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quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

Discordando a gente se entende

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:


O melhor desejo para o ano que começa é que, a cada dia, discordemos mais uns dos outros. O que o ódio separa, o debate aproxima. Quando os dois lados não conversam, o ambiente é toxicamente infértil. Cada parcela da sociedade se relaciona apenas com seu umbigo ideológico, distribui acusações aos adversários e fecha os ouvidos a quem pensa diferente. A democracia agoniza, a política se empobrece, a raiva toma conta da mente.

É o terreno em que nos metemos.

No entanto, mesmo em meio a uma crise sem precedentes, alguns sinais parecem apontar que o debate começa a voltar à cena. Se em termos ideológicos e de valores o diálogo tem se dado, compreensivelmente, entre surdos – com mais julgamentos que argumentos – alguns territórios da vida política começam a esboçar outra dinâmica. As pessoas percebem que podem discordar e disputar suas razões. Voltar a fazer política.

quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Sem educação, não há democracia; sem democracia, não há educação

 O impedimento à uma educação crítica e de qualidade serve perfeitamente aos propósitos dos detratores da democracia



Se há algo que democracia e educação têm em comum, além do fato de uma não prescindir da outra, de não existir em plenitude sem a outra, é a profunda ameaça que paira sobre ambas no Brasil atual. Combalida desde o golpe parlamentar-jurídico-midiático que derrubou a presidenta Dilma Rousseff em 2016, a democracia enfrentou mais um grave abalo nos últimos dias, com a negação do habeas corpus ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo Supremo Tribunal Federal (STF), num julgamento que não só rasgou a Constituição Federal — em especial o inciso LVII do artigo 5º da Carta Magna, segundo o qual “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória” — como contribuiu para solapar o próprio Estado Democrático de Direito.

sábado, 9 de novembro de 2019

Os muros que dividem o mundo

São vários os muros que dividem o mundo. Os de maior evidência estão no México, na Cisjordânia, em Ceuta e Melilla, no Chipre, além de inúmeros outros casos e exemplos.


Os muros proliferam-se nas fronteiras políticas e atuais do mundo
Embora os tempos de Globalização apregoem a maior aproximação das diferentes partes do planeta, com a diminuição das distâncias e dos obstáculos, ainda são vários os muros que dividem o mundo e que continuam a difundir-se por ele. Se, de um lado, temos a facilidade do deslocamento e da comunicação, por outro temos a adoção de políticas de contenção dessas facilidades, através da imposição de barreiras que visam, sobretudo, à divisão das pessoas e à materialização das fronteiras que existem somente na imaginação política dos governos e de alguns povos.
A seguir você poderá conferir um breve resumo dos principais muros do mundo na atualidade. Se, antes, o Muro de Berlim era alcunhado pelos países ocidentais capitalistas de “Muro da Vergonha”, o que dizer então dos muros atuais erguidos por esses mesmos países?

terça-feira, 25 de dezembro de 2018

O tripé republicano tupiniquim: militares, juízes e religiosos



Uma análise histórica da sociedade brasileira desde o final do século XIX até o presente nos ajuda a entender como as elites nacionais souberam se articular e utilizar de três grupos sociais como prepostos para se apropriarem do poder do estado: os militares, o sistema de justiça e os religiosos. Não à toa, toda "família de bem" sempre almeja ter na prole um militar, um juiz (promotor ou dono de banca famosa de advogados) [1] e um religioso (preferencialmente das altas cúpulas das igrejas).

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Como a mídia ajudou a construir o “mito” que ameaça a democracia

por Intervozes — publicado 16/10/2018 16h54, última modificação 17/10/2018 23h10

Décadas de discurso anti-política, anti-PT e em prol da intolerância forjaram o caminho para que fascistas chegassem onde estão

'É preciso chamar atenção para outra instituição, que contribuiu muito na construção desse pensamento conservador: a mídia'

Por Helena Martins*
Nos últimos dez anos, o crescimento de candidatos de extrema-direita e, inclusive, fascistas marcou e transformou o cenário político em diversos países. Da França à Colômbia, dezenas sofreram com o avanço conservador. Aqui, seguimos caminho semelhante, com o pêndulo da consciência social tendendo radicalmente à direita.

sábado, 13 de outubro de 2018

VOTEMOS NA CIVILIDADE, PEDE MANIFESTO DE ARTISTAS E INTELECTUAIS


Em um manifesto assinado por diversos artistas, como os atores e atrizes Letícia Sabatella, Wagner Moura, Beth Carvalho, Camila Pitanga e Bruno Garcia, pede-se um voto "na civilidade, no respeito pelas pessoas, pelo que é diferente"; "Também votaremos na educação, na saúde, no salário mínimo digno, no décimo terceiro salário, nas férias remuneradas, na convivência pacífica entre os brasileiros. Também somos contra a corrupção, mas de todas as formas", dizem os artistas, que condenam ainda a onda de ódio no País

12 DE OUTUBRO DE 2018 ÀS 13:48 // INSCREVA-SE NA TV 247 Youtube

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Censura: a TV Brasil vetou imagens de críticas feitas pela Tuiuti?

por Intervozes — publicado 20/02/2018 13h00, última modificação 20/02/2018 19h51
Além de denúncias de veto às cenas de críticas ao governo na TV Brasil, crescem especulações sobre ausência da faixa presidencial em desfile das campeãs
Os manifestoches não apareceram na TV Brasil
O País tem assistido desconfiado à intervenção federal proposta pelo governo de Michel Temer no estado do Rio de Janeiro, em decreto assinado na sexta-feira 16. Com ela, a segurança pública fluminense, que antes era responsabilidade estadual, fica submetida ao Exército. Ainda que o expediente de utilizar as Forças Armadas para a área já tivesse sido usado em governos anteriores, desde a redemocratização que o Brasil não passava poderes tão amplos exercidos por civis diretamente para os militares.

sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Quando cobramos dos mais ricos, não estamos falando de você

Terça-feira, 2 de Janeiro de 2018


Em novembro de 2017, escrevi um artigo em que fiz muitas críticas ao relatório do Banco Mundial sobre o Brasil. Um dos problemas que apontei foi a completa falta de sentido e a distorção causada pelo relatório quando se utilizava da composição de classes sociais do país. Não parecia racional, científico, muito menos honesto, atribuir o termo “privilégio” a pessoas que estivessem no 40% mais rico da população, por exemplo.

Pois bem, nas semanas que se seguiram, três trabalhos verdadeiramente científicos vieram à tona para acabar de vez com essa narrativa distorcida do Banco Mundial. Dois estudos realizados pela Oxfam e outro pelo World WealthandIncomeDatabase (WID) mostraram a realidade da divisão de classes no Brasil. E a conclusão é de que a desigualdade brasileira atingiu um nível tão alto que apenas uma parcela ínfima da população poderia ser considerada realmente rica.

sábado, 23 de setembro de 2017

Da ditadura civil rumo à militar?


Por Leonardo Boff, em seu blog:

O que vivemos atualmente no Brasil não pode sequer ser chamado de democracia de baixíssima intensidade. Se tomarmos como referência mínima de uma democracia sua relação para com o povo, o portador originário do poder, então ela se nega a si mesma e se mostra como farsa.

Para as decisões que afetam profundamente o povo, não se discutiu com a sociedade civil, sequer se ouviram movimentos sociais e os corpos de saber especializado: o salário mínimo, a legislação trabalhista, a previdência social, as novas regras para a saúde e a educação, as privatizações de bens públicos fundamentais como é, por exemplo, a Eletrobrás e campos importantes de petróleo do pré-sal, bem como as leis de definem a demarcação das terras indígenas e, o que é um verdadeiro atentado à soberania nacional, a permissão de venda de terras amazônicas a estrangeiros e a entrega de vasta região da Amazônia para a exploração de variados minérios a empresas estrangeiras.

terça-feira, 27 de junho de 2017

O janelão estilhaçado da Rede Globo

Enquanto a Mídia Alternativa luta pela sobrevivência, garantindo o contraditório ao discurso hegemônico, a Globo inauguram a nova sede do seu jornalismo

Tatiana Carlotti


Em tempos de golpe, a fragilidade das nossas instituições democráticas se escancara. Na seara da comunicação, enquanto a Mídia Alternativa luta pela sobrevivência, garantindo o mínimo do contraditório ao discurso hegemônico; as Organizações Globo, promotoras deste discurso, inauguram a nova sede do seu jornalismo.

A discrepância de forças ficou evidente na última segunda-feira (16.06.2017). Durante cinco minutos, o Jornal Nacional vendeu o aparato jornalístico a seus telespectadores, detalhando a metragem do novo espaço, o dobro do anterior, e suas 18 novas ilhas de edição.

domingo, 18 de junho de 2017

Os jornalistas da Globo são tão responsáveis pelo golpe quanto seus patrões.

Por Paulo Nogueira


Minha tolerância com qualquer coisa produzida pela Globo é baixíssima.

Tudo ali me provoca repugnância.

Mas acabei vendo alguns minutos da GloboNews no dia em que Waldir Maranhão anulou, ou tentou anular, a sinistra sessão em que bufões da Câmara aprovaram o golpe.

No pouco que aguentei ver, o que mais me impressionou foram as análises da comentarista Cristiana Lobo.

Ela acredita mesmo nas coisas absurdas que fala? Foi essa a pergunta imediata que me fiz.

quarta-feira, 14 de junho de 2017

CRONOLOGIA DE SLOGANS COXINHAS



De certa forma o “Minha Bandeira não será Vermelha” tem um certo charme se considerarmos que o anticomunismo costuma ser daltônico, mas a sequência cronológica da chamada dos conservadores revela uma enorme falta de prática política além de enorme mal gosto acompanhado de erros contumazes. Senão, vejamos:

Primeiro o brado era “Não Vai ter Copa”, numa antipatriótica manifestação de boicote a um evento internacional e à imagem do Brasil. Mas, teve Copa e, excluindo-se nossa tristeza futebolística contra a Alemanha, o evento foi um sucesso.

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

“Delação premiada” na Conjuração Baiana de 1798

27 OUTUBRO 2016



Por Emiliano José e Patrícia Valim

A Conjuração Baiana de 1798, um dos episódios mais importantes de nossa história, pode iluminar o presente, como sempre o passado faz. O setor dominante local, que participou da primeira fase do movimento, diante da descoberta da revolta, soube dar um duplo twist carpado nos setores médio e baixo daquela sociedade e, para não ser incriminado por crime de sedição, passou a colaborar com as investigações: formularam as principais denúncias, ajudaram a premiar os delatores e entregaram seus escravos à Justiça.

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

O servidor público, entre a vida e a greve

por Justificando — publicado 28/10/2016 09h40, última modificação 28/10/2016 09h41


Na prática, o Supremo cassou o direito de paralisação dos servidores, deixando o País mais longe do projeto erguido em 1988

Carmen Lúcia, a nova presidente do STF: Supremo decidiu contra os servidores

Por Eloísa Machado de Almeida 

O Supremo Tribunal Federal, por maioria, decidiu que servidor público deve escolher entre a vida e a greve. Isso mesmo. Apesar de ser um direito constitucional de primeira grandeza, daqueles que faziam a Constituição brasileira ser reconhecida e festejada mundo afora, a greve deixou de existir.

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Massacre do Carandiru e a "legítima defesa"

Por Leonardo Sakamoto, em seublog:

O Massacre do Carandiru, quando 111 presos foram executados por forças policiais que invadiram o Pavilhão 9 da então Casa de Detenção de São Paulo, completa, no próximo dia 2 de outubro, 24 anos. Durante os julgamentos, eu havia escrito aqui que a Justiça estava sendo – mesmo que parcialmente e temporariamente – feita.Mas, nesta terça (27), a 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo anulou os julgamentos que condenaram 74 policiais militares pelo massacre.

Ou seja, voltamos à situação ''normal'' de impunidade policial. Ufa! Eu estava estranhando. Afinal de contas, estamos no Brasil.

sábado, 17 de setembro de 2016

O BRASIL E O PERIGOSO JOGO DA HISTÓRIA.


RBA - (Versão estendida, sem redução para versão impressa) - Embora muita gente não o veja assim, o afastamento definitivo de Dilma Roussef da Presidência da República, em votação do Senado, por 61 a 20 votos, no final de agosto, é apenas mais uma etapa de um processo e de um embate muito mais sofisticado e complexo, em que está em jogo o controle do país nos próximos anos. 

Desde que chegou ao poder, em 2003, o PT conseguiu a extraordinária proeza de fazer tudo errado, fazendo, ao mesmo tempo, paradoxalmente, quase tudo certo.

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Os golpes de Estado de ontem e de hoje

Estabelecer sistemas fundados na economia de mercado, potencializar a doutrina neoliberal e não perder o trem da globalização passaram a ser o novo dogma.

Marcos Roitman Rosenmann - La Jornada, México

Podemos dizer, com certeza, que o ciclo de golpes de Estado na América Latina não foi encerrado. Com o fim da Guerra Fria, surgiu uma ilusão política que tentou impor a ideia de começo de uma nova etapa. No horizonte, se contemplava um futuro de paz, estabilidade política e crescimento econômico. O comunismo havia caído em desgraça e o dispositivo para combatê-lo, que eram os golpes de Estado, perdiam legitimidade.

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Desemprego e crise social

A redução do desemprego depende da retomada da atividade mais geral da economia. E políticas públicas como o auxílio desemprego devem ser fortalecidos.

Paulo Kliass *

O IBGE acaba de divulgar as informações mais recentes a respeito do desemprego em nosso País. No dia 30 de agosto a fundação pública vinculada ao Ministério do Planejamento tornou público o resultado da Pesquisa PNAD Contínua com dados do último trimestre. 

A taxa oficial medida pelo IBGE para o período maio/junho/julho registra uma taxa de desocupação média nacional de 11,6%. Trata-se do mais elevado índice desde que uma nova metodologia foi incorporada no levantamento dos dados, em substituição à anterior Pesquisa Mensal do Emprego (PME). Esse número frio ganha mais significado quando se sabe que ele corresponde a um contingente de 11,8 milhões de pessoas que não estão com nenhuma fonte de remuneração associada a trabalho. Caso multipliquemos o número pelos dependentes familiares, teremos a noção mais aproximada do drama social em que o Brasil está mergulhando a cada dia que passa.

sábado, 6 de agosto de 2016

A LAVA-JATO E O VICE-ALMIRANTE.


Em uma sentença que chama a atenção pela severidade e a ausência de proporcionalidade, o ex-presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva, foi condenado, ontem, por um juiz do Rio de Janeiro - com uma decisão que atingiu também a sua filha - a 43 anos de prisão por crimes supostamente cometidos durante as obras da usina nuclear de Angra 3.

O vice-almirante Othon é um dos maiores cientistas brasileiros, um dos principais responsáveis pelo programa de enriquecimento de urânio da Marinha, que levou o Brasil, há 15 dias, a fazer a sua primeira venda desse elemento químico - usado como combustível para reatores nucleares - para o exterior, para uma empresa pertencente ao governo argentino.
Em qualquer nação do mundo, principalmente nos EUA - país que, justamente por ser brasileiro, e não norte-americano, o teria espionado,

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Os "coxinhas" e as demissões no Judiciário

Por Altamiro Borges


Segundo vários relatos da mídia, as marchas golpistas pelo "Fora Dilma" sempre tiveram a expressiva presença dos servidores do Poder Judiciário. Muitos trajavam camisetas e carregavam cartazes com mensagens de apoio ao "justiceiro" Sérgio Moro e à sua midiática Operação Lava-Jato. Eles também revelavam insatisfação com as medidas de ajuste fiscal do governo Dilma. Agora, porém, diante das notícias sobre os planos da equipe econômica do Judas Michel Temer, muitos já devem ter percebido que serviram de massa de manobra para o "golpe dos corruptos" que vai arrochar