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quinta-feira, 8 de agosto de 2019

Carta aberta a um amigo odiador de Cuba sobre os médicos cubanos por Lucia Helena I

O que aconteceu com você e com tantos amigos médicos? Por que tanto ódio aos médicos que salvaram milhares de vidas no Brasil, sobretudo de nossos irmãos mais pobres?


À esquerda, Lucia Helena Issa. À direita, médico cubano no Brasil em foto de Araquém Alcântara

Carta aberta a um amigo odiador de Cuba sobre os médicos cubanos
por Lucia Helena Issa



Querido amigo,

Tantos anos se passaram desde a nossa infância, desde as nossas férias de verão, quando brincávamos juntos no mar ainda verde esmeralda de Ubatuba, onde nossos pais tinham a casa de praia e onde vivemos grande parte da magia daqueles anos..

Você sempre sonhou em ser médico. Desde aquela tarde de janeiro em que levei 6 pontos na mão, depois de um tombo de bicicleta, quando você me socorreu e, antes de chamar minha mãe, amarrou sua camiseta no ferimento para parar o sangue que escorria pelas areias da rua que dava acesso ao mar de Ubatuba.

quinta-feira, 5 de abril de 2018

O STF pode estar prestes a afastar garantias históricas de todos os servidores públicos

Terça-feira, 3 de Abril de 2018




O Supremo Tribunal Federal  ( STF) previu para o próximo dia 04.04.2018 o julgamento em que será decidido se é possível uma pessoa condenada em 2ª instância ser presa antes do trânsito em julgado da decisão penal.
A expressão trânsito em julgado significa que não há mais possibilidade de o cidadão apresentar qualquer recurso, e a Constituição prevê que ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória (artigo 5o, LVII).

USP fazia triagem ideológica de estudantes e professores na ditadura

por Tatiana Merlino — publicado 04/04/2018 00h30, última modificação 03/04/2018 18h21

Relatório final da Comissão da Verdade traz documentos que provam a responsabilidade da universidade em violações

O relatório contém documentos que esclarecem a responsabilidade da universidade nas violações
A reitoria da Universidade de São Paulo (USP) mantinha uma agência de informação que fazia triagem ideológica e fornecia dados aos órgãos de segurança para perseguir alunos, professores e estudantes contrários à ditadura civil-militar (1964-1985). 

O registro de parte dessas violações consta do relatório da final da Comissão da Verdade da USP, concluído e entregue ao reitor da universidade, Vahan Agopyan, no final de março. O relatório é composto de 10 volumes, e contém documentos que trazem luz aos fatos ocorridos na época e esclarecem a responsabilidade da universidade nas violações.

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Estudos mostram o abismo racial no Brasil

Do site Vermelho:

A população negra é a mais afetada pela desigualdade e pela violência no Brasil. É o que alerta a Organização das Nações Unidas (ONU). No mercado de trabalho, pretos e pardos enfrentam mais dificuldades na progressão da carreira, na igualdade salarial e são mais vulneráveis ao assédio moral, afirma o Ministério Público do Trabalho.

De acordo com o Atlas da Violência 2017, a população negra também corresponde a maioria (78,9%) dos 10% dos indivíduos com mais chances de serem vítimas de homicídios.

Ao ser confrontado com as estatísticas, o racismo brasileiro, sustentado em três séculos de escravidão e muitas vezes minimizados pela branquitude nativa, revela-se sem meias palavras.

"Esse é um país que convive com uma desigualdade estrutural, especialmente em relação à questão racial", afirma Kátia Maia, diretora executiva da Oxfam, em entrevista à CartaCapital. 

sexta-feira, 14 de julho de 2017

Para oligarquia golpista, trabalhador não merece a dignidade reconhecida aos bovinos

50 senadores e senadoras brancas, ricas e proprietárias, aprovaram o retrocesso de permitir o trabalho de grávidas em locais e em condições insalubres

Jeferson Miola


A destruição da CLT, aprovada nesta terça-feira 11/7/2017 pela maioria de senadores e senadoras representantes da oligarquia, é a consolidação do pacto escravocrata de dominação burguesa que faz o Brasil retroceder ao padrão de exploração do trabalho do século 19.
Combinadas com a lei da terceirização aprovada pelos golpistas em março passado, as novas regras hoje aprovadas, que incineram a CLT criada em 1943 por Getúlio Vargas, na prática extinguem os direitos do trabalho e convertem os trabalhadores em bóias-frias, para assegurar uma maior taxa de acumulação capitalista extraída do povo brasileiro – ver aqui artigo a respeito [Terceirização sacramenta o pacto de dominação escravocrata].

sábado, 27 de maio de 2017

OS PECADOS DE LULA E AS OBSESSÕES DA "LAWFARE"



No encontro de Lula com o Juiz Sérgio Moro, quarta-feira, o tema principal do cardápio serão o triplex e o armazenamento de documentos da época em que foi presidente, mas poderiam ser as mais recentes delações, feitas por cidadãos impolutos, acima de qualquer suspeita, como o Sr. Renato Duque, sobre supostos repasses ao PT, ou as palestras realizadas no âmbito da LILS ou do Instituto Lula, porque, embora não seja um ovino, as acusações se acumulam e variam, contra o ex-presidente, à medida em que vão sendo contestadas, como as do lobo contra o cordeiro na Fábula de La Fontaine. No exclusivo e reduzido universo de ex-presidentes, Bill Clinton e sua mulher, Hillary, faturaram, depois que deixaram a Casa Branca, 230 milhões de dólares com livros, consultorias e palestras, ganhando, em apenas 12 meses, em média, mais do que tudo que Lula está sendo acusado, sem provas, de supostamente ter recebido nos últimos anos. 

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Ofensiva no Congresso tenta evitar votação hoje do PL 4.330

Centrais, magistrados, deputados e ministros negociam para adiar votação do projeto que atende lobby empresarial e degrada condições de trabalho.

Hylda Cavalcanti, da Rede Brasil Atual


Brasília – Enquanto as centrais sindicais fazem mobilizações em todo o país para protestar contra o Projeto de Lei (PL) 4.330, referente à regulamentação da terceirização, que autoriza esta prática também na atividade-fim, o dia será de trabalho intenso e de articulações no Congresso Nacional. Nesta segunda-feira (6), representantes de várias entidades têm se mobilizado em reuniões com ministros, lideranças partidárias e deputados da base aliada. O objetivo é tentar negociar o adiamento da votação da matéria, prevista para entrar na pauta de votações da Câmara nesta terça-feira.

O páreo é duro porque há semanas o projeto está sobre o alvo do lobby dos empresários, que defendem a votação o quanto antes da forma como se encontra, e também do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O próximo passo no sentido de articular uma saída será uma reunião nesta terça-feira pela manhã, entre representante das centrais, o relator da matéria, deputado Arthur Maia (SD-BA), do mesmo partido do deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (SD-SP), autor de três emendas que modificam parte do projeto.

As emendas envolvem questões como a responsabilidade subsidiária das empresas, a representação sindical nas categorias terceirizadas e a chamada “quarteirização” – possibilidade de o país vir a ter diversas empresas sem empregados, utilizando serviços contratados de fornecedoras de mão de obra terceirizada e até que estas próprias empresas também terceirizem serviços oferecidos. Mas não modificam em nada o texto quanto à autorização para que empresas terceirizem inclusive a atividade fim, sua atividade principal, ponto a que os representantes dos trabalhadores e entidades da sociedade civil se opõem radicalmente.

Encontros e reuniões

Várias alternativas podem ser negociadas até o horário da sessão plenária (programada para o final da tarde). Uma delas seria o adiamento da votação da matéria até maio. Também são discutidas outras emendas além das de Paulinho e, até mesmo, a apresentação de um outro substitutivo ao texto.

A movimentação conta com a interlocução do governo. O ministro Miguel Rossetto, da Secretario-Geral da Presidência da República, tem atuado como interlocutor entre as centrais e o relator, e deve ter nova conversa com o deputado Arthur Maia até o horário da sessão. O encontro não foi confirmado, mas está sendo esperado por deputados e é dado como certo por assessores da liderança do Solidariedade (SD), partido de Maia.

O ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, embora cuide atualmente de outra área, foi um dos parlamentares mais envolvidos na discussão do PL, quando este foi analisado por uma comissão especial, em 2013. Por isso, seu nome é sempre lembrado em pedidos de apoio a representantes do governo em relação ao projeto.

Associações e entidades de classe que integram o chamado fórum contra a terceirização – que encaminharam uma carta pública à presidenta Dilma Rousseff no final de janeiro pedindo ajuda ao Executivo no sentido de discutir melhor a matéria e mudar o teor do atual texto – também participaram de reunião no início da tarde com o ministro Miguel Rossetto, como forma de reforçar o apelo.

O Executivo não divulgou oficialmente ainda, mas além de ver com simpatia a iniciativa das centrais para que sejam feitas mudanças ao PL, considera o texto conservador e tido como um retrocesso para os direitos trabalhistas no país, segundo fontes do Palácio do Planalto. O apoio ao pleito das centrais neste momento, ainda por cima, leva à possibilidade de, ao atuar junto ao Congresso nesse tipo de discussão, o governo mostrar que está ao lado das centrais numa questão sobre a qual não abrem mão e num período de fragilidade nas relações entre Executivo e movimentos sociais.

Perda de qualidade

O presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Paulo Luiz Schmidt, afirmou em documento divulgado no último domingo (4) que o projeto deteriora as relações de trabalho e a qualidade dos empregos.

Em artigo, Schimidt alerta que "jamais o país assistiu a uma tentativa de desmonte tão radical dos direitos básicos consagrados na Constituição Federal e na vasta legislação trabalhista que as lutas sociais produziram no último século".

O juiz Germano Siqueira, vice-presidente da entidade, criticou o empresariado e destacou que é preciso ser claro e transparente para informar à população que o benefício econômico a ser obtido com o PL 4.330 – chamado por ele de “disputa por dinheiro” – será "revertido em favor dos empresários que hoje contratam trabalhadores diretamente e que passariam a terceirizar essa mão de obra, pagando salários inferiores".

O deputado Vicente Paulo da Silva (PT-SP), o Vicentinho, que desde fevereiro tem se reunido com representantes das centrais e deputados da base aliada para tentar chegar a uma solução para o impasse, também questionou a votação apressada e repetiu que o texto do PL 4.330 “estabelece uma volta no tempo em termos de direitos e bate de frente com as vozes das ruas que defendem um país melhor para todos”.

De acordo com ele, o projeto rasga a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). "Aumentaria a exploração da mão de obra e os lucros das empresas, em detrimento da qualidade de vida e do trabalho. É um acinte, só há benefício para as empresas – zero para os trabalhadores", observou, dando o tom do clima nada amistoso que imperou nos últimos dias por conta da discussão da matéria.

Caso não seja fechado um acordo até a abertura dos trabalhos do plenário, a discussão promete continuar acalorada até o momento da votação.

Créditos da foto: Wilson Dias/Agência Brasil


Texto original: CARTA MAIOR