quarta-feira, 9 de novembro de 2016

ASSASSINANDO A LINGUA PORTUGUESA


Por Antônio Carlos Vieira

Adesivo utilizado nas eleições presidenciais do Brasil
          O Ministério da Educação lançou um Livro Didático “Por uma vida melhor”, para 465 mil estudantes jovens e adultos e vem causando a maior polêmica. O problema é que o livro defende uma suposta supremacia da língua oral sobre a língua escrita e admitindo a troca de conceitos “certo e errado” por “adequado e inadequado”.

          Este procedimento está causando a maior polêmica aos que defendem a norma culta e erudita. Só que esta polêmica me chamou a atenção um fato interessante, a Língua Portuguesa vem sendo adulterada e achicalhada já faz um bom tempo. Basta vermos a imensa quantidade de palavras inglesas que estão sendo utilizadas no nosso dia a dia (já faz um muito tempo) nos livros escritos, nos telejornais e até mesmo na internet. A grande maioria destes termos existi equivalente no vocabulário Português e não vi ninguém se manifestar em defesa do Português escrito de forma culta e erudita. Em algumas ocasiões, no mesmo assunto, se usa palavras em Português e no mesmo instante se utiliza a palavra em inglês significando a mesma coisa, veja vídeo, com um trecho do Jornal Nacional da Rede Globo noticiando sobre as Centrais de Atendimento ou “CALL CENTER” (se pronuncia coll center), logo abaixo :


          Não podemos defender supremacia da Linguagem Oral sobre a Língua Escrita e também não podemos admitir uma mistura da Língua Inglesa com a Língua Portuguesa. Tem que se deixar claro que Linguagem Oral é uma coisa e Linguagem Escrita é outra, da mesma maneira que Inglês, Português, Francês, etc, são idiomas diferentes e não se deve incorporar palavras de idioma em outro quando já existe o termos correspondentes.

          Os argumentos para se usar tantas palavras inglesas junto a língua se faz por vários motivos: acham o inglês mais bonito, é “CHICK” (ou seria chique!!!), temos que enriquecer o nosso idioma (puro complexo de inferioridade), que o inglês é mais fácil (feito pra pessoas com deficiência de inteligência!!!), etc e etc. Já os que querem mudar as Regras Gramaticais e igualar a escrita a Linguagem Oral estão procurando desculpara para não ter que aprender o Português corretamente (preguiça) ou tem deficiência de inteligência para aprender o idioma corretamente.

          O mais estranho, nisso tudo, é que em Portugal é proibido publicar livros, em Português, colocando-se palavras inglesas quando da existência das mesmas no vocabulário da Língua Portuguesa.

ATUALIZAÇÃO (20-05-2011 as 15:00h)
          Abaixo outro vídeo onde se discute a publicação de um livro (lançado pelo MEC) que gerou discussão sobre a Linguagem Oral Portuguesa e a Língua  Portuguesa Escrita, com Monica Waldvogel da TV Globo:


Texto original: DEBATENDO A EDUCAÇÃO

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