
A mídia imparcial I
A mídia imparcial II
A mídia imparcial III
"O que mais preocupa não é nem o grito dos violentos, dos corruptos, dos desonestos, dos sem-caráter, dos sem-ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons." Luther King_______
No: O Carcará
Histórias de detetives a desvendar os crimes mais misteriosos, frutos da imaginação de grandes escritores como Arethur Conan Doyle, autor do imortal Sherlock Holmes, Agatha Crhistie, Sidney Sheldon fizeram da figura espectral de um mordomo enfatuado em seu smoking, que nunca dorme e tudo ouve, o quase sempre culpado dos crimes secretos que foram cometidos nos castelos da burguesia, nos palácios dos barões e mansões da elite privilegiada de muitos países.
Esse blogueiro que já perdeu (ou ganhou?) prazerosas horas lendo as incríveis histórias desses e outros autores, e agora já entrando na melhor(?) idade e pensando já ter lido de tudo que se referia ao gênero, quão surpreso não fica ao se deparar com outra história de mordomo na velha Europa, com castelo e tudo.
Só que dessa vez a coisa é real (em todos os sentidos), visto se tratar do mordomo da maior autoridade religiosa do planeta, sua Santidade o Papa Bento XVI.
O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, confirmou hoje que o mordomo do papa Bento XVI, Paolo Gabriele, foi preso pela Gendarmeria vaticana por porte ilegal de documentos secretos.
“Confirmo que a pessoa presa na quarta-feira de noite por posse ilegal de documentos reservados, encontrados em sua residência no território vaticano, é o senhor Paolo Gabriele, que ainda permanece detido”, declarou o porta-voz.
Lombardi precisou que “foi concluída uma primeira fase de instrução sumária, sob a direção do procurador de Justiça, Nicola Picardi” no caso do “ajudante de quarto” do Pontífice e que a fase de instrução formal, conduzida pelo juiz de instrução, Piero Antonio Bonnet, já teve início.
O porta-voz também afirmou que “o acusado nomeou dois advogados de sua confiança, habilitados para atuar no tribunal vaticano e já teve a possibilidade de encontrá-los”. “Ele dispõe de todas as garantias jurídicas previstas pelo código penal e pelo código de procedimento penal vigentes no Estado da Cidade do Vaticano”, destacou.
É, parece que o mordomo é mesmo o culpado.
Por: Eliseu
No: O Carcará
Quanto mais esse já não tão novo blogueiro pensa ter visto de tudo, mais se surpreende. Ao visitar meus sites preferidos, fiquei indignado ao ler a notícia publicada no Brasil 247, com a atitude de um engenheiro sobre o título Doutor Honoris Causa recebido por nosso melhor ex e possivelmente futuro presidente da república, o Lula.
O engenheiro Avelino Rui Oliveira Taveiros, formado numa Universidade Pública - evidentemente às nossas custas - num ato de extrema ignorância e deselegância, que certamente representa o lado mais nojento da fétida burguesia brasileira, devolveu seu diploma de engenheiro à Universidade Federal Fluminense sob a alegação de estar revoltado pela Universidade ter concedido título de Doutor Honoris Causa a “um indivíduo que ao longo de toda a sua vida pública tem demonstrado reiteradamente profundo desprezo pela educação formal”. No caso, o ex-presidente Lula.
Deve-se ressaltar ao ignorante engenheiro, se Lula não fez curso superior, não foi porque desprezou o ensino formal, mas como milhares de brasileiros menos bafejados pela sorte, ou dinheiro, não pode, visto que os governantes jamais se preocuparam com a educação nesse país.
Outra coisa que se faz necessário esclarecer à esse senil engenheiro, é que Lula, nos seus oito anos de mandato, construiu 10 universidades e 214 escolas técnicas (no caso de escola técnica, mais do que todos os outros ex-presidentes juntos), incluindo o “intelectual” Fernando Henrique Cardoso que incentiva mesmo é tráfico e uso de drogas. E também lula foi o primeiro presidente a se preocupar com educação de nível superior dos mais pobres, criando diversos métodos e bolsas de estudo para facilitar a entrada de alunos nas faculdades particulares. Mas não é o caso para ser explicado a esse burguês.
E anexo ao diploma, o Sr. Avelino deveria ter enviado o valor correspondente ao curso de engenharia que fez a ser devolvido aos cofres públicos, e também o que auferiu de rendimentos advindos da engenharia, se é que exerceu a profissão algum dia.
A íntegra da carta desse indivíduo devolvendo o diploma pode ser lida aqui.
Por: Eliseu
A Veja quer censurar a internet
No: O Carcará
A revista Veja tem medo do jogo da velha. O jogo da velha, no caso, são as hashtags, antecedidas pelo sinal #, para destacar vozes numa multidão de internautas – bobagens em alguns casos, mobilizações, em outros.
Para quem diz defender com a própria vida a liberdade de expressão, é preocupante. Nas 16 páginas desperdiçadas na edição do fim-de-semana em que tenta se defender, a semanal da editora Abril deixou claro: para ela, a liberdade de expressão não é um valor absoluto. Tem dono – ela e o reduzido grupo de meios de comunicação que se auto-qualificam de “imprensa livre”. Livre de quem? No caso da Veja, certamente eles não tratavam do bicheiro Carlos Cachoeira, espécie de sócio na elaboração de pautas da publicação.
Getúlio Vargas valia-se da expressão “aos amigos tudo, aos inimigos a lei”. A revista, em sua peça de realismo fantástico disfarçada de “reportagem”, a reformula: “aos amigos tudo (inclusive o direito de caluniar, manipular e distorcer), aos inimigos a censura. Ou não é isso, ao desferir um golpe contra as manifestações livres na rede e sugerir uma “governança” na internet, que os editores do semanário propõem? Eles tem urticária só de ouvir falar em um debate sobre a regulação dos meios de comunicação. Mas pimenta nos olhos dos outros…
Na própria peça de defesa, Veja distorce. Não foi a revista que derrubou Fernando Collor de Melo. É uma mistificação que só a ignorância permite perpetuar. A famosa entrevista do irmão do ex-presidente não teria resultado em nada. O que derrubou Collor foi o depoimento do motorista Eriberto França, personagem descoberto pela rival IstoÉ, na ocasião dirigida por Mino Carta.
Em termos de desonestidade intelectual, Veja se superou. Ao misturar aranhas, robôs e comunistas, a semanal de Roberto Civita produziu um conto de terror B. Nem se vivo fosse o falecido cineasta norte-americano Ed Wood, famoso por suas produções mambembes, toparia filmar um roteiro parecido. Além de tudo, a argumentação cheira a mofo, tem o tom dos anos da Guerra Fria. Quem tem medo de comunistas a esta altura? Nem na China.
PS: a lanterna na capa do semanário mostra outra coisa: calou fundo na editora o apelido Skuromatic, a lâmpada que provoca a escuridão ao meio-dia, dado a Roberto Civita por jornalistas da antiga redação de Veja.
No: CartaCapital
![]() |
grafites em papel sobre os retirantes |
No: O Carcará
Em nossa cultura cada número tem um significado, são ditos populares que expressam características de uma pessoa ou uma superstição, no caso da revista Veja o número 7 – número do mentiroso – é o que melhor lhe cabe.
O portal da UJS levantou sete casos em que a revista Veja inventou fatos e forjou provas, sempre com o intuito de prejudicar algum desafeto, mas, jamais com intuito de fazer aquilo que o bom jornalismo prega, investigar, informar e garantir o direito ao contraditório em suas matérias.
1. "Escola dos Horrores"
Em 1994 Veja publica matéria em que acusa donos de uma escola no bairro da Aclimação de praticar abusos sexuais contra crianças, o caso ficou famoso em todo o país, a escola foi depredada e fechada, algum tempo depois se provou que as acusações feitas pela revista eram infundadas, o Estado foi obrigado a pagar uma indenização, mas a imprensa fez-se de desentendida e nem sequer uma autocrítica publicou;
2. “Tentáculos das Farc no Brasil”
Em março de 2005 a matéria de Veja tenta provar suposta relação do movimento guerrilheiro colombiano com o comando da campanha do ex-presidente Lula e vai além, a revista afirma ter acessos a documentos secretos – desta maneira não apresenta nenhuma prova, pois são documentos “secretos” – de que as Farc teriam feito uma doação de US$ 5 milhões para a campanha presidencial de Lula. O ministério público fez investigação e nada foi provado. Como é de costume da revista, esta matéria seria mais uma tentativa de prejudicar o então candidato Lula, desafeto de longa data de Roberto Civita, dono da revista;
3. “Os dólares de Cuba para a campanha de Lula”
Esta matéria foi publicada em 2005 durante a campanha presidencial. Sem nenhuma prova concreta ou algo que o valha, Veja afirma com todas as letras: “Entre agosto e setembro de 2002, o comitê eleitoral de Lula recebeu US$ 3 milhões vindos de Cuba. Ao chegar a Brasília, por meios que Veja não conseguiu identificar”. Sempre de maneira dissimulada, sem apresentar nenhuma prova e mesmo admitindo não saber de todos os fatos, publica-se matéria de capa com acusações estapafúrdias que até hoje não foram comprovadas;
4. “Parece Milagre”
Em setembro de 2011 Veja publica matéria de sete páginas (o número da mentira) para falar de um remédio para emagrecimento, na matéria a revista faz elogios ao remédio e cita o nome do emagrecedor como que fazendo uma propaganda do produto, entretanto, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) havia limitado o uso do remédio, a agência diz expressamente em um dos seus relatórios que “o uso do produto (...) caracteriza elevado risco sanitário para a saúde da população”. De maneira irresponsável Veja colocou em risco a vida de seus leitores com o objetivo único de se beneficiar;
5. José Dirceu mostra que ainda manda em Brasília
Em agosto de 2011 Veja publica matéria conseguida de maneira pitoresca, tentando provar que o ex-ministro José Dirceu ainda tem poderes no governo e no Partido dos Trabalhadores – que até então nada tem de ilegal. Um jornalista invade o hotel onde o ex-ministro se hospedara e fazia reuniões com correligionários, na invasão o jornalista tenta violar o quarto do ex-ministro no intuito de forjar provas, não tendo sucesso o mesmo roubou imagens do circuito interno de TV do hotel. O responsável pela segurança do hotel registrou ocorrência em uma delegacia de Brasília e até hoje nada foi feito para que se punisse a atitude criminosa da revista e de seu jornalista;
6. “Militante do PCdoB acusa Orlando Silva de montar esquema de corrupção”
Na reportagem de 15 de outubro de 2011 Veja acusa o ex-ministro do Esporte Orlando Silva de montar um grande esquema de corrupção. A revista utiliza como fonte um policial militar do Distrito Federal que dirigia uma ONG e havia sido condenado pelo ministério e pelo Tribunal de Contas da União a devolver recursos ao próprio ministério do Esporte por falta de prestação de contas. A tal fonte não podia mesmo ser de todo confiável, pois, estava em litígio com o ministério e apresentava patrimônio muito acima de seus rendimentos. O policial João Dias, com ajuda da revista Veja, afirmou que o ministro recebera dinheiro na garagem do ministério e que tinha provas, entretanto, as provas nunca foram apresentadas, o policial encontra-se preso e a revista fez-se de desentendida;
7. “Só nos sobrou o Supremo”
Em 8 de junho de 2011 Veja entrevista o senador Demóstenes Torres e o apresenta como um parlamentar combativo e honesto. A entrevista revelou-se recentemente como uma manobra de Veja para ajudar o senador em sua empreitada de estabelecer uma boa imagem de sua figura como um dos últimos homens honestos no Senado federal. Recentemente a prisão do contraventor Carlinhos Cachoeira mostrou uma relação íntima do senador com o bicheiro, jogando por terra a imagem de homem probo, entretanto, gravações da Polícia Federal revelaram que a revista Veja também tinha relações íntimas com o bicheiro e sabia das relações do próprio parlamentar com o bando criminoso de Carlinhos Cachoeira. Ora, se a revista sabia da relação do parlamentar com um grupo criminoso e também se relacionava com os contraventores, como pode levar seus leitores ao engano produzindo uma entrevista que ajudava um criminoso a se beneficiar eleitoralmente? São questões que precisam ser esclarecidas.
UJS realiza ato nesta terça-feira para exigir #CivitanaCPI
Nesta terça-feira dia 8 de maio a União da Juventude socialista realizará um ato político na porta da editora Abril para denunciar os crimes cometidos pela revista Veja e seu proprietário, o empresário Roberto Civita.
O ato ocorrerá as 15h00 na Rua Sumidouro 747 no Bairro de Pinheiros, onde fica a sede da Editora Abril. Ao mesmo tempo será realizado um tuitaço com a hashtag #CivitanaCPI, para mobilizar também as redes sociais a denunciar as práticas criminosas da revista.
No: O Carcará
A Rede Record em uma reportagem de mais de 15 minutos que mostra o envolvimento sombrio da revista Veja com o esquema milionário do contraventor Carlinhos Cachoeira.
As conversas mostram uma relação próxima entre o contraventor e Policarpo Júnior, diretor da revista em Brasília (DF). Segundo documentos da Polícia Federal, Cachoeira teria passado informações que resultaram em pelo menos cinco capas da Veja, além de outras reportagens em páginas internas, publicadas de acordo com interesses do bicheiro e de comparsas. Trata-se de uma troca de favores, que rendeu muitos frutos a Carlinhos Cachoeira e envolveu a construtora Delta. O escândalo pode levar Roberto Civita, presidente da empresa que publica a Veja e um dos maiores barões da imprensa do País, a ser investigado e convocado para depor na CPI.
Por: Eliseu
Somerset Maugham, no seu conto A Chuva, põe um pastor a ser flagrado numa relação mais que escandalosa com uma prostituta. Nada que seja pior do que o conluio entre o senador Demóstenes Torres e o contraventor Carlinhos Cachoeira. É que os enredos de novelas e de óperas, quando minimamente coerentes, podem ser inferiores à realidade. A tragédia da ópera Carmen, de Bizet, baseado no romance homônimo de Prosper Merimée, não é que o protagonista se junta a um bando de contraventores – contrabandistas – para seguir a sua amada, mas o fato, mais que corriqueiro, de que, ao se tornar bandido, acaba também como um assassino.
Não que os crimes que incluam políticos e contraventores estejam isentos de protagonizarem também mortes. O caso do prefeito Celso Daniel em Santo André prefigura a quantas mortes pode chegar o que, à primeira vista, seria um caso de corrupção, um “simples” caso de corrupção. A diferença para o episódio que gerou uma CPI parece residir na mediocridade de ambos os personagens do fato denunciado recentemente, ou, se quisermos, na sensaboria dos protagonistas.
Na galeria de personagens literários brasileiros do século 21, a convivência com o jogo do bicho não chegava a machucar ninguém. Mas não havia também qualquer proibição à prática. A contravenção, modernamente, considerada que tal, põe em relevo a mesma questão que se coloca para o caso dos tóxicos: quem nasceu primeiro, a oferta ou a demanda: o ovo ou a galinha? Um dos exemplos emblemáticos de Machado Assis – dos poucos em que ele assume diretamente uma questão política – se dá na sua peça O Quase Ministro. O título já diz tudo, inclusive sobre a ironia do escritor. Mas a trama em si fala muito pouco para os nossos tempos: o que avulta é a ambição humana – nada de conchavos, tendo como pano de fundo o poder econômico.
É claro que isso existia. O milagre de o Brasil ter se tornado uma única nação, parece não ter obedecido à lógica da distância da metrópole, como ocorreu na América Latina de fala espanhola. Não são poucos os historiadores que defendem a anterioridade da data da nossa independência; o Brasil teria se tornado um país desligado de Portugal, não em 1822, quando Dom Pedro I institucionalizou o que, de fato, já tinha acontecido em 1808. Ao dar ao Brasil o status de reino, Dom João VI sabia que o resto seria uma questão de tempo para os ajustes, como, de qualquer modo, aconteceu.
Mas na América espanhola as diferenças e a lonjura da metrópole se fizeram consoante os interesses econômicos dos países europeus. A Inglaterra prescindiu de perder tempo com as possíveis dissidências brasileiras: um rei submisso à Coroa britânica, como foi àquelas alturas com a monarquia portuguesa, era tudo que a Inglaterra queria depois da derrota de Napoleão.
Nada disso deve ter obstado as burlas, as grandes jogadas financeiras. A história do Brasil tem seus detratores e muitos historiadores sérios: falta, porém, contar o que só nos está sendo revelado agora, após o período militar – do qual, aliás, só sabemos o que é público e notório – as torturas, a covardia de muitos, a coragem de outros – mas e a corrupção? Qual o custo real da Transamazônica, da ponte Rio-Niterói, de Itaipu, ou dos aeroportos como Viracopos, construídos justamente durante a ditadura?
São questões em aberto. Na peça de Machado, ser ministro não importava tanto como hoje. Quem mandava era o império e suas tenazes que parecem terem se estendido até a República Velha. Jorge Street, único empresário paulista que aceitou as reivindicações da primeira greve laboral conhecida no Brasil e que se deu, em 1917, em São Paulo, foi exemplarmente punido por sua abertura em relação aos problemas sociais. Teve cortado seu crédito pelos banqueiros da época. Nenhum problema de corrupção, em princípio – mas seja qual for o nome que se dê às maquinações de empresários com o Estado, contra uma classe social, como a dos trabalhadores, o poder do capital foi usado de forma a suprimir a voz discordante do meio empresarial.
Ao que parece, porém, o tema da corrupção era menos importante – ou um assunto irrelevante perante o poder efetivo, real. Napoleão sempre tolerou que Talleyrand – pai "natural" do grande pintor Eugène Delacroix – surrupiasse onde pudesse: julgava-o mais útil como diplomata, do que condenável por seus procedimentos, digamos, nada heterodoxos em relação ao dinheiro público.
No Brasil atual, por conta e risco – quem sabe – de “um deixa pra lá” muito comum e leniente com a corrupção – chegou-se, por fim, ao inaceitável. As próprias relações do senador com o bicheiro, parece só se terem tornado um assunto nacional por esses “imbroglios” da história, ou antes, uma submissão paradoxalmente, momentânea digamos, da polícia com o governo. Essa, parece, a razão da surpresa da grande imprensa com o fato. O banco dos réus ocupado pelo senador Demóstenes Torres deveria, segundo a lógica da mídia, estar sendo tomado por alguém do governo; ou de esquerda. As capas e manchetes foram sempre monopolizadas pelo senador como "paladino" da moralidade, e portanto, do sistema. Só um erro de percurso explica os acontecimentos. Daí, porém, a busca quase desesperada da mídia: ao que parece, é preciso encontrar fatos que incriminem o governo e seus aliados.
É isso que parece fazer da história e da arte o que elas são (se é que as duas sejam, afinal, muito diferentes): troquem-se os nomes e o filme será, sem tirar nem pôr, igualzinho à novela; ou à ópera, mas principalmente à realidade. Esse, aliás, parece o consolo consabido – uma alimenta a outra. O difícil agora é que o enredo siga o ramerrão. E que quem tenha de responder pelo mal feito não seja o governo – mas a oposição. A ver a ópera e esperar o “grand finale”.