sexta-feira, 22 de novembro de 2013

A MOBILIDADE URBANA, IMÓVEL! (III)

Falta de uso e incentivo ao transporte ferroviário

Embora seja um transporte mais seguro e mais barato, o transporte ferroviário, principalmente como transporte de massa, não é prioridades das diversas administrações.

Como exemplo vou citar a Cidade de Aracaju. Aqui temos uma antiga linha de trem (privatizada no governo FHC) que está sem utilização. Essa linha interliga vairas cidades: Aracaju, Nossa Senhora do Socorro, São Cristóvão, Itaporanga, Laranjeira, Maruim, Riachuelo, etc. Citei apenas as mais próximas em que a população tem um interação diária mais efetiva com os serviços em Aracaju. Não existe um projeto para utilização desse meio de transporte para as populações dessas cidades se deslocam diariamente para a Capital.

As linhas férreas existentes em Aracaju não passam pelo centro da cidade e não liga bairros e sim várias cidades próximas, mas s devidamente utilizada, diminuiria bastante o fluxo de carros, das cidades vizinhas, em direção a capital diminuindo os congestionamentos, a poluição e o valor das passagens.

Ferrovia que corta vários bairros na Cidade de Aracaju.
Passa em duas das principais avenidas da cidade: Av. Rio de Janeiro e Av. São Paulo
Na realidade, o que existe é uma campanha, sistemática, nos meios de comunicação, para que se retirem os trilhos ao longo de algumas avenidas, de Aracaju, pára que se dê mais espaços para o transporte rodoviário!!! Parece incrível, mas ainda continuam estimulando o maior uso do transporte individual!

Antônio Carlos Vieira
Licenciatura Plena - Geografia (UFS)

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quarta-feira, 20 de novembro de 2013

A IMOBILIDADE URBANA, IMÓVEL! (II)

Falta de distribuição dos órgãos pertencentes ao estado e aos municípios


Uma das medidas pensadas há muito tempo a trás foi a distribuição dos órgão prestadores de serviço por parte do Estados e municípios. Essa distribuição deveria ocorrer dentro da capital (local onde fica a grande maioria dos órgãos administrativos do governo) e a distribuição deveria ocorre entre os diversos municípios pertencentes ao Estado. O problema é que mesmo com a existência da internet, muitos serviços obrigam os cidadão se deslocarem da diversas cidades para a capital e mesmo na capital, muitos desses órgão ficam localizados justamente nas áreas de maior concentração comercial e consequentemente de pessoas e veículos. Essa concentração dos serviços na capital e principalmente nas áreas comerciais de maior movimento ajuda a aumentar os chamados congestionamentos.
A concentração dos órgão municipais das diversa cidades seguem a mesma linha quando se fala de distribuição dos órgãos prestadores de serviços públicos. Na grande maioria dos municípios brasileiros as secretárias municipais se concentram em locais de grande fluxo comercial. O mais impressionante é que se constata congestionamento em pequenas cidades com apenas 100 mil habitantes!

Exemplos de secretarias localizadas em centros comercias de maior fluxo são a Secretaria Estadual da Saúde e a Secretaria Municipal de Finanças de Aracaju. Ficam em pleno centro comercial e em um dos bairros (Centro) de maior circulação de carros e pessoas da cidade!

Secretaria Estadual da Saúde – Se
Bairro Centro- Região de maior fluxo de veículo e pessoas da cidade
Secretaria Municipal de Finanças – Aracaju – SE
Localizada no Bairro Centro
O mais estranho é que, na década de 80, no município de Aracaju foi construído o que deveria ser um Centro Administrativo, para os órgãos do Estado, que até hoje engloba apenas algumas das secretarias e órgãos estaduais, ou seja, já naquela época se previa problema de mobilidade e que foi abandonado pelos administradores com outros interesses!

Antônio Carlos Vieira
Licenciatura Plena - Geografia (UFS)


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terça-feira, 12 de novembro de 2013

A MOBILIDADE URBANA, IMÓVEL! (I)


Está se tornando comum nas, grandes cidades, se retirarem os canteiros
centrais das avenidas, se retirarem ou diminuírem o tamanho das calçadas
  para darem lugar aos carros.
A falta de Mobilidade Urbana, nas nossas grandes cidades, geralmente, é colocada como consequência da grande quantidade de veículos circulando na cidade. Mas, será que é só isso, ou é a falta de planejamento, somada a existência de uma visão deturpada do que é progresso e do que é ser uma cidade moderna? Basta ver que algumas pessoas tendem a achar que a existência de tantos viadutos em uma cidade é sinal de progresso e modernidade!!!

Vamos fazer um histórico de como o trânsito ficou caótico na maioria das nossa grandes cidades e até mesmo em cidades de porte médio. Alias, o que faz o transito ficar caótica não é: o tamanho da cidade, e sim, a grande quantidade de veículos existentes por habitantes , aliado a falta de planejamento do espaço urbano. Claro, para isso tem o problema cultural do que é uma cidade moderna e com progresso

Sempre estamos denunciando e sentindo as consequências da falta de Mobilidade Urbana e quando se observa atentamente, iremos notar que algumas medidas que poderiam para se minimizar o problema das dificuldades no deslocamento dentro das nossas cidades não são implantados por nossos administradores, entre elas: 

  1. Falta de melhor distribuição dos órgãos pertencentes ao Estado e os órgãos pertencentes aos municípios;  
  2.  falta de uso e incentivo ao transporte ferroviário; 
  3. falta de construção de avenidas de escoamento do trânsito; 
  4.  uso de faixas exclusivas para passagem de ônibus; 
  5. exigência nas construções de novas edificações com garagens e estacionamentos para visitantes;
  6.  construção das novas avenidas com ruas paralelas de escoamento de transito; 
  7. construção de ciclovias sinalizadas; 
  8. controle de trânsito; 
  9. falta de sinalização adequada em locais de muito movimento de pedestres e automóveis;
  10. construção de calçadas tecnicamente padronizadas levando em consideração a locomoção dos pedestres.
Claro que nosso administradores não abandonam as alternativas citadas acima por mera falta de conhecimento e sim por pressão de vários setores da sociedade. Cada setor da sociedade tem seus motivos e interesses para que os itens acima sejam ou deixem de ser respeitados, entre eles podemos citar:
a) especulação imobiliária; b) interesses comerciais; c) pressão da impressa; d) interesses políticos; e) formação cultural.

As vezes se concentram várias empresas estatais e privadas, em determinados locais, visando valorizar os terrenos próximos, tornar o comércio mais movimentado, mais rentável e a região mais segura! Na realidade estão organizando o espaço e se aproveitando da formação cultural e informações passada pelos meios de comunicação visando atender os interesses financeiros em primeiro lugar.


Entrada do Hipermercado GBarbosa em Aracaju(SE)
Os interesses em organizar os trânsito e orientar o crescimento da cidade, visando interesses imobiliários e comerciais em primeiros lugar, são os mesmo interesses que levam a criarem uma cidade sujeita a grandes congestionamentos no trânsito e grandes alagamentos em época de chuvas.

Antônio Carlos Vieira
Licenciatura Plena - Geografia (UFS) 

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domingo, 3 de novembro de 2013

A espantosa distribuição da riqueza mundial

seg, 21/10/2013 - 05:18
marcio valley


O planeta possui 7 bilhões de pessoas. Dados espantosos sobre a distribuição da riqueza:

1 - Qualquer pessoa que possua bens em valor total superior a R$ 8.600,00 (uma moto usada) possui mais riqueza do que 3 bilhões e 500 milhões de pessoas no mundo inteiro. Está na metade superior da posse de riquezas.

2- Quem possui bens em valor superior a 162 mil reais (uma casa simples em São Gonçalo, RJ) possui mais riqueza do que 6 bilhões e 300 milhões de pessoas. Pertence aos dez porcento mais ricos do mundo.

3- Quem tem bens em valor superior a um milhão e seiscentos mil reais (uma boa casa em Camboinhas, Niterói, RJ), possui mais riqueza do que 6 bilhões e 930 milhões de pessoas. Faz parte da fatia correspondente a um porcento da população mundial, mais rica do que os 99% restantes.

Conclusão: num planeta extremamente injusto, até as classe média e média alta são consideradas ricas. Apenas trinta e dois milhões de pessoas podem ser consideradas, de fato, ricas, sendo que 161 delas controlam cerca de 140 corporações que, por sua vez, dominam praticamente todo o sistema econômico e político do mundo. Esse é o sistema que defendemos com unhas e dentes?


Texto replicado: LUIZ NASSIF