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sexta-feira, 6 de março de 2020

Uma inovação brasileira: o fascismo servil

por Rogério de Campos
17 de dezembro de 2018

Fanáticos do neoliberalismo junto com fanáticos religiosos, os mais cínicos oportunistas ao lado de criacionistas, impacientes partidários da modernização tecnológica alinhados com terraplanistas… a lista se prolonga em um patético pandemônio de contradições no qual uma rara constante é o entusiasmado nacionalismo, que só confunde o olhar externo porque, no caso, a “pátria amada” são os Estados Unidos da América



Em 2002, os primeiros ministros Tony Blair e José María Aznar levaram à cúpula da União Europeia a proposta de punir com sanções econômicas os países de origem de imigrantes indesejáveis. A proposta causou escândalo porque explicitava o desejo de que governos dos países da África, por exemplo, transformassem-se em “carcereiros dos seus cidadãos”[1]. O novo modelo de Estado para o Terceiro Mundo, na proposta de Blair e Aznar, seria um que, além de cumprir a tradicional tarefa de garantir o fornecimento de matéria prima para o Primeiro Mundo a baixo custo, passaria a vigiar para que seus habitantes não tentassem escapar da miséria provocada por esse baixo custo. Nações pobres se tornariam grandes campos de trabalho forçado, com seus cidadãos impedidos de fugir.