domingo, 27 de janeiro de 2013

OS QUE DEVEM MORRER

(HD) - A ciência prolonga a vida dos homens; a economia liberal recomenda que morram a tempo de salvar os orçamentos. O Ministro das Finanças do Japão, Taso Aro, deu um conselho aos idosos: tratem logo de morrer, a fim de resolver o problema da previdência social.

Este é um dos paradoxos da vida moderna. Estamos vivendo mais, e, é claro, com menos saúde nos anos finais da existência. Mas, nem por isso, temos que ser levados à morte. Para resolver esse e outros desajustes da vida moderna, teríamos que partir para outra forma de sociedade, e substituir a razão do “êxito” e da riqueza pela ética da solidariedade. 

Ocorre que nem era necessário que esse senhor Taso Aro – que, em outra ocasião, ofereceu o Japão como território seguro para os judeus ricos do mundo inteiro – expusesse essa apologia da morte. A civilização de nosso tempo, baseada no egoísmo, com a economia servidora dos lucros e dos ricos, e, sobretudo, dos banqueiros, é, em si mesma, suicida.

É claro que, ao convidar os velhos japoneses a que morram, Aro não se refere aos milionários e multimilionários de seu país. Esses dispensam, no dispendioso custeio de sua longevidade, os recursos da Previdência Social e dos serviços oficiais de saúde de seu país. Todos eles têm a sua velhice assegurada pelos infindáveis rendimentos de seu patrimônio.

Os que devem morrer são os outros, os que passaram a vida inteira trabalhando para o enriquecimento das grandes empresas japonesas e multinacionais. Na mentalidade dos poderosos e dos políticos ao seu serviço, os homens não passam de máquinas, que só devem ser mantidos enquanto produzem, de acordo com os manuais de desempenho ótimo. Aso, em outra ocasião, disse que os idosos são senis, e que devem, eles mesmos, de cuidar de sua saúde.

Não podemos, no entanto, ver esse desatino apenas no comportamento do ministro japonês, nem em alguns de seus colegas, que têm espantado o mundo com declarações estapafúrdias. O nível intelectual e ético dos dirigentes do mundo moderno vem decaindo velozmente nas últimas décadas. Não há mistério nisso. Os verdadeiros donos do mundo sabem escolher seus serviçais e coloca-los no comando dos estados nacionais.

São eles, que, mediante o Clube de Bielderbeg e outros centros internacionais desse mesmo poder, decidem como estabelecer suas feitorias em todos os continentes, promovendo a ascensão dos melhores vassalos, aos quais premiam, não só com o governo, mas, também, com as sobras de seu banquete, em que são servidos, além do caviar e do champanhe, o petróleo e os minérios, as concessões ferroviárias e nos modernos e mais rendosos negócios, como os das telecomunicações.

A civilização que conhecemos tem seus dias contados, se não escapar desses cem tiranos que se revezam no domínio do mundo.

Texto retirado do Blog:  Mauro Santayana

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Trabalho escravo continua no Brasil a “todo vapor”


Por: Eliseu

Após mais de uma centena de anos - 124 para ser mais exato – o escravagismo no Brasil continua existindo, e a exploração do trabalho escravo está a pleno vapor tanto nos rincões do país quanto em grandes centros como São Paulo. E a escravidão continua sendo explorada pelos mesmos de antes. Os fétidos burgueses.

As notícias timidamente, e às vezes sequer divulgadas peloPIG, dão conta de trabalho escravo no Brasil em várias frentes. No Espírito Santo o empresário e agora político Camilo Cola, dono da Viação Itapemirim foi acusado de usar o expediente em sua fazenda. Em plena São Paulo, aconstrutora MRV utilizava também o trabalho escravo em obras comandadas pelos tucano, e várias outras que podem ser vistas na postagem intitulada “Escravos da modernidade moravam em curral”, neste blog.

Ontem, o portal de notícias Rede Brasil Atual trouxe reportagem dizendo que operações em 2012 resgataram 2.560 pessoas em situação de trabalho escravo.

De acordo com o portal de notícias, em 135 operações realizadas no ano passado, o Grupo Especial de Fiscalização Móvel, do Ministério do Trabalho e Emprego, resgatou 2.560 trabalhadores em condições análogas à de escravo, segundo relatório apresentado dia 15 pela Secretaria de Inspeção e divulgado hoje (22). O número de operações foi menor que o de 2011 (135), mas o total de resgatados superou o do ano anterior (2.491). No Pará, onde foram feitas 22 operações, foi registrado o maior número de resgates, mais de 500. Os setores predominantes foram a pecuária e as atividades ligadas ao plantio.

“As condições em que os trabalhadores são resgatados envolvem restrições à liberdade, à falta de pagamento ou a descontos indevidos do seu salário mensal e demais direitos garantidos pela legislação trabalhista”, diz o MTE. As operações do Grupo Especial são feitas em conjunto com a Polícia Federal e com o Ministério Público do Trabalho.

Em 2012, foram registrados 1.461 trabalhadores. O pagamento de indenizações somou R$ 8,7 milhões.

Desde 1995, quando o grupo foi criado, o número de operações somou 1.388, em 3.428 estabelecimentos, com 44.231 trabalhadores resgatados e 39.992 registrados.

TEXTO RETIRADO NESTE ENDEREÇO:

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quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

O GRANDE NEGÓCIO DA SAÚDE

(HD) - Não há melhor negócio no mundo do que a saúde. Não há maior prova de humanismo do que o exercício honrado da medicina. São duas visões conflitantes da mesma idéia, a que une a vontade de viver e o medo permanente da morte.

O negócio da saúde envolve a indústria do ensino, a atividade médica, as pesquisas biológicas e bioquímicas, o desenvolvimento técnico e científico, a produção e a venda dos medicamentos, os hospitais e as empresas de seguro médico, as chamadas operadoras.

Desde o governo militar a proliferação de universidades privadas no Brasil tem sido grande negócio político-empresarial. Muitas das licenças para o seu funcionamento foram concedidas aos políticos ou a parceiros de políticos. Essas licenças são renovadas, ainda que a qualidade do ensino seja cada vez mais deplorável. Sem laboratórios, sem lições práticas de anatomia e patologia, sem professores capacitados, surgiu o sistema em que médicos incompetentes ensinam alunos despreparados a se tornarem também médicos incompetentes e novos mestres de médicos ainda mais incompetentes. 

Contrastando com esse quadro desolador temos alguns dos melhores hospitais do mundo, estatais e privados, que servem de referência internacional. Mas esses, embora muitos deles reservem leitos para o atendimento universal, pelo SUS, são de difícil acesso aos pobres.

A classe média se vale dos planos de saúde, que se têm revelado dos maiores e mais lucrativos negócios do Brasil, cobiçados pelos consórcios internacionais. A Amil, conforme se noticiou, está sendo adquirida por capitais norte-americanos. Essas instituições foram, em seu início, cooperativas de médicos e se transformaram em empresas mercantis comuns.

No passado tínhamos menos recursos técnicos, mas os médicos, de modo geral, possuíam melhor formação. A maioria dos médicos brasileiros, felizmente, é constituída de homens e mulheres dedicados, com alta qualificação e profundo sentimento humanista. Muitos deles conseguiram superar as falhas do ensino, empenhando-se no aprimoramento constante.

As operadoras dos planos de saúde poderiam deixar de existir, se os recursos que arrecadam – grande parte deles destinados só a remunerar seus controladores - fossem administrados diretamente pelo Estado. 

Talvez o governo pudesse enfrentar a ganância dos donos dos planos de saúde de forma corajosa e radical, e não só suspendendo a ampliação do número de segurados, como decidiu agora a ANVISA. É preciso todo o rigor contra os que violam a lei e, na alteração unilateral dos contratos, lesam os segurados – sobretudo os mais idosos – depois de os terem escalpelado ao longo dos anos.

TEXTO REPLICADO DESTE ENDEREÇO:

Texto relacionado:

domingo, 13 de janeiro de 2013

VIVO CONTRATA RATO E MANDA MAIS DE UM BILHÃO EM DIVIDENDOS PARA A EUROPA

Depois de pegar emprestados bilhões de reais a juros subsidiados com o BNDES nos últimos anos, a Telefónica Brasil (VIVO) aprovou, ontem, o pagamento de um bilhão, seiscentos e cinquenta milhões de reais em dividendos, relativos apenas ao lucro auferido nos três primeiros trimestres de 2012. Setenta e quatro por cento dessa quantia, ou o equivalente a quase 500 milhões de euros, vai direto para a matriz, na Espanha. 

Quanto ao cabide de empregos do Conselho da Telefónica - lembram que essa foi uma das desculpas para a privatização das estatais, inclusive Telebras, na década de 90 ? - continua lindo. 

Mal saiu Iñaki Undargarin, ex-jogador de basquete e genro do Rei Juan Carlos, o Caçador de Elefantes, acusado de corrupção e contratado por um milhão e quinhentos mil euros (quase 4 milhões de reais) por ano, como "conselheiro" para a América Latina, já entrou Rodrigo Rato, ex-presidente do FMI e sob investigação por fraude no banco estatal espanhol Bankia, que vai receber belíssima soma para atuar como "consultor externo" da multinacional espanhola, que, no Brasil, é comandada, há anos, por um ex-diretor da ANATEL.

TEXTO REPLICADO DESTE ENDEREÇO:

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sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

O petróleo no mundo e no Brasil. (IV)



O Governo do FHC acabou com o monopólio da exploração do nosso petróleo, o que não deixou de ser também uma desnacionalização. Desde então, são feitos leilões de reservas e ações, dando a particulares, nacionais e estrangeiros, parte da exploração do petróleo brasileiro . 
Com o governo Lula nada mudou, a Petrobrás é hoje uma multinacional como as outras, servindo aos interesses dos acionistas de todo o mundo, e não às necessidades do povo brasileiro. 
Precisamos que a Petrobrás seja inteiramente brasileira e que tenha o monopólio e o controle da exploração do petróleo brasileiro pelo povo brasileiro. Este deve ser nosso posicionamento e nossa luta. Para que 100% de nossa riqueza fique conosco, para assim podermos nos desenvolver e deixar de ser o País do futuro, para sermos O Brasil próspero para todos, o mais depressa possível. 

“O PETRÓLEO TEM QUE SER NOSSO !!!”
CIDADÃO - Abrace esta campanha. 
PRÉ-SAL PARA A PETROBRÁS! 
PETROBRÁS PARA OS BRASILEIROS!

Com os leilões, as empresas privadas de extração e refino exploram o petróleo brasileiro, pagando ao Brasil apenas 15% de seus LUCROS LÍQUIDOS! Ficando com 85% do lucro que em grande parte é remetido para o exterior. 
Isso é o contrário do que fazem todos os outros países do mundo! As empresas particulares estão enriquecendo com um tesouro que pertence a todos os brasileiros, e nos pagam uma GORJETINHA! O PRÉ-SAL é uma reserva imensa de petróleo, a grande profundidade marinha, que deixará o Brasil como um dos mais ricos países petrolíferos do mundo! 
A Agência Nacional do Petróleo (ANP - responsável pelos leilões de nossas reservas) vem entregando nosso petróleo aos gringos por muito pouco. 
Isso pode ser explicado pelo fato da atual diretoria da ANP ser composta por representantes de multinacionais, ou seja, colocar a raposa para cuidar do galinheiro! 
Queremos o monopólio da extração e do refino do petróleo e a Petrobrás estatizados; pois é a empresa que detém a tecnologia (pioneira) mais moderna do mundo em águas profundas portanto não precisar de ninguém para lhe ensinar. 

O PETRÓLEO TEM QUE SER NOSSO!

Nós decidiremos como usa-lo e qual preço queremos pagar por ele! 
Por isso, lutamos pelo fim da ANP e pela reestatização da Petrobrás! 
Em breve estaremos lançando esta petição pública. Aguardem . 
Falando nisso, o preço do gás, da gasolina e dos alimentos continua subindo. 
Em parte, isso acontece porque as empresas privadas que exploram o petróleo e gás só visam o lucro. 
O Brasil conta com reservas que podem chegar a 100 bilhões de barris de petróleo, localizadas em águas profundas, na chamada camada do pré-sal. 
As empresas estrangeiras querem se apropriar do nosso petróleo e gás, através dos leilões promovidos pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). 
Por isso estamos em luta, na Campanha O Petróleo Tem que Ser Nosso. 
Convidamos todos a somar forças para que essa riqueza sirva aos interesses do povo brasileiro. 
O petróleo é do povo e não se entrega! 
Defendemos: o fim dos leilões, uma nova lei do petróleo, que o Estado brasileiro retome as áreas de petróleo e gás que foram privatizadas e desnacionalizadas, a recuperação do monopólio para uma Petrobrás 100% estatal! 
Para que essa riqueza seja 100% Brasileira e sirva para investir em infraestrutura e nos prepare para a potência que queremos em que cada um de nós brasileiros usufrua dela. 
Apoie-nos! Escuta e torça por nós num movimento cidadão unos. 
Os nebulosos caminhos da desnacionalização e perda de soberania do Brasil estão sendo intensificados. 
O país continua sua caminhada celeremente para ter toda sua econômica controlada por oligopólios multinacionais em detrimento dos interesses nacionais. 
E os caminhos ainda mais tortuosos e nebulosos da corrupção no atacado podem se relacionar direta ou indiretamente com os fatos descritos. 
Como então essa sangria sem limites que afeta o Brasil poderá ser estancada? 
Por que não acontecem no Brasil grandes mobilizações populares em defesa dos interesses nacionais e tão comum em outros países de nosso Continente e também em outros? 
Até quando nossa gente aceitará calada a espoliação e a desnacionalização de sua economia, acreditando que os políticos que ai temos tudo lhes cabe resolver? 
Desnacionalização de empresas brasileiras bate recorde em 2012 
Estrangeiros compram mais 167 empresas no primeiro semestre deste ano. 
Em apenas seis meses, 71 empresas nacionais foram adquiridas por multinacionais dos EUA. 
Durante o primeiro semestre deste ano, 167 empresas nacionais foram compradas por multinacionais. Foi a maior liquidação de empresas privadas brasileiras num único semestre de toda a história do país, batendo o recorde do primeiro semestre de 2011 (94 empresas desnacionalizadas), que, por sua vez, batera o recorde do primeiro semestre de 2010 (77 empresas desnacionalizadas). 
Em relação ao semestre anterior, a desnacionalização de empresas aumentou 77%. 
São dados da última “Pesquisa de Fusões e Aquisições” da consultoria KPMG, e correspondem às operações “cross border 1” (cb1) – descritas sucintamente como “empresa de capital majoritário estrangeiro adquirindo, de brasileiros, capital de empresa estabelecida no Brasil”. 
De que países são as multinacionais que adquiriram essas empresas nacionais? 
A maior parte, 71 empresas nacionais, foi adquirida por multinacionais dos EUA. Em segundo, 13 empresas nacionais foram tomadas por multinacionais com sede na França. Em terceiro, as multinacionais com sede na Inglaterra levaram 12 empresas nacionais. 
Em quarto, 11 empresas nacionais passaram para o controle de multinacionais da Alemanha. Em quinto, vêm as empresas com sede no Canadá, que adquiriram 8 empresas nacionais. Em sexto, as japonesas, que passaram a controlar mais 6 empresas que antes eram nacionais. 
Depois disso, vieram as companhias com sede na Holanda (que passaram a controlar mais 5 empresas que eram nacionais), Suíça (mais 5 empresas), Espanha (mais 4 empresas), 
África do Sul (4 empresas), Itália (mais 3 empresas), Chile (3 empresas), México (3 empresas), Suécia (2 empresas), Bélgica (2 empresas), Israel (2 empresas), Austrália (2 empresas), Índia (2 empresas), Portugal (2 empresas), Argentina (2 empresas), China (1 empresa), Finlândia (1 empresa), Irlanda (1 empresa), Singapura (1 empresa), Emirados Árabes Unidos ( 1 empresa ) . 
Essas transações têm a aparência de um bazar, mas vejamos mais um elemento: o ramo das empresas que foram desnacionalizadas . 
Assim, no semestre, o capital externo adquiriu controle de empresas, anteriormente nacionais, nos seguintes setores (entre parênteses, o número de empresas desnacionalizadas no setor): 
Serviços para empresas (21); tecnologia da informação (17); produtos químicos e farmacêuticos (10); alimentos, bebidas e fumo (9); telecomunicações e mídia (8); eletroeletrônico (7); mineração (7); produtos químicos e petroquímicos (6); companhias energéticas (3); produtos de engenharia (4); imobiliário (3); petróleo e gás (2); instituições financeiras (2); açúcar e etanol (1); publicidade e editoras (7); educação (2); shopping centers (5); higiene (1); transportes (1); lojas de varejo (2); metalurgia e siderurgia (2); construção e produtos de construção (4); serviços portuários e aeroportuários (2); autopeças (2); hotéis e restaurantes (1); aviação (5); fertilizantes (2); embalagens (3); montagem de veículos (2);empresas de internet (18); e, ainda, 8 empresas com ramo não especificado, classificadas pela KPMG na rubrica “outros”, foram também desnacionalizadas. 
APETITE 
A torrefação de empresas nacionais foi tão extraordinária – poderíamos dizer, sem exagero, tão escandalosa – que até os profissionais da KPMG, que têm como especialidade a fusão e aquisição de empresas, mostraram o seu espanto diante do “apetite dos estrangeiros comprando empresas no Brasil”, “situação que nunca havíamos visto até então”. 
O mais espantoso, no entanto, é que o governo ficou assistindo uma liquidação frenética de empresas nacionais, sem fazer absolutamente nada, como se a passagem em massa de patrimônio construído por brasileiros, com recursos brasileiros, para controle fora do país, fosse algo normalíssimo. 
“A participação estrangeira”, diz a nota da KPMG, “ganhou força inclusive em setores em que a presença brasileira foi tradicionalmente majoritária, como é o caso do ramo de Tecnologia da Informação”. 
Será que vamos continuar deixando nossas riquezas saírem pelo ralo do mundo, quando aqui no Brasil nos precisamos desenvolver e, sobretudo, melhorar e muito a qualidade dos serviços prestados aos seus cidadãos, pelo Governo?

PETRÓLEO BRASIL
Todas as segundas-Feiras na CULTURAonline BRASIL 20 horas. 
Conheça nossa história e nossa riqueza, que não podemos perder.
Filipe de Sousa