma entrada digna para a cidade e com um cartão postal mais digno.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgS-S4GKMTHKwm48sSdK0SYujHrbmiOxFB2bEZQwp-ajAKrA4Sgx-gNrDoy1rwpiqnQNFh5iXDaIKmdetQrjvRaVqrqTZS5DvZx5dC9elx8OC7P43u2E0LK7F-QQXxG5Hbc33-Q3LaQgzk/s1600/___aaa2.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgS-S4GKMTHKwm48sSdK0SYujHrbmiOxFB2bEZQwp-ajAKrA4Sgx-gNrDoy1rwpiqnQNFh5iXDaIKmdetQrjvRaVqrqTZS5DvZx5dC9elx8OC7P43u2E0LK7F-QQXxG5Hbc33-Q3LaQgzk/s1600/___aaa2.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption">Pórtico na atual entrada da cidade, mas que já não tão entrada da cidade.<br />Quando os visitante chega, a esse local, já percorreu mais de um quilômetro<br /> de área urbana.</td></tr></tbody></table>Hoje a entrada principal, da cidade, é feita pela Av. Dr. Luiz Magalhães. Mas na minha adolescência, a entrada era pela Avenida Manoel Francisco Teles, depois entrava pela Rua Quintino Bocaiuva, passando pelo lado do CEMB (Colégio Estadual Murilo Braga) e ia<br /><a name='more'></a>em direção a Praça dos Taxis (atual Praça João Pessoa). Na época, uma rua sem pavimentação da entrada do CEMB até sair da cidade e entrado na BR 235.</div><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td><img src="https://lh5.googleusercontent.com/v2Y5gWlVebma98zjTkRgkWuOlaumDiF40b3n-uNA3MAXXPMmILzhhi_g7aNmwtgx8SXk9X-PVIiJZeo4i5NA5nT-8iaqFH3gh47Vj2sbN_ubCocVAzlmbpME0nbZd6VV2gJ-G0M" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" /></td></tr><tr><td class="tr-caption">Na década de 80 (século XX), a pavimentação a<br />paralelepípedo chegava somente até este local</td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;">Depois do falecimento do meu pai fui residir no Conjunto General João Pereira, que fica ao lado da Av. Magalhães , que nesse período ainda não era pavimentada e o acesso das marinetes (ônibus) para entrar e sair, da cidade, ainda era feito pela antiga entrada.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Com minha aprovação no vestibular, fui morar na Cidade de Aracaju (capital do Estado de Sergipe) e como estava morando praticamente na saída da cidade, eu pegava o transporte, para a universidade, fora da cidade.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Durante algum tempo, na universidade, as conversas era mais com pessoas conhecidas e com o decorrer do tempo o ciclo de amizades foi adicionado de novas pessoas. Mas era comum essas pessoas se referirem que ao entrar em Itabaiana se espantavam com o Cartão Postal de boas vindas, ficavam rindo e nunca me contavam de que cartão se tratava!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Nesta época, eu vendia na feira aos sábados. Todos os finais de semana tinha a obrigação de vim para armar a banca para o trabalho durante o sábado, mas em certo dia tive vir diretamente de Aracaju para a feira (desci na Praça dos Taxis) e foi que descobri o tal cartão postal que os novos conhecidos faziam referência .</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Ao entrar na cidade e se aproximando da área urbana, na antiga entrada, existiam vários prostíbulos, mas não eram os prostíbulos o cartão postal e sim o fato das prostitutas, logo ao amanhecer, tomarem banhos nos quintais (não existiam muros) usando a fantasia de Eva. Dentro do ônibus era um barulho devido os comentários da visão das Evas no paraíso!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Pouco tempo depois o juiz da cidade proibiu o funcionamento destes prostíbulos, no,local, e coincidentemente houve mudança da entrada principal da cidade. As marinetes, ao entrar e sair da cidade, passaram a circular pela Av. Dr. Luiz Magalhães.</div><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td><img src="https://lh4.googleusercontent.com/Jg3bqWL4994BhenHGIbD21NfvfMLaISXU64KQfIdXN8gnbJt_xsu7zEqQw3Ne6mZnyywxdBuD1hWWyg-JNfjYDK1-S3QK8SW6U5oSYV3b-MbaftoA2FpyWf2ERk3n1BAiEwN_HQ" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" /></td></tr><tr><td class="tr-caption">Neste trecho se concentrava algumas casa que eram prostíbulos. Existiam muitos<br />terrenos baldios e em consequência se conseguia ver os fundos<br /> quando se passava pela rua.<br /><br /><div style="text-align: justify;"><b>Texto original : <a href="https://carlos-itabaiana.blogspot.com/2015/05/o-cartao-postal.html" target="_blank">OS CEBOLEIROS</a></b></div></td></tr></tbody></table></div>Antônio Carloshttp://www.blogger.com/profile/18062868840970819727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4038197517700130430.post-55690789309109006452023-07-21T11:48:00.003-03:002023-07-21T11:48:46.529-03:00Antigas profissões do cebolas XIII - Os Funileiros<p><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7Bu5gYGn8vKGt1fJAXrSl2Tp8SxlO2Q_7Ko8HtRxEQuZcemw23c5_xlr_b_gH43w8LrcMoTqO_z-nH_-KOzC9GS81fZ4Y8oM33I7OkLKILLO1OdHVtgwj1r23LjHe0IQJSOthVCbzajQ/s1600/___aaa.jpg" style="clear: left; display: inline; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="147" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7Bu5gYGn8vKGt1fJAXrSl2Tp8SxlO2Q_7Ko8HtRxEQuZcemw23c5_xlr_b_gH43w8LrcMoTqO_z-nH_-KOzC9GS81fZ4Y8oM33I7OkLKILLO1OdHVtgwj1r23LjHe0IQJSOthVCbzajQ/s1600/___aaa.jpg" width="200" /></a> <span style="text-align: justify;">No decorrer da história da humanidade existiu e ainda existem várias profissões. Umas existem desde os tempos remotos até os dias atuais e outras apareceram e desapareceram de acordo com a necessidade. </span></p><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Uma profissão (não reconhecida pelo Estado) muito importante na sociedade no início do século passado era a de Funileiro. O nome da profissão já nos induz que ele fabricava FUNIL. Na realidade, o funil era o produto mais procurado e fabricado por este profissional. Mas ele fabricava além do funil: candeeiro, ralador, latas (geralmente para o transporte de água), bicas, ratoeiras, brinquedos, etc.Eram verdadeiros artesões a serviço da comunidade.. </div><div style="text-align: justify;"><br /><a name='more'></a></div><br /><div style="text-align: justify;"><b>Serviço dágua</b></div><b></b><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTMeNzFG-wkHIcf8BYwU_LU8BOx2ebqz6IW0eM_gfaDmXCqLM3KiiYijik6cTa8w725lMfzY3jrszzKZ8NIfoKh0Mw58wYu5xQgZSnkomCpN8EmKXVwvgOMonz-TeqW0rWwfoJNSGl6Nc/s1600/___aaa4.jpg" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTMeNzFG-wkHIcf8BYwU_LU8BOx2ebqz6IW0eM_gfaDmXCqLM3KiiYijik6cTa8w725lMfzY3jrszzKZ8NIfoKh0Mw58wYu5xQgZSnkomCpN8EmKXVwvgOMonz-TeqW0rWwfoJNSGl6Nc/s1600/___aaa4.jpg" width="200" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O transporte de água no dorso de animais<br />ainda é comum em muitos povoados.</td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;">Antes da década de 60, do século XX, não existia água encanada na cidade de Itabaiana. Toda água consumida vinha de cisternas e de fontes d'água próximas a cidade. Essa não existência do serviço de fornecimento de água propiciava trabalho a outro tipo de profissional atípico: <i>o vendedor de água!</i> O vendedor de água ganhava a vida vendendo água em latões (fabricado pelos funileiros) e geralmente entregando o produto em cada residência (o mais conhecido era <i>carboreto</i>). Tinham os que ganhavam algum dinheiro (alguns garotos da época) vendendo água, para beber, nas feiras livres e utilizando a famosa <i>Muringa</i> (moringa). </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjowUEa0ZojwUZYnPcb_qMHKgljHtKE4vW_LSADPCxwCVt4H40rjP6RjpdKO_eYC8He6Qd-5kdgJHvBPLKS6qQkskrhr_22gwoC1fFheMoEI6QAletx1V_jCCVDC_no_ZPfT7Gr-XOn1s0/s1600/___aaa11.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjowUEa0ZojwUZYnPcb_qMHKgljHtKE4vW_LSADPCxwCVt4H40rjP6RjpdKO_eYC8He6Qd-5kdgJHvBPLKS6qQkskrhr_22gwoC1fFheMoEI6QAletx1V_jCCVDC_no_ZPfT7Gr-XOn1s0/s1600/___aaa11.jpg" width="134" /></a>Toda água era trasportada em latões no dorso de animais (geralmente jegues). Esses latões eram feitos de folhas de zinco, que eram pregados dando voltas em dois pedaços de madeira (formato quadrado) e essa madeira tinha, na parte considera de cima, um buraco por onde se colocava a água. Para evitar perda de tempo e desperdício de água, na hora de encher esses latões, se colocava um funil no buraco e a água era derramada neste funil, com um pano para cuar (filtrar) as partículas sólidas. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><b></b><br /><div style="text-align: justify;"><b>Venda de gás (na realidade querosene)</b></div><b></b><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Embora a cidade já constasse com serviço de energia elétrica, desde o início do século passado (século XX), a falta de energia era uma constante. Os bairros mais distantes e povoados não contavam com o fornecimento de energia elétrica. Para iluminar as casa eram usados candeeiros (feitos por funileiros) e lampiões. O combustível utilizado era o querosene e o transporte era feito em garrafas de vidro. Para encher essas garrafas, candeeiros e lampiões era utilizando o importante Funil!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><b></b><br /><div style="text-align: justify;"><b>Fabricação da fogos de artifício</b></div><b></b><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Para se encher os canudos das chuvinhas, as tabocas de pequenos foguetes e até mesmo de pequenos vulcões se utilizava o Funil. A pólvora era colocado dentro desses vazilhames socando através de um funil fabricado especificamente para esse serviço. Era um procedimento que se exigia muito cuidado. Uma pequena pedra caindo dentro de funil, por ocasião de se socar a pólvora, se faria fricção e provocaria um incêndio que geralmente era muito grave. O funil além de facilitar a colocação do produto evitava o desperdício.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><b></b><br /><div style="text-align: justify;"><b>A matéria-prima</b></div><b></b><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Para o fabrico dos utencilios eram usados folhas de zinco, folhas de flandre e reaproveitamento (eram verdadeiros recicladores) de latas vazias de diversos produtos. Todo o trabalho era manual e exigia muita habilidade e criatividade (verdadeiros artesões).</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><b></b><br /><div style="text-align: justify;"><b>Os mais conhecidos</b></div><b></b><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Os funileiros mais conhecidos, da cidade, era Cosme e Fobica. Cosme foi meu vizinho no Beco do Ouvidor e o mesmo trabalhava na calçada da residência. Nunca encontrei Cosme sóbrio, mas mesmo assim realizava o trabalho de maneira magistral e os produtos saiam com perfeição. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Fobica (nunca soube o nome do mesmo), eu o conheci quando fui morar na Rua Hunaldo Cardoso (continuação da Rua das Flores) esquina com Padre Felismino. Trabalhava em uma garagem alugada, bem em frente ao Campo do Baltazar. Costumava agradar a<i> mulecada</i> distribuindo apitos feito de lata. Os garotos da rua costumava levar as latas que esvaziavam (as mais comuns eram latas de leite em pó), em casa, para que ele reutilizassem. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Existiam muitos outros, mas eu conheci mais dois (não tinha amizade) que eram chamados de galego. Um filho de Dona Rosinha (esse fabricava e a mãe vendia na feira) que morava na Rua General Siqueira e o outro galego que morava no recentemente construído Conjunto Miguel Teles de Mendonça, próximo a caixa d'água.</div><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: right;"><br /></div></div><div><div style="text-align: justify;"><div><b>Textos relacionados:</b><br /><div style="text-align: right;"><div><div><div style="text-align: left;"><div style="text-align: right;"><div style="text-align: left;"><div style="text-align: right;"><div style="text-align: left;"><b><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2017/03/antigas-profissoes-dos-cebolas-i.html">Antigas profissões dos cebolas I - O Vendedor de água na moringa</a></b></b></div><b></b></div><div style="text-align: right;"><div style="text-align: left;"><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2017/03/antigas-profissoes-dos-cebolas-ii-o.html" target="_blank">Antigas profissões dos cebolas II - O Vendedor de água em latões</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2017/03/antigas-profissoes-dos-cebolas-iii-o.html" target="_blank">Antigas profissões dos cebolas III - O Vendedor de Cavaco Chinês</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2017/04/antigas-profissoes-dos-cebolas-iv-os.html" target="_blank">Antigas profissões dos cebolas IV - O Vendedor de Rolete de Cana</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2017/04/antigas-profissoes-dos-cebolas-v-o.html" target="_blank">Antigas profissões dos cebolas V - O Vendedor ambulante de Arroz doce</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2017/04/antigas-profissoes-dos-cebolas-vi-o.html" target="_blank">Antigas profissões dos cebolas VI - O Vendedor ambulante de manuês</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2017/04/antigas-profissoes-dos-cebolas-vii.html" target="_blank">Antigas profissões dos cebolas VII - Vendedo o picolé da maravilha</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2017/05/antigas-profissoes-dos-cebolas-viii.html" target="_blank">Antigas profissões dos cebolas VIII - Vendendo o estranho Flau</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2017/05/antigas-profissoes-dos-cebolas-ix-o.html" target="_blank">Antigas profissões dos cebolas IX - O acendedor</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2017/06/antigas-profissoes-dos-cebolas-x-os.html" target="_blank">Antigas profissões dos cebolas X - Os catadores de Lavagem</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2017/06/antigas-profissoes-dos-cebolas-xi-os.html" target="_blank">Antigas profissões dos cebolas XI - Os desentupidores de fossa</a></b></div></div></div></div></div></div></div></div><div style="text-align: right;"><div><div style="text-align: left;"><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2017/07/antigas-profissoes-dos-cebolas-xii-os.html" target="_blank">Antigas profissões dos cebolas XII - Os aprumadores de rua</a></b><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2015/03/os-funileiros.html" target="_blank">Antigas profissões dos cebolas XIII - Os funileiros</a></b><br /><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2018/02/antigas-profissoes-dos-cebolas-xiv-os.html" target="_blank"><b>Antigas profissões dos cebolas XIV - </b><span style="color: #0000ee;"><b><u>Os vendedores de produtos milagrosos</u></b></span></a><br /><b><a href="http://carlos-itabaiana.blogspot.com.br/2018/02/antigas-profissoes-dos-cebolas-xiv-os.html" target="_blank">Antigas profissões dos cebolas XV - </a></b><span style="color: #0000ee;"><b><u><a href="https://carlos-itabaiana.blogspot.com/2019/02/antigas-profissoes-dos-cebolas-xv-o.html" target="_blank">O Artesão de Gaiolas</a></u></b></span></div></div></div></div><div style="text-align: right;"><div><div style="text-align: left;"><span style="color: #0000ee;"><b style="color: black;"><a href="https://carlos-itabaiana.blogspot.com/2019/02/antigas-profissoes-do-cebolas-xvi-os.html" target="_blank">Antigas profissões dos cebolas XVI </a>- </b><span style="color: #0000ee;"><b><u>Os Pequenos Engraxates</u></b></span></span></div><div style="text-align: left;"><span style="color: #0000ee;"><b><u><br /></u></b></span></div><div style="text-align: left;"><b>Baixe o EBOOK neste endereço :</b></div><div style="text-align: left;"><b><a href="https://drive.google.com/file/d/1BEEx4arlLm6G8Bnag_FaRo7o2ePPn9hm/preview">https://drive.google.com/file/d/1BEEx4arlLm6G8Bnag_FaRo7o2ePPn9hm/preview</a></b></div><div style="text-align: left;"><span style="color: #0000ee;"><b><u><br /></u></b></span><div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: right;"><span style="color: #434343; font-family: "times new roman"; font-size: 10pt; font-style: italic; vertical-align: baseline; white-space: pre;">Antônio Carlos Vieira</span></div><div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: right;"><span style="color: #434343; font-family: "times new roman"; font-size: 10pt; font-style: italic; vertical-align: baseline; white-space: pre;">Licenciatura Plena - Geografia (UFS)</span></div><div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: right;"><span style="color: #1155cc; font-family: "times new roman"; font-size: 10pt; font-style: italic; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;"><a href="http://www.carlosgeografia.com.br/" style="text-decoration-line: none;">www.carlosgeografia.com.br</a></span></div></div></div></div><div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: right;"><br /></div></div></div>Antônio Carloshttp://www.blogger.com/profile/18062868840970819727noreply@blogger.com0