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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Você aí, a pé, está sendo multado!


Ray Bradbury, escritor e roteirista de ficção científica americano, previu em seu conto “Pedestre“, escrito em 1951, que o caminhar seria criminalizado. Na história, isso ocorreria mais precisamente no ano de 2053, ou seja, daqui a 34 anos. Nela, Leonard Mead está caminhando pelas ruas quando é parado por um carro policial que quer entender o que ele está fazendo, e fala com o personagem através de uma voz metálica:

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Holanda: o pesadelo da classe média brasileira e da família de bem*



Dizem que o sonho de toda classe média brasileira é ser parte da Europa. Mas há ao menos uma exceção: a Holanda. A Holanda é o pesadelo da classe média brasileira e da família de bem.

Imaginem a reação desta classe ao descobrir que toda família recebe uma bolsa por filho para que tenham acesso à cultura e à arte. “Que absurdo!”, diriam. “Bolsa para sustentar vagabundo? Coisa de petista que mama na Lei Rouanet e agora quer dar acesso para pobre?”. “Porque o filho de uma amiga conhece um rapaz que tem um tio que viu um cara bebendo num bar. Certeza que era com essa bolsa esmola!”

sábado, 1 de fevereiro de 2014

MOBILIDADE URBANA, IMÓVEL! (X)

Analisando as pressões dos setores da sociedade

Especulação imobiliária
O plano diretor sofre influência por parte das construtoras e imobiliárias para valorizar certas regiões em detrimento de outras visando a valorização proposital as áreas ondem possuem terras e imóveis. Basta observar que, na grande maioria das cidades, os investimentos das prefeituras ocorrem justamente nas áreas direcionadas a venda de imóveis,instalação de shoppings e grandes empresas de serviços. É comum nas cidades brasileiras se gastar grande parte do dinheiro arrecadado nos chamados bairros nobres enquanto a periferia fica deficiente em serviços púbicos com ruas e praças abandonadas.

Interesses comerciais
Os comerciantes tem algo em comum com os donos de construtoras e imobiliárias. Eles tentam influenciar a construção de novas ruas e avenidas, só que diferentemente das imobiliárias e construtoras, o interesse é criar fluxo de pessoas e veículos nos locais de suas casas comerciais visando a concentração de pessoas para a práticas do comércio. Acreditam que quanto maior o número de pessoas próximas a essas casa s comerciais, mas conseguem aumentar as vendas. Quando a concentração é muito alta os clientes ficam sem ter onde estacionar ou mesmo trafegar como pedestres, isso faz com que a clientela procure outras áreas mais sossegadas. O exagero acaba tendo efeito contrário.

Pressão da impressa
A imprensa é o meio utilizado par convencer a população qual o modelo de cidade que seria melhor para os munícipes. Claro que a imprensa vende o produto de acordo com os patrocinadores, entres oss patrocinadores estão: grandes lojas, construtoras, imobiliárias e bancos. Os bancos geralmente trabalham em conjunto com construtoras e imobiliárias. Conseguem grandes lucros financiando a construção, venda dos imóveis e também são responsáveis e influenciam em muito o fluxo do comércio.

Basta ligar qualquer televisão, ler qualquer revista, ler jornais e escutar as rádios e irá perceber que eles falam e mostrar as grandes cidades, com grandes obras, como sinal de modernidade e progresso, mas por trás está o interesse de valorizar e vender serviços e produtos ligados as informações passadas como verdadeiras.

Interesses políticos
Geralmente os interesses políticos estão muitos ligados aos interesses imobiliários e comerciais, mas em alguns ocasiões os políticos dão prioridade a construção de determinadas obras visando o eleitorado. Se existirem duas obras a serem construídas, certamente o político irá construir primeiramente a que tiver maior visibilidade. Um exemplo bem clássico é quando se tem uma ponte para construir dentro da cidade e uma em uma rodovia fora dos olhos da população. Certamente a ponte da cidade irá ser construída primeiramente por está aos olhos da população e certamente irá influenciar-se pela ocasião da inauguração se for próximo as eleições.

Formação cultura
Culturalmente somos levados a pensar o que é ou não moderno vendo o que é divulgado pela nossa imprensa, nossos livros didáticos, por nosso parentes e amigos que viajam. 

Na realidade se tenta resolver o problema da mobilidade urbana criando condições para que nas atuais vias passem o maior número de carros possíveis quando o correto seria criar as condições para que só se trafegassem os carros que houvessem necessidade. Parece ser a mesma coisa, mas se observar, em algumas cidades, irá notar que em algumas ocasiões os motoristas são obrigados a trafegar por determinadas vias por que não tem alternativas para o caminho para o trabalho, para sair da cidade ou mesmo para ir a praia. Como exemplo, podemos citar a Cidade de Aracaju onde todos os moradores da Zona Sul da cidade são obrigados a passar por apenas quatro pontes para se deslocarem para as outras zonas da cidade ou mesmo sair da cidade.

Para se tentar resolver o problema são construídos viadutos e pontes sobre o rio e a avenida que divide a cidade! Em um desses viadutos (fica no Distrito Industrial de Aracaju) se concentra grande maioria do tráfego de quem mora na Zona Sul da cidade e deseja sair da cidade, ir para zona norte, zona sul e até mesmo para o centro da cidade. Faz tempo que existe sugestões para se construir uma ou duas vias ligando a Zona Sul a Zona oeste da cidade (seriam novas avenidas para contornar a cidade) e também para fara do município, direcionando todo o fluxo de veículos diretamente para as rodovias fora da cidade (BR-101) e mesmo para zona oeste do município. Por que não fazem?

Para a população esses projetos de construção de viadutos (três em apenas um quilometro) e pontes sobre o rio que divide a cidade em duas é sinal de modernidade e progresso!!! Muitos se orgulhar de dizer que acidade tem vários viadutos e diversas pontes e nunca pararam para pensar que modernidade é ter conforto e poder se movimentar com rapidez e tranquilidade. Claro que a população é levada a pensar devidos aos meios de comunicação, livros didáticos e jornais que vivem mostrando as grande cidades com seus viadutos e pontes como sinal de cidade moderna!

A construção de viadutos apenas demonstra uma visão atrasada e necessidade de mostrar serviço a uma população que acha que ruas cheias de carros e construção de viadutos são sinais de progresso, modernidade e demonstrando um processo cultural que foi criado ao longo do tempo pelos diversos meios de informação.

Antônio Carlos Vieira
Licenciatura Plena - Geografia (UFS)


Textos relacionados:
MOBILIDADE URBANA, IMÓVEL! (I)
MOBILIDADE URBANA, IMÓVEL! (II)

MOBILIDADE URBANA, IMÓVEL! (III)

MOBILIDADE URBANA, IMÓVEL! (IV)

MOBILIDADE URBANA, IMÓVEL! (V) 

MOBILIDADE URBANA, IMÓVEL! (VI) 
MOBILIDADE URBANA, IMÓVEL! (VII)
MOBILIDADE URBANA, IMÓVEL! (VIII)
MOBILIDADE URBANA, IMÓVEL! (IX)
MOBILIDADE URBANA, IMÓVEL! (X)

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

MOBILIDADE URBANA, IMÓVEL! (IX)

Controle de trânsito

É comum surgirem acidentes de trânsito e como as avenidas são comumente estreitas, se provoca um congestionamento e tem o problema de eventos em horários comerciais que provocam maior volume de carros. Para se evitar que o trânsito fique mais congestionado, criasse uma equipe de controle de trânsito encarregada de informar as avenidas com esses problemas e as prováveis rotas mais rápidas.

Em caso de acidentes é comum se enviar uma equipe de fiscais do trânsito para controlar o fluxo no local do acidentes. Se a equipe se posicionasse no incio dos quarteirões informando rotas alternativas seria o mais correto. Claro que teria que ter uma equipe de controle de trânsito onde seria informado imediatamente as rotas alternativas existentes no local.

Algumas cidades já contam com equipes especificas para esse serviço. É muito comum acontecerem congestionamentos e as pessoas continuarem se dirigindo as vias com esses problemas quando uma orientação por parte desta equipe colocaria o fluxo do trânsito para vias alternativas.

Falta de sinalização adequada em locais de muito movimento de pedestres e automóveis

É muito comum nas cidades, onde o comercio é intenso, ocorrerem congestionamentos simplesmente pela fala de alguma sinalização. Existem certas ruas, comerciais onde o pedestres e carros costumam disputar a passagem e onde um simples sinal ordenaria a passagem de ambos ganhando tempo e com menos risco de acidentes
Esse cruzamento é um dos mais movimentados da cidade de Aracaju-SE (bem no centro comercial). Não existe sinal eletrônico para controle dos carros particulares, ônibus, pedestres e as vezes a  disputa entre ambos provocam acidentes. Os congestionamentos são  constantes!
Em alguns locais a disputa pela preferência da passagem ocorre entre ciclistas e motoristas. Mas como o ciclismo ainda é visto como uma pratica esportiva e de lazer não se sinaliza esses locais adequadamente o que pode ocorrer acidentes.

Construção de calçadas tecnicamente padronizadas levando em consideração a locomoção dos pedestres.

Mesmo nos tempos atuais é perceptível que os novos loteamentos, com as respectivas ruas, são construídos visando apenas a moradia e a circulação de veículos. As calçadas continuam sendo estreitas ao ponto, em muitos casos, dos pedestres terem de transitar pela rua e sem falar dos chamados puxadinhos!!!

É comum as pessoas construírem, as calçadas, de acordo com a preferência própria e acabam criando desníveis, na calçada, de uma casa para outra. Tem o caso de alguns moradores construírem rampas em frente as garagens e na calçada, Isso dificulta o tráfego de pessoas e em grande parte obriga os cadeirantes e deficientes visuais a transitarem pelo meio da rua!!

Essas rampas construídas em calçadas, em alguns caos, apresentam desníveis tal elevados que obrigam as pessoas, até as que aparentam não ter nenhum problema físico aparente, transitarem pelo meio da rua.
Quanto mais o bairro, tiver os imóveis valorizados, mais as pessoas (imobiliárias) procuram ocupar os terrenos ao máximo e deixando pouco espaço para pedestres (calçadas estreitas), veículos (ruas com duas vias sem pista de ciclismo e acostamento) e sem vegetação (grande maioria das cidades tem poucas praças).

O fato de pessoas terem de circular pelas ruas, em vez das calçadas, dificultam o trânsito, provocam engarrafamento e em locais muitos estreitos fazem aumentar a incidência de acidentes.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

A MOBILIDADE URBANA, IMÓVEL! (VIII)

Construção de ciclovias

A grande maioria de nossas cidades não foram planejadas para que existissem Ciclovias, mas o impressionante é que, ainda hoje, se constroem as novas avenidas, pontes e viadutos sem se preocuparem com a existência de ciclovias!!!

Essa ponte tem apenas sete anos que foi construída, por ocasião da escrita deste texto,  e não se preocuparam em colocar ciclovia. Muito antes, desta ponte ser construída, já existiam ciclovias nos chamados bairros nobres,  locais de turismo e portanto ficando claro que ciclovias era modismo.

Mais um exemplo que as obras são feitas visando o transporte particular e sempre direcionando todo o trânsito visando o comércio e simplesmente não colocaram ciclovia..
Na grande maioria das vezes, as ciclovias, foram construídas de maneira improvisadas. É claro que muitos dos administradores construíram ciclovias mais na onda da moda… Não é por que valorizam a ciclovias, basta vê que grande maioria delas sequer tem sinalização adequada.
Ciclovia construída, de maneira improvisada, sob o canteiro central da avenida

Uma das coisas que comprovam que a construção foi no embalo da propaganda (modismo) é que a grande maioria ciclovias, planejadas sem improviso, foram construídas nos chamados bairros nobres e todo mundo sabe que a grande maioria das pessoas que usam bicicleta como meio de transporte, traz melhoria da mobilidade urbana, são os trabalhadores que vivem nos chamados bairros periféricos! Estranhamente as ciclovias mais bem planejadas e sinalizadas ficam em locais de diversão, ou seja, as ciclovias ainda são vistas como meios de laser e por isso colocadas em bairros nobres e locais de turismo!!!
Ciclovia planejada e construída em bairro nobre. Mesmo assim fica obstruída por dois meses para realização dos festejos do Pré-caju . Localizada no Bairro Treze de Julho - Aracaju - SE

Existe um processo cultural em não se valorizar transportes alternativos, não somente ciclovias, e para exemplificar é só observarmos como ainda são tratadas as nossas ciclovias por engenheiros e técnicos de trânsito. Vejamos algumas fotos abaixo:

Esta ciclovia foi construída de maneira improvisada sobre o canteiro central da avenida. Esse bueiro está aberto seis meses (por ocasião da escrita deste texto) e para piorar a situação de risco do ciclista tem o problema de falta de iluminação a noite.

Essa foto foi tirada seis meses depois do recapeamento de um dos lados da pista. Observe que a ciclovia é um improviso que estreitou mais a passagem dos carros e o lado que está recapeado não foram colocados os instrumentos de segurança para proteção dos ciclistas.
Essa avenida teve os canteiros destruídos para se fazer retorno ocasião do recapeamento e recuperação. Destruíram a ciclovia em vários trechos, alegaram que seria por pouco tempo e que logo depois de terminar o serviço em um lado da avenida imediatamente seria feito o trabalho no outro lado. Só que isso foi seis meses atrás e até hoje a ciclovia  continua semidestruída e um dos lados da avenida sem os devidos reparos.



sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

MOBILIDADE URBANA, IMÓVEL! (VII)

Construção das novas avenidas com ruas paralelas de escoamento de transito


Em algumas cidades já é padrão se construir as avenidas de escoamento do centro da cidade para periferia acompanhada de ruas paralelas. Essa ruas paralelas irão servir de escoamento, das avenidas, em caso de algum impedimento de trânsito normal por ocasião de algum acidente ou mesmo algum evento (festividade de algum tipo), Essa ruas paralelas também podem ser usadas futuramente para utilização de retorno e mudança de itinerário. Ainda é muito comum, mesmo nas grandes cidades, o retorno das antigas avenidas serem feito na própria avenida obstruindo uma das vias ou avançado sobre a área dos canteiros centrais. O correto é a pessoa fazer o retorno por ruas paralelas sem impedimento de nenhumas das faixas ou avançar sobre os canteiros das avenidas.

Claro que para as ruas antigas que ainda não existia essa preocupação os retornos por ruas paralelas são improvisados e isso quando a estrutura viária permite. Exemplos na fotografias abaixo:
É comum, nas antigas avenidas, o retorno para mudança de sentido na viagem serem feitos a espera ao lados dos canteiros centrais, só que esse tipo de retorno tem a inconveniência se o número de veículos for grande eles ocuparem uma das vias e deixarem somente meia pista para o tráfego e se algum motoristas mal educados resolver furar a fila e fizer fila dupla é comum ocorrerem o fechamento das vias temporariamente.

Para diminuir os engarrafamentos, nestas antigas avenidas, são criados retornos improvisados, mas dá para entender o explicado pela foto e pela placa verde, lado direito da foto, indicadora que para se fazer o retorno é necessário fazer a volta pleo quarteirão entrando na próxima esquina a direita.


segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

MOBILIDADE URBANA, IMÓVEL! (VI)

Exigência nas construções das novas edificações com garagens e estacionamentos


Na grande maioria das cidades, que possuem uma certa organização administrativa municipal, tem um Plano Diretor, que serve de orientação para os administradores e também já existem leis que regulam a construção de novas edificações com garagens ou estacionamentos.

Mas isso não quer dizer que as novos edificações realmente irão ter garagens ou estacionamentos. Sempre existe aqueles que burlam as leis, conseguem construírem condomínios e galerias sem as devidas garagens ou estacionamentos e isso ocorrem até em bairros centrais de muitas cidades. Claro que fica fácil burlar essa lei por falta de conhecimento da existência da mesma e também pela fragilidade das fiscalizações municipais.

Interessante notar que a especulação imobiliária costuma ditar as normas de construção de novas avenidas, calçadas e novos prédios de acordo com o interesse de se valorizar cada metro quadrado, basta olharmos que mesmo os novos bairros tem as ruas e avenidas estreitas sem os devidos acostamentos para se estacionarem carros, as calçadas também são estreitas e geralmente não espeitam os itens de acessibilidades. Até mesmo os espaços definidos para as áreas verdes são minúsculos!

Cada vez mais as novas edificações comercias e habitacionais são e serão construídas com as respectivas garagens para os usuários dos mesmo.

Prédios corporativos construídos ao lado do edifício-garagem, com 1.800 vagas em Praia de Belas - Porto Alegre - Brasil.
EDIFÍCIO-GARAGEM EM FORMA DE PONTE NEUE MESSE, STUTTGART
O ponto alto da espetacular obra de engenharia da Neue Messe de Stuttgart é o seu imponente edifício-garagem em forma de ponte. Como dois gigantescos arcos que cobrem as vias de trânsito entre as suas colunas principais a uma altura de 10 metros com um vão de cerca de 100 metros, a construção futurista, com 440 metros de comprimento, se estende sobre a rodovia A8 de seis pistas e o novo ramal ferroviário planejado para o ICE até o aeroporto. Em seis andares e uma superfície correspondente a 15 campos de futebol, há lugar para o estacionamento de aproximadamente 4.000 veículos.Devido à configuração do edifício-garagem como uma ponte sobre as vias de tráfego, existe o perigo latente da construção sofrer um incêndio com exposição direta às chamas no caso de um acidente de trânsito.Por isso, um dos componentes importantes do projeto para a proteção contra incêndios é o sistema de canais protetores contra o fogo RAUTHERMO, que protege as instalações elétricas contra a ação do fogo e garante a livre circulação pelas rota de fuga e salvação. (http://www.rehau.com/BR_pt/Construcao/Referencias/408816/EDIFICIO_GARAGEM_NEUE_MESSE_STUTTGART.html)

Antônio Carlos Vieira
Licenciatura Plena - Geografia (UFS)


Textos relacionados:

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

MOBILIDADE URBANA, IMÓVEL! (V)

Uso de faixas exclusivas para ônibus;

Em algumas cidades brasileiras já existem essas faixas. O importante é saber se são respeitadas quando existem. O uso de faixa exclusiva para ônibus é uma das maneiras de se agilizar o transporte em massa e um exemplo de democratização do espaço urbano. Um único ônibus transporta 42 passageiros sentados, alguns em pé e grande parte da população acha normal que apenas três veículos (geralmente com um único motorista) ocupem o mesmo espaço de um único ônibus e esses motoristas tenham o mesmo direito de acesso em relação a tantas pessoas.

Avenida Ivo do Prado - Aracaju - SE. Uma das avenidas chamadas Corredores de Tráfego  não possui faixa exclusiva para ônibus, ou seja, apenas algumas avenidas tem faixas exclusivas e mesmo assim muito pouco respeitadas pelos motoristas.

Na disputa pelo espaço urbano nas avenidas das cidades, um único ônibus transporta no mínimo quarenta e dois passageiros (isso sem contra o motoristas e as pessoas que viagem em pé) . Três veículos particulares transportam no máximo quinze pessoas (contado com os motoristas), mas geralmente a grande maioria dos carros particulares trafegam apenas com o motorista! Como justificar que uma pequena quantidade de pessoas tenham mais direito de utilizar o espaço público urbano em detrimento da grande maioria que trafegam em ônibus?


Como as faixas exclusivas para ônibus ficam grande parte do tempo sem fluxo dos ônibus muitos motoristas acham que as mesmas deveriam deixar de existir. Só que um único ônibus que passe eventualmente leva passageiros equivalente a vários carros!

Se o transporte coletivo (ônibus) se tornar mais ágil que o transporte individual é uma das maneiras de se incentivar o uso do mesmo em detrimento do carro particular. Claro que o incentivo só vai fazer efeito se o transporte com ônibus for de qualidade e não ônibus desconfortáveis que ponham em risco a vida dos passageiros.
A falta de respeito pelas Faixas Exclusivas para ônibus é corriqueiro, os motoristas trafegam e as vezes estacionam nestas faixas. Dizem eles apenas por um minutinho!!!

O problema é que algumas pessoas não respeitam essas faixas e acabam fazendo que a finalidade das mesmas não seja prática. É comum se vê motoristas circulando nestas faixas e até carros estacionados sobre as mesmas e para piorar a situação, grande parte das cidades brasileiras sequer colocam faixas exclusivas para os ônibus!

Antônio Carlos Vieira
Licenciatura Plena - Geografia (UFS)

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domingo, 1 de dezembro de 2013

MOBILIDADE URBANA, IMÓVEL! (IV)

Falta de construção de avenidas de escoamento do trânsito


Com o aumento da população, dos carros e consequentemente dos serviços e se fazendo um levantamento da distribuição desses itens pelo território do município, se consegue fazer previsão, planejar a construção de novas avenidas e ruas direcionando o fluxo dos veículos, visando a desconcentração. O mais interessante é que esses levantamentos que geralmente são previstos nos Planos Diretores em sua grande maioria são relegados a segundo plano.

Um caso especifico seria o caso da Cidade de Aracaju, onde a cidade é dividida em duas parte por um rio (Rio Poxim), neste rio tem quatro pontes, paralelamente a este rio existe uma avenida chamada Tranquedo Neve e nesta avenida existem atualmente três viadutos (um na fase final de construção) e para os veículos existentes na zona sul da cidade se deslocarem, para o centro da cidade, tem de obrigatoriamente passar por esta pontes e se os motoristas destes carros resolverem ir para zona oste ou mesmo sair da cidade, ou vice versa, os motoristas da zona oeste e que estão entrando na cidade resolverem ir para a zona sul da cidade terão de obrigatoriamente passar pela Avenida Tranquedo neves e neste caso tem mais um agravante que os carros irão se concentrar em sua maioria passando pelo viaduto do DIA e ponte do São Conrado. O problema se torna mais agravante é que na Zona Sul da cidade ficam localizadas as praias do município e o fluxo de turistas se dá justamente nesta avenida!

                   Clique no mapa para visualizar amplificado?
A linha preta é por onde passa o Rio Poxim dividindo a cidade. Os pontos negros de um a quatro são ponte construidas ( a de número de cinco com previsão de ser construida). Os pontos vermelhos são os viadutos. Para se diminuir o grande  fluxo de carros na Avenida Tancredo Neves se faz necessário a construção de uma  nova avenida contorno (ou mais de uma) ligando a Zona Sul para fora da cidade conforme indica a linha verde no mapa.

Viaduto do DIA (ponto vermelho B no mapa). Esse viaduto provoca congestionamento nos horários de pico. As alças de acesso fazem com que se diminua muito a velocidade dos veículos por ocasião do retorno. O tempo de redução faz com que muitos carros fiquem parados nas alças e se alongado até a entrada das outras alças. Juntando esse fato a falta de educação de alguns motoristas!!!

Viaduto do DETRAN, já finalizado (corresponde a bola vermelha C do mapa). Pretende ligar a avenida Rio de Janeiro, passa por debaixo do viaduto, ao Bairro São Conrado construindo uma ponte no local onde fica o ponto preto de número cinco no mapa. Percebe-se que ainda estão dando prioridade em se conseguir ter um grande fluxo de veículos pela área urbana em detrimento da prioridade de se direcionar o fluxo de veículo por fora da cidade com construção de avenidas contornos!

Esse viaduto está sinalizado no mapa com o ponto vermelho A (está sendo chamado de mergulhão). Ele interligara uma avenida a uma ponte, ambas construídas (no mapa representada representada pelo ponto preto de número três). Quando da construção da ponte, se afirmou que os congestionamento iriam diminuir consideravelmente. Diminuiram na ponte de bola preta quatro (Ponto do São Conrado), mas continuaram com a mesma intensidade na Avenida Tancredo Neves! Esse viaduto está sendo construido para viabilizar o fluxo de veículos ao centro da cidade passando pelo shopping Jardins. Portanto, aumento o fluxo de veículos na área urbana

A Cidade de Aracaju sempre teve um alto volume de carros por habitantes e nunca ocorria  congestionamentos e por que não ocorria? Simplesmente por que a atual avenida Tancredo Neves servia pra que os carros não precisassem passar pela cidade e sim a contornava e é por isso que essa avenida tem o apelido de Avenida Contorno. Hoje não se pode chamá-la de avenida contorno por que ela não está mais servindo par essa finalidade.

A pessoa poderia imaginar que o problema é que o volume de carros atual é muito maior que algumas dezenas de anos atrás e é, só que proporcionalmente o volume ainda se mantêm nos índices de 3 habitantes por veículos e portanto na mesma proporção do volume de habitante e do tamanho da cidade. O problema é que a cidade, embora mantenha a proporção de carros e habitantes, ocupou as avenida que contornava a cidade e não se construíram outras avenidas com a finalidade de se contornar a cidade, ou seja, embora a cidade tenha a mesmo proporção de habitante por veículos, o número de veículos por quilometro quadrado aumentou e os nosso administradores insistem que esse aumento de carro por quilometro quadrado aumente, principalmente nos horários chamados de pico, direcionando todo o fluxo de veículos para dentro da área urbana

Para se resolver o problema desta concentração, de veículos, nesta avenida e resolver o problema da concentração de carros por quilometro quadrado dentro da cidade tem de se fazer o que foi feito no passado com a construção da Avenida Tancredo Neves, ou seja, construir uma nova avenida contorno  contornando a cidade.

Nas últimas três décadas se deu ênfase em criar condições para que se passe o maior número de veículos possíveis por essa avenida e por que até hoje nunca construíram uma outra avenida contorno? Por que essa necessidade de se obrigar todo o fluxo de veículos da Zona Sul da cidade por uma única avenida?

Será que nosso administradores desaprenderam o significado do nome Avenida Contorno? Será que não construíram outra avenida contorno por que existem interesses comercias, políticos e culturais para que tantos carros trafeguem nesta avenida em direção a área urbana da cidade?

Antônio Carlos Vieira
Licenciatura Plena - Geografia (UFS)

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MOBILIDADE URBANA, IMÓVEL! (I)
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sexta-feira, 22 de novembro de 2013

A MOBILIDADE URBANA, IMÓVEL! (III)

Falta de uso e incentivo ao transporte ferroviário

Embora seja um transporte mais seguro e mais barato, o transporte ferroviário, principalmente como transporte de massa, não é prioridades das diversas administrações.

Como exemplo vou citar a Cidade de Aracaju. Aqui temos uma antiga linha de trem (privatizada no governo FHC) que está sem utilização. Essa linha interliga vairas cidades: Aracaju, Nossa Senhora do Socorro, São Cristóvão, Itaporanga, Laranjeira, Maruim, Riachuelo, etc. Citei apenas as mais próximas em que a população tem um interação diária mais efetiva com os serviços em Aracaju. Não existe um projeto para utilização desse meio de transporte para as populações dessas cidades se deslocam diariamente para a Capital.

As linhas férreas existentes em Aracaju não passam pelo centro da cidade e não liga bairros e sim várias cidades próximas, mas s devidamente utilizada, diminuiria bastante o fluxo de carros, das cidades vizinhas, em direção a capital diminuindo os congestionamentos, a poluição e o valor das passagens.

Ferrovia que corta vários bairros na Cidade de Aracaju.
Passa em duas das principais avenidas da cidade: Av. Rio de Janeiro e Av. São Paulo
Na realidade, o que existe é uma campanha, sistemática, nos meios de comunicação, para que se retirem os trilhos ao longo de algumas avenidas, de Aracaju, pára que se dê mais espaços para o transporte rodoviário!!! Parece incrível, mas ainda continuam estimulando o maior uso do transporte individual!

Antônio Carlos Vieira
Licenciatura Plena - Geografia (UFS)

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quarta-feira, 20 de novembro de 2013

A IMOBILIDADE URBANA, IMÓVEL! (II)

Falta de distribuição dos órgãos pertencentes ao estado e aos municípios


Uma das medidas pensadas há muito tempo a trás foi a distribuição dos órgão prestadores de serviço por parte do Estados e municípios. Essa distribuição deveria ocorrer dentro da capital (local onde fica a grande maioria dos órgãos administrativos do governo) e a distribuição deveria ocorre entre os diversos municípios pertencentes ao Estado. O problema é que mesmo com a existência da internet, muitos serviços obrigam os cidadão se deslocarem da diversas cidades para a capital e mesmo na capital, muitos desses órgão ficam localizados justamente nas áreas de maior concentração comercial e consequentemente de pessoas e veículos. Essa concentração dos serviços na capital e principalmente nas áreas comerciais de maior movimento ajuda a aumentar os chamados congestionamentos.
A concentração dos órgão municipais das diversa cidades seguem a mesma linha quando se fala de distribuição dos órgãos prestadores de serviços públicos. Na grande maioria dos municípios brasileiros as secretárias municipais se concentram em locais de grande fluxo comercial. O mais impressionante é que se constata congestionamento em pequenas cidades com apenas 100 mil habitantes!

Exemplos de secretarias localizadas em centros comercias de maior fluxo são a Secretaria Estadual da Saúde e a Secretaria Municipal de Finanças de Aracaju. Ficam em pleno centro comercial e em um dos bairros (Centro) de maior circulação de carros e pessoas da cidade!

Secretaria Estadual da Saúde – Se
Bairro Centro- Região de maior fluxo de veículo e pessoas da cidade
Secretaria Municipal de Finanças – Aracaju – SE
Localizada no Bairro Centro
O mais estranho é que, na década de 80, no município de Aracaju foi construído o que deveria ser um Centro Administrativo, para os órgãos do Estado, que até hoje engloba apenas algumas das secretarias e órgãos estaduais, ou seja, já naquela época se previa problema de mobilidade e que foi abandonado pelos administradores com outros interesses!

Antônio Carlos Vieira
Licenciatura Plena - Geografia (UFS)


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terça-feira, 12 de novembro de 2013

A MOBILIDADE URBANA, IMÓVEL! (I)


Está se tornando comum nas, grandes cidades, se retirarem os canteiros
centrais das avenidas, se retirarem ou diminuírem o tamanho das calçadas
  para darem lugar aos carros.
A falta de Mobilidade Urbana, nas nossas grandes cidades, geralmente, é colocada como consequência da grande quantidade de veículos circulando na cidade. Mas, será que é só isso, ou é a falta de planejamento, somada a existência de uma visão deturpada do que é progresso e do que é ser uma cidade moderna? Basta ver que algumas pessoas tendem a achar que a existência de tantos viadutos em uma cidade é sinal de progresso e modernidade!!!

Vamos fazer um histórico de como o trânsito ficou caótico na maioria das nossa grandes cidades e até mesmo em cidades de porte médio. Alias, o que faz o transito ficar caótica não é: o tamanho da cidade, e sim, a grande quantidade de veículos existentes por habitantes , aliado a falta de planejamento do espaço urbano. Claro, para isso tem o problema cultural do que é uma cidade moderna e com progresso

Sempre estamos denunciando e sentindo as consequências da falta de Mobilidade Urbana e quando se observa atentamente, iremos notar que algumas medidas que poderiam para se minimizar o problema das dificuldades no deslocamento dentro das nossas cidades não são implantados por nossos administradores, entre elas: 

  1. Falta de melhor distribuição dos órgãos pertencentes ao Estado e os órgãos pertencentes aos municípios;  
  2.  falta de uso e incentivo ao transporte ferroviário; 
  3. falta de construção de avenidas de escoamento do trânsito; 
  4.  uso de faixas exclusivas para passagem de ônibus; 
  5. exigência nas construções de novas edificações com garagens e estacionamentos para visitantes;
  6.  construção das novas avenidas com ruas paralelas de escoamento de transito; 
  7. construção de ciclovias sinalizadas; 
  8. controle de trânsito; 
  9. falta de sinalização adequada em locais de muito movimento de pedestres e automóveis;
  10. construção de calçadas tecnicamente padronizadas levando em consideração a locomoção dos pedestres.
Claro que nosso administradores não abandonam as alternativas citadas acima por mera falta de conhecimento e sim por pressão de vários setores da sociedade. Cada setor da sociedade tem seus motivos e interesses para que os itens acima sejam ou deixem de ser respeitados, entre eles podemos citar:
a) especulação imobiliária; b) interesses comerciais; c) pressão da impressa; d) interesses políticos; e) formação cultural.

As vezes se concentram várias empresas estatais e privadas, em determinados locais, visando valorizar os terrenos próximos, tornar o comércio mais movimentado, mais rentável e a região mais segura! Na realidade estão organizando o espaço e se aproveitando da formação cultural e informações passada pelos meios de comunicação visando atender os interesses financeiros em primeiro lugar.


Entrada do Hipermercado GBarbosa em Aracaju(SE)
Os interesses em organizar os trânsito e orientar o crescimento da cidade, visando interesses imobiliários e comerciais em primeiros lugar, são os mesmo interesses que levam a criarem uma cidade sujeita a grandes congestionamentos no trânsito e grandes alagamentos em época de chuvas.

Antônio Carlos Vieira
Licenciatura Plena - Geografia (UFS) 

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domingo, 25 de julho de 2010

RUMO A IDADE MÉDIA

Com o crescimento do comércio, no final da idade Média, os burgueses e comerciantes se viram com um problema que encarecia os produtos então comercializados e portanto dificultava o aumento das vendas, que era os diversos pedágios existentes na época. Toda carga de mercadoria, quando passava de um burgo (Feudo) para outro tinha que pagar os famosos pedágios. Embora os pedágios já fossem uma prática conhecida, na Idate Antiga, foi na Idade Média que ele ganhou mais destaque e se tornaram mais intenso. Os senhores donos do burgos (ou feudos) e comerciantes se unirão para resolver o problema e dar impulso ao comércio. Essa época ficou conhecida como Período do Capitalismo Comercial.